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História The Survival Game - 011- O Sofrimento dos Irmãos


Escrita por: LordeKoorishiro e Ryuusou

Capítulo 11 - 011- O Sofrimento dos Irmãos


Capítulo 011 – A desconfiança de Natsu

Natsu e Katsu estavam com Cherria e Wendy respectivamente, em seus colos. Como não conseguiriam levar todos de uma vez de volta para a cabana, decidiram esperar que os outros acordassem, para que pudessem ir para a cabana. Os dois irmãos não diziam nada, apenas olhavam para suas companheiras calados, enquanto acariciavam o rosto delas lentamente, uma vez que elas pareciam estar sofrendo com algum resquício de dor.

Natsu, por sua vez, estava inconformado. Como podia ter deixado as coisas chegarem as coisas chegarem a esse ponto? Seus amigos lutaram uma batalha, que foi provavelmente algo perto da morte, e ele não estava lá para oferecer suporte a eles, sem poder dar ajuda nenhuma. Sua amada Cherria estava em seus braços, e mesmo que tivesse sido curada por Haru, poderia ainda correr algum risco, afinal, Haru era uma criança sem treinamento nenhum em magia, embora era uma grande surpresa que uma criança de cinco anos como ela conseguisse usar sua magia de cura, e ainda por cima, fechar cortes feios como aquelas que sua mãe e sua tia apresentavam.

Nisso, ele olhou para Haru, e viu que a garota estava inconsciente enquanto respirava fortemente, sendo que devia ter ultrapassado os próprios limites, e Natsu se culpava por ter deixado isso ocorrer. Deveria estar cuidando de sua família, e não o fez. E se sentia mais culpado ainda por não ter a mínima ideia do que aconteceu com ele por quase uma hora inteira.

-Elas estão sofrendo ainda… - Ele ouviu a voz distante de Katsu, que estava com Wendy apoiada em um braço seu, e Haru em outro, enquanto olhava para elas com uma expressão de raiva no rosto. Nisso ele rangeu os dentes, furioso. – Onde merda eu estava que deixei isso acontecer? Que tipo de pai eu sou? Eu…

-Não foi só você. – Natsu interrompeu Katsu, que olhou para o irmão de cabelos salmão, que encarava o chão, sem ter coragem de encarar a companheira desfalecida em seus braços. – Eu também não lembro de onde estava, nem o que estava fazendo, e provavelmente, nesse tempo que estávamos apagados, tudo isso aqui aconteceu.

Katsu olhou para os companheiros, e notou que todos estavam com ferimentos e escoriações, porém as que foram mais atacadas foram Wendy e Cherria, que tiveram seus corpos atravessados pela lamina mortal do Ogro. Natsu viu Laxus se levantar aos poucos, sendo que parecia estar bem, ao menos conseguia se mover. Ele olhou para os dois, e depois olhou para o Ogro, sendo que uma grande quantidade de sangue jorrava de sua cabeça.

-Então conseguiram voltar ao normal? – Questionou o loiro, vendo os dois ficarem confusos, e se entreolharem. Ele suspirou, ficando de pé. – Não me admira que não se lembrem de nada. Afinal perderam o controle de vocês mesmos.

-Perdemos o controle? – Questionou Natsu, sem entender.  – Viramos dragões? – Viu Laxus negar, balançando a cabeça negativamente.

-Eu diria que eram mais demônios do que dragões. – O loiro disse, com um tom de ironia claramente identificável em sua voz. Os filhos de Igneel ficaram estarrecidos ao ouvirem isso. – Mas isso não importa, vamos esperar os outros acordarem, e vamos voltar para a cabana. Afinal a passagem para o próximo nível não se abriu.

Nisso, ouviram alguns gemidos de dor, e viram Charle e Happy ficando de pé. Eles pareciam feridos, e Happy tinha uma das asas quebradas, pois ela estava em um ângulo estranho, e sangrava um pouco. Charle olhava para ele desesperada, porém o Exceed parecia estar ignorando a dor de tal fratura, e conseguia ainda segurar a gata branca.

-Happy, o que aconteceu? – Natsu estava completamente eufórico ao ver o Exceed naquele estado. O rosado estava em choque. Mesmo que já tivessem visto tantos desafios, nunca acontecera do felino se ferir assim.

-O ogro bateu sua espada em uma parede, e uma pedra gigante caiu. E iria matar a Charle-chan e a Yuna, então eu pulei empurrando elas, porém quando cai, uma outra pedra menor caiu bem na minha asa. – Disse ele, segurando a dor. O gato não queria parecer fraco na frente de Charle e de Natsu. Nunca havia experimentado uma dor como aquela que sentia agora, ao ter seu membro quebrado, porém sempre viu Natsu e seus amigos se machucarem feio, sendo que nunca reclamaram.

A gatinha marrom voou e pousou na cabeça de Katsu, sendo que ela chorava uma pouco. O filho de Grandeeney se sentia mal por vê-la chorar:

-Papai Katsu, Yuna ficou com medo que não voltasse… - Disse a gata. Katsu apoiou a cabeça de Haru em seu colo, e acariciou a cabecinha de Yuna.

Charle olhava para Happy chorando, achando que a culpa tinha sida sua.

-Happy… - A gata chorava, e quando viu Wendy, com o vestido rasgado na altura do estomago, e o mesmo completamente sujo de sangue, arregalou os olhos. Ele andou até a amiga, e colocou a patinha no seio de Wendy, podendo sentir seu coração batendo. Estava um tanto mais fraco, porém, parecia bater mais forte a cada batida. – O que houve com ela?

A gata olhava para Katsu, que baixou o olhar, não olhando para ela.

-Não sei bem… Quando Natsu-nii e eu entramos aqui, o ogro havia fincado a espada nela e na Cherria. – Explicou azulado, olhando para o chão, como se houvesse algo muito interessante nele. – Haru-chan conseguiu as curar usando magia de cura, mas está exausta demais até mesmo para levantar.

Charle estava completamente estarrecida ao ouvir isso, e parecia não acreditar. Ela abraçou Wendy, enquanto Katsu só olhava para o nada.

Pouco a pouco, todos foram se recuperando, até mesmo Grandeeney, que parecia mais fraca que antes, embora conseguisse ficar de pé. Natsu havia colocado Happy em sua cabeça, para que o gato não fizesse esforço extra tornasse a fratura algo mais grave do que já era.

Nisso, Sting e Lucy se levantaram, sendo que Natsu ainda se questionava o motivo de estarem sem um único arranhão. Lucy, ele já imaginava não lutaria, e se esconderia como uma covarde, mas o motivo de Sting aparentemente não ter lutado ainda não fazia sentido para o Karyuu no Dragon Slayer. Ele olhou para Mavis, vendo que a mesma realmente tinha voltado para seu corpo, porém estava desfalecida, e isso o preocupava. Nisso, olhou para Laxus.

-Laxus, coloque Mavis nas minhas costas, e use aquela corda para a amarra-la a mim, para que ela não caia. – Disse ele, apontando para uma corda jogada alguns metros dali. Sua voz tinha um tom decidido. Laxus não entendeu aquele pedido repentino.

-Porque isso agora, Natsu? – Questionou ele, até que sentiu a mão de Gray em seu ombro. Ele se virou para o moreno, que tinha um pouco de sangue no rosto, devido a um ferimento na testa.

-Não é hora para questionar Laxus, apenas faça isso. – Pediu o moreno, sendo que o loiro concordou. Ele pegou a corda, e com a ajuda de Gray, cobriu Mavis com o colete de Natsu, que o mesmo dera, e colocou ela nas costas dele, passando os braços dela pelo pescoço dele, e usou a corda para prende-la ao corpo do rosado, uma vez que ele não poderia a segurar pois tinha Cherria em seu colo.

-Podemos ir embora daqui? – Questionou Sting, num tom de voz de alguém entediado. Todos assentirem, sendo que Natsu e Rogue estreitaram os olhos para ele. O moreno estava ajudando Erza a andar, já que a ruiva havia ferido a perna, o que impossibilitava que ela andasse direito.

Mais tarde, estava quase anoitecendo, e todos haviam chegado na cabana, e já estavam medicados, e com os devidos curativos feitos. Haru havia despertado, alegando que estava com fome, o que fez com que Mira risse um pouco, e fosse para a cozinha com a pequena, para preparar a janta. Nesse momento, Grandeeney estava examinando Cherria e Wendy, que estavam num quarto que havia duas camas, estando cada uma em uma.

Ela suspirou, parecendo aliviada.

-Elas estão bem. Devem acordar para o jantar. Haru realmente conseguiu curar a maior parte dos danos que receberam, e depois o organismo delas, por ser de um Tenryu no Dragon Slayer, apenas terminou o processo de cura. Afinal, os Dragões do Céu têm uma regeneração mais rápida e eficaz que outros dragões. Como disse, iram acordar para o jantar. – Explicou ela, quando chegou na sala, e todos a olhavam esperançosos. Natsu e Katsu puderam ficar mais aliviados nesse momento, se jogando no sofá atrás de si. Nisso, o rosado se lembrou da loira, que não havia acordado depois que retornou ao seu corpo.

-E a Mavis, mamãe? – Questionou ele. Antes que ela pudesse responder, uma garota, vestida com um vestido negro, e sapatilhas, que eram de Wendy, sendo que tinha um longo cabelo loiro, que chegava aos seus pés, desceu as escadas. Natsu olhou para Mavis, sendo que estava visivelmente encantado com ela.

-Eu estou bem, Natsu-nii. – Respondeu ela, com um sorriso em seu rosto. Grandeeney havia dado um banho nela, mesmo que ainda estivesse desacordada, e vestiu ela com roupas de Wendy, que haviam sido enviadas para a casa que era a base da guilda. – Demorei a acordar, pois precisava recuperar minhas reservas de magia. Não estão devidamente cheias, mas já estão num nível que me permita, ao menos, entrar em uma batalha. – Explicou ela.

O rosado se levantou, e foi até sua irmã mais nova, a abraçando, sendo que Mavis corou, e olhou para ele sem entender o que estava acontecendo, até que ouviu ele dizer:

-Você não precisa se preocupar com batalhas agora. Eu vou cuidar para que recupere suas forças de maneira apropriada e que aproveite sua vida. Não tem que se preocupar com batalhas agora, entendeu? – Questionou ele. A loira assentiu, enquanto sorriu e se aninhou no tórax de Natsu. Grandeeney suspirou, pois sabia o que aquilo significava.

Todos pareciam estar bem quanto aquilo, até que Lisanna notou algo ao olhar para Grandeeney, e prestando a atenção em seus sentidos, seus olhos se arregalaram. Ela tentou falar de modo que não assustasse ninguém.

-Grandeeney-sama… - A dragoa olhou para a albina, que aparentava estar preocupada. – O seu poder mágico… Ele está muito…

-Baixo? Reduzido? – Questionou a dragoa, vendo a albina assentir com a cabeça. Ela suspirou. – Parece que de alguma forma limitaram meus poderes. Parece que realmente dragões que não estão sob o controle deles, são perigosos a eles, pois podemos acabar com todo esse jogo facilmente.

Nisso, a pulseira no braço de Happy emite um brilho, indicando que alguém estava entrando em contato com ele. O gato toca a pulseira, e nisso, a imagem de um homem mascarado aparece. Pela imagem emitida, todos podiam ver que ele estava bastante sujo.

-Mascarado? O que foi agora? – Questionou Laxus, olhando para ele.

-Olá minhas amigas fadas? Como eu previ, saíram de lá bem, e conseguiram o item, que ainda está com vocês, suponho eu.

-Se está conosco ou não, isso não é da sua conta. – Disse Gray, ríspido, e visualmente irritado. – Queremos saber por que mentiu? Afinal, disse que se derrotássemos o monstro íamos para o nível três!

O homem pareceu suspirar, estando ele um tanto frustrado.

-Eu disse, mas parece que são dois monstros para serem derrotados. Vocês livraram o caminho de um o ogro, porém havia outro ogro mais forte depois daquele. Vocês lutaram na entrada do castelo, e aquilo era uma armadilha, vocês caíram nela. Era simplesmente para passar pelo primeiro ogro, e seguirem adiante, que pegariam o item, e o segundo ogro, mais forte, e que era o mestre de verdade estaria esperando. – Explicou ele, deixando todos estarrecidos. – Mas como pegaram o item e saíram de lá rapidamente, não virão que um segundo ogro estava na sala, sendo que quando ele apareceu para pegá-los, não havia ninguém.

-Então está dizendo que a Wendy e a Cherria-chan não precisavam ter sofrido aquilo? – Questionou Natsu, olhando para o mascarado, que apenas assentiu com a cabeça. O rosado deu um soco numa parede, com raiva, mas contendo sua força. – Eu fui um imbecil, parte disso é minha culpa.

-Bem, se ao menos soubesse dos seus reais poderes, eu diria que é sua culpa, porém, como não sabe, não vejo motivo para se culpar. – Disse o mascarado, fazendo Natsu olhar para ele. – Seu irmão também é aplicável a mesma coisa. E não pensem que eu vou contar algo, pois não posso. Isso é algo que vocês devem descobrir por si só. Se conseguirem usar esses poderes, vão poder passar esse jogo num piscar de olhos. Não é interessante? Bem, agora tenho que ir. Amanhã devemos ter companhia aqui.

Antes que alguém falasse mais alguma coisa, o mesmo desliga a comunicação fazendo a miniatura do rosto dele sumir. Happy olha para Natsu, que parecia estar sem entender nada. Katsu estava da mesma forma, sendo que não estava entendendo nada.

Nisso, quanto iam falar algo, duas vozes os interrompem, sendo que ao ouvirem as vozes se viram para o quarto que Wendy e Cherria estavam. Nisso, viram as duas mais novas ali, olhando para eles, sendo que os olhos delas brilhavam ao vê-los.

-Cherria… - Natsu disse isso, e antes que a azulada pudesse responder, ele pula nela, e abraça, sendo que cai de joelhos no chão com ela, que não entendia nada. Nisso, ouviu o rosado fazer algo que nunca tinha feito antes, ao menos, não na frente dela. Ele chorava. Chorava por saber que sua amada estava bem, e estava viva, que podia a abraçar sempre que quisesse.

-Nat-kun…? – Disse ela, preocupada, ao ouvir o choro do rosado. Nisso, ele a interrompeu, dizendo:

-Por favor… Nunca mais… Nunca mais me de outro susto desses! Eu achei que… Achei que tinha te perdido. – Disse ele, chorando. Ela apertou o abraço, confortando o Dragon Slayer.

-Eu sempre vou estar aqui com você, Nat-kun… Sempre. – Disse ela, beijando ele, sendo que ele a apertou num abraço.

Katsu, Wendy e Haru estavam abraçados da mesma forma, ao lado deles, sendo que a azulada prometia que nunca ia deixar os dois, enquanto todos olhavam para eles felizes que eles estivessem bem, e aliviados que tivessem uns aos outros. Mavis olhava feliz para Natsu, porém se surpreendeu quando ele puxou ela, e abraçou ela e Cherria que pouco entendiam do que estava acontecendo. Nisso, todos ouviram a seguinte frase de Grandeeney:

-Bem, eu esqueci de falar que dragões as vezes têm mais de uma companheira. – Diz ela, com um sorriso maroto. Mavis e Cherria se olharam, sabendo que teriam que dividir o rosado. Inocentemente, Wendy comentou:

-Eu não vou precisar dividir o Kat-kun com ninguém? – Disse ela, preocupada. Nisso, Grandeeney apontou para Haru, que abraçava o pai.

-Acho que com a própria filha. – Disse ela, sorrindo. Wendy olhou para a filha, e deu de ombros, abraçando Katsu junto com ela, que não entendia nada, apenas abraçou a irmã e a filha de volta.

-Imagino que os filhos deles vão ser tão fofos… - Disse Mira, olhando para cena com um lenço, que usava para secar as lagrimas. Nisso Grandeeney olhou para ela, e um sorriso bobo surgiu no rosto, voltando a olhar para os filhos e a neta.

-Netos… - Disse, sendo que todos olharam para ela com uma gota, pois ela tinha uma expressão fofa no rosto.

O garoto de cabelo negro derruba a barreira magica que tampava a passagem para o segundo nível. Ele sorriu ao ver a escada completamente liberada, e sem ninguém para impedir sua subida. Nisso, olhou para trás, e viu que Wakaba vinha olhando em volta, provavelmente procurando algum monstro, porém em vão.

-Vamos conseguir subir para o segundo nível por aí? – Questionou Wakaba, sendo que Romeu assentiu, olhando escadaria acima. Jet e Droy seguiam o homem mais velho.

-Sim, essa é a passagem que podemos subir. – Disse ele.

-Seu pai gostaria disso se não tivesse sido morto… - Comentou Wakaba. Romeu fingiu tristeza.

-Tudo o que podemos fazer agora é seguir em frente por ele. – Disse, subindo as escadas, enquanto sorria maldosamente sem os outros três perceberem. Eles estavam caindo nos truques do garoto facilmente.

A mulher ruiva olhava para Macao, que estava tendo uma recuperação mais rápida que o normal, enquanto sorria maldosamente olhando para ele. Nisso, pegou, de dentro de sua roupa, onde ficava seu seio esquerdo, uma foto de Natsu e Erza, enquanto acariciou a foto, e disse, para si própria, sorrindo maldosamente.

-Minha filha, você tem um amigo muito bonito, que me interessa muito… - Disse ela, acariciando a foto. – Acho que vou brincar com esse seu amigo antes de ir atrás de você, minha linda filhinha… Logo mamãe está aí para brincar com você, filha…

O mascarado sentiu uma diferença em seu pulso mágico, sendo que criou uma imagem, como se fosse de uma câmera, usando sua magia. Nas imagens, mostrava Romeu quebrando sua barreira mágica, que impossibilitava a passagem do primeiro nível para o segundo. Ele ergueu uma sobrancelha, pois, um garotinho como aquele não deveria quebrar tal barreira.

Logo olhou para a cabana da Fairy Tail ao longe, sendo que estava tudo aceso nela. Deu um suspiro profundo.

-Parece que seus amigos estão chegando, mas… - Ele tinha ouvido o diálogo do grupo C da Fairy Tail, sendo que viu o sorriso sínico e maldoso de Romeu sendo que os próprios companheiros do garoto não notaram. – Será que ainda pode chamá-los de amigos?

 



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