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História The Survival Game - 013- Desconfiança


Escrita por: LordeKoorishiro e Ryuusou

Capítulo 13 - 013- Desconfiança


Capítulo 013- Desconfiança

Todos estavam em silêncio após ouvirem a declaração de Levy. Natsu, por conhecer Edolas bem, e sabendo que aquilo era verdade, se preocupou mais ainda, principalmente quando se lembrou que Romeu queria que Wendy e Cherria fossem para o grupo dele. Katsu também parecia descrente, enquanto todos ainda processavam lentamente a informação, embora outra coisa estivesse lhe incomodando no momento.

-De fato, se for isso mesmo, se ele aparecer, não devemos confiar nele. – Disse Laxus, com um tom de voz sério e pensativo. Nisso, ele colocou a mão no queixo. – Embora, por não ter dado mais notícias, ele pode ter morrido.

-Ele não está morto. – Respondeu Lisanna, mexendo na pulseira em seu braço. – Ele ainda está vivo.

Nisso, ela mostra uma lista com todos os jogadores, sendo que ela também dava informações como níveis, estado de saúde, se ainda está competindo ou não. Os jogadores mortos, eram sinalizados por uma cruz ao lado de seus nomes, e Romeu não estava com essa cruz. Nenhum integrante de seu time estava, embora Macao estivesse marcado como “Desfalque de Equipe”. Happy olhou para isso curioso.

-O que isso pode significar? – Questionou, com sua pata erguida, como era costumeiro dele ser visto.

-Não sei bem ao certo, mas pode ser que Macao não esteja junto com eles. Como está vivo, ele pode ter s perdido, ou eles se separaram na confusão do nível 1 – Explicou Mavis pensativa. Nisso, ela tocou no nome de Macao, que se abriu, mostrando mais detalhes. Havia um campo, chamado estado atual do jogador: “Ferido Gravemente, atualmente impossibilitado. ” – Se isso estiver certo, Macao está ferido em algum lugar e não pode continuar o jogo, ao menos temporariamente.

-Não mostra a localização? – Questionou Rogue, olhando por cima do ombro de Mavis, que mexeu mais um pouco, porém não encontrou nada.

-Apenas mostra que está no nível 1 – Respondeu ela. Ela fechou a ficha de Macao, com eles notando que havia uma nova notificação. Ao olharem, viram que o nível três tinha sido aberto, o que os deixou mais uma vez estarrecidos. Mal tinha chegado no segundo, e alguma equipe conseguira alcançar o primeiro.

-C-como isso é possível? O mascarado não havia dito que tinha um Ogro bem mais forte guardando a passagem de nível!? – Questionou Wendy eufórica, olhando para todos.

-De fato ele disse, mas…  - Começou Mirajane, com a mão no queixo, pensativa, encarando o teto.

-O que houve, nee-san? – Lisanna perguntou, olhando para a irmã mais velha preocupada.

-Não é nada. Só estava tentando imaginar que tipo de grupo teria força suficiente para abrir o nível três com essa velocidade. E se foi tão fácil, o que nos aguarda nos níveis mais difíceis? Afinal estamos no 2 ainda, e sofremos danos graves em nossa última batalha.

Nisso, ouviram um barulho forte, atraindo a atenção de todos, sendo que olharam para Natsu, que havia socado a parede. O ambiente ficou no mais completo silêncio, enquanto ouviam a respiração irritada de Natsu.

O rosado andou em direção da porta, chegando na mesma, e colocando a mão na maçaneta para abri-la, porém não saiu, pois sentiu alguém abraçar suas costas. Ao olhar para trás, deu de cara com Cherria, enquanto Mavis estava ao lado dela, o olhando com uma expressão tristonha em seu rosto.

-Natsu… Fique aqui com a gente mais um pouco. Depois podemos ir treinar. – Disse ela, com um sorriso triste.

Mais uma vez, as imagens da espada atravessando ela e Wendy inundaram sua cabeça, fazendo ele dar um rosnado inconscientemente, enquanto ele olhava para o chão, pressionando os punhos com força, quase fazendo suas mãos sangrarem. Para não preocupar as garotas ainda mais, ele deu um sorriso forçado.

-Tudo bem, depois vamos… Treinar. – O rosado respondeu, abraçando ambas, e voltando para se sentar no sofá.

Mira estava se sentindo culpada por ter comentado em tal assunto, tendo ciência de que era algo que estava culpando bastante os Dragon Slayers.  Mas também se sentia curiosa. O que tinha levado os Dragon Slayer a agirem daquela maneira?

A albina poderia jurar de pés juntos, que sentiu uma forte magia demoníaca vindo dos dois, e ainda naquele instante, sentia um resquício da mesma, como se ela estivesse mais enfraquecida, ou então, tivesse se ocultado mais uma vez no corpo dos dois.

-Vocês lembram o que aconteceu com vocês quando perderam o controle quando entramos no castelo? – Questionou ela, tomada pela curiosidade. Katsu e Natsu se sentiram incomodados com isso, e foi algo notável, a julgar pela movimentação inquieta dos dois.

-Alguns flashes de memorias. – Respondeu Katsu, olhando para o teto, como se o mesmo fosse o ajudar em sua memória. – Mas são memórias embaçadas, não tenho como saber ao certo o que se passava naquela hora, nem como se sentia. Pareceu tudo um sonho. – Nisso, olho para Wendy, dando um sorriso triste. – Ou pesadelo.

-De toda forma, temos que ficar espertos com isso, e analisar essa situação bem, caso ocorra de novo. – Disse Laxus, repentinamente, assustando a todos. – Vocês são fortes, e estão em um nível alto, portanto, sem vocês em nossa linha de ataque estamos com nosso poder de fogo amplamente reduzido. O que pode nos causar problemas.

-Ou então eles podem treinar para controlar essa magia. – Sugeriu Lucy, com todos olhando para ela impressionados. Aos poucos, a loira estava aparentando que estava tomando jeito. O que era difícil de acreditar se eles não estivessem vendo.

- Por mais estranho que seja falar isso, a Lucy tem razão. – Concordou Wendy, muito a contragosto. – Se Natsu-nii e Katsu-kun puderem controlar essa energia, nosso poder de fogo ficará ainda muito mais alto. E nesse caso, exagerar um pouco seria muito bom.

Todos concordaram, mesmo Lucy, que sentiu a alfinetada de Wendy. Ela sabia que demoraria um pouco para que todos pudesse confiar nela de verdade, embora, com suas últimas ações, estivesse conseguindo, mesmo que aos poucos, fazer com que os outros depositassem um pouco de confiança nela. E ela lutaria por isso.

Romeu andava à frente de seu grupo, olhando para o vasto campo ensolarado com certo desanimo. Todo aquele sol, e calmaria estava lhe entediando. Preferia ter ficado no primeiro nível, palco de uma carnificina de proporções gigantescas. Atrás dele estava Wakaba, que fumava seu cachimbo fazendo um barulho irritante, o que estava tirando Romeu do sério.

O garoto olhou para o homem com um olhar cortante, que não notou de imediato. Quando olhou, Romeu desfez a expressão irritada, e fingiu uma de tristeza relutância.

-Ainda pensando em seu pai? – Questionou o velho, soprando uma baforada de fumaça cinzenta e malcheirosa.

-Um pouco. Me arrependo por ter deixado ele lá… Não sinto que posso continuar sem meu pai. – Disse ele, forçando uma voz triste, como se fosse um garoto quase que entrando em colapso. Porém por dentro, queria rir da cara que Wakaba fazia para ele. – Acho que vou voltar ao primeiro nível…

-Não. – O velho disse, com a voz autoritária. – Seu pai iria querer que seguíssemos em frente, e sobrevivêssemos nesse jogo. Então faremos isso. Depois voltamos para dar um enterro digno a ele.

Romeu, secando uma falsa lagrima assentiu, e continuou andando, dessa vez sem olhar para trás.

-O quão idiota esse cara é? Meu pai não tinha dignidade coisa alguma. Até quis pegar uma garotinha para si. E a garotinha que deve ser minha. Ninguém terá a Wendy. Se eu não tiver, ninguém a terá. Claro… Eu transaria com ela, mesmo que ela estivesse morta. Mas… É melhor que esteja viva, para que sinta o desespero de perder sua pureza com alguém que não é aquele imbecil do Katsu… - Pensou de maneira doentia, enquanto um sorriso igualmente doentio surgia em seu rosto.

Numa cabana no primeiro nível, um homem com cabelos azuis escuros, quase negros acordava, notando que estava deitado em uma cama. Ele olhou em volta, vendo que as paredes eram feitas de madeira, sendo que no chão, grande parte do madeiramento estava completamente podre, o que indicava que aquilo estava com os dias contados. O cheiro de mofo e podridão estava impregnado em seu nariz, tornando o ar quase impossível de respirar. Ele tentou se sentar, porém uma forte dor em seu abdômen o contrariou, fazendo ele cair deitado de novo.

Nesse momento uma mulher ruiva entrou no quarto, sendo que ela olhava para o homem de maneira bem-humorada.

-Vejo que já acordou, Macao. – Disse ela, com um sorriso divertido brincando em seus lábios.

-Quem é você? Porque me salvou? – Questionou ele.

Nisso, ela olhou para o teto com a mão no queixo, como se estivesse pensativa. Nisso, olhou para o homem.

-Sabe, eu me faço a mesma pergunta. Porque salvar você? Um pedófilo desgraçado que deveria ter sido morto a muito tempo atrás. E que ainda por cima deseja uma dragoa de quinze anos de idade. Pelo que soube seu plano de rapta-la falhou. Ou melhor, o companheiro dela foi a falha dele não é mesmo? – Questionou a ruiva, com o sorriso sumindo de seus lábios, quando restou apenas repulsa em suas palavras. – Sim, você deveria ter sido largado lá, onde seu filho tentou te matar. Apenas te salvei, pois, senti pena de uma pessoa tão miserável como você. Acho que também porque vai ser útil em meu plano, para depois ser descartado como lixo, que você é, afinal.

Macao apenas rosnou ao ouvir aquelas palavras, enquanto abaixava a cabeça.

-Meu filho… Onde aquele bastardo está?

-No nível dois. – Respondeu ela, seca. – Estamos indo para lá em breve. Se quiser matar seu filho venha comigo. Caso contrário fique parado para que eu possa te limpar da face da terra. – Nisso, uma forte pressão mágica surgiu, prendendo Macao na cama. O homem olhou para ela, tentando se levantar, mas a pressão mágica estava o impedindo até mesmo de respirar.

-Eu…V-vou… Com… Você. – Disse ele, mal podendo se mexer. A ruiva apenas estralou os dedos, fazendo a pressão mágica sumir, e Macao se sentir aliviado por voltar a respirar. Irene saiu do quarto batendo a porta na saída.

-Com certeza foi um erro salvar esse lixo, mas… Aniquilar ele não vai nem me fazer suar. – Pensou ela, saindo da cabana.

Na cabana da Fairy Tail, estavam todos separados, sendo que o único quarto ocupado por um casal era o de Laxus e Mira. Grandeeney estava conversando com Yukino e Yuko em um, e Sting não estava na cabana no momento. No quarto em que Natsu estava com Mavis e Cherria, ambas dormiam, dividindo seu tórax, com ele deitado por cima das mãos, enquanto encarava o teto, se lembrando da cena que presenciou ao entrar no castelo.

Ainda doía ver Cherria quase morrendo por estar presa na espada. Wendy parecia já não ter mais vida em seu corpo, pois não mexia. Haru estava chorando inconsolavelmente naquele momento, enquanto seu rosto estava arranhado. Mavis deitada no chão, desacordada. Ele nunca havia sentido tanta fúria naquele dia, e nunca sentiu tanto prazer em matar, quanto sentiu ao matar o ogro. Balançou sua cabeça, evitando pensar naquele assunto, sendo que notou Mavis se movendo um pouco, e acordou, olhando para ele.

-Natsu-kun… - Disse ela, sonolenta. O rosado riu, e acariciou o topo de seu cabelo encaracolado.

-Dormiu bem, Yousei-hime?

A loira assentiu, apesar de ter corado com o apelido carinhoso que recebera.

-Acha que podemos confiar no tal encapuzado? – Questionou ele, olhando com certa preocupação. – Antes era só o mascarado… Mas agora, no entanto…

-Acho que devemos ficar de olhos abertos. Nos dois. Não podemos correr o risco de confiar em pessoas erradas se quisermos sair vivos desse jogo, o que não é tarefa fácil. – Disse ela. – Para pessoas de mente fraca, qualquer um que disser que pode ajudar, vai cair na conversa, e isso pode ser um erro fatal. E nessa posição, qualquer um aceitaria uma ajuda extra.

-Tem razão. – Disse ele, dando um selinho na loira, que corou, mas sorriu extremamente contente depois. Nisso, ouviu alguém bufar, e viu Cherria com as bochechas infladas, enquanto tinha uma expressão brava no rosto. Natsu riu, e a beijou, sendo que beijou Mavis logo em seguida, pois a estrategista das fadas alegou que era injusto ela receber um selinho, e Cherria um beijo. Nisso, riu mentalmente, e pensou para si mesmo:

-Tenho que dar atenção equilibrada para as duas, senão, terei problemas sérios. – Nesse momento, ele jurou ter ouvido uma voz feminina em sua cabeça:

-Duas apenas por enquanto… Logo terá mais uma…

O trio desceu as escadas, encontrando com Katsu sentado no sofá, um tanto pensativo. Ele estava olhando para Wendy e Haru, que brincavam um tanto longe dele. O rosado notou que o mesmo parecia distraído, e sentou ao lado dele.

-O que houve, Katsu? Parece mais preocupado que o normal.

-A Haru ela me beijou.

-Isso não é normal entre pais e filhas? – Questionou Natsu, sem entender.

-Na boca? – O rosado se calou ao ouvir isso. – O companheiro dela sou eu pelo visto. Eu amo ela demais, e isso explica meus ciúmes, que se iguala ao que tenho por Wendy. Mas… É minha filha… Isso é bem mais errado do que com sua irmã.

-Eu não sei como te aconselhar com isso. Me desculpe. Não sou bom para conselhos, mas digo uma coisa. Você tem duas princesas na mão. Vai ter que tomar conta de ambas direitinho. Não tome decisões que vá se arrepender depois. – Disse Natsu.

De repente a porta da cabana é esmurrada, fazendo com que todos se assustassem. Quase que num pulo, todos entraram em defesa. Wendy e Haru correram para perto de Katsu que ficou de pé, pronto para atacar, sendo que as duas azuladas também o fizeram, embora Haru estivesse fazendo isso de forma desajeitada e fofa. Normal para uma miniatura de Wendy.

Mavis, Cherria e Yuko, que veio correndo junto de Grandeeney e Yukino, se aproximaram de Natsu, que também estava em posição de defesa. Logo todos estavam na sala, sendo que notaram Lucy com uma espada pesada, custando a deixa-la erguida, porém se esforçando. Seria um evento incrível, se não fosse uma situação preocupante.

Nisso Katsu se adiantou para abrir a porta, porém Wendy e Haru o seguraram, mas o soltaram após ele fazer um sinal de cabeça que estava tudo bem. Ele se aproxima da porta, com uma chama negra dançante em sua mão.

-Quem é? – Questionou, em tom ameaçador.

-S-Sou eu Lyon! Vi pelo mapa que a Cherria está aqui… Eu… Eu preciso falar com ela! – Gritou ele, como se estivesse desesperado. Nisso, Yukino disse, num tom baixo, mas que todos dentro da sala ouviram.

-O Encapuzado-kun disse que ele não confiável, para termos cuidado com ele. – Disse ela, fazendo com que todos concordassem. Nisso, Cherria disse:

-Tudo bem… Abra a porta Katsu-nii. Se ele aprontar algo eu dou um jeito nele. – Disse ela, com um sorriso desconfortável.

-Cherria-chan… - Murmurou Natsu preocupado. Ela olhou para ele, como se pedisse para ele confiar nela. Ele apenas suspirou, e assentiu para Katsu abrir. O azulado o faz, e todos veem Lyon com suas roupas rasgadas, seu corpo com hematomas aparentes, e um pouco de sangue escorrendo pelo canto de sua boca. Ele vê Cherria, e corre até ela, a abraçando, fazendo Natsu rosnar alto. O albino ignorou.

-M-Meu desculpe Cherria! – Ele começou a chorar, sendo que a rosada se soltou dos braços dele, se afastando um pouco.

-Pelo o quê Lyon?

-A Sherry… Ela foi… Foi… Morta…



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