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História The True Story Of Nat - O destino quis assim.


Escrita por: flowerstarks

Notas do Autor


Espero que vocês gostem.

Capítulo 7 - O destino quis assim.


Era hoje!

Um formigamento percorria o meu corpo, enquanto as minhas entranhas pareciam ter virado geléia e quando eu arrumei as coisas para partir para academia, as minhas pernas já não queriam mais me obedecer.

Mas eu precisava está firme, tinha que encorporar um personagem. A Beyoncé como Max mencionara e enfrentar a todos de cabeça erguida.

Enquanto percorria as ruas com a minha moto, as lembranças vinham se formando em minha mente, como no dia do campeonato, em que a ficha de Duca caíra e ele foi até meu apartamento me dizer que sabia que eu era a Léo.

Era o início do meu amor por ele e era também o início da minha ruína.

QG! Por mais que eu tentara pilotar o mais devagar possível, o meu extinto de motoqueira me fez chegar muito rápido do que eu pretendia ao meu destino.

A praça estava praticamente parada. Não havia carros transitando, a banquinha da Dona Dalva estava fechada, o Perfeitão e o Aquazen estavam aparentemente vazios e  eu já estava quase voltando, achando que perdi a hora ou cheguei cedo demais quando eu avistei Karina conversando alegremente com Pedro.

Como ela crescera, pensei comigo.
Quando a Karina chegou a minha casa naquela noite, estava completamente arrasada, tinha perdido a família e também o amor.

Por mais que eu tentasse ser amiga dela, dá-lhe algum conforto ela simplesmente não quis o meu carinho. Ela definitivamente não gostava de mim.

Mas vendo ela ali, feliz, com seu guitarrista frouxo e digasse de passagem completamente maluco, eu senti uma certa inveja.

Não pelo seu namoro em si mas por nunca ter tido aquele frescor de menina descobrindo o mundo.

— Vai ficar parada aí, Marrenta? — dei um pulo quase caindo pra trás. —era Cobra e estava sorrindo pra mim, daquele jeito de menino homem que se viu obrigado a crescer rápido demais.

— Oi Cobra. — disse o abraçando. —Um cheiro familiar invadiu as minhas narinas e eu senti um conforto muito grande.

— Gata, cheirosa... É dona Natália, dois anos te deixaram ótima.

Sorri sem querer. Apesar de Cobra sempre ter uma piadinha ele sempre me respeitara. Tivemos nossos problemas no passado mas ao ver sua consideração e cuidado com Karina eu vi nele um grande coração.

—Vamos entrar, ainda está meio cedo. Você ficou ansiosa? — disse me conduzindo pra o QG.

—Um pouco! —disse me sentando. —  Fiz de tudo pra não voltar mas não teve jeito.

—Relaxa! Apesar de sermos concorrentes, nós somos... amigos? —ele me perguntou com certa dúvida.

—Somos sim! —disse pra ele sorrindo o deixando mais relaxado. — E como está as coisas por aqui?

— Está querendo saber do Duca? — ele me perguntou fitando meus olhos.

— Estou querendo saber de tudo. desconversei.

—Vou fingir que acredito. — Cobra sorriu malandro. — O Duca está com a Bianca, ela é um porre mas o amor é cego e burro, né? Dona Dalva está com a saúde melhor do que a de nós dois juntos, o meu casamento está mais pra lá do que pra cá, a minha pequena está feliz com o guitarrista dela como você viu, O Gael está de boa com a Dandara, o João está fazendo faculdade de artes cênicas  com a Bianca e eu ainda sobro naquela casa.

Percebi uma nuvem escura passar pelos olhos de Cobra. Apesar de ter se passado tanto tempo, ele ainda não se sentia a vontade em frequentar a casa do pai.

— Mas você e a Jade não estão morando juntos? — perguntei a ele para disfarçar o incômodo que senti ao ouvi-lo falar que Bianca e Duca ainda estão juntos.

—Eu e Jade fomos pra Belo Horizonte por causa da faculdade dela mas aí ela conseguiu transferência pra cá e como a casa do meu pai estava cheia, fomos pra casa da Lucrécia e aí o inferno começou. Elas são diferentes demais de mim, aí eu decidi sair da casa da delas e vim pra o QG. A Jade não quis sair do bem bom pra morar na espelunca, então estamos separados de casa mas o casamento  está de pé ainda, eu acho.

— Nossa! Vocês então estão enfrentando uma crise? — perguntei com sincera preocupação.

— É mais ou menos por aí! — percebi a tristeza dele.

—E como estão os campeonatos por aqui? — decidi mudar de assunto antes que Cobra me achasse intrometida demais.

— Está  tudo na boa. Eu e o Tawick participamos e ganhamos vários mas eu estou de olho mesmo é na Liga de Ouro.

—E quem não está, né? — sorri. —Você sabe quem veio de outras acadêmias?

— São tudo da Khan! A Cléo e o Luís.

Quando o Cobra tocou no nome do Luis, uma raiva súbita me consumiu  ao lembrar que ele ajudou o Lobão em todas aquelas falcatruas.

— O Gael aceitou de boa? — perguntei segurando a minha ira.

— Meu pai aceitou você, mesmo depois do piti de Bianca.

—Ela deu um piti? — não consegui segurar a risada.

—Fui provocar ela com sua chegada e ela até me bateu. — Cobra sorria enquanto me mostrava os arranhões já cicatrizando.

—Cobra! Meu pai tá te chaman...

Era Karina! Estava acompanhada de Pedro e ainda sorria, porém quando ela me viu, o seu sorriso inteiro se desmanchou  e se transformou em um bico impertinente e uma carranca feia.

—Oi K, tudo bem?— disse quebrando o gelo.

—Pra você é Karina e eu estou bem. Cobra como eu disse, meu pai quer a gente na academia pra receber os alunos novos. — disse me ignorando.

Consegui perceber que Pedro e Cobra ficaram sem graça ao ver que Karina me destratara.

—Já estou indo. E você, Nat? Vem agora?— Cobra me sorriu tentando desfarçar a maneira grosseira que fui tratada.

— Não vou agora, Cobra! Preciso muito passar em um lugar antes.

—Só não demora muito. Daqui a pouco geral está aqui.— percebi que Cobra me olhava com certa pena.

—Eu já volto! — disse saindo da loja e já montando na moto.

Ainda deu tempo de ouvir Cobra reprimindo Karina por ela ter sido dura comigo e ela respondendo algo que não puder atinar o que era.

Pilotei até a Pedra do Índio,onde jaziam as cinzas do Alan. Somente ele poderia me dar um pouco de luz e força pra enfrentar aquelas pessoas.

Cobra me tratara tão bem, já a Karina, me tratou com asco e isso me doeu muito, já que eu sempre gostei muito dela.

Mas se ela me tratara daquela forma, imagine as outras pessoas ? Por quê me odiavam tanto? Por quê ninguém nunca sentia amor por mim ou nem que fosse um cuidado.

Desde pequena sempre fui destratada pela minha mãe. Nunca soube o motivo.

Amor mesmo só o do Alan, que morrera cedo demais,  sem ter tido a oportunidade de ser feliz.

Enquanto secava minhas lágrimas, para voltar ao meu tormento, me lembrava de uma frase que ele tinha tatuado no braço: "Fraco é o homem que só se permite vencer."

Era exatamente isso. É nos fracassos que nos tornamos fortes.

Eu iria usar aquela dor e sofrimento para me refazer. Ninguém sofre para sempre e eu não me permitiria sofrer mais. Não sabia o que me aguardava mas se o destino quis assim, então que assim seja.

Lutaria com unhas e dentes pela minha felicidade.


Notas Finais


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