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História The Twins Sisters - Do Not Mess With Benjamin


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 18 - Do Not Mess With Benjamin


Justin POV

1 MÊS DEPOIS

Eu já tentei de tudo, mas ela não volta. Só volta se eu deixar a minha vida de lado. Mas isso não vai acontecer, ou ela volta pra mim por bem, ou o antigo Justin que ela tanto repugna vai fazer uma visita a ela. 

[...]

Entrei em casa já com o telefone na mão para ligar pro meu advogado. Tentei pela última vez fazer a Juliet voltar, mas ela quer que eu seja ruim, ela quer que eu faça as coisas por mal. 

- Justin! - disse meu advogado assim que atendeu - aconteceu alguma coisa? No que você se meteu agora?

- Eu quero a guarda do meu filho. Resolva isso o mais rápido possível. Leve pessoalmente os papéis para a Juliet e depois me conte com detalhes a reação dela. Fui claro? 

- Você tem certeza disso, Justin? Vai mesmo pôr seu filho no meio disso tudo? 

- Só faz o que eu mandei e depois me diz o valor. - encerrei a chamada e entrei no quarto. Agora é só esperar. 

Juliet POV

Justin liga todos os dias, vem na casa da minha mãe todos os dias, mas eu não vou aceitar voltar até ele se decidir. Não quero mais essa vida cheia de risco e nem muito menos o meu filho nesse meio.

Não consegui pregar o olho a noite toda. Tenho medo do que Justin pode ser capaz, quando ele quer algo, luta de qualquer jeito até que consiga. 

Eram 7 da manhã quando o Ryan veio buscar o Ben para levá-lo a escola, já que é caminho pro trabalho dele. Eu estava terminando de me arrumar para ir ficar com a Julie quando a campainha tocou. Desci correndo e abri a porta dando de cara com um engravatado. 

- Pois não? - perguntei sem abrir a porta por completo.

- Senhorita Baker? 

- Sim, sou eu. 

- Eu tenho aqui uma ordem judicial para que a senhorita compareça a justiça.

- Eu? Mas eu não fiz nada.

- O senhor Bieber entrou com uma ação pedindo a guarda do menor Benjamin Baker Bieber.

Eu fiquei totalmente sem reação. Como ele ousa mexer com o Benjamin pra me atingir? Peguei minha bolsa encima do sofá, saí de casa batendo a porta, peguei o envelope da mão do engravatado, entrei no meu carro e saí cantando pneu na direção da mansão Bieber. Hoje quem vai apanhar é o Justin. 

Cheguei no estacionamento da mansão, estacionei meu carro de qualquer jeito, peguei a droga do envelope, saí do carro e entrei na casa sem bater na porta. 

- Amor! Você por aqui. Que surpresa boa! - disse Justin cínico no sofá com os garotos.

- Você pega a porcaria desse envelope e enfia no seu cu. - joguei o envelope encima dele - Você é um merda Justin. Se está putinho comigo porque te dei o pé na bunda, desconta em mim. Só não vem mexer com o Benjamin. 

- Que porra você fez agora? - disse Chaz 

- O seu amiguinho aí, está pedindo a guarda do Benjamin só pra me atingir.

- E pelo visto deu certo - ele sorriu vitorioso.

- você tem o que na cabeça, Justin? Merda? - disse Chris - eu achei que você tinha amadurecido. 

- Olha Juliet - disse Justin - vamos pro meu escritório conversar melhor.

Saí batendo o pé e entrei no escritório com ele logo atras. Assim que ele fechou a porta, pude ouvir a risada vitoriosa dele. No calor do momento eu fui pra cima dele e dei um tapa bem dado no meio daquela cara incrivelmente linda. 

- Você tá bravinha, paixão. - ele disse com a mão no lado que eu tinha batido - fica sexy assim. 

- Você é sujo. Muito sujo. Que golpe baixo, Justin. Não vou aceitar você querer tirar o meu filho de mim.

- Você o tirou de mim também, lembra? 

- PORQUE VOCÊ É MALUCO

- Baixa a voz dentro da minha casa. A única pessoa que grita aqui, sou eu. - ele sentou na cadeira dele e ficou me olhando - não vai sentar? 

- Tô muito bem em pé.

- Olha Juliet, podemos conversar sobre isso. Entrar num acordo.

- Eu não quero nada com você.

- Então nos vemos no tribunal.

- Você é fichado. Não vão dar a guarda do Benjamin à você.

- Jura? Minha ficha tá limpa. Eu tenho pessoas que por um boa quantia de dinheiro, limpam minha barra e você sabe que dinheiro não é um problema pra mim.

- Eu tô com uma vontade de quebrar a sua cara. Não sei de onde estou tirando força pra não fazer isso. 

- Violência gera violência, baby. Você bate e o tapa volta. Sabe bem disso. Mas como eu estava falando, podemos entrar num acordo. Depende de você. 

- Você é repugnante.

- Vai ouvir a porra da minha proposta ou não? - fiquei em silêncio - vou entender isso como um sim - ele saiu da cadeira dele, foi pra frente da mesa e encostou ali - se você voltar pra cá, eu retiro meu pedido de guarda.

- Você é muito baixo e chantagista

- É pegar ou largar baby. Ainda vou ser bonzinho com você. Quero a resposta até amanhã. Se passar de amanhã, já sabe onde vamos nos encontrar de novo. - respirei fundo

- Não vê que eu só me afastei pelo bem do Benjamin? Olha só a vida que você leva. Vai que algum dia ele vê essas coisas ou sei lá, acontece algo e ele fica traumatizado? 

- Eu sei cuidar bem do meu filho. 

- Você não sabe cuidar nem de você mesmo, Justin.

- Você tem até amanhã para dar a resposta, Juliet.

- Tá! Que seja. Eu volto pra merda da casa. - ele sorriu vitorioso - mas não pense que vamos ficar no mesmo quarto ou que eu voltei com você. Sabe muito bem a minha condição pra que isso aconteça. E antes que pense que estou fazendo isso por você, faço pelo bem do meu filho que é a coisa mais importante da minha vida.

Saí de lá batendo a porta e voltei pra casa da minha mãe. Liguei pra Julie e inventei uma desculpa besta, mas ela me disse que a mamãe estava lá então fiquei mais tranquila. Claro que eu o amo, amo muito. Mas ele não percebe que eu faço isso pro bem dele. Agora eu terei que vê-lo todos os dias com várias putas em casa e aguentar tudo calada. Eu adoraria voltar correndo pros braços dele, mas eu não posso dar o braço a torcer. Dessa vez as coisas têm que acontecer do meu jeito. Eu provei que o amo aceitando ficar nessa vida que ele leva, agora é hora dele provar que larga tudo pra ficar comigo, porque me ama. 

[...]

- PAPAAAAAI - Gritou Ben assim que entrou na casa de Justin e foi logo pros braços dele. 

- Fala campeão. Bem vindo de volta à sua - ele me olhou - casa. Vamos no seu quarto, tenho umas coisas pra você. - ele foi na direção das escadas.

- Ei! Você não vai me ajudar com as malas? - ele me olhou

- Te vira. Eu la tenho cara de carregador de malas - dito isso, a miss simpatia subiu com o Ben.

- Deixa que eu ajudo você - disse Chaz surgindo do nada atrás de mim. 

- Obrigada - eu sorri fraco.

- Bem vinda de volta, Juliet.

- Obrigada Chaz

Ele me ajudou com as malas e eu fui pro quarto de hóspedes que eu costumava ficar antes. Chaz deixou todas as malas lá e saiu do quarto me deixando sozinha.

Quando finalmente eu consegui terminar de arrumar o closet, saí de dentro dele já gritando por um chuveiro. Mas parei no meio do quarto assim que vi Justin ali em pé ao lado da porta. Que diabos esse diabo tá fazendo aqui? 

- O que quer? - ele me olhou

- Ficar numa boa com você.

- Acha mesmo que eu vou ficar numa boa contigo depois de tudo o que fez? 

- A única coisa que eu acho, é que passamos pouco tempo separados para você estar me tratando como se não me amasse mais. 

- Eu amo você! E amo muito. Mas você tem que aprender a crescer e entender que tem uma família que se preocupa com você e um filho que não vai aceitar te ver sempre machucado ou até... Baleado num hospital. 

- Eu também amo você. E amo o Benjamin. 

- Tô vendo bem esse seu amor. Chantagista, egoísta, incompreensível, insensível, imaturo. Isso tudo é egoísmo mesmo ou você tem medo de morrer sozinho? Porque pelo caminho que você está indo, é isso o que vai sobrar no fim pra você. A solidão. Ou não. Talvez você morra antes disso. Torturado, baleado, enforcado, degolado, esfaqueado, ou sei lá mais o que.

- Cala a boca. Você não sabe de nada. 

- É ruim ouvir a verdade, não é Justin? Deveria me agradecer, porque eu sou uma das poucas pessoas que tem coragem de chegar na sua cara e dizer que o buraco que você caiu é bem fundo e quando você chegar lá, ninguém vai querer te ajudar a sair. 

- CALA A BOCA - ele veio pra cima de mim e puxou meu cabelo - quando eu mandar você calar a boca, é pra calar a boca, fui claro? Eu mando aqui. Eu decido como as coisas funcionam. Você só fica quieta e obedece. 

- Me solta.

- Fui claro, Juliet? - ele puxou mais

- Tá doendo, Justin

- EU FIZ UMA PERGUNTA.

- Sim, você foi. Agora me solta. 

- Sim o que? 

- Você só pode estar zoando comigo. 

- Responde Juliet - ele conseguiu puxar mais ainda.

- Sim... Senhor. - ele me empurrou num canto.

- Muito bem. Eu gosto assim. Caladinha e obediente. Você vai ficar aqui agora e só sai com ordem minha.

- Você não vai me prender aqui.

- E você é quem pra dizer o que eu faço ou deixo de fazer? 

Ele pegou a chave atrás da porta e eu tentei pegar da mão dele, mas tudo o que eu levei foi um empurrão. Ele saiu do quarto e trancou a porta me deixando ali. Presa. 

[...]

Acordei com a luz do quarto sendo acesa. Sentei lentamente na cama e olhei pra porta. Justin estava de costas pra mim pondo uma bandeja encima da escrivaninha, assim que ele virou na minha direção, sorriu, como se nada tivesse acontecido. 

- Vim trazer o jantar na cama, baby. 

- Você é um monstro.

- Por que? Tudo o que eu faço é por você. 

- Você é maluco

- Por você. Agora precisa se alimentar.

- Eu não quero nada que venha de você 

- Não me faça perder a paciência, Juliet.

- Eu... Não... Vou... Comer. Deu pra entender ou quer que eu soletre?

- Então não come. Fica aí com fome. - ele voltou a pegar a bandeja e saiu do quarto trancando a porta. Estúpido.

[...]

Acordei com a claridade do sol no quarto. Saí da cama e pude perceber a porta do quarto entreaberta. Fui ate ela, a abri com cuidado, olhei pros lado e não vi ninguém. Saí do quarto na ponta dos pés, mas gelei ao ouvir aquela voz atrás de mim. 

- Onde pensa que vai, baby? - olhei lentamente pra ele e não pensei duas vezes antes de sair correndo. 

- Você não vai conseguir fugir, Juliet. A casa tem seguranças e quando eu botar as mãos em você, você vai apanhar tanto, que vou até te deixar gritar, ninguém vai te ouvir mesmo. Estamos sozinhos hoje. 

Continuei a correr. Tentei sair pela porta de entrada, pela porta do fundos e Justin me seguia andando lentamente. Até que eu me escondi debaixo de uma das camas dos quartos de empregados e fiquei ali, encolhida só ouvindo a voz do demônio.

- Baby, quer brincar de pique esconde? Eu adoro essa brincadeira, sempre fui bom em achar as coisas. - pude ouvir os passos macabros dele - sei que você não fugiu, não tem como fugir de mim. Você é minha. - ele riu assustadoramente - quando eu encontrar você, baby. Minha mão já está coçando. Não sei porque foge, eu amo tanto você. - louco. 

Ele entrou no quarto e eu me encolhi mais ainda no meu canto. Pus as mãos na minha boca, afim de evitar qualquer som que pudesse sair de mim. Pude ver ele passando perto da cama e procurando dentro do armário. Meu coração parecia que ia sair pela boca, eu ja não controlava mais as lágrimas. Estava me sentindo num filme de terror. Os passos dele pararam na cama e meu coração parecia ter parado. Alguns segundos depois, eu pude ver aquele rosto endemoniado olhando pra mim com o sorriso mais aterrorizante do mundo. 

- Eu disse que ia encontrar você, baby. 

Ele me puxou dali sem a menor delicadeza. Ainda bati a cabeça na madeira da cama. Depois disso ele me botou no ombro e saiu me carregando por dentro da casa. A cada passo que ele dava, eu via uma gota de sangue caindo no chão, provavelmente a batida que eu levei, machucou minha cabeça. 

Assim que chegamos no quarto, ele me largou de qualquer jeito no chão, fechou a porta, trancou e virou pra mim. Eu fui me arrastando pra trás até que bati as costas na ponta da cama. Ele veio na minha direção e abaixou bem perto de mim. 

- Eu vou acabar com você, baby. - ele riu. Consegui sentir o cheiro da cocaína misturado com o bafo forte de bebida. Ele está totalmente fora de si. - você vai ficar tão machucada, que nunca mais vai ousar me desobecer de novo.

- Me deixa em paz - eu solucei 

- Está com medo? - ele passou a mão no meu rosto. - lembre-se que eu amo você.

- Não quero seu amor doentio. 

- Alguém ja te disse que você fica mais linda e sexy com medo? 

- Vai pra longe, Justin. 

- Por que você se faz tanto de difícil? Poderíamos estar muito bem agora. Nós três, eu você e Ben.

- Podíamos, se você tivesse feito o que eu pedi. 

- Eu nunca vou largar meu luxo pra ficar pobre com vocês.

- Você ouviu o que acabou de dizer? Prefere dinheiro à familia.

- Sem dinheiro não posso fazer festas boas pro meu filho, pagar um bom colégio, essas coisas.

- Ben pode viver sem festas grandes e num colégio público. A educação daqui é ótima, tanto em escolas privadas como em públicas. 

- Você tá muito afiada pro meu gosto. O que eu falei ontem? EU DOU A PORRA DAS ORDENS E VOCÊ SÓ OBEDECE.

- Eu não sigo ordens de ninguém - ele me deu um tapa na cara.

- Me responde de novo e você leva mais que um tapa. - ele respirou fundo - baby, a vontade que eu tô de te descer o sarrafo, você não imagina. 

- Que amor é esse que você diz sentir? - solucei

- Eu amo da minha maneira. Agora para de chorar que isso ja tá me irritando. Vai ficar sem comida hoje, pra aprender a me respeitar. Deveria agradecer que eu te tirei a comida e não bati em você. Seria bem pior a segunda opção. - ele ficou de pé e foi na direção da porta.

- Eu já disse que não quero nada que venha de você. Prefiro morrer a isso. 

Ele virou na minha direção totalmente endemoniado. Eu me encolhi no canto e ele veio na minha direção, me fez ficar de pé pelos cabelos e quando mais eu gritava e chorava de dor, mais ele me batia. 

- Para Justin - eu soluçava e tentava me soltar dele - me larga. Me deixa em paz.

- EU MANDEI VOCÊ NÃO ME RESPONDER, VADIA! 

Ele me jogou na cama, subiu em cima de mim e continuou com socos e tapas, até que ele socou minha barriga e eu senti a falta de ar, mais um e outro, eu tentava respirar mas não conseguia, comecei a tossir, mas mesmo assim ele não parava por nada, eu já estava mole e sem forças na cama quando ele resolveu parar.

- Você fica muito melhor assim caladinha. Pena que pra você ficar assim, eu tive que conseguir na marra. Você é muito marrenta, baby. Mas eu amo você mesmo assim - ele me deu um selinho e eu mesmo sem forças, consegui virar pro lado e vomitar - mas que porra, Juliet. Olha aí, sujou o chão todo de sangue. Que merda. Você vai limpar isso. Quando eu voltar, quero tudo limpo. Te vira. - dito isso, ele saiu do quarto batendo a porta. 

[...]

Justin POV

Acordei com a cabeça parecendo que ia explodir. Peguei pesado nas bebidas e nas drogas. Sentei no sofá e pus as mãos na cabeça pra ver se aquela dor terrível passava. Peguei meu celular e quase dei um pulo quando vi a hora. Merda, já passou do horário da Juliet comer. Fui até a cozinha, pus um prato reforçado, um copo de suco e uma tijelinha com sorvete caso ela quisesse sobremesa. Subi as escadas com cuidado pra não derrubar nada, pus a bandeja na mesinha do corredor, peguei as chaves no bolso e abri a porta do quarto. Vazio. 

- Juliet? - eu chamei assim que entrei - eu trouxe seu almoço, vem comer. - olhei pro lado e vi uma poça de sangue no chão - mas que porra é essa? JULIET? - ouvi um soluço baixo atrás de mim, me virei na direção do som e ela tava encolhida no canto da parede toda suja de sangue e com várias marcas. - Mas que porra você fez? Tentou se matar de novo? - ela me olhava com medo, muito medo. Ate eu estava ficando assustado - Fala alguma coisa. 

- Eu tô quieta - ela falou tão baixo que eu quase não ouvi - por favor, me deixa em paz.

- O que aconteceu? - me abaixei na frente dela e percebi que ela se encolheu mais no canto - me diz que caralhos aconteceu, Juliet.

- Então você não lembra? - eu gelei. - vou entender isso como um não.

- Lembrar do que? O que é que eu tenho que lembrar? - ela fechou os olhos e encostou a cabeça na parede.

- Nada. Esquece. - a fiz olhar pra mim

- Eu quero saber o que aconteceu. E o que diabos eu tenho que lembrar. 

- Eu saí do quarto, você começou a brincar de filme de terror, me trouxe pro quarto e fez isso comigo. Agora por favor, se não for pedir demais ao senhor, pode me deixar aqui? 

- Eu fiz isso em você? 

- Eu acabei de dizer que sim.

"- Baby, quer brincar de pique esconde? Eu adoro essa brincadeira, sempre fui bom em achar as coisas. Sei que você não fugiu, não tem como fugir de mim. Você é minha. Quando eh encontrar você, baby. Minha mão já está coçando. Não sei porque foge, eu amo tanto você."

"- Você fica muito melhor assim caladinha. Pena que pra você ficar assim, eu tive que conseguir na marra. Você é muito marrenta, baby. Mas eu amo você mesmo assim - ela virou pro lado e vomitou sangue - mas que porra, Juliet. Olha aí, sujou o chão todo de sangue. Que merda. Você vai limpar isso. Quando eu voltar, quero tudo limpo. Te vira. - saí do quarto batendo a porta."

- Eu sei que você mandou que eu limpasse o chão. Farei isso, até amanhã estará tudo limpo. 

Eu a peguei no colo com o maior jeito do mundo, mas ainda sim ela gemeu de dor. Levei-a pro meu quarto, a pus deitada na cama, liguei o ar condicionado e peguei a caixinha de primeiros socorros.

- Não sabia que você faz o tipo morde e assopra - ela disse.

- Eu estava bêbado e drogado. Se eu estivesse normal, no máximo eu puxaria seu cabelo pra te dar um susto. 

- Nossa! Essa informação salvou meu dia - ela tossiu

- Você pode fazer o favor de ficar quieta? E me deixar reparar meu erro de alguma forma? 

Ela ficou quieta e eu comecei a limpar os machucados. Não acredito que eu fiz isso. Como eu fui capaz de fazer algo assim? Eu sou um monstro. Mas eu não consigo deixá-la ir. Eu aprendi a amar a Juliet e não quero mais ficar longe dela. Quando dei por mim eu estava a encarando.

- Por que tá me olhando tanto? 

- Nada! Desculpa. Eu só tava olhando mesmo. - fechei a maleta - pronto. Agora eu vou pegar a bandeja com o almoço pra você comer alguma coisa. 

- Eu não quero. 

- Infelizmente, não é questão de querer. Você vai comer e ponto. 

Saí do quarto, peguei a bandeja, voltei pro quarto, peguei o prato na mão, dei o copo de suco a ela e comecei a dar a comida na boca dela. Ela literalmente devorou tudo, até o sorvete. Pus a bandeja na escrivaninha, fui até a cama e a cobri com o cobertor.

- Eu sei que um pedido de desculpas não resolve, mas eu gostaria de pedir assim mesmo. Então, me desculpe. 

- Tá tudo bem. Agora me deixa quieta, por favor. 

Deitei do outro lado da cama, ela fechou os olhos, eu a puxei para deitar a cabeça na minha barriga e fiquei fazendo cafuné até que ela dormisse. O quanto eu amo a minha família? Muito, daria minha vida por eles. Mas esse amor é forte o suficiente para que eu aceite abandonar tudo por eles? 



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