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História The Sun and The Moon - 1


Escrita por: universetoddy

Notas do Autor


Olá pessoas eu me chamo Mari e essa é a minha primeira fic publicada. Eu sempre gostei de ler fics, e um dia desses ai eu estava entediada e decidi começar a escrever. A imaginação fluiu e com muito custo decidi postar.
De coração espero que gostem da história e comentem suas opiniões sobre o que poderia ser mudado ou reformulado.
Favoritem e mostrem pros seus amigos, namorados..enfim uheuhe pra todo mundo. Eu serei eternamente grata.
Boa leitura e até mais.

Capítulo 1 - 1


- Taylor

Manhã. Trabalho. Rotina. Todos os dias eram assim, todos mesmo. Casa, trabalho, casa. Eu realmente estava ficando solitária, e eu não estava tendo escolha. Meus amigos cresceram, mudaram de cidade e eu continuei aqui, na mesma cidade, na mesma casa. Não que isso seja vergonhoso, eu estava feliz ali sozinha, mas já estava virando rotina um vizinho veranista rir da minha cara, e logo depois, outro rir junto. Um saco.

- Você tem que sair dessa vida. - suspiro e me olho no espelho.

Eu não era bonita, nem tão pouco feia. Na minha adolescência adotei o cabelo loiro estilo Meninas Malvadas, e pintava as unhas de rosa .Usava brincos grandes ou maquiagens extravagantes. Hoje em dia não cuido muito dos meus cabelos por preguiça e apenas passo base para  não parecer que acabei de acordar quando vou trabalhar. E em falar em trabalho, se tinha uma coisa que eu gostava bastante de usar a blusa do trabalho, uma polo azul clara que deixava minha pele morena bem bonita podemos dizer assim.

O mercadinho na esquina perto da minha casa, foi meu primeiro trabalho, na verdade, o único. Eu ia lá, ajudava as pessoas, via os veranistas novos (esses não eram tão babacas) e até ganhava um dinheiro. Quando eu parei de estudar, eu não sabia no que ia trabalhar, então simplesmente montei um currículo falso e decidi deixar lá. Eu me lembro como se fosse hoje quando Rob, o gerente, me  olho e deu um sorriso meia lua: "Claro, você está contratada.. mas por favor, pesquise currículos melhores, esse está muito na cara.", eu lembro de darmos uma pequena risada, coisa de três ou quatro minutos, mas o suficiente para eu confiar nele como se fosse da minha família.

    -

"Tay, já pode voltar para a terra menina", Rob me chama de maneira animada, que me faz despertar do transe que eu estava, contado às notas que restavam no caixa velho (eu sempre dizia para ele trocar, mas quem disse que ele me escutava?).

"Eu estou aqui Rob", levantei uma das mãos parecendo que estávamos em uma brincadeira de pique-esconde, e finalmente eu estava aparecendo depois dele me procurar tanto.

"Acho que por hoje já esta  bom ..vai para casa", era engraçado o modo como ele achava que ficava cansada, o mercado não tinha movimento, e mesmo assim ele sempre dizia isso.

"Não precisa me liberar cedo, eu sei que você quer uma revanche daquela partida de dominó", soltei uma risadinha abafada, enquanto via  ele revirar os olhos rindo comigo.

"Lembrando que eu deixei você ganhar", ele meio que me ameaçou , o que me fez rir mais ainda.

"Pode deixar que não vou tirar sua masculinidade", saio do balcão ainda rindo por conta da piada, enquanto vejo uma moça entrar no mercado.

"Desculpa, mas estamos fechados", diz Rob enquanto eu viro para pegar algumas caixas para coloca-las lá atrás.

Depois do aviso do Rob, alguma coisa aconteceu. Enquanto eu colocava as caixas no depósito achei ter ouvido algumas discussão, mas não dei bola de primeira. Era sábado à tarde, mercado vazio, quem iria arrumar confusão a essa hora?

"Você precisa sair daqui agora!", ouvi os gritos do Rob, e senti uma espécie de medo. Em todo tempo eu trabalhava por lá, nunca ouvi ele gritar daquele jeito, como se tivesse um monstro na loja.

Arrumei meu boné para frente e voltei para o balcão. A cena foi surpreendente . Rob estava de um lado com uma arma (eu nem sabia que ele tinha uma), apontando para uma menina, de cabelos negros, jovem por sinal, que estava parada. Ele estava suando como nunca, enquanto ela parecia uma estátua (não dava para ver direito sua face, pois um boné preto e seus cabelos cobriam seu rosto).

"Saia daqui! Me deixe em paz!", por uma fração de segundo pensei ter visto a menina me olhar enquanto eu me agachava para baixo do balcão.

"Podemos conversar quando você para de tremer tanto as pernas", uma risada muito grossa encheu o lugar, e um homem entrou. Ele parecia uma máquina de matar, tinha cabelos negros como a menina, mas parecia mais disposto a matar qualquer um que estivesse em seu caminho.

"O que?!....", Rob parecia ter perdido a cor, "Mas você está morto!!", gritava ele apontando para o homem.

"Eu tenho cara de morto?", gritou o homem. Sua voz parecia um soco, e até embaixo do balcão, eu me sentia como o Rob, mesmo sem ele me ver.

"J-Jack, nos podemos resolver isso sem derramamento de sangue..", Rob, o homem mais forte e sorridente que eu conhecia, que conseguir fazer negócio com qualquer um, e assustar moleques, estava implorando. Só podia ser brincadeira.

"Robert Robert...a muito tempo eu espero por isso",o homem, vulgo Jack, fala de modo suave, como se acabasse de comer um doce, isso era o que mais dava medo nele, você poderia até saber que ele iria te matar, mas não sabia quando.

"Jack..pelo amor de Deus..você sabe que eu não tive nada a ver com a morte do seu pai...ele se matou",Rob se explicava como se fosse suas últimas palavras, e o homem simplesmente sorria, um sorriso diabólico.

Eu não aguentava mais ouvir aquilo, meu coração dizia para eu ficar, ajudar o Rob, mas o que eu poderia fazer? Eu não tinha nada a ver com isso. Poderia sair quando bem entendesse, a porta dos fundos não estava trancada ..mas porque diabos eu não saia?

"Robert..", a menina se pronunciou, o que me fez gelar, "Diz para mim que não tem mais ninguém aqui.", ela levantou o rosto e finalmente pude ver seu rosto. Era lindo.

"O que?", disse Rob, completamente atordoado. Me encolhi mais embaixo do balcão, e entrei em desespero. Se ela me visse, eu morreria com certeza.

"Não me faça repetir", comecei a suar frio, se eu saísse agora, ela me escutaria, todo mundo me escutaria.

"Meu deus Taylor..", Rob sussurrou e desabou. Ficou de joelhos já esperando sua morte, enquanto eu fazia de tudo para não gritar.

"Seja lá quem seja você, se não sair agora eu vou matá-lo",a menina nem tinha gritado e parecia que ela usava um megafone. Ela tirou da cintura (muito definida por sinal) uma faca, e se aproximou do Rob. Como se soubesse aonde eu estava, ela olhou pro balcão. Seus olhos eram verdes, mas eu juro, ficaram pretos. Pareciam duas bolas de gude, como uma animal observando sua presa.

"Não saia de onde você está", Rob gritou enquanto ela já começava a colocar a faca em sua garganta sem mais nem menos," Eu amo você, tenha uma bo..", Rob teve sua cabeça explodida. Eu entrei em choque, não sabia se chorava, ou mordia mais minha mão. O tiro, não veio da faca da menina, era óbvio, mas sim da arma do Jack.

"Ele sempre falou demais", ele respirou o ar que saia da arma, parecia um maníaco," Finalmente morreu como um vagabundo deveria morrer", ele deu uma risada e simplesmente saiu ,"Te espero lá fora Laur".

Minha cabeça rodava, porque ele? Ele parecia ser um cara legal, que ajudava as pessoas, ele sempre me ajudou quando eu mais precisava , me deu apoio, não machucava ninguém..droga, eu estava gostando dele.

"Que babaca", a menina deixou o corpo e ia caminhando calmamente ate a porta, com certeza entediada com aquilo tudo,  mas parou. Eu gelei e tentei controlar o impulso de correr. Ela deu meia volta e deixou algo escrito encima do balcão e saiu.

Levantei um pouco do meu canto depois de uma meia hora chorando, tremendo e tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Olhei em volta e gritei quando vi o corpo de Rob ,tampei minha boca com as mãos e peguei o cartão que estava encima do balcão.

"Eu sei que você estava ai. Belo perfume de rosas."

Fiquei chocada com o que estava escrito, ela só podia estar curtindo com a minha cara. Não dava para ela nem saber que eu estava ali, nem o tal Jack percebeu minha presença ali, isso só podia ser um jogo.

-

- Laura

Eu já estava ficando entediada. As noites, agora passadas com meu irmão babaca, estavam me dando nos nervos. Sempre acabava com ele me levando para algum bordel (eu até que gostava, mas as meninas, umas crianças, nunca faziam nada direito).

"Que foi Laurinha?", o desgraçado deu um risada curtindo com a minha cara (ele sabia que eu odiava esse apelido).

"Cala a boca, antes que eu cale", fuzilei ele com olhar, o mesmo parecia estar se divertindo com aquilo tudo.

"Ok, ok..desculpa Laurinha.", apertei minhas mãos com força para conter o impulso de lhe cortar a garganta.

Demorou quase um eternidade para chegarmos em casa. Jack parou sem todos os postos de gasolina possíveis, só para me irritar e ficar paquerando mulheres que se achavam prostitutas. Eu nunca tive raiva dele, na verdade eu nunca tive raiva de ninguém. Eu simplesmente não aguentava vê-lo se afundar cada dia mais como se isso tudo fosse uma coisa legal, como um título. Ele já estava cansado de saber que ninguém tinha mais medo dele muito menos respeito.

"E essa vai para a puta da minha irmã", Jack derrubou umas 6 garrafas de uma vez só encima do carro. Aquilo foi demais.

"Jack entra.", tentei ficar mais calma possível, eu não podia fazer um escândalo na frente de um monte de bêbados.

"Que foi Laura? Virou minha mãe?", contei até pelo menos até 70.

"Entra na porra do carro.", ele me olhou e vi um Jack que eu jamais conheci vir para cima de mim.

"Você vai aprender como se respeita as pessoas.", ele me pressionou contra o carro já pegando a sua arma, enquanto eu apenas tentava ficar calma e começar a encarar -lo, paciência era o meu forte. "Você tem que me respeitar entendeu?", o olhei com desdém enquanto continua a o encarar.

"Entendi.", respondi completamente normal, ele já estava entrando em curto, eu sabia. Olhava pros lados vendo as pessoas, pesquisando se alguma delas estavam assustadas.

Era isso que ele fazia, achava que alguém tinha respeito por ele, por isso tentava intimidar a sua presa, esperando ela ficar com medo, assustada. Isso o fazia se sentir importante.

"Se não se importa, eu espero que você tire essa merda da minha garganta..", me ajeitei bem calmamente, "antes que eu decida se enfio essa faca na sua barriga ou não.", peguei minha faca bem afiada em segundos.

Ele se afastou me olhando ao mesmo tempo com ódio e medo. Tropeçou um pouco pra trás e fez um gesto para eu sair de perto do carro. Entrou no mesmo e saiu catando pneus.

"O show acabou galera.", fuzilei todas aquelas pessoas e as vi sair correndo, todas assustadas com o meu olhar. Sorri com tal ação e comecei a caminhar sem rumo.


Notas Finais


Se você chegou até o final eu já te amo eternamente uhehuehue. Obrigado por ler e até o próximo capítulo.


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