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História The Truth In Your Lies - Wait For Me


Escrita por: wtfcapitu

Notas do Autor


HELLOOOOOW GALERA!
Mais um capítulo desse meu amorzinho pra vcs :3 Eu, particularmente, estou amando o resultado!
Espero q vcs gostem tbm, fiz do fundo do kokoro kkkk
Boa leitura e até lá embaixo, moranguinhos!

Capítulo 2 - Wait For Me


Capítulo 2 - Wait For Me



 

Duas semanas haviam se passado desde a última conversa direta que tivemos um com o outro sobre o seu casamento, sobre as mentiras e sobre nós.

 

Agora, vivíamos uma relação mais que comum e trivial entre aluno e professor: eu o questionava sobre a matéria, ele tirava minhas dúvidas e nada além disso, assim como ele fazia com todos os alunos da classe.

 

Parecia que os dois últimos anos haviam sido apagados nessas duas semanas, a partir da nossa conversa.

 

Mas apenas parecia.

 

Embora não conversássemos verbalmente, nossos olhares ainda se cruzavam nos corredores, na sala e no estacionamento do colégio.

 

O dele dizia que me queria de volta, que havia se arrependido.

 

O meu respondia com brilhos de machucados doloridos, de feridas.

 

Muito orgulhosos para dizerem que se amavam, apesar de tudo.

 

Mordo o inferior, batucando com o lápis B-2 na carteira de madeira, buscando pela solução correta para o problema de matemática. A matéria nunca fora o meu forte, isso era um fato, e agora, com tanta coisa acontecendo, ficava ainda mais difícil me concentrar somente nos números, e não nas memórias que passavam como flashes em minha mente dos olhos mais bonitos do mundo, desde a primeira vez que os vi. Claros, mas profundos. Maiores que os meus, sempre atentos a tudo, a qualquer movimento, e com um brilho tão intenso que jurei serem de lentes de contato.

 

Ah, mas como poderia usá-las, se os óculos quadrados de armação escura lhe caíam tão perfeitamente? Seria um completo desperdício…

 

-- Merda… - resmungo. Pare de pensar nele por um segundo, Jeon Jeongguk…

 

Mordi a borracha rosada presa à parte de trás do lápis e olhei as horas no relógio.

 

Um minuto.

 

Mais um dia iria se encerrar.

 

Mais um dia sem receber seus carinhos, seus beijos e seus “eu te amos” que me faziam tanta falta…






























 

-- Eu não virei semana que vem. Tenho assuntos a tratar e terei que viajar para isso, só retornarei no início de Novembro para a formatura de vocês. Vocês ficarão sob a supervisão da diretora, e terão a aula vaga pelo resto dos dias.

 

Como é?

 

Viagem?

 

Aonde Kim Taehyung pensa que vai?

 

O sinal toca estridente, e junto a ele, meus passos seguem até a mesa marrom escura onde ele estava sentado, guardando os pertences despreocupadamente.

 

-- Vai viajar, Senhor Kim? - pergunto casual, como quem não quer nada, e vejo seu olhar surpreso refletir no meu. Um mês sem se falar, e eu estava quebrando essa “barreira” agora, aparentemente, em sua partida. Ele retorna o olhar para as coisas bagunçadas na mesa e assente, nervoso - E posso saber para onde?

 

Curioso, mas com um pitada de grosseria foi o tom que usei para questioná-lo.

 

A porta se fecha, deixando-nos sozinhos novamente, como naquele dia.

 

-- Roma. - curto e rápido, como se quisesse passar despercebido.

 

E eu sabia o motivo, o que me fez engolir em seco e fazer com que meu corpo se consumisse de ódio.

 

Seus papéis de casamento estavam escritos em italiano.

 

-- Uma segunda lua de mel? - com escárnio, com raiva transbordando de cada poro aberto e entupido de adolescente que eu ainda possuía.

 

-- Jeongguk… - céus, como sua voz é maravilhosa e melodiosa pronunciando meu nome...

 

Não, sem recaídas. Você não é mais uma criança.

 

-- Não precisa explicar mais nada. Espero que sejam felizes. - desejo falsamente (quero mais é que se explodam juntos) e dou as costas, pronto para ir embora, para recriar a mesma cena de um mês atrás.

 

Foi tudo muito rápido.

 

Taehyung colou nossas bocas como há tempos não fazíamos, e deixei me entregar pelo toque de seu braço envolvido em minha cintura e dos dedos finos e quentes da mão esquerda acariciando minha bochecha, como se eu fosse seu bem mais precioso e que precisasse ser tratado como tal.

 

Embora muito tempo separadas, as bocas ainda sabiam como se encaixar, como um boomerang: vai, mas sempre retorna para seu local de origem.

 

Minha origem era nele, foi ele quem me fez começar. Que acreditou em mim quando ninguém mais o fez, que me ajudou e auxiliou na minha jornada inconsequente para conseguir trilhar meu próprio rumo, e que me amou, quando nem mesmo eu me amava.

 

Ele era o “sim” da minha própria sala negativa.

 

Nossas línguas se entrelaçaram como duas mãos fazem, transmitindo o calor e o desejo compartilhado, e a saudades antes só vistas pelo olhar e por quem fosse atento a nós, naquele estudante rebelde e naquele professor avoado.

 

Meu nariz respira o ar quente exalado por seu semelhante e suspiro, saindo mais como um gemido do que como um som comum.

 

Minhas coxas são pressionadas pelas duas mãos de Taehyung e sou erguido do chão por seus braços fortes, me fazendo buscar apoio nos ombros rígidos e largos do mais velho.

 

Tão, tão sexy…

 

Não posso…

 

-- Taehyung… - separo nossos lábios, arrancando um som reprovatório de si - Você é casado.

 

-- Eu só quero que você me perdoe, Jeongguk. Eu te amo, eu te amo, eu te amo… - repetiu, como se quisesse provar que essa era a verdade absoluta e a única coisa que importava.

 

Eu queria que fosse, mas, infelizmente, não era.

 

-- Eu também te amo, e é por isso que não podemos ficar juntos. - admito, deixando-o confuso - Nosso amor é proibido, somos pecadores, estamos infringindo o voto matrimonial e a igreja…

 

-- Esse casamento nunca foi real. - sua testa se colou à minha. Fechei os olhos, deixando-o falar tudo aquilo que eu mais queria ouvir - Você é real, meu amor por você é a única coisa real dentro dessa bola de perfeição que me colocaram. Eu nunca a toquei, Jeongguk, e a primeira e, juro, a última vez que a beijei fora no altar, para uma foto boba de capa de álbum de casamento que nunca foi feito. Eu te amo, essa é a minha realidade…

 

-- O que vai fazer em Roma? - meus dedos buscam os seus, e resfolego contra seu rosto.

 

-- Assinar os papéis do divórcio. Não me importa o que meus pais pensem, eu não consigo mais ficar sem você…

 

-- Então vá, assine e volte para mim.

 

-- Vamos fugir, pra qualquer lugar que não seja aqui.

 

-- Sempre quis ir para Paris…

 

-- Então vamos, não pense demais. - sua boca sussurrou e meus fios foram segurados por sua mão direita, que entrelaçou-os num aperto leve - Eu voltarei para te buscar.

 

-- E eu estarei te esperando, com uma beca azul bebê, malas e meu coração batendo por você.
































 

O capelo em minha cabeça contrastava com meus fios escuros bem arrumados com o gel azulado.

 

Fechei os olhos, de frente para o espelho de minha casa, trajando a beca que mais parecia um vestido bem cortado em meu corpo, descendo como uma luva. O tecido de seda claro era maravilhoso, um dos mais belos que já experimentei.

 

-- Jeongguk, vamos. - minha mãe me surpreendeu na porta, me fazendo desviar o olhar para sua figura baixa e delicada - O carro está lá embaixo.

 

Assenti com a cabeça e pedi um tempo para me preparar antes de deixar o que agora seria meu ex quarto.

 

Peguei as malas em cima da cama e as coloquei no chão, deslizando as rodinhas pelo piso de madeira polida.

 

Eu estava abandonando tudo o que conhecia, minha família e minha vida para construir outra ao lado dele.

 

Eu não poderia estar mais empolgado e receoso quanto estou.




























 

-- Jeon Jeongguk! - meu nome foi chamado e me levantei da cadeira, caminhando por entre os holofotes e câmeras que me seguiam pelo caminho em que receberia o meu diploma.

 

Sorri de leve ao segurar o cilindro de papel escuro em minhas mãos com força. Eu estava assustado, era isso? Acabou?

 

Minha vida acadêmica seria deixada de lado para eu ir viver em outro país com outra pessoa?

 

-- Parabéns. - sussurrado contra o meu ouvido, a morena, minha professora de Física, me disse no tom mais dócil e confiante possível - Você será um ótimo adulto.

 

 























 

Já se passava das sete horas, e nem sinal dele. Não fora à formatura também, à festa e muito menos ao parque em que haviam combinado de se encontrar.

 

Três horas esperando.

 

Lembranças felizes, agora melancólicas, de nossos encontros se passaram pela minha cabeça e encostei as costas no apoio do assento. Ele nunca se atrasava, era pontual, e fazia questão de me buscar em casa, em seu velho carro prata Ford, que eu aprendi a gostar e a me sentir confortável dentro dele. O veículo exalava Kim Taehyung, tanto em sua forma, quanto em seus detalhes peculiares, como a figurinha de pato enfeitando o porta-luvas - obra de sua irmã mais nova - ou a sempre tão costumeira estatueta móvel de chinesinha na antena do carro. Era brega, mas adorável, como ele.

 

E ele sempre me surpreendia, me levando a lugares cada vez mais inusitados. Uma vez fomos a uma pizzaria em que serviam pizza de cachorro-quente! Não tivemos estômago o suficiente para comê-la - já havíamos nos entupido com pedaços que variavam entre mussarela e frango com catupiry -, mas fiquei curioso quanto eu seu gosto.

 

Outra vez, fomos a um circo. As atrações eram ridículas, tão ruins, e ríamos mais dos acidentes que aconteciam não propositalmente do que das piadas dos palhaço sinistros de tão estranhos, por exemplo.

 

Mas, com certeza, o “pior” lugar em que já fomos fora em uma balada para Drag Queens - que eu acabei gostando da experiência, no final. Até que eu havia ficado bem de saia e maquiagem, palavras do castanho.

 

-- Onde você está? - sussurrei para o céu, sorrindo sem humor.

 

Lembro-me também da vez em que visitamos o museu de arte, dessa vez não num encontro, mas num passeio escolar, no primeiro ano. Eu havia acabado de descobrir minha sexualidade e tudo ainda era muito novo. Eu tinha vontade de ficar com meu professor a todo momento, agarrar sua blusa, ser o centro de sua atenção. Adorava ouvi-lo falar sobre os quadros, a história de cada um deles, e sobre sua paixão por Pablo Picasso.

 

Nesse dia, eu tive a coragem de dizer-lhe, quando havíamos parado de andar para descansar um pouco na praça de alimentação do lugar, que ele estava lindo trajado com o moletom branco, as jeans rasgadas no joelho, e os converses pretos adornando os pés. Que ele estava lindo de óculos, luvas. Que seu sorriso era maravilhoso, e que eu amava apreciar sua beleza sem igual.

 

Eu, claramente, havia admitido que sentia vontade de ultrapassar a linha que se mantinha entre nós de aluno e professor.

 

Lembro-me também de sua reação.

 

Ele riu, me disse para voltar para o grupo de alunos que já iríamos embora.

 

Me senti destruído de início. Onde eu estava com a cabeça, afinal? Me declarar para o meu professor?! Que piada!

 

O caminho de volta inteiro eu permaneci calado, observando as pessoas cantando músicas animadas e fazendo brincadeiras entre si. Coloquei o fone de ouvido e minha playlist do Aerosmith inteira, dando atenção à Cryin’ e Crazy, minhas favoritas.

 

O ônibus estacionou e eu fui o último a descer.

 

Quando já estava próximo a porta, qual não foi minha surpresa ao ser puxado de leve pelo pulso e sentir um papel ser deixado em minha mão pela pessoa que eu menos esperava?

 

-- Me ligue. - foi dito em meu ouvido e, pela primeira vez em muitas, eu senti minhas bochechas coradas por sua causa.

 

E eu liguei. Muitas vezes.

 

Aquele foi o nosso começo, tão inusitado e louco, assim como nós mesmos.

 

Não pode acabar desse jeito, pode?

 

Você nunca se atrasou, meu Tae…

 

Coloco as malas de mão ao meu lado no banco esverdeado e apoio meu rosto inchado e avermelhado nas mãos.

 

Ele havia esquecido.

 

Esquecido de mim.

 

Já com os olhos cansados e as pernas dormentes de tanto me manter sentado, me levantei, peguei minhas coisas e deixei o parque, sozinho, sem destino certo.

 

Kim Taehyung mudou tanto...

 


































 

“... e acabamos de receber uma notícia urgente! Hoje, dia 5 de Novembro, às 10 horas, um avião da Air Lines italiana, com destino à Coreia do Sul, caiu! Ainda não se sabe muitas informações sobre o assunto, mas fontes disseram, com certeza, que não houve sobreviventes. Estamos aguardando detalhes…”

 


Notas Finais


Ai, eu sei
N ME MATEM!
A FIC AINDA N ACABOU!
;-;
Perdoem-me e não desistam de mim :v
Sério, vcs n vão se arrepender kkkk
Semana q vem vou trazer a continuação, que será o penúltimo capítulo
Se vcs gostaram, favoritem, por favor, comentem o q acharam e aguardem até a semana q vem!
Kissus de Nutella "3"




se vcs se interessarem, aqui estão os links das minhas outras fanfics já postadas (tds são Vkook kkkk)


Press Start (Long Fic - não concluída)

https://spiritfanfics.com/historia/press-start-5350097

Tentations (One-Shot) (ABO)

https://spiritfanfics.com/historia/tentations-5516876

Crazy Love (One-Shot) (PWP)

https://spiritfanfics.com/historia/crazy-love-5663926

Welcome To The Wonderland (One-Shot) (Cross-Dresser)

https://spiritfanfics.com/historia/welcome-to-the-wonderland-5889519


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