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História The Twins Sisters - It's Over Justin


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 16 - It's Over Justin


Justin POV

Assim que eu cheguei na casa da minha querida sogrinha, o cheiro de bolo que acabou de sair do forno me atingiu em cheio, eu e Alfredo corremos até a cozinha e ela estava terminando de pôr a calda no bolo. 

- Nossa! Que cheiro maravilhoso. Posso comer uns três pedaços? - ela riu, veio até mim e me abraçou.

- Você e o leão no estômago 

- Ei! Estou em fase de crescimento.

- Claro que está - ela riu - por que você não vai pegar o Ben e quando voltar, terá quantos pedaços quiser. 

Saí da cozinha, subi as escadas correndo, entrei no antigo quarto das gêmeas e ele estava dormindo na cama da Juliet. Sorri involuntariamente ao ver aquilo, meu moleque! Quem diria. Deitei ao lado dele e comecei a tentar acordá-lo.

- Ben? - eu o sacudi devagar - eu ja cheguei! Vamos sair? - ele continuou dormindo - Sua avó fez bolo - ele mexeu um pouco - de chocolate - ele continuou dormindo - você realmente não vai acordar? - ele deu um sorriso fraco, mas tentou esconder. Ele tá zoando com a minha cara? - tudo bem! - fiquei de pé e fui até a porta - eu vou comer todo o bolo sozinho, vou ao parque de diversões sozinho e vou ficar sozinho com a mamãe. - na mesma hora ele sentou na cama - olha só! Acordou! 

- Eu não tava dormindo, papai. So tava brincando - ele riu - você é muito idiota - quem ensinou isso a ele? 

- Onde você ouviu essa palavra? 

- Ouvi tio Alfredo chamando o tio Chaz de idiota. 

- Depois eu mato e ninguém entende o motivo - fui até ele e o peguei no colo.

- A vovó fez mesmo bolo de chocolate? 

- Ah sim! Ela fez!

[...]

Ben está imundo. Ele capotou no carro depois que passamos o resto da tarde no parque de diversões, Alfredo parecia mais criança que ele, então, eu era o único responsável ali. 

Assim que cheguei no prédio do Ryan, pedi pro Alfredo pegar a mochila do Ben, abri a porta traseira do carro, tirei o Ben da cadeirinha e o peguei no colo. Fomos para o elevador e subimos pro apartamento. 

Assim que chegamos a porta, Alfredo tocou a campainha e a porta foi aberta por Julie. O barulho estava insuportável, olhei pra dentro do apartamento e so tinham três pessoas no sofá, mas pareciam mil. 

- Juliet me disse que você finalmente resolveu sair com o Benjamin. - disse Julie pegando meu moleque.

- Boa noite pra você também, prenha.

- Tá me chamando de cachorra?

- Se a carapuça serviu.

- Parou os dois! Viemos aqui para declarar paz, não iniciar mais guerras - disse Alfredo fazendo eu e Julie revirarmos os olhos. 

Entramos no apartamento e Alfredo ajudou Julie com Benjamin. Assim que os caras notaram minha presença ali, fizeram questão de ir ajudar também, apenas para me deixar sozinho com Ryan.

- Eu vim em paz - eu disse me aproximando lentamente.

- Tudo bem cara. Precisamos mesmo conversar. Civilizadamente dessa vez. - disse ele e eu suspirei aliviado

- Eu quero pedir desculpas por ter sido um filho da mãe com você - sentei ao lado dele, abri uma das latas de cerveja que tinham ali e tomei um gole. 

- Por favor, entende o meu lado. A Julie tá grávida e é de risco. Não posso continuar nessa vida, pode fazer mal a ela e ao bebê.

- Bro, eu aceito sua decisão. Somos irmãos, sempre vamos apoiar um ao outro. 

- Eu vou estar longe, mas sempre que precisar de mim sabe que pode me ligar. Vou ajudar com os esquemas e principalmente com os papéis de palavras difíceis - eu ri.

[...]

Juliet POV

Eu passei o dia todo trancada no quarto de hóspedes. Não sinto fome, nem vontade de olhar o Justin. Ele sabe o que eu penso sobre essa vida dele e já está na hora de pôr um ponto final nisso, agora ele tem a mim e ao Benjamin, uma família, que ele precisa cuidar.

Comecei a ouvir batidas na porta, mas permaneci em silêncio. Sei muito bem quem está batendo na porta e é exatamente com essa pessoa que eu não quero falar. 

- Juliet! Abre essa porta - Justin disse - as empregadas me disderam que você não saiu do quarto hoje, não comeu nada, o que tá rolando? Eu me preocupo com você, sabia? - claro que se preocupa - abre a porta. Sem segredos, lembra? Somos parceiros. - pude ouvir ele suspirar, mas permaneci em silêncio.

Logo depois, ouvi o barulho da porta sendo destrancada, cobri minha cabeça com o cobertor, porque eu não quero luz alguma no meu rosto. Ouvi a porta abrindo e fechando. Logo depois, a cama afundou e comecei a sentir beijos no meu pescoço.

- Eu sei que está acordada - ele disse e eu permaneci em silêncio - para com isso, Juliet. Me diz por que você está assim.

- Você sabe muito bem - eu disse e saí debaixo da coberta.

- Se eu soubesse não estaria perguntando.

- Eu não quero que você vá buscar a carga hoje. - ele riu e sentou na cama 

- Você só pode estar brincando comigo. Juliet, é meu trabalho.

- Trabalho, Justin? E isso lá é trabalho? 

- Eu tiro dinheiro disso. Considero um trabalho. 

- Você não pode por um minuto pensar em mim e no nosso filho?

- Eu penso em vocês dois o tempo todo, Juliet. Você não vê isso?

- Com você querendo se matar o tempo todo, não. Sai dessa vida, olha só o Ryan, ele tá pensando na família.

- EU NÃO SOU O RYAN - ele gritou e eu suspirei cansada

- Tudo bem Justin. Desculpa. - sentei na cama - prometo não me meter mais nos seus compromissos. 

- Tudo bem! - ele beijou minha bochecha - quando eu voltar, vamos dormir juntos. Eu, você e Ben, ok? - balancei a cabeça afirmando. - Agora, você vai descer pra comer alguma coisa.

- Eu só vou tomar um banho e desço.

- Tudo bem. Eu vou agora e prometo voltar rápido - ele me deu um selinho demorado. - até mais tarde. 

- Eu amo você - tentei esconder a voz de choro.

- Eu vou voltar logo - ele beijou minha testa e foi embora.

Assim que ele fechou a porta, soltei o choro que eu estava segurando. Por que eu sinto que vai acontecer alguma coisa? Quando ele vai me ouvir? 

[...]

 Recebi uma ligação do Ryan e ele me passou um endereço, era um corredor escuro e eu podia ouvir vozes no fim dele, mais especificamente a voz do Justin. Comecei a correr ate o fim do corredor e pude chegar a tempo de ver o Justin todo machucado e encurralado na parede. O cara que estava de frente pra ele, sacou uma arma do bolso e apontou na testa dele. Tentei me mover, mas eu estava travada no lugar. A arma foi engatilhada e o olhar do meu loirinho encontrou o meu, ele falou baixo um "Desculpa! Eu te amo" e logo em seguida ouvi o barulho da arma. 

- JUSTIN! 

Acordei num pulo e sentei na cama com a respiração acelerada. Peguei meu celular e liguei pra ele, só dava caixa postal. Liguei pra todos os meninos e ninguém me atendia. Ja são uma e meia da manhã e ele ainda não chegou. 

Saí da cama, do quarto, desci as escadas correndo e revirei a casa inteira atrás dele e nada, então ainda não chegaram. Fiquei andando de um lado pro outro dentro de casa e assim que a porta abriu dei de cara com o Alfredo. Mas onde está o Justin?

- Ainda acordada? - ele disse

- Onde está o Justin? - eu disse já desesperada.

- Tô aqui - disse o Justin entrando em casa 

- Você tá vivo - pulei no colo dele e ele gemeu - O que aconteceu? - voltei a pôr os pés no chão 

- Nada! Eu só tô cansado.

- Você se machucou? 

- Não pira, Juliet. Tá tarde, vem, vamos dormir. 

Ele me puxou escada acima, entramos no quarto, eu sentei na cama e ele se trancou no banheiro. Tem alguma coisa muito errada em tudo isso .

Ele saiu do banheiro com uma camisa e a calça de moletom. Justin não dorme de camisa, ou seja, está escondendo algo. Ele deitou na cama de costas pra mim e entrou debaixo das cobertas. Eu continuei sentada na cama o olhando o resto da madrugada inteira. 

O sol já brilhava do lado de fora quando ele começou a despertar, se espreguiçou e deu um gemido de dor, virou pro outro lado e tateou a cama me procurando, assim que ele abriu os olhos eu estava sentada o olhando do mesmo jeito quando ele foi dormir. 

- Bom dia! - ele sorriu - acordou cedo.

- Eu não cheguei nem a dormir. Você vai me dizer agora o que aconteceu.

- Não aconteceu nada, Juliet.

- Ah não? Então por que você tá gemendo de dor? Por que dormiu de camisa? 

- Eu devo ter dormido de mal jeito, só isso. E eu estou com frio. 

- Você acha que eu sou idiota, Justin? Tira a camisa.

- Não começa, Juliet.

- Eu mandei você tirar a camisa.

- Você não manda em mim - ele disse e saiu da cama.

- Eu mandei você tirar a camisa - o puxei pela barra da camisa e ele gritou de dor - tá vendo? Agora tira essa porcaria antes que eu rasgue. - ele me olhou visivelmente irritado e tirou a camisa me mostrando os arranhões e o curativo no lado do peito direito. - O que aconteceu com você?

- Eu precisei me jogar do carro numa perseguição e levei um tiro. Nada com que você deva se preocupar, estou bem. 

- BEM? DESSE JEITO, JUSTIN? VOCÊ TOMOU UM TIRO. TEM NOÇÃO DO QUÃO GRAVE É ISSO?

- Não começa.

- POR QUE ESCONDEU DE MIM? E O LANCE DA PARCERIA? DA SINCERIDADE? VOCÊ ESCONDEU ISSO DE MIM.

- Porque eu sabia que você ia dar piti como agora 

- É CLARO. PORQUE EU TE AVISEI PRA NÃO FAZER ISSO. 

- É MINHA VIDA, TÁ LEGAL? SE ME QUISER VAI TER QUE SER ASSIM E PONTO.  - ele foi andando na direção do banheiro - QUE MERDA, NÃO SÃO NEM NOVE DA MANHÃ E JÁ TÁ FRESCANDO - ele bateu a porta do banheiro e trancou.

Eu saí do quarto completamente irritada e bati a porta com força. Ele não pode simplesmente ver que eu quero o melhor? Entrei no quarto de hóspedes que eu estava no dia anterior e me tranquei lá. Sem saco pro Justin.

[...]

DOIS MESES DEPOIS

Acontece com frequência, ou ele chega machucado, ou bêbado, ou drogado, ou com cheiro de mulheres e se eu falo algo, estou me metendo demais na vida dele. Não estou mais aguentando nada disso. Acabei entrando em depressão, estou tomando remédios fortes, Ben só vem aqui nos fins de semana, mas nem ele eu tenho vontade de ver, Julie está com ele porque eu não quero meu filho nesse ambiente. Justin não me entende e acha que eu estou fazendo drama, mas não estou, eu o amo e não suporto vê-lo assim. Saí dos meus pensamentos quando a porta foi aberta e por ela entrou o Justin. 

- Oi baaaaaibe - ele se jogou por cima de mim - eu estava morrendo de saudades.

- Hoje não, Justin! - ele me olhou furioso

- Porra Juliet. Toda vez é isso. Você tem que parar com esse drama maluco. Caralho! Eu sou homem. Tenho necessidades.

- Como se você não resolvesse isso com outras.

- Mas eu sinto falta de você. 

- Então você assume que tá me traindo - ele saiu de cima de mim.

- Você tá sempre de frescura, eu tenho que me aliviar de algum jeito e só a mão não adianta comigo. - eu solucei - pronto. Começou. Quer saber? Fica aí - ele saiu meio cambaleante do quarto e eu fiquei ali me afogando em lágrimas. 

[...]

UMA SEMANA DEPOIS 

Justin POV

Eu tô mancando feio com a Juliet, eu sei, mas eu sou homem, se ela quer ficar de frescura, eu aceito, mas sem me aliviar eu não fico. Peguei um porta retrato encima da minha mesa do escritório e fiquei olhando a foto da minha família. Eu morro de saudades do Ben, ainda não sei o motivo dele não ficar mais aqui. Fiquei admirando a foto da minha família até que eu ouvi o barulho ensurdecedor de várias coisas caindo no chão. Saí do escritório correndo e os caras que estavam jogando vídeo game no sofá estavam tão assustados quanto eu.

Subimos as escadas correndo na direção do meu quarto com a Juliet, tentei abrir a porta, mas estava trancado. Procurei as chaves no meu bolso, mas elas não estavam ali. Coisas e mais coisas iam caindo no chão e eu fiquei freneticamente batendo na porta e pedindo pra Juliet abrir. Depois de um tempo, tudo virou silêncio e eu gelei. Saquei a minha fiel companheira da cintura e dei dois tiros na maçaneta da porta, entrei no quarto e pedi que os caras ficassem do lado de fora assim que vi a Juliet em pé na porta da sacada. Fui andando com cuidado e ela virou na minha direção. O olhar dela me assustou, parecia aquele lugar de gente perturbada, olhei pra mão dela e tinha uma arma. Onde diabos ela pegou isso? Eu fiquei estático a olhando totalmente assustado até que ela sorriu macabra pra mim.

- Oi Baby - ela disse

- O que está acontecendo aqui? - eu disse da maneira mais calma que pude. 

- Nada demais. Só, tô pensando.

- Posso saber no que?

- Que se você quer tanto morrer nesse seu trabalho sujo e suicida, eu mesma posso fazer isso pra você - ela apontou a arma pra mim e engatilhou.

- Juliet, larga isso. 

- Você gosta tanto de brincar com essas coisas, que eu também quero aprender. - eu dei um passo pra frente - NÃO FAÇA ISSO OU EU MATO VOCÊ - ela gritou e eu recuei.

- Baby, sou eu. Seu Justin. Abaixa essa arma 

- MEU JUSTIN? - ela riu mais macabra ainda. - VOCÊ SÓ PERTENCE A VOCÊ MESMO. EGOÍSTA, INSENSÍVEL, CACHORRO, BANDIDO - ela tava com um olhar perdido, perturbado e as lágrimas já caiam pelo rosto dela. 

- Vamo conversar, sem violência 

- Eu tentei, Justin - ela fungou - mas pra você eram apenas dramas de uma chifruda ciumenta e possessiva. - ela foi andando na direção da sacada sem deixar de apontar a arma pra mim - pode ter certeza que a culpa da minha morte é sua - pera aí... Morte?

- Não pira, Juliet. Vem aqui, vamos conversar - ela riu debochada 

- Pra você eu sempre fui maluca, né?

- O que? Claro que não. - Ela sentou no batente da sacada - Não faz isso - eu dei passos na direção dela.

- Eu disse pra você não vir até mim - ela atirou no móvel ao meu lado

- Para com isso. Me perdoa.

- Acabou, Justin! Eu cansei. Mas saiba que eu amei você desde o primeiro segundo em que te beijei, até o último segundo da minha vida. 



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