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História The Stairway (Cancelada) - I - Calmaria rompida - Part. 1


Escrita por: AsleepHylian

Notas do Autor


Bom, finalmente estou escrevendo isso ._. e...espero que gostem(Já HOUVERAM notas descentes, mas agora o Spirit quis apagar tudo que eu fiz ;-;).Toquem El Mañana em loop.

Capítulo 1 - I - Calmaria rompida - Part. 1


Fanfic / Fanfiction The Stairway (Cancelada) - I - Calmaria rompida - Part. 1

Na lâmina,tudo deveria começar com aminoácidos,não que fosse simples produzi-los,não era: Dava certo incômodo posicionar-se ali,de mãos gélidas e trêmulas, jalecos que soavam como uma lembrança infantil e rasteira do que seria um ambiente hospitalar, cabelos úmidos e entrecortados em testas oleosas e cheias de sebo(suavam frio), olhos arregalados, córneas inquietas, dentes entremelados e cheios de resíduos de carboidrato pigmentado de um jeito artificial, bolsas rugosas sob os olhos, estômago revirado porém estático, respiração lenta.

Essas pessoas, cúmplices de uma maldade incomensurável de proporções que nem eles poderiam imaginar, estavam dispostos em cerca de dez fileiras de cinco.Não é ético dizer que eram de todo culpados, eles eram marionetes, frágeis e pouco intuitivos sobre suas ações, eram doutores numa área precisa, cirúrgica, cruel.No momento em que receberam a notícia de sua reivindicação, ainda era manhã, o sol reluzia de um modo quase irônico, as nuvens pairavam inocentemente no céu e o cheiro do cozido de crustáceos e peixes era convidativo.Já eram agentes federais haviam anos, testavam medicamentos e cosméticos, criavam alguns vírus quando "necessário"-Completamente cientes do egoísmo que era manter seus protegidos longe deles e oferecê-los em saquinhos de formiga com shoyu açucarado aos moradores de províncias pobres.-, aplicavam vacinas e muito raramente realizavam projetos inusitados.

Eis que ali, todos os que desfrutavam meticulosamente da carne magra(com leves puxões do hashi nos membros da lagosta) e que se partia em filetes estagnaram com o som surdo que vinha de auto-falantes fixados nas extremidades dos cômodos em que viviam os cientistas:
-Todos por favor vistam seus guarda-pós e se dirijam à sala de experimentos.-Disse uma voz que tão pouco era sintética, tão pouco tinha alma, com extrema rouquidão.-.

Movimentos unânimes dobraram em quatro os guardanapos de algodão que antes estavam em seus colos,os puseram na mesa baixa.Todos marcharam velozmente, permitindo que os coques e rabos de cavalo femininos tão negros como ébano ou algum tipo alga ressecada esvoaçassem lindamente.Pé-ante-pé, chegaram para retirar de ganchos metálicos os longos tecidos brancos e de fina espessura, os vestiram como quem tem determinação e calçaram as galochas desbotadas e perigosamente dissolvidas de gotas de ácido sulfúrico com alguma dificuldade,carregaram também maletas de couro abarrotadas.Quando adentraram o recinto, ele tinha um cheiro nauseante e adocicado, apenas não entorpecedor ou espesso o suficiente para que desmaiassem ali mesmo.Contemplaram abismados e completamente estupefatos a presença de uma jovem sedada numa maca, vestida como uma paciente.

-Bom dia.-Disse Dr. Kyuzo, senhor de meia-idade de maxilares proeminentes e já um pouco calvo, com uma expressão penosa e vagarosa, braços escondidos pelo corpo, pés de calcanhares juntos,extremamente magro e que retirava os óculos de leitura hesitantemente.-Antes que se espantem muito mais, eu gostaria de alertá-los que este é um projeto negligente e secreto de nossa Feel Good Inc., muito mais do qualquer outro já realizado pelos senhores.Pelas circunstâncias em que estamos, é crucial dizer também que não é nosso primeiro experimento ilegal, e caso se desfiliem da empresa ou peçam demissão estarão sujeitos à delações premiadas.O que vamos fazer aqui não se trata de uma simples inseminação artificial permitida, a moça que vocês vêem tem apenas dezesseis anos e era órfã, foi cedida pelo orfanato em que foi confiada desde o nascimento e nós removeremos amostras de sua pele durante cerca de apenas um dia,para que não venha a putrefar. Vamos nós esforçar arduamente para criar um líquido amniótico encapsulado e usaremos as células-tronco dela, talvez mais algumas, caso a manipulação esteja complicada, então ligaremos a cápsula em uma máquina oxigenada e alimentaremos a célula com proteínas e glicose, também iremos usar os genes e configurar o metabolismo para ser o mais avançado possível.-Terminou, já falando apenas por uma brecha dos dentes, chorando discretamente.

Um dos cientistas inquietou-se e esbravejou sua indagação: 
-Para quê faremos esse tipo imundo de coisa?!
-Eu sinto muito, Iori.Nós apenas queremos manter a segurança da nossa nação...estamos criando incríveis jovens que possam servir a nossa infantaria caso preciso, bem como ajudar nas funções corriqueiras do povo.-Via-se que não acreditava numa palavra que citava.Sim,citava.Nenhuma das palavras proferidas pelo homem eram verossímeis, sequer passavam firmeza ou segurança, eram apenas fonemas desconexos e forçados o que eles ouviam. Mr. Kyuzo tinha agora uma respiração acelerada e hiperventilava da forma mais enrustida que conseguia.-Ela foi apenas dopada com Éter, sugiro que a induzam em um coma e deem altas doses de morfina após a coleta.Preparem recipientes com todas as matérias naturais necessárias, vocês precisam produzir vinte e três organismos diferentes, por favor, não os clonem.-Deixou a sala trancando a porta com uma pequena e onerosa chave, cujo enclausuramento custava um grande preço: o brilho dos olhos de seu portador e carcerários.

O consciente da turba pesava e levou alguns momentos para se preparar para o que estava por vir.Uma longa e injustamente punitiva agulha de adrenalina penetrou a pele delicada e porosa de seu antebraço, logo acordou.Estava atordoada e chorava afluentes azuis e serenas pelo seu rosto macio, seus olhos, verde esmeralda, tinham pequenas estruturas celulares tão naturais quanto randômicas, que guardavam uma melanina cor de mel.A amarraram pelos pulsos e a apertaram, rígidos e inflexíveis, nas fivelas perpendiculares com a borracha que agora, circundavam suas mãos delicadas.As enfermeiras estavam culpadas, a tratariam com ternura incomum até o último abrupto suspiro que exalasse.

Quando descontraiu os músculos e viu toda sua vida miserável passar como uma fita diante dos seus olhos, sentiu que algo a preenchia, era um sentimento luminoso e amarelo pastel, apenas daqueles que vislumbram a verdade iminente, como uma farpa, todo o tempo insignificante, até se perceber o real sentido.Engoliu a pílula solúvel da droga barbitúrica em único trago e bebericou a água para retirar o gosto amargo de sua língua e papilas.Fechou os olhos, e com as pálpebras pesadas esperou que o sono a carregasse dali, leve como pluma, para um lar negro de inexistência profunda e sonolência.

 


Notas Finais


Muito obrigada por ter chegado aqui, estou aberta à críticas e whatever, seja feliz :D.


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