1. Spirit Fanfics >
  2. The True Story Of Nat >
  3. Meu anjo.

História The True Story Of Nat - Meu anjo.


Escrita por: flowerstarks

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 18 - Meu anjo.


Depois que Gael fora embora, eu deitei em minha cama, pensando na conversa com Cléo.

Eu a havia magoado muito. Doía mais em mim do que nela. Eu mandei ela ir embora mas ela resistiria como ela mesmo dissera, até o fim.

Precisava esfriar a cabeça. Já tinha tudo planejado para a abordagem. O difícil era convencê-la a vir comigo.
Liguei para Luís pedindo o carro frio, tudo estava pronto.

Tentei fazer o mínimo de barulho ao sair de casa. Cléo dormia tranquilamente no sofá. Estava usando sua famosa camisola dos ursinhos carinhosos.

Dirigi sem pressa até o apartamento da Nat. Fiquei ali a tarde inteira  esperando um sinal que fosse, até que depois de muitas pescoçadas e cochilos, ela finalmente apareceu.

Estava usando um vestido preto e tênis. Segurava umas sacolas, provavelmente de compras, quando decidi descer do carro, Max veio correndo atrás dela, mostrando algo em um papel que a fez pular em seu colo e o cercar de carinhos.

Subiram no seu apartamento
Sabia que iriam demorar. Resolvi sair para comprar algo para comer, quando aqueles dois ou duas, resolviam conversar demoravam horas.

Quando cheguei ainda peguei Max saindo com a Nat. Ela já estava usando outro vestido mais decotado e estava linda como sempre.

De repente a ficha caiu! Era sábado e Nat sempre saía aos fins de semana para a balada. Segui o táxi que eles haviam pegado. Iria aborda-la assim que ela colocasse os pés pra fora da casa de shows.

Esperei umas quatro horas. Já estava irritado e Cléo havia me ligado umas vinte vezes e mandado trezentas mensagens, brigando por não responde-la.

Estava respondendo as mensagens de Cléo, quando vi Nat sair sozinha. Ela estava no telefone distraída. Aquela era a minha deixa.

Me aproximei sorrateiro, apenas esperando ela se distanciar o bastante dos seguranças da boate para surpreende-la, até que finalmente ela ficou no ponto perfeito.

Não dei tempo para que ela reagisse. Molhei um lenço com sonífero, agarrei-a com muita força já lhe tampando o nariz com a substância. Ela se debatia silenciosamente, aos poucos senti suas forças se esvaindo e o sono invadir suas pálpebras.

Peguei- a no colo, conduzindo até o carro, quando percebi que um dos seguranças nos alcançava.

— Quem é você? O que houve com ela? — ele me media de cima a baixo como se desconfiasse da minha índole.

— Eu sou o namorado dela. Ela marcou aqui comigo na festa, estava falando comigo no telefone quando eu a vi perder as forças. Acho que ela exagerou na dose.

Tentei fazer a minha cara mais convincente. Ele parecia não acreditar mas por fim acabou cedendo.

Corri para o carro com medo de demais intromissões. Nada poderia dar errado. Não teria aquela oportunidade novamente.

Peguei no volante desesperado e só parei quando chegamos ao destino. A casa onde eu e o maldito do Gael fomos criados.

Assim que adentrei a casa trazendo Nat nos braços, tudo já estava pronto.
Meus fiéis empregados, de tantos anos que nunca haviam saído da casa de meus pais, estavam lá prontos para nos receber.

— Boa noite senhor, Jorge. O quarto da senhorita Natália já está pronto e o do senhor também.

Era Rubens. Apesar da idade avançada sempre fora um bom mordomo.

— Obrigado. Pode deixar que daqui eu me viro. E ei... — disse quando ele já estava se retirando. — Vocês não viram nada.

— Nós não estamos aqui para ver senhor Jorge. Apenas para obedecer.

Subi as escadas satisfeito. Estava tudo dando certo. Quando adentrei o quarto vi que realmente tudo estava lá.

A roupa de cama milimetricamente arrumada, o quarto estava extremamente limpo e organizado, a camisola que um dia foi da minha mãe estava dependurada próxima ao guarda-roupa.

Coloquei Nat na cama, tirei os seus sapatos e despi sua roupa, controlando meus extintos de toca-la colocando apenas a camisola. Cobri com as cobertas e saí. Ela com certeza demoraria para acordar.

Resolvi fazer um tour pela casa, evitando meu quarto de infância. Eu sabia que entrar naquele lugar me traria lembranças boas mas também torturantes.

Tomei um banho frio, jantei e falei com Cléo, que me dissera que iria dormir na casa de uma amiga. Bom, amiga entre aspas, pois eu sabia da curiosidade dela em relação a mulheres.

— Senhor Jorge? A senhorita Natália acordou e está bem agitada.

Levantei rapidamente e me dirigi até o quarto. Apesar de fraca eu a ouvia gritar e partir as coisas violentamente.

Assim que eu abri a porta, ela me chutou disparando pra fora aos tropeços tentando sair. Não me movi. Sabia que ela não teria como fugir.

Após correr tudo e ver que não tinha saída, Nat foi até a cozinha e pegou uma faca. Foi ali que eu me desesperei.

— Nat fica calma, me dá essa faca. —disse descendo as escadas com muita calma.

—Manda seus capangas abrirem essa porta agora ou eu juro que faço uma loucura.

Nat estava tão desorientada pelo remédio e pela situação que não percebeu quando Munhoz, um dos meus funcionários se aproximou dela por trás.

Com todo o cuidado ele partiu pra cima dela, tentando retirar a faca. Nat se dabatia, vendo a cena, eu desci as escadas tentando imobiliza-la, nessa tentativa ela acabou cortando a mão.
Entrei em pânico vendo ela sangrar mas ela não desistia. Agarrou a chave da minha cintura e tentou abrir a porta.

Corri, tentando segura-la até que Rubens pegou uma agulha e lhe aplicou uma pequena dose de calmante. Nat cedeu. Me aproveitando disso a agarrei levando para cima, gritando por uma caixa de primeiros socorros.

—Nat você está louca!? — disse tentando estancar o sangue vivo que saía de sua mão.

— Me larga! — ela falava baixo anestesiada pelo calmante. — Eu te odeio! Você é uma praga na minha vida.

Aproveitando o sangue da Nat, recolhi as amostras e guardei. Era daquilo que eu precisava.

— Você é doente! — ela tentava gritar.

— Eu estou doente, meu anjo.

— Monstro!  — Você merece morrer.

Sorri para ela. Mas não durou muito. O meu sorriso foi substituído por lágrimas.

Percebi que Nat me olhava indignada. Era como se ela não acreditasse em mim.

— Para de chorar, você acha o quê?Que eu vou acreditar nas suas lagrimas seu cretino? Que história é essa de doença? Metiroso! Você é um mentiroso!

Nat me batia mas não muito forte, porém era o suficiente para incomodar. Fui deixando ela me bater para que ela pudesse talvez, extravasar um pouco do ódio que sentia de mim.

Entre tapas e socos, Nat chorava de ódio. Até que chegou uma hora que ela não aguentou mais e parou de me bater.

Deitei ao seu lado e acariciei seu rosto. Ela tentou se desvencilhar do meu carinho mas não tinha forças.

— Há um ano atrás, senti uma forte dor de cabeça, então me levaram até o medico do presídio. Lá ele deu um diagnóstico mas eu não quis acreditar muito no resultado. Pedi para o meu advogado contratar um especialista no assunto. Infelizmente ele deu o mesmo parecer.

Nat olhava pra mim em um misto de ódio e curiosidade.

— O que você têm? — ela perguntara em um tom que eu não pude definir o que era.

— Um câncer avançado no cérebro. Não posso operar.Não tem cura!

Ela parecia não acreditar. Me olhava assombrada como se procurasse um vestígio que fosse de uma armação.

— É mentira!— ela chorava. — Está  mentindo pra mim como sempre! —sua voz saía cortada pelo seus soluços.

— Se você quiser eu te mostro os exames e...

—São falsos! — Nat alterava a voz.

— Escolhe um médico. Qualquer um e eles vão confirmar.

—SAI DAQUI! — ela esbravejou.

Ao invés de sair, decidi abraça-la com toda a minha força. No começo ela se debateu mas depois se deixou abraçar. Aproveitei aquela chance pra chorar como nunca. Eu iria perdê-la, só que dessa vez era para todo o sempre.


Notas Finais


Alguém aí sentiu pena do Lobão?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...