1. Spirit Fanfics >
  2. The Story About Us >
  3. Capítulo Único

História The Story About Us - Capítulo Único


Escrita por: Rocker-

Notas do Autor


Sendo um spin-off da minha short fic com o Newt, The Glue, essa one shot já está escrita há MUITO tempo. Entraram outras prioridades, por isso ficou aqui guardadinha aqui por mais de um ano, mas finalmente decidi postá-la. Espero mesmo que gostem. Pra quem leu The Glue, acho que vão adorar a one shot, mas pra quem não leu, vou deixar o link nas notas finais.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction The Story About Us - Capítulo Único

The Story About Us

Capítulo Único

Written by Rocker

- Não sei se me assusto com o modo que falou com os Criadores ou com minha blusa que ficou gigante em você. – disse Newt, rindo enquanto recebia um tapa de Frankie no braço.

O sorriso não saía de seu rosto enquanto olhava apaixonado para sua namorada.

- Bobo. – resmungou Frankie ao fazer um nó com a blusa na altura do quadril.

Newt riu, segurando a cintura dela e puxando-a contra si.

- Quanto tempo acha que ainda temos? – sussurrou Frankie, levando as mãos ao cabelo dele.

- Tempo suficiente. – ele disse antes de beijá-la.

 

- CORTA! – a voz do diretor explodiu no set e eu abri os olhos como Alice Jones, deixando Frankie na cena gravada.

Minha visão de mundo deixa de ser a da minha personagem e quem agora abraçava era Thomas Sangster, sujo de terra em seu figurino de Newt. Tommy abriu um sorriso amarelo antes de me soltar e desencostar da árvore que fazia parte do cenário. Suspirei, emocionalmente cansada de tudo isso. Apesar de ser meu melhor amigo, Thomas sempre tinha a mesma reação depois de gravarmos alguma cena, digamos, mais romântica.

- Vamos precisar repeti-la? – perguntei, virando-me para Wes e vendo quase toda a produção do filme ali atrás dele.

Inclusive os atores. Kaya conversava baixinho com Will, Aml e Blake enquanto Dylan ria de algo que Ki Hong lhe falara.

- Essa cena não. – respondeu Wes, fazendo-me voltar minha atenção para ele. – Então fica faltando só a cena da chegada da Frankie e do Thomas.

- Fechamos por hoje? – perguntou Thomas, já começando a se afastar e seguir até Dylan.

- Sim, estão liberados. – Wes disse, e Kaya correu até mim.

- MEU DEUS, GAROTA! – ela berrou, pulando em cima de mim e me abraçando forte. – A química de vocês podia ser sentida de longe!

Arregalei os olhos e tapei a boca de Kaya enquanto a arrastava para longe dali. Todos nos encaravam – alguns poucos achando-nos loucas, mas a maioria já estava acostumada com coisas assim, afinal, eu quase sempre estava arrastando Kaya para algum lugar. Puxei-a para dentro do trailer que tinha meu nome na porta e fechei rapidamente. Meus batimentos cardíacos estavam acelerados e meu coração parecia querer perfurar meu peito.

- Você tá doida?! – exclamei, tentando não demonstrar todo o meu nervosismo naquele momento.

- Oras, por que eu estaria? – ela perguntou cinicamente, jogando-se no sofá pequeno e fingindo mexer nas unhas.

- Não se fala uma coisa dessas na frente de Thomas. – resmunguei, jogando-me no sofá ao lado dela e cruzando os braços.

Kaya soltou uma gargalhada.

- Aposto que você gostou. – caçoou ela, dando uma cotovelada em minha costela.

- Ai, isso doi! – resmunguei novamente, enquanto ela revirava os olhos. – E não, não gostei.

- Duvido muito, apaixonadinha. Seus olhos brilharam quando tiveram que se beijar. – Kaya comentou e, por mais que eu quisesse bater nela, um sorriso bobo e sonhador se formou em meus lábios, dispersando toda a raiva e desconforto. – Eu te disse! – ela exclamou, como se tivesse me pego no flagra.

- Tá, chega de sonhar, Kaya. – joguei um travesseiro em seu rosto enquanto ela ria. – Ele é meu melhor amigo, então sei que não sente o mesmo.

Kaya deu de ombros para minha crise. – Você que pensa!

- Chega, amiga, preciso tirar esse figurino e tomar um banho.

- Okay, fique bem bonita para o Sangster. – brincou ela, já indo até a porta.

- Traíra! – exclamei, jogando uma almofada contra ela, mas ela já tinha ido.

~*~

Depois que eu tomei um banho rápido, a roupa que eu coloquei era tão simples quanto os figurinos que eu usava em frente às câmeras – uma calça jeans, coturnos e uma camisa do Nirvana. Meu cabelereiro e minha maquiadora já tinham ido, então peguei minha bolsa e fechei meu trailer. Quando me virei para ir embora, quase tive um ataque cardíaco.

- Não faça isso, Dylan! – adverti quando ele e Ki Hong pularam em cima de mim, com a mão no coração e esperando que meus batimentos diminuíssem o ritmo.

Eles riram de mim.

- Foi divertido! – Dylan tentou se defender.

- Não foi, não! – exclamei, dando um tapa em seu braço.

- E sua mão é pesada! – resmungou ele, acariciando o lado batido.

- Ei, sobe aí! – disse Ki Hong, virando-se de costas para mim e dobrando um pouco o joelho.

Arregalei os olhos. – Vai me carregar até onde?

- Até o hotel! – ele disse, como se estivesse dizendo que comeu pizza hoje.

- Ele é, tipo, a algumas quadras daqui. – disse Dylan, em tom de aviso.

- Não tem problema nenhum. – afirmou Ki Hong. – Vai subir ou não vai?

Não perdi tempo e pulei em suas costas, encaixando as pernas ao redor de sua cintura.

Ele arfou.

- Não ouse dizer que estou pesada, senão te abandono e vou com Dylan! – exclamei antes que ele falasse em qualquer coisa, e Dylan riu.

Então fomos os três juntos, e que nem consegui contar quantas pessoas nos olharam como fossemos doidos por culpa dos gritos e das risadas.

~*~

Meus planos para a noite eram apenas ficar no quarto de hotel e assistir uma maratona de Game of Thrones, mas percebi que deveria cancelá-los assim que ouvi uma batida na porta. Gemi em contradição, irritada por ter que levantar de debaixo das cobertas. Mas eu tinha que fazê-lo, então chutei elas para longe depois de colocar o notebook de lado e me arrastei como zumbi até a porta do quarto de hotel.

- Tommy? – exclamei, assustada ao vê-lo ali.

- Oi, Lice. – ele sorriu sem graça, mas meu sorriso foi largo ao ver meu melhor amigo parado diante da minha porta e me chamando pelo apelido que só ele podia me chamar.

- Entra! – chamei, e ele entrou no quarto, ainda parecendo extremamente desconfortável. E ele, apesar de ser por quem eu era apaixonada, era meu melhor amigo. Eu sentia-me magoada ao vê-lo assim perto de mim. – A que devo a honra de sua visita? – perguntei, tentando não deixar minha voz tão quebrada quanto meu coração.

- Wes pediu que avisasse para chegar mais cedo amanhã. – ele disse cautelosamente, exatamente como vim agindo comigo desde que começamos a gravar cenas de Newt e Frankie juntos. – Ele disse que teremos que regravar a cena de hoje.

Franzi o cenho, confusa.

- E por que não me mandou mensagem? – perguntei e ele deu de ombros.

Eu não tive coragem para falar nada, começando a ficar também desconfortável. Foi quando ele começou a ir em direção à porta.

- Espera, Thomas, não vai. – pedi, segurando-o pela mão. – Por que está agindo estranho comigo?

- Não estou. – ele negou, ainda de costas para mim.

- Claro que está, desde a cena da anestesia! – bati o pé, começando a me irritar.

Thomas finalmente se virou para mim, suspirando. – Lice, você não entende...

- É claro, você não me explica! – eu já estava a ponto de explodir. – Ciúmes de namorada não é, você e Isabella terminaram há mais de um mês!

- Alice, não é isso... – ele tentou dizer, mas eu já estava fora de mim.

Larguei a mão dele com força e comecei a andar de um lado ao outro, como se isso pudesse segurar e amenizar minha raiva; enquanto meu corpo fervia e eu me sentia inquieta, toda palavra que surgia em minha mente saía diretamente pela minha boca.

- Olha aqui, Sangster, você pode fazer o que quiser, menos me tratar assim! Que drama que você faz! Sou sua melhor amiga, seu imbecil! Tem ideia de como dói?! O cara que eu amo me ignora porque teve que me dar um beijo técnico! Tem ideia de como isso...

Eu teria continuado a reclamar, se eu não tivesse sido interrompida.

Por seus lábios.

Minha primeira reação foi o choque, mas logo percebi ele poderia se afastar em questão de um piscar de olhos. Então reuni toda a minha coragem – e admito, um pouco de loucura também – e entrelacei meus braços atrás de seu pescoço, impedindo-o de se afastar de mim. Contrariando todas as minhas expectativas, Thomas não se afastou – pelo contrário, ele circundou minha cintura com seus braços e me puxou contra seu corpo como se sua intenção fosse fundir nossas peles e nos transformarmos numa só pessoa. O beijo foi quente, nossas línguas lutando por território e, mesmo que eu me visse perdendo tal batalha, eu me sentia completamente rendida à ele e às emoções que ele me proporcionava. Quando nos afastamos, ainda de olhos fechados, eu sentia sua respiração quente e ofegante contra meu nariz. O beijo havia sido feroz, e foi com certeza o melhor que já tive em toda a minha vida.

- Lice. – chamou Tommy baixinho, sua respiração mal chegando até meu nariz pela diferença de altura, mas mesmo assim que a sentia por ainda tê-lo tão perto de mim. Dei graças por ele estar me segurando ainda, pois sua voz rouca e baixa abalou todas as minhas estruturas. – Olha para mim.

Mesmo hesitante e receosa, eu abri meus olhos – apenas para me perder nos seus, tão carinhosos.

- O que você disse era verdade? – ele perguntou, e um brilho único surgiu em seu olhar.

- O que eu disse? – perguntei, fazendo-me de inocente mesmo que eu tivesse uma ligeira ideia do que se tratava. Mas eu não tinha culpa. Aquele beijo me deixou completamente fora de mim.

- A parte a que se refere sobre “o cara que eu amo”. – Thomas repetiu, abrindo um sorriso irônico para mim.

- Então né... – afastei-me de seus braços, coçando a nuca de vergonha enquanto procurava por algum jeito de escapar da encrenca que eu mesma havia me metido. – Sobre isso...

É, eu estava completamente perdida. E ferrada. Muito, muito ferrada.

- Ei! – Thomas me puxou pela mão novamente contra si. Meu coração acelerou ainda mais e eu esperava que ele não o ouvisse. Tommy então abriu um sorriso torto, aquele que pode não ter trago paz ao mundo, mas que trouxe uma quietude plena a meu coração. – E se eu disser que, tudo isso que você chamou de drama foi porque o tal beijo técnico me trouxe sentimentos que eu não pensei que sentiria por minha melhor amiga e que eu queria que não fosse tão técnico assim?!

Meu sorriso se alargou, sendo acompanhada pelo dele. Não perdi antes de segurar sua nuca e puxá-lo novamente contra mim para tomar seus lábios. Apesar da ansiedade que eu sentia em querer beijá-lo cada vez mais, o beijo dessa vez foi calmo, apenas explorando e conhecendo melhor o outro. Foi intenso, e poderia durar a eternidade.

- Que bom então que eu não fui a única a pensar e querer o mesmo. – murmurei entre o beijo, e senti-o sorrir sobre meus lábios antes de puxá-lo novamente para mais um beijo.

- Hm. – ele resmungou durante o beijo, e quase gemi em frustração. Agora que eu podia, não queria mais parar de beijar aqueles lábios finos. – Você estava vendo Game Of Thrones?

Eu ri, desde das pontas dos pés e parando na minha mísera altura de quase quinze centímetros menor do que Thomas. Olhei para a tela do notebook, que nem percebi que coloquei voltada para a porta, e vi que deixei a tela na abertura do episódio.

- Talvez... – respondi, mordendo o lábio inferior.

- Qual temporada? – Thomas perguntou, e parecia querer antecipar o riso.

Revirei os olhos, mas o sorriso em meus lábios não condizia com tal ato.

- Terceira.

- Podemos deitar na cama e fingir que somos um casal romântico normal enquanto vemos minha belíssima atuação numa das maiores séries de todos os tempos? – ele perguntou, arqueando uma sobrancelha.

A gargalhada foi inevitável.

- Não posso fazer nada senão aceitar. – respondi-lhe.

Thomas entrelaçou nossos dedos e me puxou em direção à cama. Costumávamos assistir GOT juntos, como melhores amigos, enquanto todos diziam que parecíamos um casal ali, abraçados e juntos. A diferença para aquela situação não era grande – só que agora realmente estávamos como um casal.

~*~

- Não sei se me assusto com o modo que falou com os Criadores ou com minha blusa que ficou gigante em você. – disse Newt, rindo enquanto recebia um tapa de Frankie no braço.

O sorriso não saía de seu rosto enquanto olhava apaixonado para sua namorada.

- Bobo. – resmungou Frankie ao fazer um nó com a blusa na altura do quadril.

Newt riu, segurando a cintura dela e puxando-a contra si.

- Quanto tempo acha que ainda temos? – sussurrou Frankie, levando as mãos ao cabelo dele.

- Tempo suficiente. – ele disse antes de beijá-la.

 

- CORTA! – a voz de Wes cortou o ar na manhã seguinte, mas, diferentemente do dia anterior, eu não me afastei de Thomas.

E nem ele se afastou de mim.

Eu não havia saído da personagem, e continuava a beijar Thomas – num beijo não tão técnico.

- EU DISSE CORTA, GALERA! – Wes berrou de novo, mas tudo o que fizemos foi rir durante o beijo antes de retomá-lo.

Thomas apertou-me contra seu corpo, como se tentasse aproveitar ao máximo aquele momento antes que as zoações e provocações começassem. E não demorou muito para isso acontecer.

- Finalmente, hein, passou de hora! – berrou Kaya.

- Quero ser padrinho! – adiantou-se Dylan.

- MEU DEUS, O LOIRO TOMOU ATITUDE! – Ki Hong me fez rir durante o beijo.

Enquanto os outros apenas gritavam coisas aleatórias e assobiavam, eu mandei o dedo do meio para todos, querendo apenas aproveitar o fato de que estava nos braços de Thomas Sangster.

E foi o que fiz.

Voltei a beijar aquele que estava fazendo um bom papel de namorado – quase tão bom quanto fazia o de melhor amigo.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...