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História The Star Inside Of Me - Sozinha.


Escrita por: Mandts

Notas do Autor


Espero que você goste, se achar erros não hesite em me dizer!

Capítulo 2 - Sozinha.


Fanfic / Fanfiction The Star Inside Of Me - Sozinha.

    Comecei meu dia normalmente sempre chegava meia hora adiantada na escola pois meu pai tinha que trabalhar cedo. Chegando lá avistei o intercambiário sentado no fundo da sala novamente, por um momento uma pequena curiosidade surgiu em mim sobre ele. 

 

-Bom dia – ele disse debruçado em sua carteira sem olhar para mim. Deduzi que ele estava falando comigo já que não havia mais ninguém na sala. 

 

-Ah, bom dia – murmurei, me sentando e colocando minha bolsa ao meu lado. 

 

-Meu nome é Izra caso não se lembre – ele continuou a conversa ainda debruçado porém virando a cabeça em minha direção - E o seu? 

 

Aquele momento com o sol da manhã batendo em seu rosto fez com que eu observasse o quão bem desenhado eram seus traços, o quão azuis eram seus olhos e como seu cabelo castanho claro chegava a ser quase um loiro, e isso me fez demorar um pouco para responder sua pergunta. 

 

-Gienah – falei em um tom que poderia ser considerado "seco".  

 

Esperava que ele não tivesse notado que eu o encarei muito. Estava tirando meu livro "Os Humanos" de Matt Haig de minha mochila quando lembrei do que havia acontecido ontem. Como tinha me esquecido?! Devia ter sido o sono. 

 

-Espera – Izra ainda estava na mesma posição me olhando, isso me incomodou um pouco mas continuei - Você me deu tchau ontem? 

 

-Como assim? -Indagou sem demonstrar nenhuma reação 

 

-Ontem, quando você estava saindo da sala, você falou "Tchau Gienah" ? 

 

Ele levantou a parte do seu corpo que estava debruçada na carteira e hesitou por um momento com uma cara surpresa e ao mesmo tempo confusa. Mas rapidamente aquela expressão se fechou. 

 

-Não, porque? Como poderia sem saber seu nome? 

 

-Por nada, pensei que tinha ouvido algo – legal, agora mais uma pessoa me acha estranha. Incrível Gienah incrível. 

 

-Interessante, já está tão apaixonada assim por mim? 

 

-Perdão? -olhei para ele com uma cara assustada e acho que ele percebeu, quem aquele garoto achava que era? 

 

-Estou brincando – ele deu uma risada leve, julguei ela como uma risada nervosa e depois apontou para minha mochila aberta – Que livro é esse? 

 

-"Os Humanos" - respondi o tirando da bolsa e colocando em cima da minha mesa 

 

-Fala sobre o que? - Não sabia se ele estava apenas puxando assunto ou se estava realmente interessado. 

 

-É meio que um diário de um alienígena que vem para terra no corpo de um matemático para destruir uma descoberta importante. 

 

-Mas como assim ele veio no corpo de um matemático? - ele se apoiou em um dos braços e ficou me encarando. 

 

-Ele abduziu o homem - respondi abrindo o livro e me escondendo atrás dele. 

 

Talvez ele percebesse que eu não estava muito afim de conversar, ainda mais depois dele falar que eu era apaixonada por ele. Felizmente funcionou , ele voltou a ficar debruçado na carteira. 

Estava tudo certo para mim, faltavam-se 5 minutos para a aula começar e a sala já estava cheia. Kendra havia chegado, só percebi que ela estava do meu lado pois sua bunda estava quase na minha cara, mas o livro me poupou de ver uma cena horrível. 

 

-Oi Izra! Meu nome é Kendra. 

 

-Oi, tudo bem? - ele respondeu. 

 

Não conseguia ver o que estava acontecendo, pois um "obstáculo" não me permitia, mas pelo jeito ele havia acabado de acordar. Como alguém consegue pegar no sono tão rápido? 

 

-Então Izra – ela começou a falar ignorando completamente sua pergunta – Quinta-feira agora vai ter uma festa em casa e você está totalmente convidado para ir! 

 

"Festa, um tipo de celebração humana, com fins de socialização" eu ouvi ele falando isso, mas ao mesmo tempo ele disse outra coisa. 

 

-Legal, acho que posso ir, posso levar uma pessoa comigo? 

 

-Claro! Quanto mais intercambiários gatos melhor! - ela disse com uma voz extremamente contente e saiu deixando um pequeno papel rasgado de seu caderno com o endereço e o horário da festa para ele. 

 

Ela tinha dito isso mesmo? Talvez isso tivesse soado melhor de alguém que quisesse mesmo a presença deles por uma razão melhor, mas quem era eu para julgar. Aquelas palavras que eu escutei e que ao mesmo tempo não saíram da boca de Izra me deixaram extremamente confusa, o que estava acontecendo comigo? Eu estava ficando louca? 

 

Aquele dia era uma Terça-Feira, estava fazendo uma lista mentalmente do que iria fazer. "Passear com a Kitty, estudar, lavar a cabeça e a melhor coisa: dormir." 

 

 

As aulas tinham se passado depressa. Não sei o que aconteceu com o tempo aquele dia, ele apenas estava estranho, nublado e frio. Quando cheguei em casa fiz tudo diferente conforme minha lista mental, a única coisa eu consegui foi estudar. Queria ter passado minha tarde com minha cachorra, mas isso estava fora de questão, ela estava com meu pai, "trabalhando" na polícia. 

 

 Meu pai trabalhava quase o dia todo, e ficar com a casa só para você praticamente o dia todo é um sonho para a maioria dos adolescentes "normais" já que eles amam dar festas e tudo mais; mas como você já deve ter percebido eu não me encaixo muito neste padrão, na verdade eu tenho uma certa repugnância em relação aos rótulos que a humanidade atribui para si própria. Em resumo, acho que não gosto de ser chamada de "humana". Não me importava de ficar sozinha, eu gostava mesmo de me isolar, e o fato de morar dentro de uma floresta (literalmente dentro) fazia com que me sentisse melhor. 

 

Estava sentada em minha escrivaninha escrevendo no meu livro quando a minha porta foi aberta. 

 

-Boa noite! - meu pai disse, apenas com a cabeça para dentro de meu quarto 

 

-Boa noite. - respondi direcionando meu olhar para a porta 

 

Ele estava vestindo o uniforme de trabalho e segurando uma caneca de chocolate quente. 

 

-Posso entrar? 

 

-Claro - virei a cadeira na qual estava sentada, ficando assim de frente para meu pai que se sentou na minha cama - Você está bem? 

 

Estava meio óbvio para mim que havia alguma coisa que ele queria conversar comigo, e era sério. Desde que Jorge me adotou a 16 anos atrás, ele tem essa mania de me trazer uma caneca de chocolate quente com marshmallow na tentativa de amenizar a seriedade de uma conversa que esta por vir. 

 

-Estou bem, e você? - ele se inclinou me dando a caneca. 

 

-Sim – respondi aceitando a bebida – Obrigada. 

 

Dei um gole e segurei o recipiente de porte médio que estava morno com minhas mãos, o apoiando em minhas pernas, esperando assim ele dar o primeiro passo. 

 

-Gienah minha filha, você sabe que eu te amo né? 

 

-Claro pai, porque está perguntando isso? Eu também te amo. 

 

Ele passou a mão em seus cabelos rasos se inclinando um pouco para frente e depois olhou para mim. 

 

-Desde o dia que sabe lá quem te deixou na frente de casa, foi o melhor dia de minha vida. Eu sei que nunca te dei detalhes sobre isso, mas é que eu realmente não tenho muitos. Só quero te dizer querida, que você é capaz de tudo, você é muito mais do que pensa 

 

Sentia um pouco de tristeza e preocupação em seu tom de voz. Não entendia o porque dele estar dizendo tudo aquilo de repente. Ele estava prestes a falar algo a mais, porém seu celular tomou sua atenção. 

 

-Alô? - ele atendeu – Sim, sim... mas agora?! Aonde? 

 

-O que foi? - perguntei para ele que estava aflito. 

 

Meu pai se levantou da cama em um pulo, como se tivesse descoberto algo 

 

-Filha eu tenho que ir, não saia de casa ok? - ele disse beijando minha testa. 

 

-Mas á essa hora? - olhei para o relógio eram 22 horas - Você acabou de chegar... 

 

-Faz parte do meu papel – ele respondeu procurando algo nos bolsos -não precisa me esperar, até querida. 

 

-Até! 

 

Ele saiu do meu quarto e em poucos minutos ouvi as sirenes sendo ligadas e ficando cada vez mais distantes. Fui até ao banheiro tomar banho, como estava tarde não lavei meu cabelo, olhei para o espelho e percebi que não estava tão ruim assim. O fato dele ser loiro e meus olhos serem verdes me diferenciava totalmente de meu pai, que tinha o cabelo escuro e a pele bem morena, o que me fez descobrir que era adotada. Aquilo não me incomodava, eu amava Jorge, porém de algum modo eu me sentia vazia. 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler. :)
_ A


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