Mansão de David Jones
Ainda sem entender nada do que aconteceu,David ligava incessantemente para Claire,que desligava as ligações ou simplesmente dizia que não estava apesar da dor de ter visto a traição que não existiu. E Robertha fazia questão de ser intratável com todos os empregados da casa,especialmente com a Castle que a odiava. -Agora sou a dona de tudo e vocês podem tratar de fazer o que eu mandar,quanto a você velha asquerosa estou contando os dias pra te mandar embora daqui!-diz Robertha a Castle,que a ignora solenemente. E enquanto isso,a governanta vai ao escritório do patrão,e o vê abatido tomando o terceiro copo de uísque após o café. -Já arrumou o quarto onde a Claire dormia pra mim,Castle?-pergunta ele,com os olhos claramente avermelhados de tanto chorar e com a voz cansada e desgastada. -Já arrumei sim senhor,hoje irá pra lá?-pergunta a governanta. -Sim Castle,tudo o que eu queria era a minha Claire por perto mas eu não sei o que houve...pelo menos eu sei que naquele quarto estarei mais perto dela...-responde sentindo a lágrima cair no seu rosto mais uma vez.
Já instalado no antigo quarto de Claire, David pôs a foto em que os dois olham um pro outro apaixonadamente,e respira fundo. -Eu não sei o que realmente aconteceu minha princesa,mas em breve estaremos olhando assim um pro outro novamente...-diz baixo quando o silêncio é interrompido pela histeria de Robertha,que procura por ele. -Onde está o David bando de incompetentes?tenho certeza de que ele está por aqui...-diz ela mexendo em todas as trancas dos quartos,e todas estavam trancadas,pra alívio de David que não queria ver a moça, que saiu da área pisando duro furiosa.
E durante a madrugada,teve um sonho doce com Claire,daqueles que ele jurava ser real,a jovem a sorrir pra ele logo após mais um momento de carícias e juras de amor trocadas,se declarando um ao outro e abraçados depois de tudo que fizeram. -Davie...você me promete que vai me amar pra sempre?-dizia Claire aos risinhos,mas o olhando nos olhos. -E você ainda pergunta meu doce?com certeza que sim,para todo o sempre!-diz ele com a voz suave,bem próximo a ela,a beijando delicadamente. E então David desperta,desesperado e chorando mais uma vez. -Porquê isso aconteceu com a gente Clara,porquê!?-diz pra si soluçando entre as mãos,como se a dor da saudade o dilacerasse.
Casa dos Celliers
Desde aquele dia em que vi com os meus próprios olhos o David a dormir com Robertha e não quis acreditar que aquilo fosse real,estava em casa de volta ajudando a Annette com o papai,porém era tudo muito difícil e triste pra mim. Recebi as visitas da Mandy e do Daniel,mas principalmente a dos Visconti que insistiam em que havia algo de muito errado na história que contei,mas disse que queria que ele fosse muito feliz na escolha dele.
Foram três meses e meio nos quais passava mais mal que bem,e além da pouca comida que me alimentava só parava no meu estômago o chá gelado com limão,a ponto de ter que parar no hospital para fazer um exame. E o resultado foi assustadoramente maravilhoso. -Então senhora Reyford-Celliers,estou com o seu exame em mãos e está quase tudo normal com a senhora.-disse o médico que me atendeu no momento. -Como assim doutor?houve algo que eu me descuidei?-pergunto amedrontada. -Não senhora,é que constatamos que a senhora está com 3 meses de gestação!-disse o médico com um sorriso de orelha a orelha. -Grávida?-perguntei a mim mesma várias vezes assim que saí do consultório,indo pra casa.
Já tinha me convencido de que teria o bebê sozinha,que pediria ajuda a Annit,já que eu sabia quem era o pai daquele serzinho da qual conversava e transmitia amor mesmo sem saber qual era o sexo e nem como seria,mas seria uma criança linda só de pensar... Já em casa,não pude dizer abertamente o que fui fazer na clínica, mas pergunto sobre o papai pra Annit. -Ele tá bem controlado Claire,mas ele tá preocupado com você!-diz ela. -Eu tô bem Annit,só preciso descansar e tentar comer um pouco!-digo dando um sorriso fino. E mal ponho os pés no quarto e tirando as sapatilhas,o telefone toca. Eu atendo e pra minha surpresa,era uma voz que não ouvia há tempos. -Olá Claire,está me ouvindo?-disse a voz. -Ramona,como achou o meu telefone?-pergunto incrédula. -Apesar da má vontade,a Castle me deu esse número!-diz ela num tom eufórico. -Posso ajudar em algo?se estiver precisando de uma serviçal,estou às ordens!-digo sentindo o coração e a minha barriga a pesar. -Não seja boba Claire,o que quero de você é um encontro comigo e um amigo,Jerome McAllister. Nem pense em furar,é de grande importância pra ele e principalmente pra você! Até amanhã e beijinhos!-diz ela,e antes que eu dissesse não ela me passou o endereço que ela e esse tal McAllister estariam a me esperar. Enfim,eu realmente não estava interessada em ir,mas já que era de meu interesse vou ir pra ver o que é,talvez me surpreenda...
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