História The Story of Us (Nian) - You should fight for the man you love

1 ano depois

- Vou sentir sua falta, filha. – minha mãe me dá um abraço apertado. – Cuide-se e venha nos visitar sempre que puder.

Dou um abraço em meu pai, que já está chorando.

- Ei, pai. Vou estar aqui do ladinho, Los Angeles não é tão longe.

Ele concorda com a cabeça, enxugando as lágrimas.

- Certo. – ele diz. – Amamos você.

Sorrio.

- Também amo vocês.

Segui na direção do avião que me levaria de volta à cidade dos anjos. Depois de um ano fora, estou nervosa para começar a trabalhar de novo. Nesse meio tempo recusei tantas séries e filmes para fazer que me sinto totalmente deslocada desse mundo.

Por outro lado, o sucesso da última temporada de The Vampire Diaries foi gigantesco. Todos os fãs amaram a participação de Elena e isso me deixou muito feliz, é uma pena que tenha acabado.

Sento confortavelmente em uma poltrona do avião e adormeço.

**

A viagem não foi tão longa, mas dormi tão profundamente que só acordei quando uma aeromoça me cutucou anunciando a chegada.

Dou apenas dois passos no aeroporto e vejo um grupinho de fãs correndo em minha direção. Eles são realmente muito espertos.

- Ah meu deus! Nem acredito. Eu te amo, Nina. – diz uma menina baixinha, que aparentava ter uns doze anos.

Dou um abraço nela e em todos os outros que estão lá, e tiro fotos com todo mundo.

- Muito obrigada por tudo. – digo. – E não se preocupem, voltei para ficar.

Assim que termino de atender meus queridos fãs, vou direto para o carro. O meu carro, com o meu motorista. Como senti falta disso.

- Olá, senhorita Dobrev.

- Oi Ken, quanto tempo. – sorrio e não consigo deixar de pensar em quantas celebridades são más com seus motoristas, empregadas ou secretárias. Mas eu penso que, sem eles, eu não seria metade do que sou.

- Quer ir direto para casa ou quer passar em algum lugar? – Ken pergunta.

Penso um pouco, casa seria ótimo. Mas estou morrendo de saudades de Candice e gostaria muito de ir visitá-la antes, até porque nem avisei para ela que eu voltaria hoje.

- Você pode ir para a casa de Candice, por favor.

- Certo. – ele diz.

**

Assim que o carro estaciona na frente da casa de Candice, percebo que ela está em casa por seu carro estar estacionado na frente da garagem.

- Você pode dar uma volta, Ken. Provavelmente vou demorar. – digo ao motorista. Ele concorda e eu desço do carro.

Paro na frente da porta, decido entrar de fininho para dar um susto nela. Entro, torcendo para que a porta não faça nenhum barulho, e ela não faz.

A casa está exatamente como eu lembrava, a decoração clássica que Candice adora, as paredes em cores pastéis.

Ouço vozes vindas da cozinha, deslizo o mais devagar possível para lá.

- ... isso é ótimo, estarei lá. – é a voz de Candice. É uma ótima hora para eu entrar na cozinha.

- Oi! – entro na cozinha gritando.

Hoje definitivamente não é meu dia de sorte. Candice não está sozinha em casa, eu devia ter percebido. Minha amiga loira está sentada na mesa, me olhando surpresa. E na frente dele, está Ian Somerhalder.

Ian parece sem reação ao me ver.

- Nina! Ai meu Deus! – Candice levanta e vem na minha direção, me abraçando. – Você não me contou que viria hoje!

- Bom, estou aqui agora. – falo.

Olho para Ian, ele levanta e me encara.

- Olá, Ian. – digo.

Ele vem na minha direção. Ian está muito melhor do que da última vez que o vi.

- Oi, Nina. É bom te ver.

Concordo com a cabeça. Isso é tão estranho. Ian parece leve, ele não tem mais aquela energia pesada que eu sentia sempre que ele estava por perto.

- Espero que esteja feliz em estar de volta. – ele diz.

- Eu estou feliz. – digo com um sorriso. Ele também sorri.

- Nina, precisamos colocar o papo em dia. – Candice diz me abraçando de novo. – Senti tanto sua falta. Vou chamar Kat.

Ela desapareceu pela porta da cozinha como um flash. Candice continua a mesma.

- Então, como você está? – pergunto para Ian.

- Bem. – ele diz. – Quer dizer, muito bem.

De repente, lembro da carta que Ian me mandou à um ano atrás. Eu li e reli várias vezes, mas não havia nada que eu gostaria de falar, então eu apenas guardei-a no fundo da minha gaveta e esqueci.

Mas decido não comentar nada sobre isso, somos pessoas diferentes, consigo perceber isso.

- Bom... – ele quebra o silêncio. – Vou deixar vocês conversarem. Eu já estava de saída mesmo. Até mais, Nina.

- Até mais. – digo.

Tudo bem, isso foi tão estranho. É como se fossemos completos estranhos.

Eu sei que faz um ano que não nos falamos e que nosso último encontro não foi dos melhores. Além de que, desde que escrevi aquela carta dizendo que eu ainda o amava, eu não tinha o visto mais. Mas, com certeza, eu esperava uma recepção mais fria da parte dele.

- Kat vai vir! – Candice diz correndo em minha direção. – Cadê o Ian?

- Ele já foi. – digo.

- Não vá me dizer que vocês brigaram, por favor!

- Claro que não. – eu digo. – Na verdade, ele foi gentil até.

Candice arqueia as sobrancelhas.

- Para quem não falou de você pelos últimos doze meses, isso é surpreendente.

- Ele nunca mais falou de mim? – não consigo evitar a pergunta.

- Não, nadinha. – ela suspira. – Acho que é por causa da Nikki, agora que eles estão noivos de novo e...

- Espera, o que você disse?

Candice tapa a boca com as mãos.

- Ian vai casar com a Nikki? Depois de tudo? – pergunto, incrédula.

- Bom, sim. Nikki disse que só falou todas aquelas coisas e ameaçou você porque estava com problemas psicológicos, assim como Ian. Ela cuidou dele em todos os dias que ele estava na clínica, e quando ele saiu, ela se internou. Desde então, eles estão juntos novamente.

- Como ele pôde? Aquela mulher é...

- Nina, é sério. Ela está irreconhecível.

- Só acredito vendo. – falo, cruzando os braços.

- Ela disse que vai te convidar para o casamento.

Franzo o cenho. Nunca que eu iria nesse casamento. Ian continua cometendo o mesmo erro de novo e de novo.

 - Nina, você ainda ama ele? – Candice perguntou.

Ninguém nunca me perguntou isso tão diretamente. Eu não podia mentir para minha melhor amiga. Mas se eu dissesse que sim, seria verdade? E se eu dissesse que não, seria verdade? Porque ultimamente nem mesmo eu sei sobre meus sentimentos.

Suspiro.

- Eu... acho que sim.

- Então, por favor. Faça alguma coisa, nós duas sabemos que ele sempre amou e sempre vai amar você. Não deixe ele ir, Nina, por favor.

Fecho os olhos e penso. Com Ian é complicado, mas e se ele for a pessoa que estou destinada a amar para sempre? Não posso simplesmente deixá-lo, como sempre faço, certo?

- Você deveria lutar pelo homem que você ama. – ela continua.

- Tudo bem. – digo. – Eu vou lutar por ele.

Eu vou lutar por Ian.