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História O Guia Turístico - Degustação - Bem-vinda


Escrita por: focusnavy

Notas do Autor


|DEGUSTAÇÃO|

Carxs leitores,
Os capítulos dispostos nessa plataforma são degustação do livro "O Guia Turístico".
Essa obra era uma fanfic e passou por mudanças após ser comprada pela editora DREAME.
Agradeço imensamente todos os antigos leitores que ajudaram a alcançarmos uma marca significativa de leituras para nos tornarmos Ebook.
Nas notas finais está o link da história no APP e site da editora.

Capítulo 1 - Bem-vinda


Fanfic / Fanfiction O Guia Turístico - Degustação - Bem-vinda

 

KIERAN ROSS

Coloquei o terceiro livro da minha coleção de anatomia dentro da mala, contando mentalmente quantos ainda faltavam. Com meu olhar eu busquei por toda a minha prateleira o quarto volume, eu não poderia nem pensar em perder os livros, foram caríssimos. 

— Hey, Kirah — Minha irmã mais nova entrou no quarto — Mamãe perguntou se quer ajuda. 

— Obrigada, Julietta, estou terminando — sorri e ela sorriu de volta se sentando em minha cama.

— Eu vou sentir sua falta. 

— Também vou —abandonei minha busca pelo livro a abraçando —você vai ir passar as férias comigo, que tal? 

— Não vai ser a mesma coisa, Kirah — ela falou e eu mordi o lábio inferior, tentando não chorar. Julietta e eu sempre nos demos bem, temos nove anos de diferença de idade, estou com vinte e um e ela com doze, sempre fomos grudadas e ir para a faculdade agora é algo complicado, principalmente quando a faculdade é quase do outro lado do planeta. 

— Olha, Ju — eu me inclinei — vou tentar ligar para você todos os dias. 

— Promete? 

— Sim. 

— Eu também vou precisar de dicas para ficar com os garotos da escola… 

— Eu não faço muito sucesso com o sexo masculino —falei rindo. 

— Seu namorado é Dean Mason, é claro que você faz. 

Dean e eu estudamos juntos no colégio por quatro anos, ele foi meu melhor amigo até que começamos nos gostar, foi difícil para ele aceitar que eu estou indo para longe. Está sendo ruim para mim. Muito. 

— Quanto a isso, relaxa. — Voltei a procurar meus livros —Você viu o quarto volume desta coleção? —Aponto para a pilha de livros na mala — sumiram.

—Esse? —ela mostrou o livro embaixo das roupas. — Kieran, você é bagunceira demais. 

—Como se você não fosse. —Dei de ombros pegando meu livro —Acho que é só isso. 

—Só? —ela riu —tem malas para um cara... 

—Boca suja —repreendi. 

—Você também fala —ela balançou os ombros. 

—Falo mesmo, mas eu tenho idade pra falar, se o pai souber que você fala isso, estará ferrada. 

—Você é chata — ela riu —acho que Dean chegou — ouvimos a buzina. 

—É… — suspirei guardando o livro fechando todas as malas, no meu nécessaire, eu conferi o passaporte, meus óculos e dei mais uma olhada no nome do Guia Turístico, o que vai me ajudar na estabilização em Toronto. — Hora de ir. 

—Kieran! —Minha mãe entrou no quarto acompanhada pelo meu pai —vamos te ajudar com as malas — ela disse e ambos pegaram minhas coisas, nós descemos até a sala em silêncio, acho que para o meu pai estava tudo bem se eu fosse para outro país, já para a minha mãe, nem tanto. Os olhos azuis estavam opacos por conta das lágrimas que esforçadamente não caíam, o lábio da mamãe tremia. Eu não quis fazer discurso, muito provavelmente eu perderia a minha vontade de ir.

—Vai me ligar quando chegar? — mamãe perguntou. 

—Vou, mãe. — Revirei os olhos. 

—Vai mesmo? — ela me abraçou — minha garotinha está indo para a faculdade! 

—Estou —me afastei — Calma, é meu futuro. 

—Eu sei, eu sei — ela suspirou. 

—Está atrasando a menina, Kate — Meu pai disse me dando um abraço rápido — fico feliz por você. 

—Obrigada — Nos afastamos pegando as malas levando até o carro do meu namorado. Colocamos tudo no porta-malas e eu me despedi da minha família mais uma vez, deixando um beijo em cada um deles. 

—Vou sentir saudades, se cuida — Minha mãe disse — tome cuidado com isso de ficar em casa de família, é perigoso. 

—Eu já sou maior de idade, mãe, a senhora pode ficar despreocupada. — respondi, lhe dando um sorriso e ela secou as poucas lágrimas. — Voltarei no Dia de Ação de Graças. 

—Tudo bem — ela suspirou — eu te amo. 

—Eu também — nós demos um abraço em grupo, e meu pai, mesmo todo carrancudo, derrubou uma lágrima (que ele logo fez questão de secar). Após todo a despedida, eu entrei no carro recebendo um selinho do meu namorado. 

—Está preparada, gatinha? — Dean perguntou e eu assenti, logo ele saiu com o carro e apoiou a mão na minha coxa, me fazendo recuar um pouco, não que eu não goste, mas aconteceram algumas coisas que eu não gostaria de citar agora. É um novo começo.

—É… — ele torceu a boca, um tanto sem graça e resolveu puxar assunto — quando começam as suas aulas mesmo? 

— Em um mês mais ou menos — liguei o rádio, suspirando. 

—Sobre ontem eu… 

—Dean — interrompi, o encarando — não quero que a nossa última conversa antes de eu ir para o Canadá seja sobre aquilo. Eu já desculpei e você disse que não fará de novo, lembra?

—Certo — ele suspirou —Já sabe em que host amily vai ficar? 

—Meu guia turístico vai me dar as informações. Todinhas. Eu estava entre uma família e alugar um apê...

—Ótimo — meu namorado sorriu — Vou sentir muitas saudades. 

—Eu também vou — apertei sua mão que estava livre, ainda acariciando a minha perna.

Eu realmente não sabia como nós dois iríamos ficar. Sair de Londres e ir para o Canadá, e namorar a distância? A maioria dos namoros assim não duram, e eu não tenho dúvidas de que gosto muito dele. Isso me preocupa desde que aceitei a bolsa.

Os outros quarenta minutos até o aeroporto nós conversamos um pouco e comemos algumas porcarias. Ao pegar minhas malas eu fiz a contagem de todas elas e decorei todas as cores, não quero perdê-las no caminho.

Passamos pela tiragem enquanto eu fazia o Check-in, Dean deu conta das malas, após passar pela análise toda, foi a hora da despedida. 

— Juro que sempre que der eu ligarei — ele disse e eu assenti o abraçando — e você sabe que se algo der errado você pode contar comigo. 

— Eu sei, Dean — afirmei, acariciando seus fios negros olhando em seus olhos — se quiser se inclinar para me beijar, eu deixo. 

— Não tenho culpa se você é baixa — bufei com suas palavras dando-lhe um beijo após ele se inclinar —Estão anunciando seu vôo.

—Estão — nós encostamos nossas testas, enquanto eu chorava baixinho — Eu vou sempre ligar também e tentar vir nas folgas, o trabalho de estagiária no hospital é extenso depois de alguns meses, eu vou ser presente. 

—Eu sei que vai — ele afirmou — até mais. 

—Até — eu olhei meu namorado no fundo dos olhos e decidi dar as costas após jogar um beijo. Eu pensei que ficaria mais triste, mas eu preciso viver uma nova experiência.  

Eu deixaria muitas coisas em Liverpool, mas tenho certeza de que na cidade de Toronto, a tão famosa Cidade Global Alfa, me traria muitas realizações, surpresas e uma nova Kieran.

E ali, com o passaporte na mão, eu tive certeza de que em pouco tempo eu iria ganhar o mundo.

(...)

 

A viagem foi tranquila, anunciaram que iríamos fazer a pausa na Dinamarca, foram dez horas de viagem, nesse tempo eu não dormi, eu havia saído da minha querida cidade às sete da manhã, chegaria no Canadá às cinco, mas como tem o tal fuso horário, cheguei às duas da tarde. 

Aproveitei o tempo no avião para ler e colocar meus planos em dia, eu tenho um mês e meio mais ou menos antes das aulas começarem, será o tempo de eu escolher um local fixo, de início eu ficarei em um hotel pago pela companhia de viagem — a mesma que o guia turístico trabalha — e então, possivelmente irei para uma host family. Estou feliz por ter tido oportunidade de agarrar um intercâmbio com uma bolsa de estudos de medicina. Deus sabe o quão caro essa mudança está sendo.

Entre uma turbulência e outra, cochilos e muita música, fomos avisados que em minutos estaríamos aterrissando. Apertei os cintos e após o pouso, apanhei parte da minha bagagem e desci, surpresa por estar mais frio do que em Liverpool.

E quando todas as malas já estavam comigo, na saída do desembarque eu avistei uma placa com o meu nome, em vermelho. 

“Kieran Ross Lewis”. 

Caminhei até o rapaz e ele deu um sorriso. 

— Senhorita Ross? —ele perguntou. 

— Sim, senhor… — tentei me lembrar do nome, mas não consegui — senhor… 

— Liam Brooker, muito prazer — ele estendeu as mãos e eu apertei gostando de sua simpatia — serei seu guia turístico por algum tempo — ele me ajudou com as malas e eu fiquei envergonhada, não sou de falar muito com quem acabo de conhecer. Até porque eu estou parcialmente tremendo de medo.

—Certo — concordei, puxando minha mala — Eu ainda estou me estabilizando e… 

—Quanto a isso não se preocupe — ele sorriu — falei com seus pais há algumas horas e os adverti que no meu apartamento tem um cômodo a mais, é uma suíte grande e mobiliada, lá você tem toda privacidade. Eles concordaram em nós dois dividirmos o aluguel. 

Certo, meu pai já trabalhou com um Brooker em uma de suas viagens, claro que ele confiaria, entretanto, esse moço é desconhecido e... 

— Eu sou credenciado pela Brooker Intercâmbios e Viagens, tenho toda a estrutura de acolhimento host Family. Nós vamos dividir o apartamento e ter nosso próprio espaço, sua faculdade é perto do condomínio, então não vai ser tão ruim. Tenho um contrato com termos de responsabilidades na casa e tudo mais, se quiser ler, te envio por email.

— Tudo bem — concordei, meu pai não me deixaria com qualquer pessoa — Acho que eu posso me confortar com isso, senhor, na verdade, eu estava reticente sobre onde morar e com que família eu estaria. 

— Eu entendo, muitas pessoas ficam inseguras, mas é uma questão de costume. E por favor, me trate como seu amigo. Liam, entendido? 

— Entendido! — sorri fraco ajeitando meus óculos e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha saindo do grande aeroporto, vendo a ilustre cidade. O bom de chegar cedo é poder ver esse lugar. É incrível. 

— Você tem algum apelido? — ele questionou me direcionando até uma Mercedes, e que carro. Eu não faço ideia de qual tipo seja, mas o símbolo é impecável.

— Meus amigos me chamam de Kirah — eu me encolhi no banco do carro, enquanto as malas mais pesadas Liam se encarregou de colocar no porta-malas.

— Certo, Kirah, acho que você está cansada, vamos para seu novo estabelecimento. — Liam entrou rapidamente esfregando as mãos em seu casaco enorme. Ele tirou a touca e eu pude ver um cabelo totalmente descolorido. Ele deve ser bem jovem.

—Sim senhor! — brinquei levando as mãos na cabeça e ele riu de lado saindo dali. 

—Que tal uma pizza? — aparentemente preocupado, ele falou com cautela —tem um lugar ótimo. Acho que é uma forma de dizer “Bem Vinda à Toronto”.

—Se você gosta de pizza, é dos meus. — eu sorri. — Pizza está ótimo. 

—Tudo bem, Kieran, vamos comer. 

 


Notas Finais


Confira a história completa seguindo o link abaixo:

https://m.dreame.com/novel/5a92X9TfGmAdP2tLv7+EHw==.html


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