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História The truth about fiery love - Capítulo 4


Escrita por: explicitwerk

Capítulo 4 - Capítulo 4


[...]
Chegamos ao hotel por volta das 3am, mas estávamos agitados e não parávamos de rir. 
– Cara, qual foi? Aquele drink estava com gosto de azeite sim. Aquele cara não sabia o que tava fazendo, com certeza. – Dylan disse, enquanto entrávamos no elevador. 
– Você tá zuando, né? Eu não senti isso em nenhum momento. – eu ria tanto que minhas bochechas e barriga doíam.
– Juro por tudo de mais sagrado na minha vida. – ele disse, com um sorriso de lado. – Eu não sei fazer drinks, mas o meu teria ficado bem melhor. 
– Será que ele nos viu saindo do banheiro? Ele pode não ter gostado do pequeno fato de a gente ter transado na pia dos funcionários. – sim, descobrimos que aquele banheiro era especialmente para os funcionários da boate, e por isso ninguém entrava lá. Uma pena mesmo.
– Bem pensado. – ele riu.
As portas abrindo, dando passagem para o nosso andar. Entramos no quarto, já tirando sapatos e acessórios irritantes. Permiti-me jogar na cama, apesar da euforia. Acendi as luzes led da suíte em tons de roxo, em seguida desliguei as luzes normais. Liguei o som, colocando uma música meio desconhecida para tocar, mas que a batida era cativante.
De olhos fechados, senti a cama afundar um pouco com o peso do garoto em cima de mim, que me encarava. Dylan me olhava com um olhar que nada transmitia. Continuei a encará-lo por um longo tempo, até que ele riu, fechando os olhos. Então, ele se deitou ao meu lado.
– Que foi? – perguntei, me virando para ele.
– Não sei.
– Como não? Aconteceu algo? – a alegria se esvaiu um pouco ao reparar na sua seriedade.
– Só parei para pensar aonde isso vai dar. – isso o que? Não falei nada, e ele entendeu o recado. – A gente. Menos de uma semana e eu sinto como se fôssemos amigos há anos.
Eu não tinha pensado nisso. Na verdade, nem me toquei que já se passou uma semana praticamente; pareceu muito mais. A questão da intimidade adquirida em pouco tempo, como ele disse, ajudou muito. Minha cabeça estava processando muita coisa ao mesmo tempo – típico de alguém nada sóbrio –, e minha língua enrolou para falar.
– A gente dá certo. Apesar de o seu jeito confiante e seguro me irritar um pouco. – falei, enquanto fazia um tipo de carinho nele. Não pergunte porquê.
– Seu jeito de sabe-tudo também não me agrada tanto. – e riu. – Ainda mais quando você me provoca. Cara, dá vontade de te fuder até você não aguentar mais e pedir uma pausa. 
– Minhas intenções são as melhores. – disse, me aproximando do seu rosto, que se virou para me olhar. Cara a cara; olho no olho. Um calafrio passou pelo meu corpo. Me senti nua.
– Intenções? Você me deixa louco e age como se nada tivesse acontecido! – Dylan falou, rindo.
– Desculpa, não consigo evitar. – falei, dando um selinho nele. Ele acariciou meu rosto, afastando meu cabelo. Virei meu corpo para ele, passando minha perna no meio de suas coxas. – O que você foi fazer, quando saiu do quarto ontem à tarde? 
– Andei pelo hotel. Conheci uma garota. – tentei ignorar a pontada no peito que senti. Ele voltou a olhar para o teto. – Era linda. O tipo de garota que eu nunca soltaria. 
– Conte mais. – falei, interessada de verdade.
– Ela tinha um olhar malicioso acompanhado de um sorriso inocente. Cada traço dela me deixou louco. – ouvia cada palavra em silêncio. – A mistura de bondade e maldade em pessoa. Me encantei assim que a vi. 
– Como ela era? – perguntei, olhando para minhas unhas, meio embaçadas pelo álcool.
– Morena, cintura fina, olhos escuros, pele branca... – corei quando percebi o que ele estava fazendo.
– Que idiota. – eu ri, tímida.
– Se não gostasse, não estaria aqui comigo. – ele disse. Esse garoto sabe o que faz. 
Fiz ele olhar para mim. Beijei-o calmamente, mesmo que todas as partes do meu corpo implorassem para acabar com aquilo. Levantei, indo para o banheiro. Fiz minhas necessidades e saí de lingerie mesmo. Abri o frigobar para pegar um champanhe que havia ali, peguei duas taças e servi para nós. Sentei-me no chão, vendo Dylan fazer a mesma coisa. 
– Vamos jogar? – ele falou, me pegando de surpresa. 
– De que?
– Eu digo três fatos sobre mim, dois serão verdade e um, mentira. Você vai ter que saber qual é qual. – disse, sugestivo.
– Vamos lá então. 
Ele pensou por dois minutos, à medida que eu bebia todo o champanhe da garrafa. As luzes do quarto me deixavam tonta, mas a sensação era ótima.
– O primeiro fato é que eu dei meu primeiro beijo aos dez anos de idade. O segundo é que tenho uma tatuagem, e o terceiro é que nunca me apaixonei.
Pensei, pensei e pensei. O primeiro era previsível, Dylan tinha muita cara de ter sido uma daquelas crianças apressadas e espertas. Ele poderia ter uma tatuagem, porém, apesar de já tê-lo visto nu, deveria ser minúscula; ele não faz o estilo de cara que faz uma tatuagem pequena. O terceiro fato não parecia ser verdadeiro para mim, fanática da paixão e derivados.
– A terceira é falsa. – falei, convicta da resposta.
Ele apenas riu da minha cara.
– Onde você acha que eu tenho tatuagem? 
– Sei lá. A última opção parecia ser a menos verdadeira.
– Eu não tenho tatuagem. – Dylan riu. Essa foi a resposta fria para a pergunta que pairava na minha mente. 
– Você nunca se apaixonou? – perguntei, pasma.
– Nunca foi pra tanto. – ele deu de ombros, simples. Resolvi deixar de lado.
– Minha vez. – minha cabeça estava uma bagunça, mas consegui pensar em três coisas. – Ano passado tive sete namorados, já me relacionei com garotas e eu odeio sexo oral. Feito em mim, no caso. 
Dylan olhou no fundo dos meus olhos, investigando qualquer vestígio que entregasse a mentira. Ele já deveria saber, só de pensar em momentos atrás. Ele estalou a língua quando se tocou, e disse, alegre:
– Você não pareceu odiar sexo oral uma hora atrás. – ele riu, esperto, enquanto se gabava do ocorrido. – Isso significa que você já namorou garotas, então? 
– Nada além de sexo. – falei simples, vendo-o se deitar no chão, sem tirar os olhos de mim. 
Ficamos calados por um tempo, ouvindo a música que tocava, leve e provocante. Não aguentei ficar parada, sentei em cima dele, o encarando, tentando não ficar tonta. Me abaixei para dar pequenos beijinhos nele, sem deixar de olhá-lo. Percorri minhas mãos em sua barriga por baixo da blusa, enquanto a tirava. Beijei seu pescoço, passando minha língua por toda a extensão. Deixei marcas ali que com certeza não sairiam por um bom tempo. Lá embaixo, era notável a presença do membro dele.
Fui mais para baixo dando beijos pela barriga sarada dele – não poderia negar o quanto esse tipo de corpo, nem musculoso nem magricelo, me fascina, é surreal – ao passo que eu abria sua calça e a abaixava. Apertei levemente seu pênis, que já pulsava. Com meus dentes, abaixei sua cueca, revelando o pênis ereto e rígido. Lambi ele todo, sentindo Dylan arfar debaixo das minhas mãos. Chupava só o início, passando a língua quente devagar enquanto fazia movimentos de vai e vem com uma mão. Até que, de surpresa, chupei ele todo, fazendo-o soltar um gemido alto; continuei até ele ficar tenso, um sinal de que o ápice estava vindo. Quando chegou, não deixei uma gota sequer sair da minha boca, engolindo tudo de uma vez. 
Com o olhar satisfeito, Dylan se levantou, em seguida me ajudando a fazer o mesmo. Ele me encarou e, transbordando malícia, falou:
– Você é perfeita. 
Sorri com a mesma intenção.
Ele me puxou pela cintura, fazendo com que nossas respirações se chocassem harmoniosamente. Sua pegada me deixou sem reação, e me senti uma boneca de pano em seus braços.
Ele selou nossos lábios, sem pressa alguma. Aprofundou o beijo, deixando o calor se alastrar pelo meu corpo inteiro. Passou sua outra mão pela minha bunda até chegar na nuca, puxando meu cabelo lentamente. Arranhei suas costas, sentindo como estava quente. Com as mãos rápidas e ágeis, ele me suspendeu pelas coxas e me segurou no colo, sem separar nossos lábios. Meu corpo entrou em combustão pura quando senti seu membro debaixo da minha calcinha, duro como antes. Soltei meu sutiã, tirando a atenção dele da minha boca, que foi para os meus seios; ele os abocanhou de forma que, se eu estivesse em pé, teria perdido as forças. Controlei os gemidos ao máximo, mas era difícil com um homem que sabia o que fazia. Ele estava me deixando louca. 
– Me fode. – sussurrei, sedenta.
Ele me olhou, cheio de destreza, como se atendesse o pedido. Me colocou na cama sem voracidade, levantando em seguida para me observar semi nua. Tirou a sua cueca, que estava nas coxas, e a jogou longe, realizando o mesmo com minha calcinha. Perdi o fôlego quando dois dedos me penetraram sem dificuldades por já estar úmida, e soltei um gemido abafado no momento em que ele colocou um dedo no meu clitóris, me estimulando ao máximo. Parecia que ele gostava de provocar tanto quanto eu, pois quando eu demonstrava estar chegando ao ápice, ele tirava os dedos para acariciar minha vagina por fora. Durante meu clímax, mordi meus lábios para não gemer tão alto; acho que não funcionou. 
Dylan me virou, fazendo-me ficar com o rosto nos lençóis. Ele deu um tapa na minha bunda, apertando-a em seguida. O garoto saiu de cima das minhas pernas para buscar a camisinha que estava na carteira dele; foi ágil e abriu a embalagem rapidamente, colocando no membro ereto. Se aproximou e me penetrou lenta e vagarosamente, tendo meu gemido como resposta. Colou nossos corpos enquanto fazia seus movimentos, ao passo que passava uma mão na minha cintura e a outra puxava meu cabelo, porém não doía. 
O contato pele com pele deixava tudo mais quente; o tesão era tanto que exalava de nós em forma de suor, gemidos e calor. Estávamos chegando ao ápice, todas as partes do meu corpo estavam anestesiadas de prazer, sem força para relutar; e nem queria. Gememos em um conjunto perfeito quando gozamos, sentindo o alívio. Dylan saiu de mim, tirou a camisinha e a jogou num cesto de lixo que eu não tinha notado até agora. Nós nos viramos para o teto, enquanto a respiração normalizava. 
– Isso foi... – tentei falar, mas a palavra certa não apareceu. 
– Também achei. – ele disse, na mesma situação. Eu ri junto à ele. 
Levantamos, ainda de pernas bambas, para vestir as roupas íntimas. Nos olhamos e, acho, tivemos a mesma ideia. 
– Chuveiro? – ele falou.
– Agora.
[...]
Quando saímos do banho, já era dia. Estávamos ainda de roupa íntima, mas isso não nos incomodava. Fechei as cortinas e deixei o quarto o mais escuro possível, depois fiz minha parte e me deitei na cama. 
– Quer ver algum filme? – Dylan, secando o cabelo com uma toalha, perguntou.
– Acho que não aguentaria. Faz mais de um dia inteiro que não dormimos. – falei, bocejando. 
– Verdade, e nem parece. – disse, se deitando ao meu lado e se cobrindo com o edredom.
– Melhor descansar e tal, porque já é domingo. Amanhã temos aula. – revirei os olhos só de pensar. 
O garoto nada disse, só concordou e esticou o braço para que eu deitasse em cima. Passei o braço e a perna por cima dele, e ele enlaçou nossas pernas. Antes de fechar os olhos, ele selou nossos lábios com firmeza. Não entendi, mas também não reclamei. 
[...]
Mal vi quando peguei no sono e só acordei quando já eram 20pm. Eu me sentia totalmente disposta, mas Dylan ainda dormia de bruços. Subi em seu quadril e fiz uma massagem para acordá-lo; ele se mexeu e murmurou algo que não entendi.
– Acorda, baby. – sussurrei em seu ouvido. 
– Já quer me dar trabalho? – perguntou, com a voz rouca. 
– Jamais. – me joguei ao seu lado para poder olhar seus rosto. – Vamos sair para jantar?
– Agora? – ele fez uma cara fofa de poucos amigos.
– Sim, estou com fome. – ele bufou.
– Eu também, mas a preguiça tá maior. 
– Te recompenso na volta. – falei, brincalhona.
– Na volta? – e fez cara de coitado. Não aguentei e ri.
– Vem logo. 
Levantei num salto, peguei um cropped que trouxe e minha calça jeans, à medida que Dylan pegava alguma roupa e colocava. Coloquei meu tênis e passei pó, vendo que ele ainda estava se arrumando. 
Saímos do quarto minutos depois, e fomos para o shopping. Entramos em um fast food e comemos por lá mesmo.
– Esse hambúrguer me lembra minha infância. – falei, do nada.
– Isso é bom? – ele perguntou de boca cheia e eu ri.
– Até que é. – entristeci ao lembrar da infância, dos meus pais. De tudo aquilo que passou e agora só resta sentir saudade.
– Você mentiu pra mim. – ele falou tranquilo.
– Quando? – perguntei depressa. Nunca havia mentido pra ele, que eu me lembre.
– Sobre seus pais. – ele disse, tomando refrigerante em seguida, sem desviar o olhar.
– Desculpa. É complicado. – abaixei a cabeça para olhar o copo estampado.
– Não, tudo bem. Também não disse a verdade sobre os meus pais. – me tranquilizou. Mais ou menos. – Faz uns meses que eu descobri que meu pai está traindo minha mãe. Com uma amiga dela. Por dois anos.
– E por isso vocês brigaram. – constatei.
– Ele me deu seu melhor cartão de crédito depois de uma ameaça de contar para minha mãe a verdade. Nem era para essa viagem acontecer, eu só queria sair mesmo. – me surpreendi com o que ele disse, e por alguns instantes me senti um objeto que pode ser jogado fora a qualquer momento. – Não, não! Digo, não era para ter chegado à esse ponto, mas quando saímos eu acabei tendo essa ideia.
Apesar do alívio, fiquei na minha. Refletindo sobre como nada disso deveria ser fácil. Uma traição bem debaixo do seu nariz. Não consegui pensar muito.
– Meus pais morreram tem alguns meses. – soltei sem pensar. Senti o olhar dele sobre mim, enquanto achava algo pra falar. 
– Caramba, Margot... e-eu não tinha ideia. – eu o olhei, sem ressentimentos.
– Relaxa. Lembro disso todo dia. Estávamos brigando, discutindo, e bastou uma derrapada no asfalto. Eu sobrevivi e eles não. – respirei fundo segurando as lágrimas que queriam cair. 
– Não vamos pensar muito nisso. É inevitável, claro, mas nosso interesse não é esse. – pela primeira vez vi Dylan sorrir de um jeito meigo. Compreensivo. Era algo novo e eu gostaria de viver para ver mais desses sorrisos. 
– Que tal andar? – sugeri, limpando a boca com um guardanapo.
– Vamos. – ele disse, se levantando e estendendo a mão para mim. Segurei-a com firmeza. 
[...]
 



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