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História The truth about me - History repeats itself


Escrita por: neliaaline

Notas do Autor


MIL PERDÕES PELA DEMORA! Nem vou fica me explicando muito já que estou sem moral para justificar meu atraso. Ignorem os errinhos e boa leitura!

Capítulo 5 - History repeats itself


Melissa acordou no dia seguinte com um pouco de dor de cabeça. Coçou os olhos para se livrar do resto de sono e tateou a cama em busca de Nathaniel. Ao seu lado havia apenas lençóis amarrotados. A morena levantou e foi até o banheiro da luxuosa suíte master. Aproveitou para relaxar na banheira a espera do loiro. A noite havia sido incrivelmente prazerosa e ela se perguntava o motivo de ter esperado tanto para que aquilo acontecesse. No fim, Nathaniel além de bom amigo e padrinho dedicado era extremamente viril na cama. Melissa não experimentava algo tão intenso desde a despedida de Castiel.

— Posso entrar, Mel? - O som extremamente familiar da voz de Nathaniel tirou a morena de suas memórias da noite anterior.

— Entre, querido. - Era estranho e reconfortante para ela, agir com tamanha intimidade com seu velho amigo.

O rapaz estava vestido de forma casual, camisa pólo, calça jeans e um tênis. Os cabelos molhados denunciavam o banho recente. Seus olhos avaliaram o corpo repleto de curvas de Melissa coberto por um pouco de espuma, após contemplar a cena, o loiro mordeu o lábio.

— Se pudesse, entraria nessa banheira. - Melissa sorriu de forma maliciosa e o convidou com a mão.

— O que está esperando, garotão? -  Nathaniel se ajoelhou ao lado da banheira,  sorriu e recebeu um beijo lento e apaixonado.

— Preciso voltar para NY amanhã e já quero levar Camryn e Armin, o que acha? - Melissa sabia que seus filhos estavam em boas mãos, mas receosa com a decisão que havia tomado.

— É mesmo uma boa ideia? Eu não sei que reação Castiel teria se descobrisse que escondi nossa filha por tantos anos. Ah, são tantas coisas na cabeça… - A morena afundou a cabeça na água e retornou a superfície.

— Fique tranquila, vou cuidar das crianças. Se o pior acontecer, saiba que estarei ao seu lado, Mel. - Melissa não tinha dúvidas sobre a lealdade e zelo de Nathaniel por seus filhos, mas a intuição lhe dizia que algo muito ruim estava por vir.

— Sua irmã se separou de Castiel recentemente? A integridade de Camryn é o que mais importa para mim, Nath. Sua irmã já sabe até mesmo de quem ela é filha. - O clima de romance havia sido substituído por uma índole de preocupação. Melissa saiu da banheira, se enrolou numa toalha e voltou para o quarto. Em cima da cama, havia um vestido e um buquê de rosas vermelhas.

— Castiel pediu divórcio de Ambre a cerca de uma semana e minha irmã tem se comportado de forma estranha. Até hoje não entendo como esse relacionamento foi tão longe. Acho que Jason era a única razão para ainda estarem juntos. Mas vamos nos concentrar no que acaba de começar aqui, pode ser? - Carinhosamente, a morena sentiu os lábios do mais velho tocarem sua nuca.

— Me desculpe pela preocupação exagerada, você pode ter razão. Amei a roupa e as flores. Aliás, eu estou encantada com tudo que tem feito por mim. Mas preciso ir para casa, é uma data especial, preciso estar com Camryn. - O loiro se curvou na direção dela e beijou sua testa.

— Sei bem que dia é hoje, nossa pequena Camryn fará mais um ano de vida. Tenho uma ideia; o que acha de aproveitarmos o dia todos juntos? Podemos almoçar, assistir um filme, levar Camryn as compras ou a algum parque de diversão.  - O loiro abraçou o corpo da morena e beijou sua orelha carinhosamente. Melissa sorriu.

— Nath, você sabe que estamos tratando de uma adolescente, certo? Acho que meus filhos não aceitam um dia inteiro em público comigo desde os 12 anos. Não acho que isso melhore na data de aniversário. - A morena sorriu e pegou o vestido verde nas mãos.

— Posso convencer minha própria afilhada, Mel. Ela vai passar um fim de semana inteiro longe da mãe, algo que nunca aconteceu. Camryn é razoável e Armin adora curtir qualquer coisa ao seu lado. Vou mandar uma mensagem e pedir que eles venham de Uber nos encontrar no hotel.

— Acha que é uma boa ideia eles virem até o hotel? Não sei a hora é a mais apropriada, e… - Antes que a morena pudesse terminar a frase, o mais velho levou o dedo indicador ao seu lábio.  

— Eu entendi o seu recado, querida. Não precisamos contar aos dois que iniciamos um relacionamento amoroso. Vou organizar minha agenda, levar você até sua casa e nos encontramos em 1 hora. O que acha? - Melissa assentiu com a cabeça e sentiu um pequeno alívio com a praticidade de Nathaniel. O loiro já conhecia a morena a tempo suficiente para saber que ela não estava confortável em assumir um relacionamento para os filhos.

Nathaniel saiu do quarto, ligou para a secretária Melody e pediu que cancelasse novamente sua agenda de consulta. A jovem tentou questionar o motivo, mas o loiro a cortou quase que instantaneamente. Ele sabia que a doce garota de olhos claros tinha um interesse romântico que nunca poderia ser correspondido. Ainda mais agora que acabou de iniciar um relacionamento com a mulher de seus sonhos. Sempre escondeu a identidade de sua Melissa e da afilhada a sete chaves e agora estava determinado a ser a figura paterna que Camryn anseia. Dentro do quarto, Melissa se desdobrava na tarefa de vestir a roupa e digitar o número do celular da filha. Demorou um pouco até que conseguisse terminar de colocar o vestido e o celular começar a chamar.

— Mamãe, eu vou ter mesmo que levar Armin na viagem. Qual é? Era para ser um lance entre eu e meu padrinho. - A adolescente já começou a ligação com uma série de reclamações como era de costume.

— Bom dia meu amor, meus parabéns. Podemos começar o dia com um pouco menos de reclamações? O que acha de um dia inteiro com a sua família? Seu padrinho propos levar você as compras antes da viagem.

— Uau, eu vou achar demais. É super cafona passar um dia com a mãe, mas como posso recusar umas comprinhas? Desde que me deixe sair com a Brianna e a Halley mais tarde. O que acha?

— Tudo bem, Camryn, desde que você aceite que seu irmão vá junto com vocês na viagem sem reclamação.

—  É cada coisa que preciso aturar, né? Acordo fechado, mamãe. Eu aturo o insuportável do Armin.

— Essa é a minha menina, logo estarei em casa. Preciso ligar no consultório e pedir que a assistente cancele os pacientes de hoje. Se cuide!

— Pode deixar!, beijo, tchau…

Melissa não conseguia acreditar nas semelhanças da personalidade da filha com a do próprio pai. Marrenta, determinada, geniosa, mas completamente amorosa e leal. Nathaniel voltou para o quarto ainda falando ao telefone.

— Melody, eu não lhe pago para fazer contestações. Eu sei bem que existem mulheres prestes a dar a luz que precisam de minha ajuda. Amanhã estarei em NY e poderei avaliar toda essa demanda. Não me ligue mais, por favor! - O loiro pareceu um tanto contrariado, Melissa sabia que ao ser exposto a alguma adversidade, o amigo corava e apertava as têmporas com o dedo.

— Problemas? - Na tentativa de minimizar o estado de espiríto de Nath, a morena indagou.

— Nada que não possa ser resolvido ao voltar para NY. Falou com Camryn? - O loiro sorriu e se aproximou da amada.

— Sim, sim. Sei lidar com uma adolescente, querido. Sou mãe de dois adolescentes marrentos e geniosos. No fim da tarde, preciso deixar Cam sair com as duas melhores amigas. É o mínimo depois de a sujeitar a breguice de um dia com a mãe. - A morena começou a gargalhar deixando o loiro menos tenso.

— Mas é claro, vai ser ótimo. Você ficou linda com este vestido. - O mais velho se aproximou e deu um selinho na morena.

— Bem, eu preciso ir para casa agora e ligar para o consultório. Nos vemos mais tarde! - A morena pegou a bolsa, deu um beijo apaixonado no loiro e se dirigiu até a porta.

—  Um uber está esperando por você, minha pequena. Nos vemos em breve, para um belo passeio em família.

A jovem e exuberante mulher desceu o elevador até o hall de entrada do hotel, cumprimentou os funcionários e atravessou pela porta giratória de vidro. A arquitetura do lugar era incrivelmente luxuosa e Melissa não deixou de reparar na decoração requintada, em tons de branco e dourado.

—  A vagabunda agora está transando com meu irmão, que nojo de vocês dois. Como pode? - Melissa nem teve tempo ao se dar conta da figura que se apresentava a sua frente. A loira oxigenada que se aparentava com Nathaniel.

—  O que está fazendo aqui, maluca? Está me seguindo agora? - A morena não se deixou intimidar, puxou a oxigenada pelo braço a encostando na coluna mais próxima.

— Você não se cansa de atrapalhar minha vida, eu precisava falar com meu irmão e me deparo com a vagabunda saindo com cheiro de sexo e perfume barato. - Balançando as pulseiras de ouro, a loira gritou em alto e bom tom.

— Não se meta comigo, oxigenada. Se cruzar com você de novo ou souber que vem me seguindo, acabo com sua raça!

— Como fez com o pobre Armin? E como era aquele seu namoradinho mesmo? Viktor… - Melissa estava pronta para dar uma bofetada na rival, mas ouviu uma voz jovem gritar.

— Solte a minha mãe… - Um garoto jovem e muito parecido com Ambre agarrou o punho de Melissa.

— Jason, volte para o carro querido. Estou resolvendo um problema… - A loira pareceu se fragilizar com a situação. Melissa por sua vez, ajeitou a postura e se afastou da rival constrangida.

— Eu vou chamar meu pai… - A palavra pai fez o sangue de Melissa congelar nas veias, as pernas ficaram moles e por um segundo pensou que iria cair. O pai de Jason era ninguém menos que Castiel e a morena não estava preparada para reencontrar o amor da adolescência naquela situação.

—  Preciso ir, espero que faça uma boa visita ao seu irmão, Ambre. - Ainda desnorteada, a morena avistou o uber e se afastou o mais rápido possível.

—  Vamos falar com seu tio, ok? Ele vai adorar receber você. Vamos! - Como se não visse mais Melissa, Ambre se desvencilhou e pegou o garoto pela mão.

Já dentro do veículo, Melissa sentiu o pânico se instaurar em suas entranhas. Mal conseguiu falar com o motorista. Resolveu pegar o celular e enviar uma mensagem para Nathaniel informando sobre a situação. Através do vidro escuro do carro executivo, encarava as ruas com medo de se deparar com a face de seu antigo amor. O celular tocou, com a mão trêmula leu a mensagem:

‘’Castiel veio atrás de Ambre após um pedido de Jason, meu sobrinho está preocupado com a própria mãe. Vou lidar com isso, querida. Mas o passeio com Camryn vai ter de ser cancelado. Mantenha nossa garota ocupada em casa. Eles querem conhecer toda cidade. Te ligo assim que for seguro.’’

Sem pensar direito, a morena mandou uma mensagem para mãe pedindo que a mesma fingisse estar doente. Aquela seria a desculpa para ocupar os filhos durante o dia e convencer Camryn a dedicar atenção extra a própria avó. Lúcia quis saber o motivo e Melissa apenas respondeu que o pai da garota estava na cidade. De forma conivente, a mãe ainda tentou convencer a filha a aproveitar a situação e abrir o jogo com o antigo amante. Após perceber que Melissa estava irredutível, apenas concordou em participar do plano. O carro encostou no meio fio da calçada do sobrado, Melissa desceu ainda com as pernas bambas e o coração na boca. Parou em frente a porta, respirou fundo e adentrou no imóvel.

— Algum sobrevivente em casa? Como uma aniversariante e o irmão dela? - Falou um pouco alto e olhando em volta a procura dos filhos. Não demorou muito até ouvir o barulho de passos descendo a escada e um corpo esguio se chocando contra o seu.

— Eu também senti saudade, querido! - Melissa abraçou o filho com ternura, por mais de 20 segundos ficaram ali, parados com seus braços entrelaçados. Parecia que Armin tinha certeza do quanto ela precisava de conforto.

— Onde está a sua irmã? - Não pode deixar de perguntar por sua filha mais velha.

— De fones de ouvido, fazendo uma chamada de video com as amigas para decidir com que roupa vai sair mais tarde. - O mais novo expressou um sorriso e se afastou um pouco da mãe.

— Sim meu amor, mas nada tão incrível quanto receber um abraço apertado do meu filho. Agora vá chamar a sua irmã, precisamos ir até a casa de sua avó, ela não está passando bem. - Armin ficou abalado com a informação. Sua ligação com Lúcia era forte e qualquer ameaça a integridade da grande matriarca, o deixava nervoso.

— Não deve ser nada grave, Armin. Só que o amor da filha e dos netinhos pode ajudar, sabe? O seu abraço é capaz de fazer qualquer um sorrir. Pegue suas coisas. - O mais novo assentiu e subiu correndo as escadas. Melissa por sua vez, respirou fundo e fechou os olhos por alguns segundos. Nem o abraço reconfortante do filho foi capaz de apagar o fato de Castiel estar por perto.

— O que a vó tem? - Tomou um susto ao se deparar com a filha em sua frente.

— Dios mio, filha! Você tem de deixar de ser tão silenciosa ao se movimentar. Meus parabéns, querida. Bem, a sua avó me ligou, disse que está passando mal e quer ver os netos. - Melissa beijou a bochecha da filha e começou argumentar a respeito da mentira.

— Mas eu ainda vou conseguir sair com as meninas, né? Poxa mãe, é meu aniversário… - Camryn suspirou numa mistura de raiva e preocupação com a avó.

— Filha, agora só consigo pensar na sua avó. É uma oportunidade de passar uma data especial ao lado dela. No fim do dia podemos discutir outros assuntos, ok? Agora pegue suas coisas que vou chamar um uber.

— E seu carro? Aliás, onde passou a noite toda? - A filha não perdeu tempo ao questionar a própria mãe que parecia um tanto atordoada.

— Deixei no consultório, Cam. Vá logo fazer o que te pedi. - A morena apontou com o dedo para cima e a filha subiu a escadaria batendo os pés.

Ao ver Camryn se afastar, a morena pegou o telefone e digitou uma mensagem para sua assistente, pedindo para que a mesma cancelasse os clientes do dia. Em seguida, uma para sua mãe, pedindo que fosse convincente no teatro de avó doente.  Quando os filhos vieram ao seu encontro, se limitou a abrir a porta e ordenar que entrassem no carro que havia pedido pelo aplicativo. O filho parecia animado com a possibilidade de encontrar a avó, mas aflito por não saber o que passava.

Já Camryn, parecia distante e irritada por ter de ir com eles. Completamente vidrada no celular, Melissa observava a filha digitar na tela do smartphone e resmungar baixinho. Ao chegar na casa da matriarca, sentiu um frio na barriga em saber que estava obrigando a própria mãe a mentir para os netos. Seguiu firme, pagou o motorista e pediu que fossem na frente. Ao adentrar na singela casa de alvenaria, se deparou com a mãe deitada no sofá azul, forçando uma tosse carregada. De um lado, Armin abraçava a avó e Camryn sentada apenas acariciando o joelho da jovem senhora.

— O que a senhora tem? - O adolescente de olhos verdes questionou a mais velha, que apenas abriu um sorriso.

— Uma gripe e muita saudade dos meus netos. Sabe filho, qualquer doença nesta idade pode ser complicada. Pedi para sua mãe trazer vocês até aqui nesta data especial. Cam, a vovó deixou seu presente lá no quarto. - Lúcia respondeu ao neto e indicou para Camryn o paradeiro de seu presente de aniversário. A jovem não perdeu tempo ao se levantar e ir até o quarto procurar sua lembrança. Voltou com uma caixa vermelha com fita branca, dentro havia um suéter preto. Camryn sorriu, abraçou a avó e agradeceu pelo presente. Melissa apenas observou a situação, sabia que a filha era amorosa e tinha um coração enorme.

— Mamãe, vou até a cozinha preparar alguma coisa para nós. O almoço deve sair em breve, pode me ajudar, filha? - A mais nova fez cara de poucos amigos e estava pronta a se negar quando o irmão levantou e se ofereceu para ajudar.

— Ok filho, vamos preparar a massa preferida de sua avó. E você, Camryn, vamos conversar mais tarde.

— É meu aniversário, mãe. Não quero ajudar na cozinha. Vou poder sair com as meninas ou não? - A jovem de cabelos negros como o da mãe gritou para a mãe ao se dirigir até o outro sofá.

— Se continuar se comportando desta forma, vou acabar negando. Respeite a saúde de sua própria avó, Camryn.

— Eu já sou adulta e você me trata que nem uma criança. Meu aniversário deveria ser sobre mim, mas parece que até convenceu meu padrinho a não me levar para sair. Esse é meu pior aniversário - Resmungou.

— Você é de menor, vive às minhas custas e vai onde eu autorizar. Se continuar sendo malcriada, vou cancelar a sua viagem do fim de semana.

— Eu te odeio! - Melissa viu as lágrimas escorrerem pelo olho da mais nova, que largou o presente da avó no chão e correu na direção da porta.

— Camryn, volta aqui! - A filha de Melissa correu até a rua e entrou num carro preto dirigido por um garoto. A mãe da garota sabia bem que aquele era Javier, irmão mais velho da melhor amiga de Camryn, Halley. Uma espécie de bad boy popular no bairro por ser repetente no colégio. Com 19 anos, ainda não tinha terminado o ensino regular e desfilava com os carros fornecidos pelos pais. Melissa apenas levou as mãos a cabeça e gritou mais uma vez pela filha ao observar o carro de afastar. Armin por sua vez, não perdeu tempo em tentar consolar a mãe desesperada.

 


Notas Finais


- Alguém mais se lembra de uma garota que se envolveu com bad boy do colégio?
- Camryn ligeira, ligou pro boy buscar ela.
- Seria Melissa a nova Lúcia?


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