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História The Starry Sky - One Shot


Escrita por: EunhaeIsReal

Notas do Autor


Oi! Essa é a primeira história que eu posto aqui, então ficaria muito grata se avaliassem e deixassem um comentário! Por mais simples que seja! Me ajudará muito à melhorar ❤
Obrigada e boa história!

Capítulo 1 - One Shot


O barulho da chuva contra o vidro parecia fazer um estrépito ensurdecedor. Cobri meus ouvidos com o travesseiro e revirei-me na cama, de modo que meu rosto ficasse de frente para a porta do quarto. Ver as luzes entrando pelas frestas me acalmava. Como se de algum modo pudessem aquietar a dor que a ausência dele causava-me.

Seokjin... - Sussurrei para mim mesmo, para assegurar que jamais esqueceria daquele nome. Seu rosto começou a iluminar-me a mente: a face pálida e simétrica de um anjo esculpido pelo artista mais vigoroso e cauteloso. Os cabelos loiros e macios. Os lábios cheinhos e rosadamente provocativos. O sorriso caloroso que conseguia fazer todas as mágoas sumirem do meu coração. Aquele garoto era meu anjo. E agora eu iria perdê-lo...

As lágrimas escorreram por meus olhos antes que eu as detivesse. Eu não conseguia mais controlar. Tinha que vê-lo nem que fosse pela última vez. Levantei da cama e vesti-me rapidamente, ainda tinha alguns minutos. Saí correndo pela rua fria, deserta e escorregadia; torcendo para que chegasse a tempo de vê-lo. Adentrei o hospital ignorando todos os olhares suspeitos e indiscretos. Caminhei até a recepcionista que me deu um olhar de reconhecimento que logo virou compadecido, apontou-me a sala e apertou meu braço levemente em conforto. Agradeci e abri a porta suavemente. A sala parecia tão fúnebre e melancólica, indigna da presença daquele garoto que a habitava. Seus olhos automaticamente encontraram os meus em surpresa, estava diferente do que me lembrava, bem mais magro e frágil. Porém seus olhos continham aquele brilho único e amável.

- O quê faz aqui? - Disse com a voz falhada e rouca. - Eu pedi que me esquecesse, Namjoon. - Seu tom tornou-se ríspido e trêmulo, ele já não conseguia esconder o próprio sofrimento - Não quero que me veja assim...

Caminhei até ele, e sentei na beirada da maca, mas Jin sequer olhou-me. Manteve a cabeça virada na outra direção, como se tentasse evitar-me.

- Eu não me perdoaria se abandonasse você... - Segurei sua mão entre as minhas - Desculpe, mas não posso cumprir minha promessa. Não posso te deixar ir assim. - Ele balançou a cabeça veemente.

- Só vai ser mais doloroso... - Agora as lágrimas inundavam seu rosto, fazendo seus olhos ficarem inchados e vermelhos.

- Não tem nenhuma maneira de fazer isso doer menos para nenhum de nós dois - Ele permaneceu relutante, então segurei seu rosto entre minhas mãos para que olhasse pra mim - Por favor, Jin. Eu disse que ficaria ao seu lado em qualquer que fosse o momento. Quero estar com você até o último segundo. - Aproximei meu rosto do seu, colando nossas testas - Amo você.

- Também amo você. Mais do que já amei alguém - Nossos lábios se encostaram em um selinho demorado e apaixonado. Só de imaginar que não sentiria seus lábios novamente, meu coração chegava a estremecer.

Passamos a noite inteira juntos, abraçados, sentindo a respiração e o calor do corpo um do outro. Eu sabia que em algum momento breve aquilo acabaria, mas há segundos que de tão bons fazem-se eternos. E aquele foi um desses. 

Não houveram últimas palavras, pois estas são vazias e facilmente levadas pelo vento. Apenas os gestos ficaram, os longos olhares que diziam tudo e mais um pouco do que sentíamos. A tristeza pareceu distante, como se não existisse. 

Nossos corações batiam em uníssono como uma lenta melodia de despedida. E quando Jin foi-se em meus braços, dei-lhe um último beijo e deixei que a dor voltasse ao seu lugar. Não era apenas o luto de quem havia perdido o amor da sua vida, mas sim uma parte fundamental de si mesmo. 

Prosseguir sem tê-lo por perto era como andar por uma estrada escura e vazia, mas percebi que estava sendo estúpido em considerar isso. 

Jin jamais morreria para mim. 

Enquanto eu vivesse e o amasse, ele seria o meu céu estrelado, me guiando por qualquer lugar que eu quisesse ir até finalmente encontrá-lo. Eu sabia que onde quer que ele estivesse, jamais me deixaria na escuridão.


Notas Finais


Obrigada por ler! E espero que não queira me matar...


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