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História Trono de Sangue - A verdade e uma proposta indecente


Escrita por: TrizCampos

Capítulo 4 - A verdade e uma proposta indecente


Fanfic / Fanfiction Trono de Sangue - A verdade e uma proposta indecente

Batidas ecoaram pela luxuosa suíte, a princesa acordou, na noite anterior havia dispensado as damas. Ela praguejou-se e levantou. O rosto estava inchado e a cabeça dóia. Rosie abriu a porta, finalmente desperta. Os olhos da garota se arregalaram com a visita inesperada.

- Rei Carter! - Rosie exclamou enquanto fazia uma reverência desajeitada, ela olhou de relance para o relógio digital: 7:40h, às letras brilhantes diziam.

O que diabos o rei estava fazendo em seus aposentos a essa hora? A jovem olhou para si mesma, estava mal vestida, o cabelo preso em um coque que mais se parecia um emaranhado. Ela olhou novamente para dentro do quarto, Diwa dormia tranquilamente, porém também não estava vestido.

- Eu poderia entrar Rosalie?

- Creio que não seja apropriado - Rosie sorriu tapando a visão do homem à sua frente o máximo que podia, seria embaraçoso para qualquer dama explicar o que um homem fazia seminu em sua cama àquela hora da manhã. E Rosie não queria adicionar Diwa à sua lista de acompanhantes inventada por nobres da côrte.

- Rosalie, acredito que não seja uma boa hora para você. Então, vá aos meus aposentos depois do almoço, há algo que preciso te contar e algo que preciso pedir.

- Tudo bem - ela concordou, estava confusa e era obrigada a admitir, com um pouco de medo, o rei nunca a visitara antes.

- Até mais. Há, e Rosalie - o rei a chamou - Eu não me importo se você tem companhia.

Rosie corou, tons de rosa e vermelho pintaram-lhe a face, ela tentou explicar-se:

- E-eu não… Q-quero dizer sim… Não é o que está pensando - ela gaguejou - Nós não fizemos nada, somos só amigos.

O rei riu da tentativa falha da garota de se explicar. Rosie não sabia porque, mas sentia que precisava se explicar.

- De qualquer forma, não é da minha conta. A menos é claro, que você fique grávida.

O rei foi embora, Rosie pensou em suas palavras por todo dia, quando terminou de almoçar tratou logo de ir para o quarto trocar-se, depois foi ao quarto do rei. Era impróprio estar ali, nos aposentos reais, o quarto que o rei dividia com a rainha. Rosie respirou fundo e bateu na porta, um entre abafado foi ouvido, a garota abriu a porta e entrou.

Não reparou na decoração, ou em qualquer outra coisa focou-se no rei e no que ele tinha a dizer-lhe. O rei apontou para um sofá de dois lugares de couro preto, indicando que ela se sentasse. O rei de sentou ao seu lado.

- O que eu tenho hoje a dizer, parecerá loucura. Preciso que ouça do começo ao fim, antes de dizer qualquer coisa - a garota concordou - No século 21, antes das guerras os cientistas descobriram uma forma de manipular o gene humano, só funcionava em embriões e era muito cru. Depois da guerra, quando a ordem voltou, os cientistas de nosso país voltaram a trabalhar nessa pesquisa, eles acharam uma forma de criar super-bebés. O meu primogênito deveria ter sido um desses super-bebés, mas assim como a muitas pessoas a rainha acha isso antiético, ela acredita que não devemos fazer pessoas assim, ela acredita que tudo deve acontecer naturalmente. Por isso eu achei outra mulher disposta a gerar essa criança. Essa mulher Rosalie, era sua mãe, e essa criança é você.

- Isso é loucura - Rosie soltou uma gargalhada nervosa, o que diabos ele estava dizendo? Aquilo não fazia o mínimo sentido para Rosalie.

- Não Rosalie, não é loucura. Eu sou o seu pai. Por 18 anos escondemos isso de todos, mas agora chegou a hora. O resultado foi melhor do que o esperado, você é um gênio, é forte, bonita e sedutora - o rei acariciou sua face - Você completará 18 anos em breve, chegou a hora, chegou a hora de você comprir sei papel.

- E qual seria esse papel?

- Seduzir e matar o rei da Inglaterra, depois tomar o trono inglês.

- Desculpe, eu devo ter ouvido errado, você não me pediria para matar alguém - a princesa soltou uma risada histérica.

- Não, não ouviu - o rei disse calmo - Foi exatamente isso o que eu disse.

- Isso é loucura. Você não pode me jogar toda essa merda e pedir que eu mate alguém - esbravejou a garota.

- Pense bem, se você for bem sucedida na missão terá o meu apoio, não só na reivindicação do trono inglês como na do trono estadunidense - o rei estava calmo, como se instantes antes não tivesse pedido a sua sobrinha - Rosie negava-se a acreditar que aquele era seu pai - para matar um rei.

- Eu não posso matar alguém.

- Eu lhe darei um tempo para pensar, não muito, apenas alguns dias, mas tenha consciência de que se não fizer perderá a cabeça.

- E se eu tentar, mas falhar, também perderei.

- Há várias maneiras de se matar alguém, não use uma faca ou uma arma de fogo, seja criativa e esteja a cima de qualquer suspeita. Se fizer isso, sua cabeça ficará onde sempre esteve, se não fizer… Bem, prometo que terá um lindo funeral.

- Isso é mais do que uma ameaça - a jovem balançou a cabeça, não acreditava no que estava acontecendo -, é uma promessa.

- Entenda como quiser - o rei passou a mão por seu ombro, deixando-a ali por mais tempo do que o apropriado. A outra mão acariciou-lhe o rosto. O rei nutria sentimentos impróprios pela garota, um desejo doentio, desde que a vira pela primeira vez, ainda bebê. Rosie fechou os olhos, uma súbita vontade de vomitar invadiu seu corpo, ela respirou fundo, engolindo a ânsia.

- Você é uma garota muito bonita, Rosalie. É joven, inteligente, forte, corajosa e destemida. Seduzir o rei será uma tarefa fácil, você já fez isso com todos os estadunidenses.

- Eu não posso fazer isso - Rosie sussurrou.

O rei intensificou o toque tornando o mais íntimo, a mão que estava no ombro acariciou-lhe as costas, brincando com o zíper do vestido. A garota queria chorar, queria gritar, sabia que aquilo não era um carinho paternal, mas quem a protegeria do rei? Ela estava só, paralisada de medo. Então era isso, ela se tornaria rainha de duas grandes nações, tudo o que precisava era vender a alma ao diabo e matar alguém. Ela achava que não valia a pena, mas morreria se não fizesse. Estava encurralado, e odiava isso.

Quando o rei acariciou-lhe a cintura e fez menção à puxar o zíper de seu vestido, Rosie percebeu que tinha que pará-lo. O rei pareceu não estar surpreso com a rejeita, permitiu que Rosie fugisse. A garota correu até o seu quarto, há tempo de debruçar-se sobre o sanitário e colocar todo o almoço pra fora. Repetiu o ato duas ou três vezes, então começou a chorar, como uma garotinha que acabara de perder seu brinquedo favorito.

Rosie estava com medo. Naquele momento, quando o rei a deu uma missão ela morreu, de uma forma ou de outra; se aceitasse ou não; se fosse bem sucedida ou não, ela não terminaria aquele história viva e com uma alma. Que Deus tenha piedade de sua alma!

[...]

Jessy, uma das damas da princesa, achou Rosie no banheiro meia hora depois, a garota ainda chorava.

- Princesa Rosie, você está bem?

- Não Jess, eu não estou bem - a garota soluçou - Por favor, prepare-me um banho e peça a Hayley para me trazer um bule de chá de ervas Chinesas. Depois diga ao Diego para vir ao meu quarto com urgência.

- Sim, senhorita.

A mulher saiu do quarto, cinco minutos depois o príncipe apareceu.

- Rosie? O que houve? - o homem correu até a amiga, pegou-a no colo e a tirou do banheiro.

- Eu… Eu - ela respirou fundo, tentando se acalmar - Eu tenho que te contar uma coisa, sente-se.

- Você está grávida? - Diego praticamente gritou.

- Não, eu… A minha vida… - ela não sabia por onde começar, não sabia como contar. Durante toda a sua vida tivera certeza de quem era sua família, sabia quem eram seus pais. Então, numa fração de minutos todo o seu mundo desabou.

- Rosie, diga logo o que está havendo - o amigo implorou.

- É o Michael - a garota olhou para o amigo com lágrimas os olhos -, ele não é meu pai. Carter Walker é meu pai biológico.

- O quê? - o príncipe estava chocado - Carter, o rei, ele é seu pai?

- Eu descobri pela própria boca dele. E tem mais. Ele me disse que eu fui geneticamente modificada, e que eu fui criada para realizar uma missão. Se eu não fizer o que ele quer, se eu não realizar essa tal missão, ele me mata, eu seria degolada em praça pública.

- O que ele quer que você faça?

- Ele quer que eu mate meu tio, o rei da Inglaterra - o príncipe permaneceu imóvel, em choque. Rosie já havia parado de chorar, suas palavras ecoaram pelas paredes grossas e ela pode ouvir novamente o absurdo que seu tio imporaa ela - Não foi uma ameaça, Diwa. Foi uma promessa, ele quer a Inglaterra, e não se importa de matar para consegui-lá.

- Rosie, o que ele quer é loucura, mas ele é o rei. E pode te obrigar a fazer qualquer coisa, você é uma cidadã estadunidense. Eu sei que você não quer fazer isso, eu sei porque eu também não iria querer fazer. Mas se isso for salvar sua vida, você tem que tentar, regicídio é um crime, se você tentar e falhar será morta. Mas se não tentar também morrerá. Eu não duvido nem por um segundo da capacidade de Carter. Não é justo te pedir isso, mas você precisa fazer, não pode morrer.

- Eu não posso Diego, eu não posso seduzi-lo, muito menos matá-lo - Rosie voltou a chorar, sentia-se perdida.

- Você não só pode como vai, e eu vou estar lá para garantir que ele não sobreviva.



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