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História The truth about me - Whataya want from me?


Escrita por: neliaaline

Notas do Autor


Alguém ainda me acompanha? Gente, perdão pelo vacilo e demora em postar um novo capítulo. Mas chega de enrolação, espero que gostem.

Capítulo 10 - Whataya want from me?


Castiel não conseguia se convencer que acabara de reencontrar sua grande paixão de maneira tão inesperada. Sentiu o peito apertado e uma forte sensação de dejavu. Acabava de ser transportado diretamente ao passado, nos meses que ficou em busca do paradeiro de Melissa. Tempos de angústia e desespero pelo relacionamento interrompido de forma tão repentina. Passou pelo corredor da recepção ignorando os chamados da assistente Lupe. Naquele momento, só conseguia se lembrar de como era antes de Ambre lhe contar da gravidez e do casamento que consolidou seu futuro. O beijo em Melissa resgatou uma parte adormecida dentro de seu peito. Um Castiel rebelde, apaixonado pela vida e disposto a tudo. O reencontro dos eternos apaixonados, trouxe de volta o gosto pela vida e a paixão por aventura. O coração acelerado, a saudade latente e claro, a luxúria fervendo no sangue.

Com um sorriso estranho no rosto, desceu as escadas e chegou até a entrada do prédio. Caminhou até uma praça e sentou-se no banco velho e enferrujado. Veio a tona a memória de Sweet Amoris, de sua bela morena sentada de olhos fechados no parque escuro, risadas e descontração, amizade e carinho.

—  Como ela teve coragem de fazer isso? Droga, Melissa. - Fechou o punho e bateu contra a perna com força. Não estava conseguindo processar aquela mistura de sentimentos explodindo dentro de si.

Não tão longe da localização do ruivo, Camryn caminhava sem ânimo rumo ao consultório de sua mãe. Trabalhar em meio período em tarefas administrativas era parte da nova rotina da menina. Encarava o mundo sem muita felicidade, já que não tinha mais contato com sua amiga ou Javier. Melissa havia deixado bem claro que o castigo envolvia a falta de contato com os transgressores que corromperam sua menina. Ao menos, era isso que Melissa pensava, mas no fundo, Camryn só sentia que estava perdida.

Um grito fez e menina dar um sobressalto, quando olhou para o outro lado da rua, seus olhos localizaram Castiel. Irritado, o moreno levava as mãos a cabeça e resmungava. Camryn o reconheceu, era o pai do menino que havia sido alvo de Javier no outro dia. O que ele faria ali? O misterioso homem havia descoberto quem Camryn era e estava disposto a tirar satisfações com sua mãe? Sem titubear, a menina respirou fundo, atravessou a rua e foi no encontro de Castiel.

— O que você faz aqui? - A garota estufou o peito ao enfrentar o moreno.

— Como? Tudo que eu preciso agora é uma fedelha me incomodando. Escuta criança, eu nem sei quem você é! - Castiel bufou antes de examinar a menina da cabeça aos pés, tentando buscar uma referência familiar em sua mente.

— Não se faça de idiota, você certamente veio me dedurar por causa da briga com aquele garoto idiota! Eu já estou de castigo, não é suficiente? - Camryn indagou com o tom de voz mais alto que seu normal, pouco antes de arrumar os cabelos que o vento insistia em despentear.

— Ah, você é a menininha do parque! - Castiel se lembrou vagamente da confusão que Jason havia se metido, apesar de não ter gravado a imagem da garota com clareza em sua mente, fez o possível para se recordar.

— Garota, você acha mesmo que eu perderia meu tempo com você? Seus pais que tem de cuidar das suas companhias e más influências e não eu! - Castiel debochou ao bater no ombro de Camryn que fechou o rosto irritada.

— Você devia cuidar do complexo de machinho do seu filho. Mas pelo que vejo, a babaquice é genética. Coitado, ele não tem culpa mesmo. - Ironizou a pequena garota que não sabia levar desaforos para casa. No fundo, Camryn estava se divertindo com a situação.

— Olha baixinha, se continuar me insultando vou arranjar motivos para procurar seus responsáveis. Teu pai nunca te ensinou a não insultar as pessoas ou ignorar a presença de estranhos? - O mais velho retrucou com um leve sorriso nos lábios.

— Bem… eu! - A garota engoliu a provocação a seco, queria responder a altura mas a presença paterna era um assunto delicado.

—  Sem palavras? Parece que consegui derrubar a banca da pequena insolente. Com licença, criança. - As gargalhadas, Castiel observação o rosto de Camryn.

Aos poucos, o clima de provocação e humor foi quebrado pelo semblante de descontentamento da mais nova. Os olhos cinzentos começaram a ficar marejados e logo Camryn estava se esforçando para não deixar as lágrimas caírem. A garota não sabia ao certo o motivo de sua amargura repentina, mas não pode conter sua emoção. Aquela cena desmontou o imponente Castiel, que apesar de perturbado pelos eventos recentes, não deixou de sentir pena da garota.

— Olha menina, eu não quis ofender você, ok? Droga, não chore - Tomado por um instinto paternal, o mais velho se ajoelhou e limpou uma das lágrimas dela.

— Não toca em mim, droga! Eu nem devia estar aqui! - Camryn se esquivou e virou o rosto na direção contrária da mão dele.

— Ei ei, se acalme. Vamos começar essa conversa de novo? Me chamo Castiel e tenho o péssimo hábito de fazer garotinhas chorar sem motivo. - O moreno não se deixou abalar pela recusa da garota e tentou amenizar o clima da situação.

— Meu nome é Camryn! Uma adolescente que gosta de incomodar estranhos na rua e geralmente não tão sentimental. - A mais nova foi cativada pelo bad boy e resolveu participar da brincadeira. Deu de ombros largos e demonstrou um leve sorriso.

— Muito bem, Camryn. Você parece ser uma boa menina. Devia escolher amigos que não brigam sem motivo. - Castiel se levantou e observou atentamente a menina suspirar.

— Você nem os conhece, como pode concluir que são pessoas ruins?  - De braços cruzados e batendo um dos pés contra o asfalto, a filha de Melissa demonstrava sua indignação.

Antes que Castiel pudesse continuar a conversa, uma voz estridente e conhecida preencheu os ouvidos do moreno que se virou pra trás assustado. Ao reparar no rosto da mulher, Camryn notou que era a mãe problemática do mesmo garoto que Javier bateu e que ameaçou prender todos que se meteram com seu filho e correu entre os carros.

 



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