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História The Twin Sister- Norminah - (Cap. 30) Se


Escrita por: wtfuckDaddy

Notas do Autor


acho que esse é o menor capitulo da fanfic

Capítulo 30 - (Cap. 30) Se


O feriado de Ação de Graças estava quase acabando, Normani e Ashlee  convenceram a loira de ir para a casa da mãe dela, pois se a mudança que ela estava desejando para a vida dela estimulasse o afastamento de sua família, não seria saudável. Então elas duas ficaram no Hospital se divertindo e comemorando como podiam esperando Ashlee receber alta. Dinah teve um pouco de dificuldade para encontrar um vôo para ir até Seattle, na casa de sua mãe, pois havia esquecido que a passagem era Ashlee quem iria reservar no dia em que ela sofreu o acidente, mas ainda assim ela conseguiu chegar lá fazendo sua mãe sorrir de orelha a orelha ao ver a filha depois de quase um ano.

– x –

-– Minha querida, escute com atenção o que eu vou lhe dizer agora.- – Milika, a mãe de Dinah, estava sentada ao lado da filha olhando para o horizonte distante.- – Eu conheço você desde que você nasceu. – -Dinah solta uma risada baixa. -– E sei que você gosta de sempre saber de tudo e controlar tudo ao seu redor para que nada saia errado. Mas, minha filha, nem sempre as coisas são como a gente quer que seja.

–- Eu sei mãe. –- Dinah apressou-se em dizer. -– Mas eu não sei o que realmente eu devo mudar. Entende? – -A mãe dela balança a cabeça positivamente. – -Minha cabeça está tão confusa. – -Passa as mãos nos cabelos.

-– Quer uma dica por onde deve começar? -– A loira olha para ela esperando. –- Comece tentando se desprender de algumas preocupações desnecessárias. Pois só assim você terá como pensar em si mesma. –- A loira mais nova abriu a boca para falar, mas foi impedida pelo dedo indicador de sua mãe levantado.- – Não venha me dizer que eu estou exagerando e blá,blá... Não! –- Apontou para a filha. -– Para tomarmos decisões importantes temos de ter tempo para refletir. Mas se você está esperando uma resposta objetiva chegar até você, então você vai ficar esperando para sempre. -– Dinah volta a olhar para o horizonte. -– Corra atrás da resposta, tente, arrisque fazer ou dizer. Seja lá o que for, minha filha. Eu estarei com você. –- Dinah fecha os olhos e suspira.- – Está confuso entender o que é, mas se você não quer dizer do que se trata, respeitarei. Você é jovem, mas é adulta há um bom tempo. E sabe muito bem o que faz. –- Passou a mão no braço da filha e lhe beijou topo da cabeça ao levantar-se para recolher os pratos e copos do lanche que elas estavam fazendo anteriormente.

Dinah sabia que essa mudança era algo que teria de mexer com seus sentimentos, aqueles sentimentos que ela guardou a sete chaves por muito tempo. Viver sozinha, literalmente sozinha, estava lhe fazendo mal e ela sabia disso, mas como mudar isso assim tão de repente?

Mas esse não era o grande problema. Não era mesmo. Ela ainda teria que lhe dar com o fato de sua duvidosa sexualidade estar martelando o tempo inteiro em sua cabeça. Ela sabia que se suas leves (ou não tão leves) suspeitas de que era realmente atraída por mulheres, iriam vir à tona a qualquer hora. E quando isso acontecesse? O que ela faria? E sua mãe? Como reagiria? O resto de sua família? Principalmente aquela que é bem religiosa? Iriam julgá-la de algum modo.

E isso lhe causava arrepios na espinha.

-– Mãe? –- Chamou. Sua mãe estava a alguns metros de distância.

– -Sim?- – Respondeu no mesmo tom.

-– E se eu decepcionar de algum modo com essas minhas escolhas? -– Perguntou receosamente.

-– Decepcionar a quem?- – Milika estava atrás da cadeira da filha enquanto observava ela olhar o nada. Na verdade, elas não precisavam se olhar para se entenderem.

-– Me decepcionar... Decepcioná-la. Decepcionar outras pessoas. -– Ela dizia vagarosamente.- – Eu tenho a curiosidade de tentar descobrir, mas e se...

-– Pare. -– Sua mãe lhe interrompeu com a voz serena.- – Está na hora de praticar o desapego a esse “Se”.

– -Mas, mãe... – -Respirou fundo. -– A senhora não entende o quanto é complicado. -– Fecha os olhos apertados.

–- Não sei sobre o assunto em específico, pois não foi especificado, mas sei que... –- Se aproximou a começou a alisar os fios loiros de sua filha. -– Nós, seres humanos, somos criaturas curiosas e nossa necessidade de informação é enorme e assustadora algumas vezes. A vida é uma série de suposições, seguida por erros e retificações, porque o meio é tão importante quanto o fim.–- A loira mais nova permanecia calada, de olhos fechados e escutando o que sua mãe tem a dizer.- – Se quer um conselho, eu lhe darei.

–- Sim, eu preciso.- – Disse rápido. A loira mais velha riu pelo nariz.

-– Tenha coragem para enfrentar o que vier, mas tenha uma coragem maior ainda para enfrentar você mesma. –- Beijou mais uma vez o topo da cabeça de sua filha e se afastou. -– Afinal, o que de pior pode acontecer? -– Soltou uma risada baixa. –- Nada. Nada pode ser pior do que lutar conta a própria alma.

– x –

Já passavam das nove da manhã quando Dinah estava na sala de reuniões de seu escritório discutindo mais uma vez com Rogers. Ela já não agüentava mais aquele homem o tempo inteiro lhe importunando.

– -Qual a dificuldade de você entender que, aqui dentro, você é meu subordinado?- – Dinah fala firmemente, curta e grossa. Sua paciência havia ido pelos ares. O homem magro, alto, com os cabelos claros bem penteados para o lado ficou paralisado com a pergunta da loira. –- Eu lhe fiz uma pergunta, Rogers.- – Ela levantou-se de sua cadeira e começou a arrumar suas coisas. Ele continuou paralisado, ele não tinha respostas, afinal, ele era mesmo subordinado a ela e lhe devia obediência.-– Já que o nosso colega de trabalho não tem resposta para isso, eu dou a reunião como encerrada.

–- Você não pode fazer isso! –- Rogers eleva a sua voz. –- O comando desse assunto sempre ficou comigo, Hansen. -– Apontou o dedo para ela que agora o encarava com uma expressão séria. -– E você não pode retirar isso de mim desse modo só por que não vai com a minha cara. -– Acusou-a e ela riu pelo nariz.

-– Não que eu lhe deva satisfações, mas quem colocou isso de que eu tenho uma antipatia por sua pessoa, eu não sei, mas pode ter certeza de que não fui eu. -– Falava calmamente.- – E mesmo assim, se fosse verdade, eu não costumo misturar vida pessoal com profissional.

-–Até porque todo mundo sabe que você não tem vida pessoal. –- Dinah que havia abaixado o olhar para a sua caneta que caiu no chão sentiu o seu coração parar por alguns segundos. Maldita hora em que ele usou aquele argumento, logo agora que ela estava confusa consigo mesma e tentando mudar sua vida de algum modo. Mas ela não deixou ninguém perceber o seu desconforto. Muito menos ele.

-– O que eu faço ou deixo de fazer fora daqui não é de sua conta. -– Encarou-o por um tempo, mas depois se abaixou e pegou a caneta que caiu no chão, pois todos que estavam ali não tiveram coragem de ir até lá pegar para ela, afinal ninguém era louco de chegar perto dela neste momento de discussão.

-– Claro que não.- – Sua voz era puro deboche e seu sorriso também. Ela então pega as suas coisas, cumprimenta a todos ali com um aceno de cabeça e sai.

Havia muito para se preocupar naquele escritório, afinal, Ashlee ainda não havia voltado e ela sem a sua fiel escudeira era como um cego no meio de um tiroteio. Ela estava levando trabalho para casa e coisas de casa para o trabalho. Não estava conseguindo conciliar nada.

Sai para pegar um café, ela sente quando ela passa as pessoas ficam tensas, desviam os olhares e até os passos por medo de cruzar com ela. Isso era bom para que o respeito fosse mantido ali, mas ao mesmo tempo era muito ruim, pois todos a julgavam uma bruxa que come criancinhas. Entrou na sala e haviam duas mulheres bebericando os seus cafés.

-– Bom dia, Senhora Hansen. -– Disseram em uníssono.

–- Bom dia.- – A loira responde enquanto pega uma xícara e põe o seu café. De repente ela ouve cochichos e um pigarro ao seu lado. Ela beberica o seu café e vira seu rosto para ver uma das mulheres paradas ao seu lado olhando-a fixamente. -– Posso ajudá-la? –- Perguntou formalmente. Observou a mulher engolir seco.

-– Desculpe incomodá-la mas... – -Limpou a garganta novamente. -– A Senhora tem notícias da Kordei? -– A mulher pergunta temerosa.

– -Sim, eu tenho. Acompanhei sua recuperação. Me perdoem por não falar antes, mas muita coisa aconteceu esses dias e eu, sem ela aqui, fico perdida.- – Esboçou um leve sorriso de lado. -– Houveram alguns problemas, mas ela já está bem melhor. Teve alta hoje cedo e já deve estar em casa.- – As mulheres a olhavam com uma expressão indecifrável, não se sabia se era tensão, respeito, admiração... Ou qualquer outra coisa. – -Avisem aos interessados, por favor. –- As duas assentiram.- – Tenham um bom dia-. – Saiu pela porta. Era estranha a sensação que ela sentia, pois nunca havia conversado por tanto tempo com algum funcionário do escritório sobre algo que não seja profissional.

Talvez esse tenha sido o primeiro pequeno, mas valioso, passo do início de sua mudança.

– x –

Dinah estava no elevador, voltando de seu horário de almoço e organizando, em sua mente, tudo o que ela teria de fazer durante o resto do expediente. Lembrou-se de que ela havia trazido suas correspondências que já estavam acumuladas para dar uma olhada em tudo. Ela estava um pouco preocupada, pois talvez algumas contas a pagar já deveriam estar bem perto do limite de data de pagamento, quiçá, já haviam passado. Mas fazer o que se sua última semana havia sido completamente louca?

Começou a abrir as cartas e, como ela mesma já suspeitava, já estavam bem perto do limite de pagamento, mas não havia nenhuma havia passado o limite. Viu, por fim, viu o envelope marrom, bem maior do que os outros. Começou a rasgar a borda e procurou o remetente, porém não encontrou.

Estranho.

Franziu o cenho e abriu. Olhou dentro e havia um envelope menor, branco. Mais estranho ainda, um envelope dentro de outro. Abriu o envelope menor e pôs o conteúdo em cima da mesa. Espalhando em seguida.

Sentiu o seu coração parar e voltar a bater com tanta voracidade que quase pula para fora pela boca, seus olhos dobraram de tamanho, seu queixo caiu, seu estômago embrulhou, sentiu o suor frio tomar conta de sua pele, sua respiração ficou entrecortada e ela simplesmente paralisou.

Ela ficou olhando o conteúdo do envelope imóvel durante um bom tempo, ela não conseguia se mover.

Ela não tinha reação para aquilo.

Mas que merda é isso? – Falar essa frase foi a única coisa que ela conseguiu fazer diante do que seus olhos estavam vendo.

 


Notas Finais


3, ufaaaa, to pensando se vocês merecem o proximo...
oque sera que a Dinah recebeu, hein?


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