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História The Stairway (Cancelada) - Conciliação


Escrita por: AsleepHylian

Notas do Autor


Olá ;u;, tudo bem?...eu ultimamente(e finalmente!) comecei a desenhar uma capa original...não é daquelas que tem uma pintura maravilinda, uma anatomia toda organizadinha, mas né!Eu só tenho um esboço do desenho, que eu deixarei como imagem do cap(Tô nervosa aaaaaaaaaaaa).
Espero que gostem.Ouçam Castle Of Glass, de Linkin Park.

Capítulo 14 - Conciliação


Fanfic / Fanfiction The Stairway (Cancelada) - Conciliação

Russel se levantou aos poucos e os olhou com naturalidade;Não era hora de fazer coisas estúpidas para cicatrizar as próprias feridas.

– Não digam nada.Eu entendo. – Disse ele, coçando o pescoço. – Eu vou embora, tá?Preciso de um pouco de ar.

Murdoc, Noodle e 2D congelaram.

Era como se cada soco do mundo se acumulasse, e ele já estivesse a ponto de explodir.De quê adiantava agora correr cuspindo ódio?Sabia que não veria mais o Del, e estava tudo bem com isso.Foram longos anos, que o vento levou.Não era como se ele pudesse chegar a uma conclusão, não tinha meios, não tinha forças, e a cabeça estava doendo.Pra onde fora Del?2D talvez dissesse gentilmente que estava agora junto com todos os outros, num emaranhado de almas nem de todo boas, nem de todo más, com segredos, com amigos, com família, com culturas, almas descansando.Murdoc diria que todos os homens são desde que nasceram egoístas, a vida foi feita para ser aproveitada, e que Del transformou a si mesmo o que podia e fez coisas boas.E ele, mal podia distinguir o que era real do que era só passageiro.

A lua.Del sempre lhe dizia que a lua era coisa louca, endoidecida."Mexe com a gente.", e talvez mexesse mesmo.Naquele momento, a lua parecia uma fenda inalcançável por onde ele podia enxergar a superfície, e ele estava no fundo de um poço.De vez em quando a visão se confundia, e a lua voltava a ser um astro lindo que inspirava a calma no meio do vácuo infinito.Suspirou fundo, e falou pra si:

– Você já sabia, Russ.Seu idiota.Sabia. – Apoiou-se na sacada. – E ele não vai voltar.Sabe, eu não nunca senti que ele estava indo.Pra mim tudo ia durar para sempre, alimentei isso como se fosse vital, e tudo foi embora.Foi.Seja quem for que esteja do outro lado, me dá transmissão...Teve aquele dia.Eu disse para o imbecil do Del que isso aconteceria, como se ele não soubesse!

Del usava drogas.Vindas da Colômbia, elas chegavam até os traficantes do condado onde moravam.Lembrava claramente de ver Del e os outros rapazes usarem, faziam os próprios cigarros.Russel as odiava.Fediam, afastavam a banda, criavam problemas com os pais dos outros, e os transformava em coisas agressivas e desesperadas.Algumas vezes teve de ajudar o amigo a conseguir dinheiro, a esconder os maços, a não desmaiar em crises de abstinência, fazia tudo calado.Era como ver a sua pessoa mais preciosa e próxima ser consumida aos poucos.A Funky Whale ensaiava no galpão da casa de Robbie;O lugar quase não era habitado, e Robbie morava com seu irmão, Henry. 

A fachada era modesta, com um muro alto e um jardim morto em folhas secas, o galpão se localizava do lado esquerdo, quatro paredes feitas de tijolos ocos, acobertadas por um papel-de-parede amarelo simples.Lá eles guardavam seus instrumentos e baquetas.Todos usavam maconha.Não era como se ele fosse um floco de neve puro, sabia da própria hipocrisia, sabia da própria fraqueza, e já tinha usado aquela merda.Tranquilidade, felicidade, burrice, euforia, tudo junto, não por muito.Henry escondia nas paredes os maços, e sabe se lá como, passou a dever ao distribuidor.Isso é o tipo de coisa que se amontoa e você nem tem ideia de como ignorou, de como protelou, de como pôde.

Russel sentiu vertigem por um momento, se sentando.Tudo culpa dele.Não tentou.Poderia ter dito tudo o que engasgou na garganta.Murdoc surgiu e se encostou no grandão, olhando para a noite sem estrelas.

– Murd, como consertar as coisas? 

– Não sei.

– E se você perdeu tudo?

– ...Costumava ser eu a pessoa sem rumo.Sei como se sente.Quando o Hannibal morreu, eu estava sozinho também. – Respondeu o baixista.

– Como ele era? 

– Incrível, um babaca.E não minto, era os dois, ele era a pessoa com quem eu dividia tudo, com quem eu brigava por nada.Um dia, ele foi buscar a bicicleta num bairro próximo.Era tão tarde...pessoas desconhecidas o mataram.Nunca vou saber...o p-porquê.

– Aqui. – Russel tomou a mão do outro, o abraçou.Tão incômodo no começo, tão forçado, mas então seus músculos relaxaram, e se entregaram, o calor amorteceu uma queda eterna. – Estamos juntos.A banda foi a melhor coisa que me aconteceu.

– Também. – Concordou Murdoc, se soltando e fechando os olhos, dentro de um suspiro. – Vamos entrar.

 

 


Notas Finais


Obrigada, até a próxima.


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