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História The Twin Sister- Norminah - (Cap. 22) Folhas


Escrita por: wtfuckDaddy

Capítulo 22 - (Cap. 22) Folhas


Após mais um longo dia de trabalho Ashlee chega a sua casa um pouco mais cansada do que o normal, pois não tinha dormido bem noite passada. Simplesmente a insônia a atacou de imediato, sem motivo aparente algum. Sua cabeça latejava de dor e seu corpo pedia cama. O frio estava tomando conta da cidade junto com a neblina que começara a se formar, sinal de que o fim do ano estava cada dia mais próximo. O ano passou tão rápido que ela nem percebera. Tira o seu casaco de frio olhando pela janela da sala a grande ventania que está lá fora balançando os galhos das árvores. O vento costuma a ser bem forte a esta época do ano. Parou um pouco no tempo olhando aquelas folhas indo embora junto com o vento lembrando-se de quando ela e Normani eram crianças.

# Flashback On #

Monterrey. México, 1994.

- Olhe, as gêmeas Kordei! - Um senhor de pele queimada pelo sol, cabelo ralo, grisalho e liso na altura do pescoço sendo escondido por um boné encardido, camisa xadrez com os três primeiros botões abertos e um bigode generoso tão grisalho quanto os seus cabelos aponta em direção as garotas para o seu amigo no posto de gasolina. - Garotas! - Anda em direção a elas. Elas param e esperam. - Como está o pai de vocês? Nunca mais tive notícias dele. - Elas se entreolham e Normani suspira olhando a capa de seu caderno.

- Ele ainda está no hospital. - Continua contornando os desenhos de borboletas com a ponta do dedo.

- Mas ele está melhorando, vocês sabem dizer? - Mostra-se interessado e até um pouco preocupado.

- Não sabemos responder. - Ashlee fala logo após limpar a garganta. - Nossa mãe vive lá e não tem muito tempo para nos dar notícias. Só quando nossa abuela vai lá vê-lo enquanto estamos na escola. Mas ela não diz muita coisa. - Arruma a mochila em suas costas.

- Mesmo assim, ela não diz muita coisa. -Normani repete com tristeza. Ela olha para o senhor à sua frente. O homem percebe o desconforto das garotas ao falar daquilo e tenta encerrar a conversa.

- Está certo. Mas mandem notícias para ele. - Sorri olhando-as. - Notícias de que nós estamos esperando a melhora dele.- Ashlee fazia círculos com o seu tênis no chão, cabisbaixa e Normani somente acenou positivamente com a cabeça e meio sorriso no rosto. O homem tocou o topo da cabeça delas com sua mão um pouco pesada assanhando assim um pouco os cabelos delas.

- Até mais, Senhor Garcia. - Normani murmurou começando a andar seguida de Ashlee.

- Tchau. - Ashlee sussurrou olhando-o rapidamente. O homem limitou-se a acenar com a mão.

O senhor Kordei, o pai das gêmeas estava internado em um pequeno hospital da cidade há quase dois meses, pois descobriu um Câncer nos Pulmões devido ao tabagismo. Ele começou a fumar em sua adolescência. O homem não estava em um estado confortável, até porque quando se descobriu doente, a doença já havia se instalado sem piedade em seus pulmões. A grande dificuldade era que o tratamento era caro, muito caro, levando em consideração que os Kordei não eram um das famílias mais bem sucedidas da cidade.

As garotas caminham lado a lado, em silêncio até chegarem à frente de sua casa e Normani ouve sua irmã fungar. Olha rapidamente para o lado, Vê sua irmã olhando o chão e percebe os rastros de lágrimas por sua bochecha. Normani respira fundo e solta o ar pela boca. Ashlee para de andar e continua encarando o chão chutando uma pedrinha. Normani fica de frente para ela em silêncio com o seu caderno pressionando o peito. Observando a sua irmã triste enxugar as lágrimas.

-Ele vai voltar para casa, Mani? - Fala com um fio de voz rouca pelo choro. Normani aperta mais o caderno contra seu peito e engole seco tentando conter as lágrimas.

- Eu não sei. - Sente uma lágrima escorrer e ela aperta os olhos. - Eu estou com medo. - Deu um passo para perto da irmã. - Mas maps... - Ashlee olha para a irmã. - A mamãe disse para sermos fortes e torcer para ele fique bem. - Agora as duas encaram o chão uma de frente para a outra.

- Eu não sei se sou forte. - Ashlee funga mais uma vez e passa as costas da mão entre seu lábio superior e seu nariz.

-Não diga isso. - a avó delas, apareceu de repente com uma bacia de roupas na mão. Ultimamente ela vem lavando roupa para outras pessoas para ganhar mais dinheiro e tentar ajudar um pouco mais nas despesas enquanto deixa sua filha se encarrega de arcar com a medicação do marido hospitalizado. Ou pelo menos, uma parte delas. - Minhas meninas, venham aqui. - Senta-se em um banquinho embaixo de uma grande árvore na frente de sua casa, coloca a bacia de roupas ao lado e as garotas sentam em seu colo. Cada uma em uma perna. -Vocês não podem desanimar assim.

- Nós estamos com medo que papá não volte. - Normani fala fungando um pouco.

- Eu sei. Eu também estou, mas precisamos ser fortes por ele. - Sorriu gentilmente. - Olhem para mim. - As duas olharam, mesmo Ashlee hesitando um pouco. - Vocês tem que se preocuparem mais com a escola. Estão se distraindo e as notas estão baixando. - elas abaixaram a cabeça novamente.

-Desculpa. - Normani fala passando a mão em sua calça jeans.

- Isso não é uma bronca, mas eu quero que se esforcem mais daqui para a frente. Não se distraiam. - Passa as mãos nas costas delas. - Os pais de vocês não vão gostar de saber que estão indo mal na escola. - Faz movimentos para cima e para baixo nas costas delas.

-Porque isso está acontecendo? - Ashlee se pronuncia pela primeira vez naquela conversa ainda olhando para o chão.

-Isso é uma coisa complicada. Mas eu vou explicar. - Suspirou alto tentando conter o nervosismo. Ela tinha de ser forte para demonstrar segurança as pequenas. Pensou em palavras simples para dizer a elas, palavras que não assustassem muito. - O pai de vocês fumou durante muito tempo na vida dele e isso o prejudicou agora. Na verdade, vem prejudicando já há um tempo, só que ninguém sabia. Só soubemos agora. - Ficam alguns segundos em silêncio e Normani levanta o seu olhar para o horizonte, provavelmente pensando em algo enquanto Ashlee brincava com os seus dedos. - Tudo o que vocês fizerem na vida de vocês, vai gerar alguma coisa no futuro. Um exemplo: Se estudarem muito agora, sem deixar-se distraírem, vão ter um bom emprego, morar em outro local, ter uma boa casa, um bom carro... - Suspira. - Uma vida melhor que essa.

- Mas como a gente tem que parar de pensar nele? Não consigo. - Normani diz bufando.

-Eu não disse para fazerem isso. Disse para saber como lidar, aprender. Sei que vocês só tem 11 anos, mas é de cedo que se aprende a viver com os altos e baixos que a vida trás. - Sente um vento um pouco mais forte bater nelas e algo encostar ao topo de sua cabeça e passa a mão sentindo uma folha verde que caiu da árvore. Ela olhou a folha por um tempo rodando o seu pequeno caule pelos dedos indicador e polegar direito. - Olhem para essa folha. - As duas obedeceram. - Ela acabou de cair dessa árvore, mas ela ainda está verdinha. - As duas meninas não entenderam e ela continuou. - Quando uma folha cai da árvore, quer dizer que ela já não serve mais para embelezar a árvore como as outras que continuam lá. E geralmente elas não estão mais verdes quando isso acontece. Só que houve uma ventania ainda agora e ela desprendeu de lá de cima, caindo aqui na minha cabeça. Essa folha não foi forte o suficiente para aguentar a ventania.. - As gêmeas tentavam ainda entender o que a mais velha estava querendo dizer a elas. - Nós somos assim também. Todos nós. Se a gente não conseguir aguentar as ventanias da vida nós caímos, mesmo que não seja a hora de nós cairmos, somos derrubadas, na verdade. E nessa vida, ser derrubada não é bom, mas é necessário para o nosso amadurecimento. - Tira os olhos da folha girando em sua mão e olha as garotas. - Para aprendermos a andar, nós caímos várias vezes. Mas só caímos porque tentamos fazer algo que não sabemos fazer ainda. Nós nos arriscamos a fazer algo novo desde que somos bebês. Na vida da gente, temos de arriscar sempre. Confiar nos nossos instintos, na nossa fé, na nossa consciência, no que for... Temos de tentar sempre.

- E se der errado? - Normani pergunta interessada.

- Aí a gente cai. - Levantou o braço e soltou a folha no chão de cima de sua cabeça. As três acompanharam a queda da folha.

- Eu não quero cair. Cair dói. - Ashlee diz.

- Sim, dói. Mas como eu disse é necessário para a gente poder crescer e ficar forte. Para poder enfrentar, lá na frente, ventos bem mais fortes sem cair. - Ela sorri para as duas e dá um beijo nos cabelos negros das delas. - Sejam fortes sempre. Sejam forte pelo seu pai agora, pela sua mãe, por mim... Sejam fortes uma pela outra para o resto de suas vidas. - Sorri para elas. As meninas descem do colo dela e ela pega sua bacia de roupas e sai em direção ao varal para estendê-las.

Pouco mais de um mês depois o pai delas não resistiu a devastadora doença que é o Câncer, deixando para trás sua esposa, sua sogra e suas duas filhas.

A avó das meninas teve o seu primeiro Acidente Vascular Cerebral alguns anos depois e ficou de cama durante alguns dias preocupando sua filha e netas. Sempre durante à noite, quando todas já estavam em casa, as três ficavam um bom tempo no quarto da mais velha para conversar um pouco e se distraírem. Alguns dias depois de sua melhora passou pelo segundo A.V.C. e ficou pior, vendo o desespero das três ela conversou pacientemente com todas, principalmente com suas netas. Voltou naquela velha história da folha da árvore que havia contado há alguns anos atrás para lembrar que deveriam ser fortes sempre e disse uma frase que ficou marcada na memória das gêmeas sempre: "A felicidade está nas folhas das árvores, cabe somente à você decidir se viverá um outono ou uma primavera."

Uma semana depois, quando amanheceu o dia nublado de uma manhã de domingo, as três Kordei descobriram que senhora mais velha havia falecido durante o sono e já não se encontrava mais entre elas. Foram dias difíceis para todos, os familiares mais uma vez vieram apoiá-las no velório e no enterro. Enquanto o caixão descia para o buraco feito no chão do cemitério da cidade Ashlee e Normani encostavam a cabeça ao ombro de sua mãe, uma da cada lado e entrelaçavam os seus dedos pelas costas dela. Elas tinham aprendido muito com a mulher que ali estava partindo, muito mesmo. Algumas coisas que até nem chegaram a perceber que aprenderam. Mas uma coisa ensinada por sua abuela que sempre ficou gravado, e martelando, na mente delas foi para serem fortes, ousadas e persistentes.

Cair e levantar, com ajuda ou sem.

#Flashback Off #

Foi dessa maneira que conseguiram manterem-se sozinhas nos EUA. Logo quando chegaram, poucos anos depois da morte de sua avó, sofreram bons bocados em relação ao preconceito. Por serem negras muitas pessoas pensavam bobagens sobre elas: Que iriam roubar, que não eram de confiança, que tinham a ficha suja na polícia ou que estavam ali ilegalmente... Várias coisas do tipo ruins. Chegaram a receber propostas para se tornarem garotas de programa por causa de seus corpos com curvas naturalmente sensuais que atrairia facilmente os homens. Tiveram de ouvir várias piadas desrespeitosas sempre. Normani era um pouco menos tolerante que Ashlee nesse sentido, então logo explodia seja lá onde estivesse. Para o azar dela, na maioria das vezes que isso acontecia, ela estava em local de trabalho e era demitida depois disso. Começaram a trabalhar para pagar os estudos que estavam tendo ali. Ficaram em situações complicadas algumas vezes, financeiramente falando, mas sempre lembravam que tinham de ser a folha seca agarrada à sua árvore sem deixar que qualquer ventinho a desprendesse dali. As coisas só começaram a mudar quando Normani, trabalhando em uma loja de roupas, atendeu um cliente, que trabalhava como Headhunter, que só entrou na loja com a intenção de comprar um cinto e um par de meias, e acabou levando duas calças sociais, uma blusa esportiva e outra social, uma gravata e ainda o seu par de meias mais o cinto. Ele ficou impressionado com a capacidade de Normani de convencer alguém a fazer algo. Ele conversou um pouco com a morena sobre o seu trabalho e como ele funcionava. Disse a ela que ela tinha exatamente o perfil de uma Headhunter de sucesso, pois conseguiu convencê-lo a comprar tudo aquilo. E olhe que ele era acostumado a convencer as pessoas e caiu na conversa dela! Isso era realmente incrível para ele. Ela fez entrevista e logo em seguida o treinamento. Conseguindo o emprego dessa maneira. Hoje ela é uma das 20 melhores profissionais do país nesse ramo, e ainda tem uma empresa "própria". E sobre Ashlee? Bem, houveram inúmeras vitórias também mas, ela era modesta demais para contar vitórias até em seus pensamentos.

Ashlee sorriu com seus pensamentos e tirou os óculos passando os dedos nos olhos em seguida. Ela estava cansada. Foi tomar um banho para relaxar, comer e dormir.

- x-

Dinah estava jogada em seu sofá enrolada em um cobertor e zapeando os canais. Estava um pouco entediada, pois queria dormir por estar cansada mas o sono não chegava, decidiu ver TV para ver se dava sono, mas a TV estava mais tediosa que qualquer coisa, e tédio não lhe dava tanto sono, na maioria das vezes, tédio lhe deixava irritada. Bufou e parou em um canal que passava um filme um pouco macabro, porém bem mentiroso. Riu algumas vezes com os absurdos expostos ali se perguntando "Quem teria medo disso?". Seus pensamentos foram atrapalhados pela sua campanhinha que tocou. Ela assustou-se de imediato. Pensou que poderia ser o seu vizinho de andar reclamando do barulho da TV ou algo do tipo. Apesar de que a TV não estava em um volume fora do normal. Levantou-se e foi até a porta, olhou pelo olho mágico e surpreendeu-se com quem estava lá. Arrumou um pouco o cabelo em um rabo de cavalo e abriu a porta rápido.

-Normani? - A morena sorri e acena com a mão. - O que está fazendo aqui?

- Boa noite e é bom rever você também, Hansen! - Fala sarcástica passando pela loira. - Com licença. - Coloca a sua bolsa na poltrona e vira para a loira.

- Eu não quis ser grossa, mas eu realmente estou surpresa. )Fecha a porta. - Como conseguiu subir sem ser anunciada? - Dá dois passos para mais perto dela. - Quando chegou de volta à Chicago?

- Tenho minhas técnicas e cheguei hoje. -Sorriu e chegou perto da loira e lhe deu um empurrão que a mesma bateu com as costas de volta na porta. - Agora cala a boquinha.

Sentiu os seus lábios tomados pela morena e em seguida as mãos dela passearem por seu corpo logo tirando as suas roupas. Dinah queria resistir e pedir explicações à Normani. Mas realmente ela não estava nem aí mais para nenhuma resposta. Deixou-se rendida nas mãos da morena que agora descia os seus beijos pelo pescoço dela e apertava seus seios em perfeita sincronia. Apertou o seio esquerdo dela e o abocanhou enquanto a sua outra mão descia para dentro da calcinha dela. Começou a fazer perfeitos movimentos com seus dedos no centro pulsante e úmido à medida que sugava e apertava com mais força o seio dela. A mão direita da loira estava segurando a maçaneta da porta e a outra espalmada na parede atrás de si. Ela estava achando extremamente excitante o modo que Normani a colocou, literalmente, contra a parede e estava a possuindo de maneira selvagem. A morena abaixa a calcinha da loira, abre as pernas dela sem a mínima delicadeza e lambe o seu sexo com uma vontade louca de provar cada mínima parte dali. A loira começa a sentir o seu corpo ficar gelado, o que era muito estranho ela sentir frio. Geralmente ela sente calor durante o sexo, o que é exatamente normal. Olha para baixo e encontra a imagem turva de Normani se desfazendo aos poucos balança a cabeça de um lado para o outro tentando entender o que está acontecendo com ela.

Fecha os olhos fortemente e quando de repente abre os olhos... Vê onde está. Ela está deitada em seu quarto. Em sua cama.

Ela estava dormindo.

- Mas que merda! - Ela esbraveja sentando-se e dando um soco na cama. -Ai que raiva! Não acredito que era somente um sonho. Não acredito! - Ela passa a mão na testa e deita novamente.

Sente sua calcinha molhada por causa do sonho que acabara de ter. Ela estava arrepiada, mas não pelo tempo um pouco mais frio que antes, e sim pela sua excitação. Fecha os olhos e lembra-se do seu sonho, do modo com que a morena a pegava forte e pressionava contra a parede, lembrou do sorriso safado dela, de sua língua e dedos mágicos. Sorriu maliciosamente ainda de olhos fechados. Arranhou o tecido de seu pijama na altura da barriga e subiu seus dedos levemente para seus seios. Os mamilos estavam rígidos e ela arrepiou-se a encostar-se a eles então os pressionou com as pontas de seus dedos polegares e indicadores, mordeu o lábio e desceu uma mão para dentro de seu short, passou por sua calcinha e sentiu a temperatura de sua pele aumentar a cada centímetro mais próximo de seu sexo encontrou sua umidade e gemeu baixinho. Sua mente retomou a tudo o que Normani já fez com ela (e o que ela fez com Normani também). Mas porque agora sempre associava a imagem da morena quando pensava em sexo? Era uma dúvida. Mas uma dúvida que ela iria deixar para responder depois.

Agora, realmente, não era hora para isso.

Os seus dedos estavam pegando um ritmo acelerado. Cada vez mais preciso. Movimentos circulares e desordenados eram distribuídos pelo sexo molhado dela. Sua excitação estava cada vez mais alta e apertou o seu seio, movimentou o seu quadril, escorreu dois dedos para dentro de si soltando um gemido rouco e afundando o rosto no travesseiro. Aquilo estava ficando muito gostoso. Mas nada comparado ao modo com que Normani a deixa.

Oh Deus... Pensou nela de novo.

E o pior é que ela não está aqui.

Sentiu certa fraqueza tomar conta de si à medida que foi desanimando. Retirou suas mãos de dentro de sua roupa, olhou para o teto e bufou.

"Não acredito que eu não consegui continuar. Como assim eu comecei a fazer por causa de um sonho quente com a Normani e parei de fazer por causa da lembrança dela? Isso não faz sentido." Parou para pensar um pouco a respeito. "Talvez seja porque eu não tenho o hábito de fazer isso sozinha ou... Ou realmente eu realmente queria que isso estivesse sendo feito por ela." Fechou os olhos fortemente e bufou mais uma vez. "Mas que merda Dinah Jane! Você precisa fazer sexo novamente, sexo de verdade! E não ficar se masturbando como uma adolescente com os hormônios borbulhando e escapando por todos os orifícios do corpo." Franziu o cenho ainda de olhos fechados e mordeu o lábio. "Mas isso é tão estranho para mim, essa necessidade. Eu fiquei 2 anos sem sexo e estava meio que normal com isso. Porque eu estaria tão necessitada agora se eu só passei pouco mais de 2 semanas sem sexo? Não faz sentido Dinah. É como se estivesse em uma dependência de alguma substância química."

Ela bufou mais uma vez e abriu os olhos. Passou a mão na testa e sentiu o rastro de umidade deixado por seus dedos. Fez uma careta com um pouco de nojo do líquido que saiu de si mesma e levantou-se indo em direção ao banheiro. Lavou as mãos e o rosto com água fria para aliviar a sua tensão. Tensão que há poucos era Tesão.

Sim, ela realmente estava irritada. Não quis nem olhar em sua própria cara no espelho, pois estava de saco cheio. Primeiro pensou que tudo fosse real e era somente um sonho. Depois não conseguiu manter-se excitada ao tocar-se. Ela tinha motivos demais para estar bem mais do que chateada com a sua situação. Até porque uma frustração sexual não é fácil de lidar.

Imagina duas?

-x-

A semana vinha passando rápido demais devido à quantidade de trabalho que a loira tinha para fazer já era a terceira quinta-feira do mês de novembro e o tempo estava começando a esfriar. A loira está parada na frente de sua janela com um copo de café quente na mão direita e observando o movimento dos carros para esfriar a cabeça. Ela estava sentindo latejar de dor. A semana estava sendo estressante.

Duas batidas na porta, uma pausa e mais duas batidas.

- Entra Ashlee. - Fala um pouco mais baixo ainda olhando o movimento lá embaixo.

- Senhora Hansen, com licença. - Entra na sala segurando uma pilha de papéis. A loira a olha e olha os papéis. - para a senhora assinar. -Coloca em cima da mesa dela. A loira só agradece acenando com a cabeça. -Ah, antes que eu esqueça mais uma vez, a senhora vai querer que eu reserve o seu vôo da semana que vem? - A loira franze o cenho tentando lembrar de que faria na semana que vem e para onde iria. Mas ela, definitivamente, não era tão boa de memória.

- Vôo? Aonde eu vou semana que vem? - Beberica o seu café ainda olhando a sua secretária. Ashlee esboça um sorriso.

- Ação de Graças daqui há uma semana. A senhora não vai voltar para Seattle? - A loira levanta as sobrancelhas em surpresa.

-Meu Deus, é mesmo. Tinha esquecido completamente. E olhe que eu marquei com a minha mãe semana passada no telefone. - Coloca a mão na testa. - Pode agendar o meu vôo sim. - Ashlee acena com a cabeça e escreve. -Coloque o vôo depois das 21:00hrs, ok? - Ashlee repete os gestos. Dinah massageia as têmporas e bufa. - Ashlee, meu anjo, você teria algum remédio de dor de cabeça aí?

- Não senhora. Eu geralmente ando com vários remédios, mas esqueci minha nécessaire hoje. Eu vou comprar para a senhora aqui na farmácia da frente.

- Não, deixa para lá então. Não precisa comprar.

-Eu insisto. - Sorri. - Com licença. - Vira de costas.

- Tudo bem então, toma o dinheiro. - Vai em direção à sua bolsa.

- Não precisa, eu compro. - Disse abrindo à porta. - Volto em poucos minutos. - Fecha a porta atrás de si.

A loira olha aquela cena e dá de ombros. Ela sabe que Ashlee é assim, ela gosta de cuidar dela. "Ela está levando cada dia mais à sério esse lance de ser minha babá." Sorri fraco com o pensamento. Senta na sua cadeira e fecha os olhos ainda massageando as têmporas.

Na frente do edifício que trabalha, Ashlee paga os remédios no caixa e sai apressada de dentro da loja. Apesar de ser uma pessoa bem calma, ela vive sempre assim, fazendo tudo nas pressas com agitação, não por sempre estar atrasada, mas sim por querer terminar tudo com eficiência. Passa rapidamente por algumas pessoas e para olhando a pista que deve atravessar, distrai-se olhando para o lado, uma bebê, no colo da mãe, que estica o bracinho gordinho tentando pegar o seus óculos com um sorriso brincalhão no rosto. Ela olha para a bebê, toca a ponta do dedo indicador dentro da mãozinha da pequena de cabelos claros, ela aperta seu dedo e a morena sorri, mas logo volta a andar para o meio da pista junto com poucas pessoas que estão também bem apressadas, olha para o dinheiro em sua outra mão e percebe que não conferiu o troco, mexe um pouco nas cédulas e moedas colocando depois no bolso, tem a impressão de ver pela visão periférica um ônibus amarelo escuro próximo de si e levanta o olhar.

Depois disso tudo ficou escuro.

Estava tudo escuro. Mas de repente, tudo ficou mais claro, ensolarado. Uma bela árvore sendo iluminada pelo lindo sol do fim do dia. Tudo estava perfeito naquela imagem, até que a visão é remetida a um ponto em específico da árvore. Ao lado esquerdo, bem na ponta de um galho está uma folha balançando. Mas só ela está balançando. Como se estivesse ventando somente nela. Parecia um sonho.

Ouviu algumas vozes vindo de algum lugar longe. Homens, mulheres, barulho de buzinas e de motores...

- Chamem a Ambulância! - Uma voz que aparentava ser de uma senhora de idade.

- Ela está respirando? - Uma outra mulher.

-Oh cara! Você bateu nela! Você está tão ferrado! - Um jovem adolescente falava com a voz arrastada.

Mas uma voz se destacava ali. A de um homem com a voz rouca e o sotaque acentuado com um inglês forçado que dizia:

-Moça, fale comigo! Moça acorda! Como você entrou na frente do nada? Fale comigo ou se mexa! Abra os olhos! Por favor, não tenha morrido.

Mas ela não entendia muito o porque daquela confusão toda ali, porque, na verdade, estava prestando atenção demais naquela folha da árvore da imagem para respondê-lo. Então a voz dele foi ficando mais baixa, sumindo aos seus ouvidos, a imagem da folha ficando turva junto com o balanço da mesma ficando cada vez mais forte.

Ao que parecia ser lógico, aquela folha verde estava prestes a cair precocemente.



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