1. Spirit Fanfics >
  2. The Twin Sister- Norminah >
  3. (Cap. 20) Dormente

História The Twin Sister- Norminah - (Cap. 20) Dormente


Escrita por: wtfuckDaddy

Capítulo 20 - (Cap. 20) Dormente


5 dias mais tarde...

- Exatamente Ashlee! É disso que eu estou falando! - Dinah vibrava eufórica em sua cadeira. - Você é um gênio! ) Ashlee, sentada à sua frente, riu da animação de sua chefe.

- Ah, claro que não. - Abaixa o olhar timidamente. - É só que, quem está de fora, algumas vezes consegue ver melhor as coisas. - Observou Dinah fazer algumas anotações, sorridente.

- E eu agradeço a Deus por essa pessoa ser você. Na verdade, sempre é você. Você sempre me salva, Ashlee. - Deixou sua caneta de lado e suspirou. - E quem sabe agora você não salvou a empresa? -Ashlee olha para ela com os olhos arregalados e ela sorri da expressão de sua secretária.

- Gentileza sua, Senhora Hansen. Não foi nada demais. - Sorri sutilmente. A loira retribui, mas abaixa o olhar, para um pouco pensando em várias coisas que vem acontecendo e logo em seguida bufa um pouco. - Algum problema? - Pergunta preocupada pela mudança de humor da loira.

- Sim, Ashlee. Vários. - Fecha os olhos e massageia suas têmporas. -Estamos aqui sorrindo agora, pois realmente fiquei feliz por você ter feito essas autorizações todas para mim e ter me aberto os olhos para algo que eu não estava vendo, assim, melhorando o funcionamento da empresa. É só que... - Abre os olhos e para a massagem.

- Que...? - Aguarda a mulher começar, mas ela continua calada e respirando fundo. - Pode falar... - Sorri gentilmente.

- Estou exausta, sabe? - Encosta-se à cadeira. - Tudo aqui cai em cima de mim. Cai não, desmorona! - Faz gestos circulares no ar com as mãos levantadas. - Eu não sou a responsável dessa empresa e sinto que a levo nas costas. - Ashlee a olha com compreensão. - E se eu decidir me importar um pouco menos... Ah... A Terceira Guerra Mundial está feita! Porque aí a empresa vira uma bagunça só. Eu sempre tenho que estar checando tudo que vem de todos aqui e se algo passar despercebido, eu quem levo o sermão. Mesmo que o erro tenha sido de outra pessoa, quem responde por isso sou eu. -Fecha os olhos e respira fundo. - Isso é tão injusto. Eu tenho tanta coisa para fazer e ainda tenho que ficar de babá de todo mundo aqui na empresa. - Ouve uma risada baixa e suave de Ashlee, então abre os olhos.

- Eu não vou dizer que sei bem o que a Senhora está passando, porque eu não sei. - Levanta o dedo indicador direito e empurra seus óculos para cima. - Porém, estou perto o suficiente da Senhora para garantir que vejo tudo o que a Senhora passa aqui dentro e imagino como deve ser essa sensação. - Encolhe os ombros.

- Claro que você sabe como é essa sensação. - Sorri. - Você é minha babá. - Ashlee abre um sorriso largo e sincero.

- Isso não é verdade. - Fala balançando a cabeça ainda sorrindo.

-É claro que é! - Solta uma risada alta. - A única diferença é que você tem que cuidar de mim e eu tenho que cuidar de todo mundo do escritório, excluindo você e os representantes da empresa. - Ela para e pensa um pouco. - Deus! Isso é tão patético! - Ri alto e Ashlee sorri também com a mão na frente da boca. - Sério, eu não sei o que eu faria da minha vida sem você, Ashlee. Acho que eu iria enlouquecer. Você é multifuncional! - Coloca as mãos na testa.

- A Senhora está sobrecarregando-se e isso não pode acontecer. Tem que existir um equilíbrio aqui. Acredito que seja por isso que estamos tendo tantos problemas na administração. Porque falta esse equilíbrio. - Dinah ouviu atentamente o que a mulher lhe disse e colocou a mão no queixo.

- E o que seria exatamente esse "Equilíbrio"? - Ashlee engole seco, um pouco receosa de dizer. Mas arrisca mesmo assim.

-Bem. Essa é uma empresa de Relações Governamentais. Ou seja, não é uma empresa privada onde a Senhora tem que fazer coisas que não é de sua função. - Dinah a observa com atenção franzindo o cenho. - Quer dizer... A senhora é inteligente! Passou em um concurso concorridíssimo para estar aqui e ter uma vida estável e confortável. Mas para que? Para que? Para simplesmente viver para o trabalho? Viver levando grito dos "Presidentes" dessa empresa que descontam o que as pessoas fizeram de errado tudo em cima da Senhora? - Ashlee começa a falar como nunca havia falado antes. Dinah nunca a viu falando tanto de uma só vez. Parecia que ela estava desabafando. -É exatamente como a Senhora falou alguns minutos atrás: Isso não é justo! Semana passada a Senhora foi ameaçada de ser demitida por causa dos erros em documentos importantes que outra pessoa cometeu. Cacete... - A loira levanta a sobrancelha surpresa pela expressão usada por Ashlee. - A pessoa que cometeu o erro ficou impune do sermão dado pelos Chefões? Ok, a Senhora deu uma bronca nele, mas e daí? - Ashlee gesticulava com as mãos. ) Quem levou a bronca maior foi a Senhora. E poxa... Demitida? Demitida? Como assim essa ameaça surgiu? A Senhora está aqui por que merece estar, entende? - Sim, definitivamente, ela estava pondo para fora tudo o que guardou durante algum tempo. - Porque passou no concurso para ter um emprego bom para uma vida inteira! Aí vem um babaca, filho da mãe e faz um monte de besteira que se esses documentos fossem enviados e tivessem sido interpretados do modo em que estavam aqueles cálculos, todo mundo iria dizer que a empresa estava desviando dinheiro do Governo. Absurdo! - A loira estava impressionada. O seu queixo só não estava caído porque quando Ashlee começou a falar ela escorou seu cotovelo na mesa e o seu queixo na sua mão. - Ai a Senhora é que iria ser demitida porque aquele idiota não sabe fazer cálculos direito? Então... Porque ele está aqui dentro? Se ele não está apto para o trabalho, que o demita! -Esse monólogo estava surpreendendo bastante. Ela realmente não conhecia essa Ashlee, mas estava gostando dela. - E o pior não é nem isso! O pior seria que se esses documentos chegassem ao seu destino certo os chefões, juntamente com a senhora, iriam todos presos por Desvio de Verbas e Fraude! Vocês iriam pagar por um erro que nunca cometeram, porque simplesmente são eles que respondem pela empresa e a senhora responde na ausência deles. - Levanta os óculos com um dedo novamente. - Sim, vocês devem se importar com isso, porque como já disse, é a cabeça de vocês que está em jogo sempre. Mas... Isso é realmente um absurdo! - Ashlee termina o seu monólogo um tanto quanto agitada e observa a sua chefe com olhos fixados em sua atitude. Ela respira fundo e segura a haste seu óculos com o dedo indicador direito e o polegar tentando acalmar-se mexendo em algo olhando para outro lugar. Passa a mão por seu cabelo e coloca as mãos em seu colo novamente.

- Nossa! - É tudo o que Dinah consegue dizer em meio aquela atitude surpresa de Ashlee. Ela desvia o olhar com o cenho franzido processando tudo o que acabou de ouvir ali. A secretária limpa a garganta nervosa.

- De-desculpa senhora Hansen. Eu me alterei e... E eu... É... Eu acho que acabei falando demais o que não é da minha conta. - Sua voz saia tremida.

-Não, não, não Ashlee! Você está completamente correta. - A loira volta a olhá-la. - É que... Eu só não sei o que fazer, entende? Não tem como eu chegar neles e dizer: "Hey, bando de babacas! Isso não é um erro meu, então se danem e vão brigar com quem realmente merece ouvir!". - Fala a frase balançando o dedo no ar. - Mesmo eu sendo concursada e não poder ser facilmente demitida, como muitos querem, eles são meus chefes. Ocupam um cargo melhor do que o meu e eu devo respeitar a hierarquia.

-A senhora é inteligente e eu tenho certeza de que vai arrumar um modo de que isso não fique do jeito que está agora. - Ashlee sorri gentilmente e Dinaj devolve o sorriso.

-Obrigada. Você é o meu anjo da guarda! - Diz entre um sorriso.

-Ah, sou nada. - Abaixa o olhar um pouco envergonhada, mas volta a olhar a loira. - É... A senhora está precisando de mim para mais alguma coisa?

- Não. Pode se retirar, eu sei que você tem tanto trabalho para fazer quanto eu. - Aponta para a porta com a cabeça. - Fique à vontade para sair. Mas obrigada mesmo por ter dito tudo isso. Mesmo que de supetão, valeu muito à pena escutar cada palavra dita por você. - Piscou o olho. Alba sorriu e levantou-se.

- Senhora Hansen... - Limpou a garganta. -Eu acredito que a senhora precisa se divertir mais um pouco dentro de casa ou fora dela. Sair para ver algum espetáculo de dança que a senhora ama, ou até mesmo sair para dançar, conhecer pessoas novas... Tirar a cabeça desse trabalho quando der e aproveitar a oportunidade de se divertir. - Dinah abaixa a cabeça e sorri balançando positivamente. Olha para Ashlee de novo e levanta da cadeira.

-Sabe Ashlee... - Desvia o olhar pela janela e o retoma para a secretária parada perto da porta. - Eu acho que você está certa. Mais uma vez. Na verdade, você está sempre certa e isso é incrível! Acho que você tem que pleitear o seu salário de Secretária/Assistente/Agente Pessoal/Babá/Psicóloga/Anjo da Guarda... Etc. - Ashlee solta uma risada com a cabeça baixa e tremendo seus ombros um pouco tentando rir baixo. - Estou falando sério. - Brittany fala entre risadas. - Meu Pai do céu... Eu quase te escravizo colocando tanta função em cima de você! - A loira para e pensa um pouco com os olhos cerrados olhando Ashlee. Estica o dedo indicador esquerdo e balança apontando para ela. - Eu acho que você deve contratar um advogado e me processar por Abuso de Poder. - Sorriem juntas. Ashlee balança a cabeça negativamente ainda sorrindo.

-"Processar Senhora Hansen por Abuso de Poder." -Finge que está escrevendo em sua agenda. A loira ri. -Anotado! - Olha para Dinah que está sorrindo.

-Tente se divertir um pouco também. - Põe as mãos nos bolsos laterais de sua calça preta social. - Sei que temos a semana cheia, que Graças a Deus está acabando, mas saia um pouco. Saia com sua irmã, com amigas ou até mesmo sozinha, mas faça uma atividade que goste, seja lá qual for.

- Eu me divirto sempre que posso. Do meu jeito, é claro. - Brittany sorri e concorda. - E quanto à minha irmã... Ela voltou para Miami há dois dias já.

- Jura? -Levanta as sobrancelhas em surpresa ainda com um sorriso nos lábios.

- Sim. Mas ela tratou de fazer com que nos divertíssemos bastante antes de voltar para casa.

-Ah, que ótimo então. - Fala sincera. - O homem que ela tinha de convencer para aceitar no emprego, ele aceitou?

-Sim. Ela conseguiu, ele aceitou. Ela é boa nisso, é o trabalho dela. - Sorri orgulhosa. Brittany devolve o sorriso sincero.

-Fico feliz por isso. - Tira as mãos dos bolsos e esfrega uma na outra. - Então... Vamos voltar ao trabalho! - Ashlee acena com a cabeça.

- Com licença, Senhora Hansen. - Abre a porta e sai fechando a porta atrás de si. A loira certificou-se de sua secretária já ter se afastado da porta e suspirou.

- É Ashlee... Eu sei o quanto sua irmã é persuasiva. Ela conseguiu que eu fizesse cada coisa que você nem imagina. - Fala em um tom mais baixo sorrindo ainda olhando em direção à porta.

Algumas imagens de suas noites com Normani vieram como flashes rápidos em sua mente. Suspirou, balançou a cabeça de um lado para o outro tentando afastar os pensamentos e sorriu. Sentou em sua cadeira e voltou para o seu trabalho.

-x-

A loira voltou para casa aquela noite com o pensamento nas palavras de sua fiel escudeira na cabeça. Todas as palavras. Ela precisava se divertir mesmo. Bem, ela fez sexo com Normani duas vezes e isso lhe distraía um pouco (MUITO) do seu trabalho fazendo com que ela pensasse em outras coisas, mas isso não pode ser considerado uma diversão em si (não que não fosse maravilhoso fazer sexo com ela. DEFINITIVAMENTE era ótimo. Ótimo é pouco.), mas ela queria rir, se emocionar com algum espetáculo lindo, dançar ou beber... Essas coisas que há muito ela não fazia.

Depois de um banho relaxante e de ter comido bem, ela foi pesquisar o que fazer para se divertir. Pegou o celular e viu algumas opções na internet. Não achou nada de muito interessante para aquela noite. Talvez só algumas noites badaladas. Ela pensou um pouco. Não conhecia praticamente nada da noite de Chicago, isso porque nunca teve tanto tempo assim para sair. Só saía com Nela algumas vezes, mas isso, logo quando chegaram lá. Depois tudo foi ficando corrido demais. Ela observou um lugar que parecia ter uma atração interessante, não para essa noite, e sim, para a noite de amanhã. Um campo de futebol americano numa rua a alguns minutos de sua casa, com o anúncio de um show de música eletrônica que teria a participação especial de um DJ com um nome esquisito (que ela não fazia idéia de quem era), mas pela maneira que estava sendo divulgado, ele deveria ser bem conhecido. Ela pensou um pouco. Tinha perdido o costume de sair desse jeito, com a vida de casada e depois o trabalho ela perdeu um pouco de sua liberdade de fazer algumas loucuras que fazia quando solteira. Ela decidiu comprar o ingresso ali mesmo, naquela hora, antes que ela desistisse. Comprou. Iria sozinha, mas seria divertido mesmo assim. Ela sabe que pode se divertir, mesmo estando sozinha, claro, todos podem. Porém, sempre é mais legal quando se têm amigos para fazer isso.

Exato, quando se têm amigos.

Ficou um pouco frustrada por lembrar que ela não tinha amigos. Isso era realmente estranho quando ela parava para pensar. Ela sempre fora uma popular na escola. Popular por sua beleza, simpatia, bom humor e boas notas, sempre existiam pessoas ao seu redor, várias delas. Lembrou-se de seus amigos dos tempos de escola e as outros da faculdade. Então a nostalgia tomou conta da loira naquele momento.

Algumas vezes a vida lhe dá ótimas pessoas com que você consegue ter momentos únicos, incríveis e inesquecíveis ao lado delas. Algumas delas ficam conosco até pela vida toda, outras somente se vão. Vem uma nova fase de nossas vidas que, simplesmente, chega para separar. Caminhos diferentes são tomados. Há a separação, mas nunca o esquecimento. As lembranças estão lá, para sempre.

Ela sentou em um degrau da escada e ficou lembrando-se dos bons e ruins momentos vividos por ela. Era bom ter amigos. Muito bom. Se ela tivesse um amigo agora lhe convidaria para ir a esse show com ela. Onde estavam todas aquelas pessoas? Como será que estavam? Por onde eles andavam? Eles foram embora um por um. Cada um ao seu tempo. Então ela notou que só veio sentir a falta deles agora. Depois de tanto tempo sozinha, só agora ela sentiu saudades.

Ela franze o cenho e se mexe um pouco desconfortável com seus pensamentos. Sente um nó em sua garganta e arrepios consumirem sua pele. Não arrepios bons. Realmente eles não eram bons. Estava triste. Triste consigo mesma por não ter percebido a ida deles, mesmo que (talvez) essa partida fosse inevitável. Mas ela não foi capaz de sentir esse vazio. Só agora. Sua respiração ficou mais pesada e estava cada vez mais difícil de engolir. Fechou os olhos e abraçou os próprios joelhos abaixando a cabeça. Ela estava quase chorando. Isso seria bom para colocar tudo para fora. Mas isso não aconteceu. Ela não chorou.

Ela não conseguiu.

Ela não lembra a última vez que chorou. Isso a deixou mais triste ainda. Frases da conversa com Nela na noite da separação lhe vieram à sua mente de repente:

"... o seu iceberg cobria toda a minha pedrinha de gelo."

"O que está importando em sua vida é você."

"Você virou uma bruxa frígida!"

Ouviu a voz de Nela esbravejar, cuspir aquelas palavras em sua cara. Sentiu-se uma pessoa terrível.

Uma bruxa frígida.

Insensível.

Dormente.

Mesmo assim, ela não chorou. Não foi capaz. Pois é, talvez suas lágrimas tenham secado. Ou melhor, talvez elas estivessem congeladas. Aquelas frases reviraram em sua mente durante muito tempo naquela noite. Se ela não percebeu a ausência de Nela, que era seu marido na época, como ela perceberia a de outras pessoas? Desde quando ela tinha virado... Essa "coisa" que ela era hoje? Ela ficou sabe Deus quanto tempo ali sentada na mesma posição. Deprimida, mas sem conseguir derramar uma lágrima.

Chegou à conclusão que talvez Nela estivesse correto.

Talvez.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...