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História The True Story Of Nat - Não pode ser.


Escrita por: flowerstarks

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 20 - Não pode ser.


Já havia se passado duas semanas desde que fui ao apartamento do Lobão e até agora nenhuma notícia do resultado.

Algo estranho havia acontecido. Nat ficara dois dias sem vim ao treino.  Exatamente os dois dias que Cléo falara que Lobão tinha viajado. Ele colocou o plano em ação.

— Karina, a Nat veio hoje? — perguntei dando uma generosa garfada no bolo de cenoura que Dandara tinha preparado para o lanche.

— Por que você está tão interessado? Eu posso saber seu Gael?

Dandara aparareceu do nada. Como se já estivesse na espreita.

— Por que ela é minha aluna horas e além do mais o campeonato está aí! — disse colocando um copo de suco.

— Não precisa ficar com ciúmes não, Dandara. — Karina disse piscando pra mim. — Eu ouvi a Nat falando pra Cléo que ela voltou com o Lobão.

Quando Karina disse isso, eu já estava com a boca cheia de suco. Cuspi e engasguei feito louco.

— O que você disse!? — perguntei incrédulo após me acalmar.

— Pois é! Eu também não acreditei.

— Vindo de uma vagabunda dessas vocês queriam o quê? —  era Bianca e estava acompanhada do Duca.

— Não fala desse jeito! E você estava fazendo o que com o Duca no quarto?

— Calma tá, Mestre? Eu e a Bianca estávamos fazendo uma pesquisa sobre centros de fisioterapia para minha avó. O plano já não está cobrindo mais.

Percebi que tanto quanto eu que Duca também se abalou com a notícia.

— A Nat voltar assim para o Lobão? De graça? Não sei não, viu? Alguma ele armou. Sei lá, uma ameaça ou coisa do tipo.

— De graça não foi mesmo, Cobra!— Bianca disse irônica. Já viu o tamanho da conta bancária dele?

— Cara! Se foi pela grana eu não sei. Mas eu estou com o Cobra. Acho que foi por medo. — João também se metera na conversa. — Vocês já viram o tamanho dele? Um tapa e ela desmonta.

Senti meu celular vibrar.

Peguei o aparelho de forma tão  afoita que chamou a atenção de todos na mesa.

— Saiu o resultado! #Lobão.

Levantei depressa. Procurando desesperadamente as minhas chaves.

— Gael, o que foi? Quem era no telefone pra te deixar tão agitado assim, posso saber? — Dandara me acompanhava de forma irritada.

— Estou sem tempo pra crise de ciúmes! Lembra quando eu disse que estava resolvendo um assunto cabeludo? Pois é. Eu vou saber o resultado agora.

Saí sem dar mais explicações. Tentei dirigir com cautela mas quase atropelei um pobre cachorro.

Cheguei desesperado ao apartamento do Lobão sem ao menos esperar o porteiro me anunciar. Toquei a campainha várias e várias vezes, até que ele finalmente abriu a porta.

— Porque você não abriu logo essa merda? — disse entrando sem nem ao menos esperar o convite.

— Estava urinando não posso?

Lobão passou por mim e foi direto ao seu quarto. A minha curiosidade era tão grande que sem pensar o segui.

Apesar de sinistro o quarto dele era bem luxuoso. Havia uma cama de casal bem espaçosa, uma TV que com certeza se eu fosse comprar dividiria em dezessete vezes sem jutos no cartão e um guarda- roupa combinando com as cômodas de excelente qualidade.

Lobão pegou uma carta na cômoda e me entregou. Ao recebe-la notei que não havia sido aberta. Ele conteve a curiosidade.

— Abre logo! — ele disse afoito.

Abri desesperadamente. Li o resultado e entreguei a Lobão para que ele pudesse ler.

Sentei na cama respirando fundo. Uma simples palavra com milhões de significados.

Lobão se sentou ao meu ladone jogou as costas para trás se deitando silenciosamente. Do nada ele se levantou e correu ate o banheiro. Ouvi um barulho forte de quem fazia ânsia de vômito. Decidi aguarda-lo.

Ele saíra do banheiro branco feito o papel que a pouco estava segurando. Percebi que ele estava prestes a desmaiar. Levantei já na intenção de ajudar.

— Você está bem? — disse temendo que ele perdesse ainda mais as forças.

— Me larga! Era só o que me faltava, você me agarrando. —vdisse cambaleando até a cama. — Devo ter comido alguma coisa que fez mal.

— Desde quando você e a Nat estão juntos?

— Pra que você quer saber? Te devo satisfação por um acaso? Daqui a pouco você vai querer saber o que se passa na minha vida íntima.

Controlei meus extintos para não soca-lo ali naquela cama mesmo.

— Eu vou embora mas espero que saiba que não irá se livrar de mim tão fácil.

Saí batendo a porta e pisando duro. Dirigi até em casa segurando aquele resultado nas mãos, esperando que alguém me acordasse e dissesse: Não se preocupe, foi apenas um trote.

Quando cheguei em casa todos ainda estavam presente, até mesmo Duca. Abraçados, Bianca e ele pareciam apaixonados. Karina estava jogada no colo do Capiroto enquanto ele lhe fazia cafuné. Cobra e João estavam em uma luta silenciosa no video game, enquanto Dandara ouvia alguns alunos cantarem nos vídeos gravados na Ribalta.

— Eu gostaria da atenção de vocês.

Automaticamente todos pararam para me olhar. A minha apreensão aumentou ainda mais.

— Quero contar uma história para vocês e quero toda a atenção e nenhum pio até eu acabar...

— Pio.

— João! — todos gritaram ao mesmo tempo.

— Pode falar, pai! — Cobra disse depositando a mão no meu ombro.

— Bom, todos sabem que eu e Lobão éramos amigos e que a gente lutava na mesma academia. Consequentemente, íamos a várias cidades participar de campeonatos juntos.

— A gente já sabe. Agora pula pra parte sangrenta e cheia de perigos. — Pedro disse parecendo empolgado com a história.

— Então, como eu ia dizendo antes desse capirotinho atrevido atrapalhar, eu e o Lobão vivíamos colados um no outro, até que fomos parar em Macaé.

— Naquele buraco, pai?

— É, naquele buraco. Agora deixa o papai falar, Bianca.

— Na cidade eu conheci uma garota, de mais ou menos os seus dezesseis anos.

— E Pá! Ficou com ela, já estou adorando. — João não tinha limites para piadinhas.

— Se você  atrapalhar de novo moleque vai parar na rua, hein?

— Obrigado,filho. E sim eu fiquei com ela. Na época eu tinha uns dezessete anos e foi um erro.

— Porque, Mestre? — Duca perguntou, também curioso.

— Fiquei com ela apenas uma vez. Eu e Lobão já tínhamos arrumado tudo pra ir embora, quando ela veio com o papo de ir com a gente.

— E você trouxe ela,meu amor?

— Não, Dandara. Mas essa não foi a questão. Quando eu disse que não iria traze-la pra cá, ela surtou. Insistia para vim e até disse que estava grávida. Lobão então pediu dinheiro pra mãe dele pra poder fazer o exame. Ele inventou que a gente estava sem grana e quando chegou o dinheiro ela não quis fazer.

— Que maluca! E no que deu? — Cobra perguntou assustado.

— Deu que ela disse que ia acabar comigo. Que ela ia me fazer sofrer e muito. No começo eu e Lobão achávamos que era loucura por que ela estava apaixonada ou era interesseira, sei lá. Só sei que eu havia esquecido essa história até a algum tempo atrás.

Respirei fundo! Estava chegando a hora da verdade.

— Lobão me procurou recentemente como todos ficaram sabendo para me contar uma coincidência muito grande que havia acontecido.

Todos prestavam atenção. Nem mesmo João parecia querer atrapalhar.

— Cumprindo uma promessa que havia feito a Nat quando eles se conheceram, Lobão foi em busca de encontrar o pai dela e até ai tudo bem, só que ele descobriu uma coisa.

— O quê? —todos falaram em uníssono.

— Que a tal garota e a mãe da Nat eram a mesma pessoa. Ou seja, que eu poderia ser o pai dela.

Todos ficaram em choque mas não me interromperam.

Lobão veio até aqui naquela noite, em que Luís prendeu a Karina e a Nat para me contar sobre essa desconfiança. Então eu fiquei sabendo de tudo e ele me disse que daria um jeito de conseguir uma amostra do DNA da Nat e ele conseguiu.

— Vocês fizeram o exame? — Dandara perguntou baixinho.

— Fizemos sim mas sem a Nat e nem ninguém além de mim, Lobão, Luís e Cléo saber. Não queríamos abrir o jogo sem ter certeza do resultado.

— Espera aí! — disse Bianca já matando a charada. — Se o senhor está aqui contando essa história pra gente é por que o resultado deu...

— Positivo! A Nat é minha filha.


Notas Finais


Nat e Gael são pai e filha. Quem esperava por essa?


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