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História The Twin Sister- Norminah - (Cap. 23) Abatimento Emocional


Escrita por: wtfuckDaddy

Capítulo 23 - (Cap. 23) Abatimento Emocional


Batidas frenéticas na porta da sala de Dinah fazem com que ela dê um pulinho de susto e fique bem irritada.

–- Entra!- – Fala um pouco estressada. Até porque qual seria o motivo daquela agonia toda da pessoa querendo falar com ela? E quem seria? Ashlee não era de maneira alguma, pois ela sempre batia do mesmo modo na porta e ela tinha descido para comprar comprimidos na farmácia em frente. Aliás... Ela já deveria ter voltado. E a loira estranhou a demora.

–- Senhora... É... Hansen?- – Limpa a garganta. -– Senhorita, desculpa.

–- Sou eu. Ah, e me chame de “Senhora” mesmo.- – Cruzou os braços e encostou-se às costas da cadeira. Ela observava o homem de cabelos loiros e bem penteados para trás um pouco nervoso ao falar com ela. Ele estava arfando, sua pele brilhando pela fina camada de suor, seus olhos esbugalhados e mãos visivelmente trêmulas. Mas ela não estranhou nem um pouco, já que existiam pessoas ali dentro que morriam de medo de dirigir se quer o olhar para ela. –- Primeiro...- – Levantou o dedo e interrompeu o que o homem iria começar a falar. -– Nunca mais chegue à minha sala desta maneira, sem ser anunciado por minha secretária e muito menos espancando a minha porta. Estamos entendidos?- – Ele acena com a cabeça rapidamente engolindo seco e passando as mãos suadas nas laterais de sua calça. –- O que quer?

–- Perdoe-me, eu não queria ser tão invasivo dessa maneira. Mas é que a situação é bem conflituosa.- – Limpa a garganta. -– Eu não trago boas notícias-. – Ok. A loira agora estava bem mais do que curiosa e preocupada também. Até porque, pelo modo com o que ele estava ali, até parece que a Terceira Guerra Mundial se instalou dentro da empresa.

–- Fale logo que eu estou ficando preocupada. -– O homem passou a mão pela testa e esfregou uma mão na outra olhando para o chão.

–- É a Kordei. -– A loira levanta uma sobrancelha. –- Ela... -– Limpa a garganta.

–- Vai fala!- – A loira se irrita.

-– Ela sofreu um acidente.- – Fala rápido. -– Um ônibus-. – A loira deixou com que o seu queixo caísse e sentiu o seu coração disparar sem parar de encarar o homem à sua frente em descrença. Ela engoliu seco e piscou duas vezes.

–- Atropelou?- – Balbuciou com voz trêmula. Porém o medo da resposta era evidente em seus olhos.

–- Não, somente colidiu com ela. Mas ela não está bem. Ela... -– Passou a mão na testa novamente. – -Ela não está consciente.- – As pernas da loira não a obedeciam. Ela precisava se levantar, mas estava em choque.

–- Onde ela está?- – Perguntou ao se levantar e pegar as suas coisas.

–- Na rua aqui em frente mesmo.- – A loira olhou rapidamente pela janela, mas não conseguiu ver bem. A única coisa que viu foi um amontoado de pessoas em formato de círculo e um ônibus amarelo parado há uns 15 metros de distância.

–- Não acredito que não chamaram a ambulância ainda?- – Ela pergunta nervosa saindo de sua sala.

–- O motorista do ônibus já chamou.- – Falou a passos largos atrás da loira que saia apressada em direção ao elevador. Mas então ela parou repentinamente e voltou até a mesa de Ashlee. Pegou a bolsa da morena e voltou a caminhar até o elevador.

Dinah sentia uma dor estranha em seu peito. Algo como se o seu coração estivesse sendo pressionado ainda mais para dentro de seu corpo, seu estômago embrulhando cada segundo a mais e sua garganta estava secando. Ela tinha a sensação de que o edifício possuía milhões de andares, uma vez que a demora era imensa para alcançar o térreo e ela poder então ver a Ashlee.

Ao chegar ao térreo conseguiu ouvir o barulho da sirene ao longe. O trânsito estava parado daquele lado, por isso o outro lado estava uma desorganização só. Mas estava muito lenta a movimentação dos carros, então ela pôde passar entre eles com certa tranqüilidade.

“Tranquilidade”.

Passou pelo meio dos curiosos que cercavam o local do acidente e avistou o corpo da morena no chão. Ela estava de bruços, os cabelos bem menos arrumado como de costume, pernas esticadas com pés virados para dentro, a mão direita encostada ao rosto e o braço esquerdo escondido embaixo do seu corpo. Olhando acima da cabeça dela, viam-se os seus óculos e o saquinho com os comprimidos.

Os comprimidos.

Aqueles que ela veio comprar para Dinah.

Aqueles que se ela não viesse comprar, isso não teria acontecido.

Culpa.

Só essa palavra definia aquilo que a loira estava sentindo ali.

Mas não havia tempo para sentir-se culpada e paralisar agora. Ashlee não estava bem e ela havia decidido deixar, ou tentar deixar, de lado esse sentimento e ajudá-la o máximo que puder.

Afinal, era o mínimo que ela poderia fazer.

Aproximou-se da morena e colocou os joelhos no chão e as bolsas delas ao seu lado. Observou-a durante alguns segundos prendendo a respiração. Observou com cuidado.

–- Ashlee, minha querida...- – Pôs a mão trêmula sutilmente nas costas dela. Sentiu o minúsculo resquício de respiração pelo débil movimento das costas dela. A loira sentiu-se um pouco mais aliviada por isso e deixou o ar escapar de seus pulmões. –- Ashlee, fala comigo. -– Sua voz saia baixa e cortante. Subiu a mão até o rosto dela e tirou as mechas de cabelo que cobriam parte do seu rosto. Percebeu que havia sangue no chão.

Sangue.

Entre a mão direita dela e a sua testa havia sangue.

Dinahy engoliu seco e encostou a ponta de seu dedo médio e indicador da mão direita na pequena poça formado por aquele líquido que é essencial para a vida, mas quando aparece em nossa frente, geralmente não quer dizer algo bom. Levantou os dedos e fitou a mancha carmesim em contraste com sua pele branca e suas unhas pintadas de nude. Aquilo era realmente apavorante. Seus dedos começaram em um balanço mais perceptível, vista que suas mãos tremiam ainda mais. Ela tentava respirar melhor puxando o ar pela boca. Então sente uma mão tocar-lhe o ombro e olha para cima rapidamente.

–- Senhora, por favor, afaste-se da vítima só um instante para fazermos o nosso trabalho.- – Um homem negro de óculos com armação grossa e fardamento azul de socorrista fala calmamente com Dinah depois de algumas tentativas frustradas de chamar a atenção dela. –- A senhora poderá acompanhá-la no caminho até o hospital. -– Ela acena com a cabeça e ele segura a mão dela, apoiando-a para levantar-se. –- Tragam a maca mais para perto.- – O mesmo homem fala. A loira observa o modo cuidadoso com que eles pegam a Ashlee  e a viram para colocá-la na maca. Ela respira fundo e vê que o funcionário que foi avisá-la do acidente está ao seu lado, também observando tudo.

–- Onde está o motorista?- – Ela pergunta ao loiro. Ele olha para os lados e aponta para ele. Ela olha para trás e percebe que o mesmo homem estava ao lado de um policial e ele vem vindo em sua direção. Ele estava com sua camisa de botões azul claro molhada de suor, os poucos cabelos que tinha na cabeça estavam desgrenhados e os óculos de armação redonda na mão. –- Você é o responsável por isso?- – Perguntou olhando nos olhos do homem mais baixo.

–- Mas ela entrou na frente! Do nada!- – Falou enrolado com o sotaque forçado. Colocou os óculos no rosto pálido e suado. A loira estreitou os olhos e respirou fundo ao ver que a maca já estava sendo direcionada à ambulância. –- Pode ter certeza de que eu vou arcar com as consequências está bem?- – Ele tentava se concertar ao ver que a loira estava furiosa. -– Eu estava respondendo ao interrogatório da polícia e...

–- Fique calado, por favor.- – A loira interrompeu. -– Você tem nome?

–- Kiefer Bloch.- – A loira não compreendeu bem o nome do homem, mas deixou para lá. Era em outra língua e ainda ele não sabia falar inglês muito bem. Ela tinha coisa melhor para se preocupar.

–- Você vai vir comigo. Vamos nos resolver com o advogado. Aproveite e chame o seu.- – Passou por ele em direção à ambulância. -– Logo!- – O homem baixinho deu passos largos até chegar perto da loira novamente.

–- Será mesmo necessário envolver os advogados nisso?- – Tentava argumentar comDinah que não dava a mínima para o que ele estava falando.

–- Com licença.- – Direcionou-se ao policial perto de um dos socorristas.

–- Em que posso ajudá-la?- – O oficial olhou a loira.

–- Eu sou Dinah Jane Hansen.

–- Oficial Taylor. Conhece a vítima?

–- Sim, sou chefe dela. Preciso manter esse motorista perto de mim. Quero conversar com ele e com os advogados.- – Prestava atenção também na ambulância que estava para sair.

–- Bem...- – Ele olha para o homem e para as suas anotações. -– Algumas testemunhas disseram que a culpa não foi inteiramente dele, mas podemos sim acompanhá-los até o hospital e ele vai até lá na viatura.

–- Ótimo, a ambulância está saindo e eu vou com eles. Podem nos seguir então, não é?- – O policial acena com a cabeça e faz sinal para o homem entrar no carro policial. – Obrigada Oficial Taylor. – Vira as costas. – Não o deixe livre sem antes conversar comigo novamente, por favor. – Recebe ajuda para subir na ambulância.

–- Não se preocupe Senhora Hansen. Estamos de olho nele.- – Fechou a porta de trás da viatura e entrou na da frente.

Uma mulher, que trabalhava dentro da ambulância estende para Dinah um saquinho lacrado. A loira tira seus olhos de Ashlee e olha o saquinho levantando uma sobrancelha.

–- Os pertences dela que estavam no chão. Pelo menos os que conseguimos encontrar.

–- Ah, ok. Obrigada. -– Voltou o seu olhar para a morena deitada com um colar cervical e uma máscara de oxigênio. O lado esquerdo do rosto dela possuía arranhões manchas de sangue, assim como o arroxeado junto com o corte profundo no supercílio em função da pancada contra o chão. Fechou os olhos apertados durante alguns segundos e tentou conter o seu nervosismo. – -Ela vai ficar bem? Vai ter sequela? Ela vai acordar logo?- – Dispara as perguntas de uma vez.

–- Sendo sincera...- – Começou a mesma mulher que lhe entregara o saquinho anteriormente. -– Não temos como saber agora. Ela está desacordada e bem machucada. Mas o lado bom é que ela ainda está respirando, com dificuldade, mas está.

–- Me diz o que ela tem. Por favor.- – A loira passou a mão na testa.

–- Não podemos afirmar nada 100% para a Senhora agora.- – O homem alto de cabelos escuros e músculos aparentes que estava limpando o sangue que escorria da sobrancelha de Alba a respondeu.- – Quando ela chegar ao hospital e for atendida pelos médicos de plantão, depois de todos os exames, a senhora poderá ter essas informações concretas.

–- Mas como assim ninguém sabe me responder nada?- – A loira se alterou.- – Isso é um absurdo! Para que vocês servem então?

-– Senhora, por favor... Acalme-se!- – O homem negro falou com ela. -– Suas perguntas serão respondidas, mas não agora. Tenha paciência.- – Virou de costas para ela. -– A senhora alterar-se aqui dentro não é bom para a nossa concentração e nem para a vítima. Agora me deixe ajudá-la. -– Aproximou-se da loira.

–- Ajudar a mim?- – Olhou confusa para o homem alto.

–- Sim, a senhora está com os dedos sujos de sangue e passou em sua testa.- – Sorriu fraco. -– Posso? -– O homem estendeu o algodão úmido em direção a ela e ela assentiu. Ele limpou o rastro de sangue deixado naquele local e entregou o algodão na mão dela. -– Agora limpe seus dedos.

Ao acabar de limpar seus dedos do sangue da morena, ela percebeu que as portas da ambulância foram abertas e que já haviam chegado ao hospital. Logo em seguida de sua descida da ambulância, alguns enfermeiros chegaram perto já observando o estado da vítima e transferindo-a de maca.

–- O que aconteceu?-– Um enfermeiro de olhos claros e cabeça raspada perguntou.

–- Um ônibus bateu nela e ela foi atirada a uma distância de uns 15 metros mais ou menos. -– O socorrista musculoso respondeu. -– Ela não foi jogada para muito longe, mas a encontramos de bruços, com os pés virados para dentro, um braço embaixo do corpo e a cabeça machucada junto a uma poça de sangue. -– Dava todas as informações necessárias e o enfermeiro ouvia atentamente.

–- Está desacordada desde lá?- – Observa o corte no supercílio da morena.

–- Sim. Não demonstrou sinal de consciência em momento algum.- – O enfermeiro somente ouviu, eles se afastaram e o homem careca olhou a loira nervosa perto dele.

–- Está com ela?- – Perguntou anotando algumas coisas.

–-Sim, estou.-– Começaram a andar com a maca para dentro do hospital e a loira os seguiu. -– Por favor, eu preciso acompanhar e ficar sabendo do que está acontecendo com ela.-– Observou que o homem dividia a sua atenção às suas palavras e à coordenação do atendimento à morena.

–- Qual o nome dela?- – Perguntou sem olhar para a loira.

–-Kordei. Ashlee Kordei.

–- E o seu nome? – Continuavam andando.

–- Dinah Jane. Eu sou chefe dela. Ela ai ficar bem?

–- Faremos de tudo para que ela fique bem. A senhora tem que voltar para a recepção e fazer o procedimento de entrada dela aqui no hospital. Está com os documentos dela?

–- Sim.

–- Ótimo. Dê a entrada dela, para ficar tudo regularizado, ligue para algum familiar ou pessoa mais próxima disso para ficarem cientes e resolva o que tem que resolver em relação ao acidente e o motorista, essas coisas. -– Ela ouve tudo atentamente, acompanhando a passos largos os enfermeiros. –- Não aconselho ficar esperando na sala de espera, porque pelo jeito, será bem demorado o processo aqui. Mas logo daremos notícias, pode ficar tranquila. -– Ele vira e ouve algo que a enfermeira ao seu lado tem a dizer e balbucia algumas outras palavras. A loira observa Ashlee naquela maca e engole seco. De repente ela sente um braço na altura de seu abdômen.

–- A Senhora não pode passar daqui. Só pessoas autorizadas.-– Outra enfermeira de pele branca e cabelos escuros a impede de continuar. Então ela volta o seu olhar para a maca adentrando aquela porta à sua frente e sumindo pelo corredor. –- O procedimento pode ser demorado, mas manteremos a senhora informada. -– Passou pela porta.

Dinah encosta na parede e passa a mão na testa tentando se manter a calma. Esperou alguns segundos para os seus ânimos amenizarem a euforia e voltou a caminhar em direção a recepção vagarosamente. Andar é um processo complicado para ela agora, já que suas pernas estavam trêmulas e o mundo parecia não para de girar. Esse acidente foi um abalo detestável para a sua estrutura psicológica.

Então ela se deu conta de que o seu abatimento emocional era algo bem simples, caso comparado ao que ela teria de enfrentar agora:

Dar a notícia a Normani.

Resolveu que procuraria o celular de Ashlee na bolsa dela ou no saquinho que foi entregue a ela e pegaria o número da irmã dela para dar essa notícia depois que acertasse tudo na recepção.

Dar esse tipo de notícia é algo que se precisa de preparo para fazer.

–x-

O celular de Normani vibra persistentemente em cima de sua mesa. Mas ela não está lá, está na sala de reuniões ao fim do corredor.

–- Eu estou certa de que isso irá resolver, Kordeiz! Confie em mim!- – O homem loiro de terno azul marinho afirma sentado há duas cadeiras de Normani que solta uma lufada de ar pelas narinas. Ela estava bastante irritada com aquela reunião, porque apesar do problema tratado ali, ela estava morrendo de fome, pois já passara de sua hora de almoço.

–- Ah, é mesmo? -– Sorri sarcástica.- – Porque da última vez que você fez isso não funcionou tão bem como o esperado. Ou melhor, nem funcionou.

-– Mas agora é diferente. -– O homem engole seco ao perceber os olhos cerrados de Normani. -– Eu garanto.

–- Não vou arriscar perder mais um cliente por precipitação. Estamos lidando com pessoas, Davis. Pessoas de verdade com personalidade. Não lidamos com bonecos manipuláveis que fazemos o que quisermos com eles e na hora que quisermos. Entendeu?

–- Mas eu nunca disse isso. -– Rebateu rapidamente.

–- Você não precisa dizer! -– Rebateu mais rápido ainda.

Enquanto isso na recepção...

O telefone toca e uma mulher com aparentemente uns 45 anos de cabelos presos em um coque bem feito atende ao telefone.

–- Enlist HeadHunters, boa tarde.- – Fala educadamente.

–- Boa tarde, Normani Kordei, por favor?- – Fala com a voz um pouco baixa.

–- Ela está em reunião no momento.- – Ouve um suspiro fraco do outro lado da linha.- – Com quem falo?

De volta à sala de reuniões...

–- Não Davis! Eu já disse que isso não funciona. -– O homem tenta abrir a boca para falar algo, mas logo é cortado. –- E não quero mais discutir sobre isso!- – Aponta o dedo para ele. -– E vocês... – -Aponta o dedo para os outros na sala. -– Eu quero ideias novas, ok? O mais rápido possível. Nós já perdemos três clientes para a nossa maior concorrente no último mês. E isso não pode se tornar rotineiro. Eu quero criatividade nessas cabecinhas. -– Respira fundo e junta alguns papéis em sua frente.

–- Qual é o problema em aceitar idéias novas, Kordei?- – Davis aumenta o tom de voz irritado. Normani para  o que está fazendo e levanta os olhos para encarar o homem durante alguns segundos com o sorriso irônico no rosto.

-– Eu nunca tive problemas em aceitar idéias de ninguém. -– Encosta novamente na enorme cadeira que está sentada. Ela respira e tenta relaxar os braços tensos antes de responder. –- Muito pelo contrário, sempre aceitei ideias. Mas ideias boas! Ideias boas, Davis. -– Ela estava respondendo com uma calma sobrenatural. –- Não seja ridículo ao ponto de querer me colocar em saia justa, pois sabe que eu deixo todo mundo dar opinião aqui dentro, tanto é que eu aceitei essa sua ideia idiota da última vez e você arruinou brilhantemente a contratação. -– O homem engole seco, mas não perde a pose. Apoiado nos cotovelos inclinado para frente, para mais perto da morena. - Mas eu sei qual o seu problema, Davis. -– As outras pessoas da sala estão em um silêncio absoluto. –- O seu problema é que você é até um bom líder quando precisa ser, mas não sabe ser liderado. Gosta de ditar regras, mas não sabe segui-las. E é isso que te faz estancar onde você está. Aprenda a ser humilde acima de tudo que você crescerá na vida. Eu vim de lá de baixo, subi degrau por degrau até que estou aqui agora. Você é um bom profissional, tem um poder de persuasão incrível, mas não seja estúpido ao ponto que querer usá-lo comigo. Você sabe que não consegue me atingir, pois o meu poder de persuasão é maior que o seu. Eu sempre tenho argumentos melhores e mais concretos. Mais lógicos. Eu sempre procuro aprender mais e mais a cada dia, com as pessoas ao meu redor e comigo mesma. E é por isso que eu estou sentada nesta cadeira da ponta da mesa de reuniões e você não. -– Levanta-se pegando os seus papéis da mesa. – Reunião encerrada. – Sai da sala a passos largos e segue pelo corredor analisando os papéis. Olha para a secretária que está falando ao telefone e abre a porta de sua sala.

–- Espere, só um momento. -– Diz ao telefone. –- Senhorita Kordei?- – Fala um pouco mais alto para Normani ouvir, a morena recua dois passos para fora com os olhos nos papéis em suas mãos.

–- Diga Nancy.- – Folheou algumas vezes.

–- Telefone para a Senhorita. E...

-– Avise que eu estou em horário de almoço e mande ligar daqui há 02:00hrs. –- Interrompeu e deu um passo adentro pois iria entrar na sala novamente. Mas a secretária falou novamente.

–- Mas ela disse que era urgente.- – Amorena franze o cenho e olha para a mulher sentada há poucos metros de si.

– -“Ela” tem nome?- – A mulher faz o gesto com o dedo para morena esperar um segundo.

-– Desculpe. Qual seu nome mesmo? -– Olha para Normani e fala. –Hansen. Dinah Jane Hansen.

-A morena levanta uma sobrancelha e tenta imaginar o motivo que levou a loira a ligar para ela e como que ela conseguiu o número de onde ela trabalhava. Imaginou que tivesse sido pela internet, ou, se for algo relacionado ao trabalho, ela pediu a sua irmã mesmo. Ou talvez Ashlee mesmo ligasse, pelo fato de ser a secretária dela.

No mínimo é estranho.

-– Passe a ligação para a minha sala, por favor.- – A mulher acena com a cabeça e a latina entra na sala. O seu ramal toca e ela senta-se em sua cadeira logo puxando o telefone do gancho. –- Dinah?- – Pergunta curiosa. A loira congela durante milésimos de segundos, pois a voz de Normani era completamente sexy pelo telefone. Mas logo retornou ao seu foco.

–- Sim, sou eu.- – Limpa a garganta. -– Liguei do meu celular tantas vezes para o seu e nada de você atender. -– A morena sorri com o desespero da loira que ligou para ela sete vezes segundo o seu celular. Talvez ela saiba o real motivo das ligações.

“Quem sabe seja saudades?” Pensou maliciosa.

–- Eu vi agora, estava em reunião, desculpa. Como conseguiu o meu número pessoal?- – Sorri. – -Como você está? -– Fala sorrindo de lado. -– A que devo a honra?

–- Olha, você está fazendo perguntas demais e eu vou ser bem direta, não tenho tempo agora. – -Bufou um pouco e a morena estranhou o modo nervoso que a voz da loira soava. –- Eu não tenho boas notícias.- – Sua voz soou mais preocupada. A morena franze o cenho.

–- Algum problema?- –Dinah suspira.

–- É... A Ashlee.- –Normani se endireita na cadeira e engole seco. –- Ela...- – A voz da loira soa a cada segundo mais preocupante.

–- O que tem ela? O que aconteceu com minha irmã, Dinah Jane? –- Normani  pergunta ficando nervosa.

–- Sofreu um acidente.- –Normania fica imóvel durante alguns segundos.

–- O que? Mas... Mas como? Quando?- – Continua imóvel em sua cadeira. Em choque. Porém, a sua voz está estranhamente calma.

–- Não sei ao certo, deve ter acontecido perto das 11:00hrs. Um ônibus escolar bateu nela. Eu estou no hospital agora. Mas ela está desacordada desde a batida.- –Normani está com os olhos arregalados e a boca aberta ouvindo aquilo. Ela está tentando processar o que a loira acabou de falar para ela. –- Ela está com os médicos onde eu não posso vê-la, estão fazendo exames e mais exames, mas não recebi notícias dela ainda desde que entrou lá. -– A loira percebe o silêncio da mulher ao outro lado da linha e confere se a ligação caiu. –-Normani? Você está aí? –- Volta a falar. A morena sai de seu transe.

- Eu estou indo para aí agora. -– Levanta recolhendo suas coisas. –- Te ligo daqui a pouco no seu celular, vou reservar o meu vôo. –- Desliga sem esperar respostas da loira.  



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