1. Spirit Fanfics >
  2. The Survival Game >
  3. 008- A história de Grandeeney

História The Survival Game - 008- A história de Grandeeney


Escrita por: LordeKoorishiro e Ryuusou

Capítulo 8 - 008- A história de Grandeeney


008- A história de Grandeeney

 

No nível 01 do jogo, uma jovem de cabelos brancos curtos olhava para a grande torre que tinha no meio do nível. Ela se dirigiu para lá, sendo que era seguida por alguns outros magos, que estavam aliados a ela. Sting apenas seguia Lisanna, que tinha ficado demasiadamente feliz ao saber que sua irmã estava viva e bem. Ela queria, de toda forma, descobrir uma forma de passar para o segundo nível, para poder rever Mirajane, e os outros.

-Tem certeza que acha que vamos conseguir passar para o segundo nível? – Questionou Sting, olhando para a albina, que parecia decidida. Lisanna olhou para ele, e respondeu com um tom de voz seguro e firme.

-Tenho. Não é possível que aquele cara seja tão bondoso a ponto de dar 3 dias de vantagem a equipe vencedora. – Sting suspirou, mas não disse nada. Yukino seguia ele, enquanto Rogue andava mais atrás, com Lector e Frosch atrás de si. Os Exceed não pareciam gostar daquele, pois se mantinham nervosos o tempo todo.

Logo eles entraram no local onde a equipe de Natsu havia lutado com Grandeeney. Havia bastante sangue no chão do local, sendo que várias marcas de destruição podiam ser vistas. Lisanna, por ter seus sentidos mais apurados, mesmo em sua forma humana, sentiu um cheiro familiar. Nisso, ela correu até um canto mais distante dali. Ela correu até o local que sentia o cheiro, e reconheceu um pedaço de vestido verde, um pouco sujo de sangue.

-Wendy… - Disse ela, segurando o pedaço de tecido. Ela apertou o mesmo na mão, e se preocupou com a maga estar ferida. Nisso, ela olhou para uma escada, meio escondida, que tinha ali. A equipe da Sabertooth apenas a seguia, onde quer que ela fosse.- Eles realmente lutaram por aqui. Espero que esteja tudo bem com eles. – Ela mostrou o pedaço de tecido manchado para Sting e os outros.

-Parece que a Dragon Slayer dos céus se feriu bastante. – Comentou Rogue, um tanto preocupado.

-Espero que a Wendy-sama esteja bem… - Yukino disse, demonstrando estar preocupada. Sting revirou os olhos, e olhou para a escada.

-Talvez aquela escada nos leve até o nível 2 – Comentou Sting, não se preocupando com aquilo. Rogue assentiu, mesmo que achasse que o loiro estava estranho depois que entrou dentro do jogo. Lisanna guardou o pedaço de tecido no bolso do short, e eles começaram a andar na direção da escadaria.

Cherria e Mavis olhavam para Grandeeney curiosa, que acariciava a cabeça da neta suavemente, enquanto se mantinha em silêncio. A dragoa não sabia como falar para elas, apenas se mantinha concentrada em Haru, que acabara adormecendo. Mavis logo olhou para a dragoa curiosa.

-Grandeeney-sama? – A dragoa olhou para ela. – O que queria falar com a gente?

Grandeeney suspira um pouco alto.

-Isso pode ser um pouco estranho, mas… Vocês se lembram da infância de vocês? – Questionou ela, fazendo com que as duas garotas se olharem.

-Não. – Diz Cherria, notando que ao pensar nisso, sua cabeça doía.

-Antes de morrer, eu tinha minhas lembranças completas, mas depois elas começaram a ficar estranhas, distorcidas, como se não fossem reais. Eu só que vivi em Tenroujima por um bom tempo, onde havia uma guilda, mas nada antes disso. Nem dos meus pais eu não lembro bem. – Comentou a fantasma, se sentindo estranha ao pensar nisso.

Grandeeney sentiu um aperto no coração ao ouvir isso. Tentou evitar olhar para as garotas, pois tudo que ela previu se concretizara. Nenhuma das duas tinham, realmente, lembranças da infância. Os cheiros, que somente os dragões podiam sentir, e o jeito delas serem, e agirem, tudo estava conforme Grandeeney desconfiava. Deu um suspiro. Nunca desejara tanto que Igneel estivesse ali do lado dela para a confortar e lhe dar força. Para Grandeeney aquela era a prova de que o fogo não era nada sem o vento, e o vento, não era nada sem o fogo.

-Eu tive duas filhas. – Começou a dragoa, com a voz baixa, como se estivesse tímida, e isso fez com as duas pequenas olhassem para ela. – Uma filha, eu tive pouco antes de Wendy nascer, e outra, junto com ela. Eram tão lindas. A primeira tinha um ano de diferença entre as duas. Naquela época éramos felizes. Eu Igneel, e os três filhos que já tínhamos na época. Katsu era mais novo que Natsu por quatro anos. Wendy era mais nova que ele por dez anos. E eu ainda tive um mais velho que Natsu, que foi o principal atingido pelo deus. Quando o Deus atacou, houve uma quebra do espaço-tempo, e toda nossa família foi separada. Eu, Igneel, Natsu e Wendy fomos jogados quatrocentos anos no futuro. A filha mais velha, que nasceu um ano antes de Wendy e sua irmãzinha foi jogado trezentos anos depois, ou seja, cem anos antes de mim e Igneel. O mais velho, no entanto, viveu os quatrocentos anos lentamente, como vive até hoje. Eu perdi o contato com essas duas filhas minhas, e acredito que a que nasceu junto com Wendy tenha sido jogada quatrocentos anos no futuro também.

As duas ouviam a história atentamente, sendo que Cherria não estava entendendo por que a Dragoa estava contando tal história. Mavis estava começando a entender, enquanto estava ficando com os olhos arregalados. Grandeeney percebeu a reação da primeira fada, e suspirou, temendo a reação que ela tivesse. Cherria, então, curiosa, perguntou:

-Quem eram as duas filhas? – Questionou a rosada. Grandeeney olhou para Mavis tristemente.

-Você já entendeu tudo, não é, Mavis? – A loira assentiu lentamente, fazendo Cherria olhar para ela, ficando preocupada ao perceber a expressão no rosto de Mavis.

-Uma filha fundou uma guilda, e a outra foi treinada por um Deus, depois que foram separadas de sua verdadeira família. – Disse Mavis, com os olhos enchendo de lagrimas. Cherria olhou para ela, entendendo onde a primeira fada queria chegar. – A primeira, que foi jogada trezentos anos à frente, mas, ainda sim, cem anos antes da mãe, fui eu, e a outra, foi você Cherria. O Deus maldito, separou toda a família de proposito e tudo isso aconteceu. Mamãe…

Cherria olhou para Grandeeney com os olhos arregalados, sendo que logo lagrimas começaram a cair copiosamente.

-Se quiserem me odiar por ter deixado tudo isso acontecer, não me importo, mas peço que… - Se calou pois Cherria abraçou ela com força, enquanto as lagrimas desciam velozmente, molhando o vestido de Grandeeney.

-Mamãe… Mamãe… - Grandeeney acariciou a cabeça dela, enquanto Mavis chorava de longe. Nisso, a primeira fada disse, com a voz chorosa.

-E-Esse Deus me odeia… Ele me separou da minha família, e amaldiçoou meu irmão mais velho, que fez com que eu perdesse minha vida e ficasse nessa situação! – Ela caiu ajoelhada. – Nem abraçar a senhora eu posso, afinal não te sentiria. Eu não sinto nada… Era melhor estar morta!

Grandeeney olhou com pena para a filha. Antes que pudesse falar algo, Natsu entra.

-Nunca… Nunca mais diga isso… Mavis – Elas olharam para o rosado, e ele estava ofegante. Seu corpo sujo de sangue, seu cabelo extremamente bagunçado, e molhado pelo suor, sendo que caia sobre sua testa. Todas ali sentiram que o rosado tinha, pelo menos, o triplo do nível de força que tinha quando saiu de dentro da casa. – Cherria… Mavis…

A rosada corre para o rosado, quando ele ameaça cair. Ela o abraça, enquanto, ele, por ter ficado com os joelhos mais flexionados, ficando frente a frente com o rosto do rosado.

-Natsu-kun! O que houve? Foi atacado? – Questionou a rosada, aos prantos. Ela com esforço, colocou ele no sofá. Grandeeney correu até o filho, e tentou o curar, mas viu que ele não tinha nenhum ferimento. Logo o rosado sentou no mesmo, e as três notaram que ele estava com cansaço. Talvez tivesse lutado muito naquele meio tempo.

-Não se preocupem, só abusei um pouco dos meus poderes e me cansei um pouco, apenas isso. – Disse o rosado, já voltando ao normal. – Katsu deve estar chegando logo aqui. Cherria…

O rosado olhou para a garota, e não disse nada, apenas a beijou, surpreendendo a rosada, que de início ficou sem ação, mas depois aceitou o beijo, colocando os braços em torno do pescoço de Natsu. Quando se separam, Natsu olhou para o rosto completamente vermelho de Cherria. Ele passou a mão gentilmente pela lateral do rosto dela.

-Eu te amo, Cherria-chan – A rosada pulou nele. Ela sonhava ouvir isso do jovem desde o dia que entrou na guilda, a convite de Wendy. Ficou abraçada ao pescoço dele.

-Natsu-kun… Eu te amo… Nunca mais nos assuste desse jeito! – Disse ela, o abraçando.

Natsu sorriu, a retribuiu o abraço dela com um sorriso. Nisso ele olhou para Mavis, e se levantando com Cherria abraçada a si, disse para a loira:

-Nunca mais diga que fosse melhor estar morta, Mavis. Eu não gosto de ver você triste. – Disse Natsu, com a voz triste. – Mamãe, tem algum jeito de reviver ela, mesmo com o corpo dela longe daqui? Alguma magia, ou sei lá?

Grandeeney negou com a cabeça.

-Se tivéssemos o corpo dela aqui, eu conseguiria recolocar a alma dela no corpo, porém com o corpo longe é impossível. – Disse a albina, de maneira triste. Mavis foi até ela.

-Então eu tenho uma chance? – Questionou ela, com esperança. Seus olhos brilhavam. Grandeeney assentiu. – Mas como trazer meu corpo?

-Acho que tem um jeito… - Todos olharam, e viram Laxus na porta do local. Wendy, Gajeel, Levy e Lucy estavam juntos com ela.

Katsu havia derrubado o último lobo, e andava pela floresta. Logo, ele chegou num local descampado, onde no centro, havia uma espada verde e preta, fincada no concreto de uma espécie de altar. Ele andou até a espada. Era como se a arma o chamasse, para cada vez mais próximo a ela. O azulado tocou a mão no cabo da mesma, que emitiu um brilho verde, cegando um pouco o Black Salamander.

Após alguns segundos, sua visão volta ao normal, e nota que está fora da floresta, e com a espada na mão. Nota também, que em sua cintura, surgiu um cinto, e preso a este cinto uma bainha negra, que devia ser da arma. Ele embainha o objeto, e começa a andar, na direção que viera, sendo que estava um pouco confuso.

-O droga aconteceu? – Se questionou. Nesse momento, sentiu um cheiro familiar, e ao olhar para o lado, vê Lisanna correndo na direção dele. Ela vinha de onde havia a porta para o segundo nível. A garota chega perto dele, ofegante, e apoia nas pernas para tomar folego.

-Katsu-san… Que bom… Que está vivo… - Disse, entre pausas, ofegando. O azulado, no entanto, não estava entendendo o que estava acontecendo.

-Lisanna-nee…? Como chegou aqui antes dos três dias? – Questionou ele, sem entender. Nisso, Sting, Rogue e Yukino chegam próximos a eles.

-Katsu-sama! A história dos três dias é mentira! Existe uma escada para subir para este nível!

-Escada? – O azulado pareceu entrar em pânico. Ele se virou para a direção da cabana. – Merda, temos que avisar os outros logo! Eles não sabem disso!

O azulado corre, e seguindo ele, o grupo que tinha se juntado a ele, corre junto dele.

Na cabana, todos estavam um pouco mais tranquilos. Cherria estava no colo de Natsu, sendo que este havia dormido, alegando que estava exausto. Mavis estava sentada próxima a janela, observando o local lá fora. Mirajane estava na cozinha, fazendo uma refeição, e Laxus a ajudando. Gajeel e Levy estavam deitados num dos quartos, no andar de cima da casa. Todos na casa estavam o mais relaxados o possível, enquanto descansavam um pouco.

De repente, no entanto, a paz é quebrada, quando a porta da casa é aberta abruptamente, assustando todos que estavam na sala. Katsu estava ofegante, enquanto haviam vários arranhões em seu corpo, sendo que alguns sangravam. Todos notaram a espada presa na cintura dele, porém não tiveram tempo de perguntar, pois o azulado disparou a falar:

 

-Fomos enganados! – Exclamou ele, deixando todos em silêncio. Wendy correu até ele, vendo que o amado estava ferido.

-Calma Katsu-kun! – Exclamou ela, guiando ele até o sofá. – O que houve?

Antes que o azulado pudesse falar algo, mais gente surge na porta, sendo que todos reconheceram ela como Lisanna, que parecia um tanto suada e ofegante, pela longa corrida que dera atrás do companheiro de guilda. No mesmo momento em que ela surge na porta, Mirajane sai da cozinha indo para a sala, ficando petrificada quando vê a irmã mais nova, que pula nela.

-Mira-Nee! – Exclamou a albina, com lagrimas descendo de seus olhos, enquanto a mais velha cai de joelhos abraçada com a irmã. Nisso, Sting, Rogue e Yukino surgem na porta, com seus Exceed junto. Eles olham para a cena das irmãs, e veem Wendy curando Katsu, que parecia mais calmo. Laxus veio da cozinha, ver porque Mira havia saído em disparada do cômodo. Ao ver os membros da outra guilda se alertou.

-Como entraram aqui? – Questionou o loiro, com o tom de voz sério.

-Existe uma escada escondida. – Disse Katsu, olhando sério para ele. – Foi isso que a Lisanna-nee me disse.

Laxus rosnou ao ouvir isso.

-Acha que já sabem disso? – Questionou o loiro, vendo a albina negar com a cabeça.

-Não, acho que não, se não já teria mais gente aqui, pelo mapa. Estão todos no primeiro nível. – Disse a garota, num tom sério. Laxus assentiu, enquanto olhou para fora. Nisso Gajeel e Levy desceram as escadas, e quando viram Lisanna e os outros ficaram surpresos. Katsu explicou a história superficialmente.

-O que vamos fazer? – Questionou Cherria, que estava acariciando o cabelo de Natsu, que dormia com a cabeça em seu colo preocupada. De repente, a pulseira dela brilha, recebendo uma chamada. Katsu olha para ela.

-Será que… Atende, Cherria. – Disse ele, num tom sério. Nisso, a imagem do Mascarado aparece.

-Olá meus amigos fadas. Vejo que passaram para o segundo nível antes de todo mundo. Isso me deixa muito feliz. Estão cumprindo minhas expectativas – Katsu soltou um curto rosnado. – Está nervoso Katsu-san?

-Não, só querendo brincar de arrancar a sua cabeça. – Respondeu o azulado, de maneira violenta. – Mas não farei isso. Me ajudou com minha filha.

-Entendo. As pessoas que a enganaram dizendo que eram pais delas estão no nível mais alto junto com o líder do jogo. Se isso, é claro, for de seu interesse.

-E mais uma vez estou em debito com você. – Disse o azulado, olhando para a espada na cintura, com interesse. – Imagino que esteja no mesmo nível que a gente, estou certo?

- Sim, mas não se preocupem. Selei a passagem por algum tempo. Recomendaria que desse um jeito de pegar um certo corpo com o mestre de vocês. – Disse o homem, deixando a todos, com exceção de Grandeeney, Mavis e Cherria confusos, sendo que elas ficaram em alerta. – Se pedirem para o mestre da guilda, ele pode mandar algo que acredita ser necessário para que possam usar no jogo. Acho que agora vou indo.

Nisso, ele encerra a ligação, e todos pareciam confusos. Nisso, Natsu que tinha acabado de acordar, questiona:

-De que corpo ele está falando? – Questionou, curioso. Nisso Mavis olha para a mãe, como se pedisse permissão, com a albina assentindo com a cabeça. Ela toma um suspiro atraindo a atenção de todos.

-Tenho algo a contar para vocês. – Disse ela. – Eu e a Cherria somos filhas de Grandeeney Marvell e Igneel Dragneel.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...