História The Twins Sisters - Julie Baker... Butler

TRÊS MESES DEPOIS

Justin POV

Hoje é o casamento do Ryan. Juliet está de volta, ela chegou ontem e ficou na casa dos pais dela, a qual o Ryan não me deixou nem chegar perto, o que me deixou muito puto.

- Você ainda não tá pronto? - Ryan entrou no meu quarto com sangue nos olhos.
- Quem vai casar é você, não eu!
- Você é um dos padrinhos. Precisa estar pronto.

Bufei e comecei a abotoar a camisa. A porta bateu com força e eu nem me dei o trabalho de olhar pra trás, sabia que ele tinha saído. Arrumei a gravata de qualquer jeito, até porque eu não sabia fazer aquelas coisas. Dei uma última olhada no espelho e saí do quarto. A festa seria ali mesmo no meu jardim, desci as escadas e logo vi Ryan conversando com alguém e assim que ele se mexeu um pouco pro lado, meu coração pareceu sair e voltar pra dentro de mim. Era ela! Juliet.

- Ela está quase chegando rya... - ela parou de falar assim que me viu.
- Finalmente, Justin! Achei que você fosse se atrasar mais que a noiva! - Ryan disse.
- Juliet! - eu ignorei Ryan e fui na direção dela.
- Oi Justin! - ela sorriu simpática pra mim.
- O que? Eu tô indo aí. Chris, não é hora de comer ainda! Eu mato vocês! - disse Ryan visivelmente nervoso e indo atrás dos nossos amigos retardados.
- você está... Linda! - eu sorri de volta.
- Obrigada! - ela disse se aproximando mais e começando a arrumar a minha gravata - voce precisa aprender a dar um nó direito. - ela deu um último aperto e saiu de perto de mim - agora sim!

Parei para observá-la. Ela estava usando um vestido bem folgado e estava mais gordinha desde a última vez que a vi. Os olhos dela tinham um brilho diferente e ela havia cortado o cabelo. Perfeita!

- O que tá olhando? - ela disse me tirando do transe.
- Você! - eu nunca deixei de ser sincero.
- Ah! - ela sorriu envergonhada. - precisamos ir pros nossos lugares. Julie está pra chegar a qualquer momento.

Dei o braço a ela e fomos até o jardim. Logo a cerimônia começou e todo aquele blá blá blá. Eu nao conseguia prestar atenção em nada a não ser em Juliet. Três meses e ela mudou tanto. Está muito mais bonita que antes. Eu sinto falta da minha amiga e adoraria poder tê-la de volta. Passei a cerimônia inteira olhando a Juliet e não saí um segundo de perto dela quando estávamos na recepção.

- Vai ficar brincando de sombra? - ela disse olhando pra mim.
- Eu estava com saudades, ok? Me deixe!
- Bobo! - ela riu.
- Como você está?
- Bem! Na medida do possível!
- Por que não volta a morar aqui?
- Eu estou bem no Brasil. Consegui um emprego e até estou namorando - eu travei.
- Como assim namorando? - ela gargalhou.
- Eu estou brincando! Só quis ver sua reação.
- Não achei engraçado! - pus meu braço por cima do ombro dela e fomos andando até uma parte afastada da festa.
- Justin!
- Hum?
- Precisamos conversar.
- Eu sei! Só não quis forçar a barra. Quer ir a algum lugar?

Ela foi nos guiando até a praça que tem perto da minha casa. Me certifiquei que a arma estava em minha cintura, já eram um pouco mais de uma da manhã e ali é perigoso.

- Eu tenho umas coisas pra te falar - ela disse me puxando pra sentar perto dela.
- Sou todo ouvidos.
- Por que te incomoda tanto que eu namore?
- Não me incomoda. É só que... - droga Justin. Pense! - bom... Sabe que eu sou meio possessivo - ela arqueou uma das sobrancelhas e eu bufei - tá... Eu sou um pouco - ela me olhou novamente com a mesma cara e eu já tava me segurando pra não dar uns tapas nela - tá bom Juliet, eu sou muito possessivo, extremamente possessivo. Satisfeita?
- Muito! - ela sorriu vitoriosa. Vadia.
- Se já estamos conseguindo ficar no mesmo lugar, juntos, por mais de um segundo... Por que não volta?
- Gosto de onde moro, gosto do clima e principalmente do modo como eu estou me encontrando. Estar sozinha as vezes é bom, você começa a se conhecer mais.

Ficamos ali conversando bastante, rolaram uns beijos, mas eu sei que foi coisa de momento e que ela não cederia tão fácil assim. Por mais que eu quisesse que ela cedesse.

- Você pensa em ter filhos? - eu olhei pra ela com a testa franzida.
- Que tipo de pergunta é essa?
- Uma normal como qualquer outra. Apenas responda.
- Eu não sei! O mundo em que escolhi viver me priva de muitas coisas, filho é uma delas. Mas não é que eu não queira, eu adoraria ter um filho, mas acho que isso nunca vai poder acontecer. Posso saber o por que da pergunta?
- Nada! Foi só uma pergunta boba! - ela disse e ficou de pé - eu preciso ir! Já está tarde!
- Posso te dar uma carona?
- Não precisa! Eu sei o caminho da casa dos meus pais. Boa noite e bom fim de festa, Justin! - ela beijou meu rosto e logo sumiu da minha vista. Será que eu fiz besteira de novo?

Voltei pra festa e sentei na mesa com os caras. Eles conversavam sobre algo, eu apenas peguei a garrafa de whisky que estava na bandeja do garçom que passava e um copo também, enchendo-o logo em seguida e bebendo como se fosse água.

- Calma aí dude! Vai acabar bêbado. - disse Alfredo rindo.
- Espero que eu fique mesmo!
- Onde está Juliet? Eu ouvi quando ela te chamou de sombra - Chaz disse fazendo todos rirem, mas eu permaneci sério.
- Alguma coisa errada, irmão? Você parece... Pensativo. - Chris disse me olhando preocupado.
- Ryan, você sabe de algo sobre Juliet que eu não sei e deveria saber? - Ryan me olhou, tomou mais um gole da bebida e negou com a cabeça.
- Ora Ora! Se não é meu querido amigo Bieber e sua gangue. - Eu apertei o copo com força e quase o quebrei. Levantei da cadeira e fui virando lentamente enchendo meu pulmão de ar e tentando manter a calma.
- Steve! Quanto tempo! O que faz aqui?
- Vim parabenizar meu grande amigo Butler pelo casamento. E dizer que você foi esperto, mas vai perder essa sua pose de chefão.
- Oh! - eu ri debochado - você já sabe da carga? Um dia da caça e outro do caçador. Você tem que aprender que nesse jogo um ganha e o outro perde, tem que aceitar quando perde, não sei como ainda não aceita, já que o melhor sempre sou eu e você só se fode. Agora saia da minha casa, você não é bem vindo aqui.
- Pode ficar tranquilo. Só vim dar um aviso. Sorria enquanto é tempo, porque eu vou arrancar cada dente seu com um alicate e isso não vai demorar muito. Fique esperto, Bieber! Durma com um olho aberto e outro fechado... Ou melhor, durma com os dois abertos e seus capangas ao seu lado. Você vai precisar.

Ele disse e foi embora. Pra mim aquela festa já tinha chegado ao fim. Sorte que poucas pessoas haviam notado o que tinha acontecido ali. Me despedi de Ryan e fui pro meu quarto. Preciso dormir.

Juliet POV

Entrei em casa e fui direto pro meu quarto. Tirei meu vestido e fiquei só com a lingerie. Fui até o espelho e pus as mãos na minha barriga, que já está bem crescida, mas não dá pra se notar muito, mesmo estando de cinco meses. Estou esperando um menino, vou chamá-lo de Benjamin. Sorri boba para minha barriga e fui ate o banheiro. Hora de um banho bem relaxante e depois, cama.
Julie estava maravilhosa em seu vestido branco de renda, fiquei imaginando se fosse comigo e no quanto eu quero que isso aconteça um dia. Meu pai não é a favor do casamento, mas estava lá, porque ele vê que minha irmã está feliz. Minha mãe descobriu a minha gravidez e está indo pro Brasil ficar comigo quando eu fizer sete meses, ela vai me ajudar até eu conseguir me recompor depois do nascimento do Ben. Julie será madrinha e bom... Eu não quero que meu filho nasça sem o nome do pai numa certidão de nascimento, então, Ryan me fez prometer que eu contaria ao Justin, mas se ele não aceitasse, Ryan assumiria Ben como filho dele. Julie, à princípio não gostou nada dessa ideia e nem eu, mas depois de muita conversa, acabamos aceitando. Julie adorou saber que eu iria morar com eles assim que Ben completasse um ano e bom, depois de hoje, se depender de mim, Justin nunca saberá que Benjamin é seu filho.

- Juliet? - ouvi a voz da minha mãe. Desliguei o chuveiro, pus o roupão e saí do banheiro.
- Oi mamãe! - sorri para ela.
- Vim ver como você está.
- Bem! - sentei na cama.
- Como foi com Justin? - ela sentou ao meu lado
- Bem, até ele dizer que não iria querer ter um filho nunca.
- Ele negou Benjamin?
- Não! Na verdade, ele não sabe de nada ainda e nem vai saber.
- Você não pode privá-lo de saber da existência de Benjamin.
- Mas eu vou. Principalmente depois do que ouvi dele.
- Você está de cabeça quente. Talvez mude de ideia depois.
- Não mamãe! Já estou bastante decidia. - ela suspirou.
- Tudo bem. Não vou insistir nesse assunto. Sabe que pode contar comigo pro que precisar. - eu a abracei.
- Obrigada, mamãe!
- Agora descanse! - ela me ajudou a deitar e me cobriu.
- Tudo bem!
- Amo você! - ela deu um beijo em minha testa.
- Também te amo!

Ela saiu do meu quarto e eu demorei a dormir. Eu sei que é errado esconder isso do Justin, mas depois do que ele me disse hoje, provavelmente mandaria eu tirar a criança e quando eu negasse isso, ele me chutaria pra casa do caralho e ainda diria que o filho não é dele já que eu sou uma vadia como ele costuma me chamar.

[...]

Julie POV

Eu estava inquieta na cama, enquanto Ryan estava no milésimo sono. Amanhã estamos indo até Paris, vamos passar uma semana de lua de mel. Mas eu me preocupo com a Juliet. Ela insiste em não querer contar pro Justin sobre Benjamin e ainda por cima, Ryan se ofereceu para assumir a criança... Mas ele é padrinho de Benjamin, então, acabaria sendo um segundo pai, mas... Sei lá, ainda acho que Justin deveria saber sobre a gravidez. Senti o braço de Ryan me apertar mais no abraço e logo depois os beijos maravilhosos no meu ombro.

- Não consegue dormir, senhora Butler? - não consegui segurar o sorriso bobo.
- Vai ficar me chamando assim o tempo todo? - olhei pra ele.
- Sim! Gosto de saber que agora meu sobrenome está em seu nome.
- Bobo! - eu ri e dei um selinho nele.
- Agora fala. Por que não tá conseguindo dormir?
- Estou preocupada com Juliet.
- Em falar em Juliet, lembrei de algo que Justin comentou comigo hoje antes do Steve aparecer. - ele sentou na cama e encostou o corpo na cabeceira da cama e eu fiz o mesmo.
- Algo sobre a gravidez dela? Então ele já sabe?
- Não! Ele não sabe de nada... Ainda. Mas ele me perguntou se eu sabia de algo sobre Juliet que ele deveria saber.
- E o que você disse?
- Não! - revirei os olhos - Ah qual é Julie. Isso é história deles dois, não vou me meter. Eu sei que a sua irmã tá exagerando até demais em não contar a ele, mas o filho é dela, então, eles que se resolvam. - suspirei.
- Você tem razão. Desculpa! - deitei minha cabeça no ombro dele - Por que Justin tem que ser assim? Ele podia ser mais como você e fazer minha irmã feliz, assim como você me faz feliz.
- Eu te faço feliz? - olhei pra ele e vi o sorriso gigante que estava no rosto dele.
- Claro que faz! Se não fizesse, não estaríamos aqui casados - ele me puxou pro colo dele.
- Eu amo você! - eu sorri boba.
- Acho impossível amar mais que eu. - ele me olhou, arqueou uma das sobrancelhas e riu.
- Posso passar a noite toda aqui dizendo que isso é mentira. - eu ri e o beijei. Meu bebê.

Justin POV

Tem alguma coisa de errada com Juliet e não querem me dizer, mas eu vou descobrir, que parte do "ela é minha amiga e eu me importo com ela" que as pessoas não conseguem entender?
Saí da cama e do quarto, estava decidido a ir atrás da Juliet e descobrir o que estava acontecendo. Desci as escadas correndo e a sorte que todos estavam dormindo. Quando passei pelo sofá as luzes da sala acenderam e eu logo apontei minha arma na direção da pessoa que estava atrás de mim.

- SUA RAPARIGA! TEM NOÇÃO QUE EU PODIA TER ESTOURADO SEUS MIOLOS, FILHO DA PUTA? - gritei pondo minha arma de volta na cintura e passando a mão no cabelo
- Posso saber onde vai a essa hora da noite? - disse Chaz tranquilo encostado na parede perto da entrada da cozinha.
- Não te interessa. - eu fui até a porta e tentei abrir, mas estava trancada. Virei pra ele com a melhor cara feia que eu consegui fazer.
- Tá procurando isso? - ele levantou o chaveiro com a chave da porta. - Tenho ordens para não deixar você ir atrás da Juliet.
- Mas que porra. Essa casa é minha. Eu tenho as chav... - eu bati nos meus bolsos procurando as chaves e Chaz começou a rir. Eu bufei - me devolve minhas chaves, Charles.
- Não! Você vai subir, voltar pro seu quarto e dormir.
- Você pensa que manda em mim? O que vocês sabem que eu não sei? O que a Juliet tem?
- Eu não sei de nada, apenas estou seguindo ordens.

Subi as escadas batendo os pés como criança que não ganhou o doce, mas não vai ficar assim, eu saio pela janela. Óbvio.

- Ah, Justin! - eu olhei pra ele com cara de cu. - Se estiver pensando - ele começou a imitar minha voz - vocês são muito idiotas, eu pulo a janela. - ele voltou a falar normal - saiba que Ryan não é tão burro quanto parece e também trancou a sacada do seu quarto e a de todos os lugares que você possa pensar em sair.

Voltei a subir as escadas mais puto do que eu já estava. Eles pensam que eu sou uma criança? Entrei no meu quarto e bati a porta. Me joguei e fiquei pensando no que poderia estar acontecendo com Juliet.

Acordei com a luz do sol queimando minha cara, mas eu tinha fechado as cortinas. Abri os olhos e virei pra deitar com a barriga pra cima, coçei os olhos e pulei na cama ao ver Ryan parado na minha frente. Eu bufei.

- Bom dia, bro. Dormiu bem? Soube que você queria ir atrás da Juliet ontem.
- Você pensa que eu sou moleque, Ryan? - sentei na cama - Que ideia infantil foi aquela de me trancar na minha própria casa?
- Juliet não quer você por perto. Só estou atendendo um pedido dela.
- Você é meu amigo, não dela.
- Exatamente! Sou tão seu amigo que tô assum... - ele parou e continuou logo em seguida - que tô impedindo você de se magoar mais, por magoar alguém que você considera amiga.
- Você ia dizer algo antes!
- Não ia não! Eu só vim te acordar pra me despedir. Tô indo pro aeroporto com Julie e embarcamos daqui a duas horas. Nos vemos em uma semana, dude!
- Boa Viagem!
- Obrigado! Juízo pra você - ele saiu do meu quarto e eu bufei.

Juliet POV

- Quero que se divirta bastante e tire várias fotos, óbvio. - abracei Julie.
- Eu irei. E você... Cuidado na volta pra casa e cuidado no meu afilhado - ela beijou minha barriga. - me mande mensagem quando chegar em casa e assim que der, eu respondo.
- Tudo bem! Boa viagem!
- Obrigada!

Ela abraçou nossa mãe e depois saiu de casa, entrando no táxi e indo pro aeroporto encontrar Ryan. Sentei no sofá e tombei a cabeça pra trás, fechando os olhos.

- Algum problema, filha? - minha mãe sentou ao meu lado.
- O que eu fiz de errado pra receber esse castigo?
- Mas um filho nunca é um castigo, meu amor. - olhei pra ela.
- Não estou falando do Ben! - pus as mãos na minha barriga - estou falando do pai dele.
- Ah! Mas você sempre teve uma queda por esse rapaz.
- E ele nunca sentiu nem cócegas por mim. Por que o amor é tão cruel?
- Não pense nisso!

Voltei a fechar os olhos e a campainha tocou. Senti minha mãe sair de perto de mim e logo depois a porta foi aberta e eu só ouvi passos fortes. Abri os olhos e meu coração pulou ao ver a pessoa na minha frente. Justin!

- Você vai agora me dizer que porra tá acontecendo pra todo mundo me tratar como moleque! - arregalei os olhos. Merda!