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História The Virtuoso and The Maven of The Strings. - (EDITANDO) - O Jardim das Espirais


Escrita por: HimariTsukyi

Notas do Autor


Ufa demorou mais saiu.
Olá leitores :3, primeiramente gostaria de pedir desculpas pela demora para postar, fiquei 3 dias sem internet e isso atrapalhou muito na finalização do capitulo principalmente para buscar referências. Agora a respeito do capitulo, daqui para frente na fic vão ter outros pontos de vista de personagens, ou seja mais alguns personagens Ionianos principalmente, vão aparecer na história com mais frequência.
Sugestões? críticas? Deixe seu comentário é sempre muito bom ler a opinião de vocês para melhorar.
Os erros serão corrigidos.
Boa leitura e até o próximo. <3


OBS: Em caso de " ( aspas ) = fala de personagem
Em caso de letra em itálico ( inclinada )= pensamentos ou flash backs.
Em caso de letra sublinhada= textos.
E em caso de letra em negrito inclinada = diferenciação dos pensamentos de personagens que estão muito próximos no texto.

Capítulo 5 - O Jardim das Espirais


Fanfic / Fanfiction The Virtuoso and The Maven of The Strings. - (EDITANDO) - O Jardim das Espirais

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Nas montanhas ao sul de Iônia um local sempre nevado, havia um templo bem longe de Tuula. Uma jovem mulher meditava sobre uma esteira de bambu, na frente um grande altar. Velas eram queimadas ao redor de uma estátua de pedra, oferendas para as divindades protetoras de Iônia. Seus longos cabelos negros e lisos desciam pelas costas como uma cascata e em seu corpo ela usava um belo quimono verde com estampas florais. Um incenso de ervas diversas que a própria jovem havia preparado era defumado no local. Com seus olhos fechados estava concentrada.

 

Equilíbrio..hm.. - Um suspiro profundo e respiração coordenada.

 

Tudo para ela passava lentamente, podia ouvir claramente os sons mais imperceptíveis do ambiente. Após algum tempo, o portão do templo que estava atrás dela se abriu com um estrondo, uma brisa fria entrou e um homem de vestes anis adentrou o espaço sagrado. Ele estava perturbado e agitado.

 

“Akali! Preciso falar com você!” - Shen caminhou em direção da mulher. Ela pegou a Kama à sua frente brandindo-a e arremessou na direção do homem cortando o ar com um som afiado, ele por sua vez desviou com precisão mas por pouco podendo o acertar.

 

“Boa mira, quase me acertou. Tenho um assunto urgente para falar com você.. mas….hum...que fedor é esse no ar?” - Akali se levantou sobre os tamancos de madeira, ajeitou seu obi e virou-se para Shen encarando-o com seus olhos penetrantes. Ela tinha um corpo de estrutura bem definida pelo rígido treinamento que se submetia, belos olhos castanho claros de formato amendoado e uma pele levemente dourada. Ao todo um conjunto delicado, mas a delicadeza era só mera aparência. O punho das sombras fora um grande prodígio da Ordem Kinkou antes do assassinato de Kusho e da invasão de Zed e seus discípulos das sombras. Era uma assassina dotada de precisão e disciplina inquestionáveis e já havia matado muitas pessoas em nome do equilíbrio de sua doutrina.

 

“Vejo que me encontrou...”- Ela andou na direção de Shen com um leve sorriso, contornou o homem e pegou uma de suas kamas que havia ficado fincada na parede próxima ao portão.

 

“Perdoe pelo inconveniente...sei que você queria um tempo para si mesma após...aquilo...mas eu precisava falar com você...”- Ele puxou a máscara que cobria metade de sua face. Um homem de feições orientais, pele dourada como a de akali, olhos negro azulados e um semblante sério.

 

“Estou aqui..”- Pegou a outra Kama que estava de frente para a estátua, curvou-se em reverência a divindade do templo e novamente se virou para Shen. Ele estava transtornado não pronunciava nenhuma palavra.

 

“Você entra no templo em que medito, interrompe minha concentração, diz que tem algo importante para falar comigo mas se cala! E como se não bastasse ainda critica o meu incenso!” - Os olhos de Akali fuzilavam Shen que manteve-se sério. Aquilo não era normal, geralmente ele riria da situação ou, pelo menos, falaria algo para descontrair. A garota relaxou a expressão raivosa e falou com preocupação:

 

“O que houve Shen? Aconteceu alguma coisa?”- Ele retirou do bolso da vestimenta um papel dobrado ao meio, abriu-o e o entregou para a ninja. Era a página recortada de um jornal famoso Iôniano, nela havia a foto da residência de um influente homem de Zhyun. Na manchete estava escrito:

 

MASSACRE EM ZHYUN- ONDA DE ASSASSINATOS SEM EXPLICAÇÃO.

(…) foram encontrados ao todo 14 corpos numa propriedade do Barão de Yamamoto (…)

 

Akali leu um pequeno trecho chocada, logo após analisou a imagem da reportagem. Os vidros da mansão estavam destroçados e o portão havia sido destruído por algo que parecia ter sido uma explosão. Na janela do segundo andar outro vidro quebrado e telhas ao ponto de cair.

 

O assassino teria fugido por ali..?- Pensou observando as telhas.

 

“Olhe isso! Outro assassinato! E nenhuma pista do culpado novamente... Havia quase que uma dúzia de cadáveres perfurados por lâminas curvas, todos eles estavam em um estado deplorável e ainda um garoto de não mais de 17 anos...ele...estava com uma lança fincada em seu peito..cravado contra o chão...horrível...- Shen apertava os punhos com ódio.

 

“E os patrões?”

 

“Foram mortos. O mais intrigante é que quando encontraram o homem e sua esposa que aparentemente eram o alvo principal, eles tinham perfurações de bala em seus corpos, assim como um dos guardas encontrados na frente do portão que explodiu. Os iônianos não utilizam armas de fogo Akali!”- O corpo do ninja tremia com os traumas do passado, ele havia lidado com outros assassinos mas não lembrava de mortes tão horrendas desde o Demônio Dourado.

 

“Balas?.. Em Iônia? Possivelmente isso pode ter sido um assassino de outra região,  alguém de Piltover talvez. Você já falou do caso com Kennen? Ele pode ter uma resposta para isso.”- Akali tentava criar hipóteses para o caso.

 

“Ainda não, mas pretendo. Não faço ideia de que tipo de arma possa ter feito isso. Tenho experiência com lâminas e armas forjadas em aço no geral mas não armas de fogo. Não tenho base para dizer se foi uma arma piltoviana.. Ainda sim, Piltover não costuma ter assassinos de aluguel.”

 

“Talvez o assassino seja um noxiano que adquiriu uma arma piltoviana. Um especialista em armas de fogo poderia ajudar.”

 

“Demoraria tempo demais. Em Iônia pelo que sei, não há produção de armas de fogo ou especialistas nelas. Pretendo viajar até Zhyun e descobrir mais informações sobre os corpos através do Legista encarregado do caso.”- Shen fechou os olhos tentando se acalmar. Novamente aquilo estava acontecendo, outro louco. As mãos de Akali foram até os ombros de Shen, o corpo dele parou brevemente de tremer, ele ergueu a cabeça para ela com um olhar desolado.

 

“É tudo minha culpa.. não consegui manter o equilíbrio que meu pai estabeleceu, não consegui punir Zed e impedi-lo de destruir a Ordem...talvez essa seja minha sina...ser uma desonra para vocês e para meu pai....”- Shen sentia raiva e impotência por não prevenir que algo assim acontecesse, e ainda havia Zed, seu mundo estava de cabeça para baixo.

 

“Pare Shen! Você é o Olho do Crepúsculo! Você junto de seu pai e Zed, quando este ainda não estava sedento por poder, trouxeram plena paz para Iônia. A paz nunca é eterna em Runeterra, por isso estamos aqui. Vivemos para preservar o equilíbrio que não pode ser mantido por si só, manter a balança da luz e das trevas para que nenhum dos lados se sobressaia. Nós desvendaremos esse caso, eu irei com você até Zhyun!” - O rosto de Akali estava cheio de determinação e um sorriso confiante surgiu nos lábios dela, Shen retribuiu o sorriso.

 

Obrigado..

 

 

 

 

Acordou com o sibilo dos pássaros, seus cabelos estavam desgrenhados cobrindo parcialmente o rosto. O sono havia sido inquieto, acordara diversas vezes com lembranças do dia anterior. Sona se sentou na beirada da cama ainda com a vista embaçada, bocejou e espreguiçou levantando, em seguida foi até a janela olhar a paisagem. O dia estava bonito, céu azul, uma brisa agradável e algumas nuvens. O povo de Tuula mesmo bem cedo já estava agitado, algumas pessoas andavam apressadas pela rua abaixo do prédio, provavelmente indo ao trabalho.

 

É..Hoje..no Jardim das Espirais..será que devo ir…? De qualquer modo ele ainda é um estranho, não é?

 

Foi até a cômoda ao lado da cama, lá havia a carta e a rosa que tinha recebido. A flor estava com as pétalas ainda belas e a cor num vivo vermelho, o perfume suave e profundo podia ser sentido como na noite anterior. Avistou a prateleira ao lado da cômoda, se esticou pegando um potinho com pinceis. Quando ela não tocava gostava de pintar mas não levava muito jeito, seu forte era a música. Retirou os pinceis de dentro do recipiente de vidro e foi ao banheiro o enchendo com água, voltou ao quarto e pôs a rosa lá dentro sentando-se depois. Admirava a flor na mesa enquanto não conseguia parar de pensar no que havia ocorrido na biblioteca, havia lido e relido aquela carta inúmeras vezes, era tudo tão esquisito.

 

Ele é tão estranho.. tão misterioso. Por que ele age daquela forma? Por qual motivo ele me chamaria para o jardim..? Só para me agradecer..? Parecia um convite amigável. Não sei por que mas sinto vergonha perto dele. Parece que o olhar dele me julga em silêncio..o que será que ele pensa?

 

Sem respostas para as próprias perguntas, decidiu se render a aquela situação. Foi até o canto do quarto, abriu seu guarda-roupa e tirou um vestido do cabide. Era branco e rendado, a saia era feita em um material similar a seda e na cintura uma faixa azul que podia ser amarrada em um laço nas costas. Ele não estava amarrotado poderia usá-lo perfeitamente.

 

 

Talvez não seja certo, Lestara não aprovaria mas..eu quero vê-lo ..desde Zhyun queria poder conversar com aquele homem. Qualquer pessoa em sã consciência não iria...estou sendo inconsequente demais?- Foi para o banho se arrumar para o encontro.

 

 

 

 

Como pude ser tão distraído …- Jhin estava no quarto da pousada. Acordou durante a noite lembrando de um fato que ocorreu no dia anterior: Ele havia assinado a lista de visitas da biblioteca. Qualquer um que olhasse a lista poderia saber que ele passou por ali. O bibliotecário não se lembraria do seu nome, centenas de pessoas passavam no local diariamente e ele era apenas mais um. Porém, aquele registro poderia por seu disfarce em risco e caso descobrissem que estava em Tuula acabaria tendo que mudar seus planos. Jhin fechou os olhos e começou a imaginar terror e horror alheio como resultado da descoberta de sua presença em Tuula.

 

 

O demônio dourado está solto! Pessoas gritando com medo de sair nas ruas ou mesmo ficar dentro de suas residências. A ordem Kinkou coberta de mais caos, Zed e Shen entrando em conflito mais uma vez dispostos a me capturar, os Wuju impotentes e durante esse tempo só haverão mais vítimas de um destino inescapável, meros fantoches aquém do meu talento aguardando o encenador guiá-los para o apogeu do seu ser.. Uma verdadeira ópera de morte. Infelizmente para alcançar meu objetivo, retornar agora ao conhecimento de todos não seria apropriado, devo esperar um pouco mais…distrair um pouco a mente…e destruir aquele livro..

 

 

Jhin verificou sua mala e viu que em breve acabaria tendo de voltar para Zhyun, sua moradia principal se encontrava lá e sem sua oficina não poderia produzir munições para a Sussurro. No pacote haviam pelo menos mais uns 20 pentes de munição, cada um deles com 4 balas. Talvez não fosse suficiente..matar um sacerdote não é uma tarefa simples, além da necessidade de um planejamento completo desde a rotina do monge até detalhes da identidade dele e suas capacidades, caso ele fosse capaz de usar magia para se defender poderia ser um pouco mais complicado mas aquilo não o intimidava. Já havia matado todo tipo de pessoa e para ele o planejamento era a chave do triunfo.

 

Matar ele será um trabalho interessante.. - Mais tarde iria atrás de um informante sobre o sacerdote da região de Navori. Jhin começara a perceber que seus planos para Sona acabariam tendo que esperar um pouco, havia muito trabalho a ser feito e não poderia dar a devida atenção a apresentação dela. Seria um grande desperdício matá-la de qualquer maneira por falta de tempo, ela merecia sua atenção especial.

 

Posso terminar com ela após um tempo, não agora. Agora, devo trazê-la mais para perto de mim, estabelecer confiança para que ela não fuja enquanto eu sair de Tuula. Urdir esse capítulo final me excita..quando ela descobrir que não sou quem ela pensa que sou será o momento perfeito.

 

Estava animado para começar a encenar aquele final trágico para ela. Retirou da bolsa uma camisa branca e uma calça azul escura e foi para o chuveiro, tomou um banho rápido e se vestiu. Com a toalha tirou o excesso de água dos fios e passou os dedos os desembaraçando, os cabelos ainda estavam úmidos mas não havia tempo para se ajeitar se não iria se atrasar. Ele não havia especificado um horário para eles se encontrarem mas tinha esperança que ela fosse cedo para lá, caso não, ele aguardaria ela por um tempo para que chegasse. Pegou o sobretudo preto que mais parecia uma capa e saiu para o encontro.

 

 

Sona caminhava com o Etwahl flutuando ao seu lado. Era uma visão um pouco estranha e engraçada ao mesmo tempo, enquanto muitas jovens na idade dela passeavam com animais, amigos ou o namorado, ela estava com um instrumento flutuante. Chegando ao local havia um muro de pedras negras com um portão de metal e trepadeiras na entrada, uma placa de madeira talhada mostrava:

 

Jardim das Espirais

 

Atravessou o portão entrando no Jardim, logo de cara podia se perceber que era um local extraordinário, venusto e de uma beleza sem igual. Alguns metros da entrada havia um túnel de wisterias violetas, rosas e brancas, uma vinha oriental tradicional dos jardins de Iônia, o canto dos pássaros dava um toque de magia ao local. Sona se perdeu no encanto do jardim, caminhou lentamente sobre o gramado inspirando o ar perfumado das flores acima dela. O arco de wisteria era extenso e com as cores perfeitamente alinhadas propositalmente para se criar uma ilusão de ótica de uma grande espiral que ia girando conforme os visitantes passavam por ele.

 

Então...esse é o motivo do nome- Sona sorriu.

 

Quanto mais adentrava no túnel mais encantada ficava. Ao final uma imensa clareira exibia um lago cristalino com algumas plantas aquáticas entre elas flores de lótus, por cima do lago, uma ponte branca que ia de uma margem até a outra da clareira. Não havia ninguém no local somente ela. Do outro lado da ponte encontrava-se um banquinho e a entrada para um bosque.

 

Acho que eu cheguei um pouco cedo demais…- Atravessou a ponte branca indo para o outro lado. O banco ficava de costas para a travessia que havia feito, ele era confeccionado de toras de madeira deitadas e polidas de forma que os visitantes pudessem se sentar.  Sentou-se deixando o bloco de papel no assento de um lado e o Etwahl planando. Não esperava que se sentar ali fosse confortável, contrariando sua intuição.

 

Bom acho que ele ainda demorará um pouco….Nossa, esse lugar é tão lindo.. - Sona sentiu um formigamento na barriga, um nervosismo e as maçãs de seu rosto começavam a ficar coradas. - Ninguém nunca me chamou para sair, principalmente para um local como esse.. Por que estou nervosa?… preciso me acalmar...Ele só quer mostrar gratidão...

 

Quando Sona ficava nervosa costumava tocar o Etwahl para se acalmar, em meio a situações complicadas de sua vida ele sempre estava lá com ela, auxiliando-a. Fechou os olhos sentindo a energia do instrumento, dedilhou notas lentas e profundas acompanhando o som que ouvia no ambiente. Ela percebia música onde poderia não haver aos ouvidos dos outros. No farfalhar das folhas ao vento, na queda de água próxima ao lago, no canto dos pássaros ou no barulho dos insetos, tudo tinha uma música. Aparentemente o ambiente se comportava acompanhando a música da mulher, os sons se alinhavam e todas as melodias se tornavam uma só para ela, a dela.

 

 

“Sua música é muito bonita, mas provavelmente já lhe disseram isso...”- Um sopro de vento frio em suas costas. Os olhos de Sona se abriram assustada com a presença, os dedos continuavam a dedilhar mas se perdendo nas notas.

 

Ele está aqui..

 

A garota se virou para a ponte, o homem de Zhyun estava ali de pé somente a alguns metros dela, ela se levantou não sabia ao certo como reagir. Ele estava vestido de um jeito mais despojado do que das outras vezes que o havia visto, porém a capa sempre dava a ele um ar de seriedade, elegância e mistério. Jhin Caminhou a passos lentos pela ponte indo em direção de Sona, esses breves segundos pareciam uma eternidade e tudo passava lentamente para a musicista que não conseguia conter a ansiedade e o nervosismo. Agora eles estavam frente a frente, não havia como evitar a situação.

 

“Fico feliz que tenha aceitado meu convite senhorita Buvelle”- O rosto de Sona corou e um sorriso puro brotou em seus lábios. Alguns segundos se passaram sem a resposta dela, Khada achou aquilo estranho.

 

Ela está envergonhada..?

 

Ele vai saber…

 

Hm..o sorriso dela está mudando...- "Você está bem?"- Sona abaixou a cabeça não podia ver o rosto dela.
 

“Não sinta-se envergonhada , eu...”- Não pode terminar a frase. As mãos dela apertaram o bloco de papel, ela mordia o lábio inferior com raiva de si mesma e seu rosto se encheu de tristeza e água. A mão largou o papel e ambas as palmas foram até o rosto cobrindo-o para chorar, ela sentia aversão a sua incapacidade. Ele tinha criado uma hipótese desde o encontro na biblioteca e depois de ver o bloco havia entendido tudo.

 

Então..ela de fato é muda… - Jhin não sentia pena das pessoas ou de seu sofrimento, no entanto, para um grande articulador e ator como ele não ter a capacidade de falar é algo cruel. Ele gentilmente tocou uma das mãos macias da garota, com a atitude inesperada o coração de Sona disparou e os olhos lacrimosos se conteram, olhou para ele tentando processar a situação.

 

 

“Não derrame suas lágrimas por uma insegurança. Ser quem você é ou acha que deva ser é o que verdadeiramente importa e não há nada de errado nisso.” - Apanhou o bloco e caneta que haviam caído com uma das mãos e entregou a ela.

 

 

Ser quem eu acho que devo ser…Obrigada pelas suas palavras me sinto melhor...- Com isso Sona se acalmou e ao mesmo tempo se sentiu com a mente iluminada. Esse conselho Jhin havia dado a si mesmo a muito tempo mesmo que de forma inconsciente.

 

 

Khada se virou para a entrada do bosque próxima a eles, um sopro forte vinha do local. Fechou os olhos sentindo a brisa refrescante em seu rosto, soltou a mão de Sona e caminhou alguns passos em direção a entrada, sua capa dançava no ar acompanhando-o, Sona o observava curiosa. A aparência fria e calculista entrava em contraste com uma certa graciosidade de seus movimentos e atitudes. Ele abriu os olhos e voltou a fitá-la.

 

“Esqueça temporariamente isso, a solução não vai surgir da sua tristeza...Gostaria de passear pelo jardim comigo? Acredito que fará bem a você.”- Esticou a mão para ela. Sona hesitou por um momento mas depois tocou sua mão e entrelaçou seu braço com o dele, caminharam juntos pela relva florida.

 

Teria eu perdido a boa fé nos Ionianos? - Pensava ela encantada com o jeito do homem e um pouco assustada ao mesmo tempo, aquilo tudo era desconhecido.. Vivera sua vida aprisionada em casa como se fosse algum tipo de boneca de porcelana prestes a se quebrar. Sua mãe a aconselhou a ter cuidado com tudo e todos, não sair de casa sozinha e muito menos com estranhos. Desde o orfanato seu único sonho era ter uma família que a aceitasse e a amasse. Lestara a acolheu, a educou e protegeu, agora estava contrariando tudo que havia aprendido.

 

Estou aqui somente com ele..Um estranho. É errado, mas não quero ir embora..há algo nele…

 

Conforme adentravam o bosque a vegetação ia ficando mais densa e escura, haviam árvores colossais filtrando grande parte da luz solar. Sona tinha um pouco de medo não estava acostumada com passeios em florestas e muito menos com estranhos, repetia várias vezes para si que era errado e não devia estar ali. Ele caminhava com uma expressão leve apreciando a natureza, ela não conseguia evitar de prestar atenção no rosto dele.

 

Ele parece sempre tão sério...

 

Jhin notou o olhar curioso dela e fitou-a olhando para o lado com o canto dos olhos, envergonhada ela tentou disfarçar olhando para frente. Khada se sentia incomodado quando as pessoas olhavam muito para ele, odiava mostrar aquela face imperfeita: " O verdadeiro rosto". Caso as máscaras confeccionadas não chamassem tanta atenção as usaria sempre.

 

Caminharam mais alguns metros até pontos de luz colorida irem surgindo um pouco a frente, Sona ficou curiosa. A voz serena dele ganhou um tom de animação:

 

“Espere! Feche os olhos, é uma surpresa. Não se preocupe estou segurando sua mão, você não tropeçará.”- Ela o fez, estava curiosa para saber o que era a tal luz que viu, seria parte da surpresa? Mesmo de olhos fechados podia ver que o brilho colorido ia se aproximando. Depois de algum tempo eles pararam, a luz estava forte vindo de todos os lados.

 

“Abra seus olhos”

 

Ao faze-lo se deparou com algumas cerejeiras e wisterias, mas diferentemente das normais suas pétalas cintilavam nas mais diversas cores como se magia emanasse delas, no chão crisântemos e alguns pés de rosa branca e rosa vermelha. No local muitas borboletas e beija-flores além de outras espécies de pássaros, se alimentavam do néctar das flores fosforescentes e com isso a anatomia desses animais também era diferenciada. As borboletas tinham asas que ao irem para locais com pouca luminosidade adquiriam leve fosforescência e as penas das aves brilhavam tal como as flores. Sona ficou chocada e maravilhada ao mesmo tempo, aquilo era tão bonito e surreal que era quase demais para sua visão processar. Os olhos azuis dela ficaram aparentemente coloridos com os feixes de luz diversa pousando sobre eles.

 

“Bonito não é?...Quando eu vim para Tuula uma vez achei esse lugar e fiquei maravilhado.”- Uma das poucas coisas que gosto nesta cidade..

 

É realmente um deleite para os olhos- Sona inclinou a cabeça para cima o máximo que conseguia observando as aves e insetos voarem acima deles. O canto deles e os barulhos do ambiente em sua mente eram como uma orquestra de sons naturais. Queria tocar seu Etwahl e acompanhar aquele som, assim o fez. O instrumento reluziu um brilho dourado quando os dedos da musicista tocaram as cordas índigo e de seus toques criou um cântico louvando aquele local, fechou os olhos encantada.

 

A harpa será o maestro dessa sinfonia..

 

Ao iniciar, a atenção de Jhin foi voltada para a música. Virou-se para a garota que tocava sem ao menos olhar para as cordas, aparentemente isso não era problema para ela, admirava o local enquanto tirava a música sem dificuldade. Ela abriu os olhos e se curvou para ele como se o agradecesse, ele se curvou também em resposta. Os sons do ambiente pareciam realmente acompanhar a música da garota. Depois de alguns segundos sem sequer algum motivo aparente, Jhin começou a andar em direção a musicista. Cada vez chegava mais perto e Sona ficou desconcertada, algumas notas saiam equivocadas pela desconcentração dela.

 

O-o que houve…? - A distância que os separava era apenas o Etwahl. Sona podia sentir seu rosto ardendo de vergonha ele parecia olhar para ela mas ao mesmo tempo não. Ele se inclinou um pouco sobre o instrumento e esticou as mãos.

 

“Fique parada...”- As mãos dele foram chegando próximas ao rosto dela. Seu corpo tremeu, outro frio na barriga, ela apertou os olhos.

 

O-o que ele pretende fazer...Jhin.. - A mão passou perto do cabelo, um movimento rápido e preciso, depois recuaram. As pálpebras se abriram e ela o encarou.

 

“Peguei..”- As mãos dele estavam fechadas em concha, havia algo ali. Ela se inclinou curiosa para ver o que ele tinha em mãos. Khada afastou um pouco os dedos para ela conseguir olhar dentro. Uma pequena borboleta azul batia as asas indefesa, não estava feria, apenas presa.

 

Uma borboleta…?

 

“Tão linda não é…?”- Sona entre abriu os lábios com essas palavras, parou de tocar e pegou seu bloco que havia ficado ao seu lado no chão, escreveu nele.

 

Você gosta de borboletas?

 

“Como não gostar delas? Elas são o símbolo da transformação. Em um estágio de sua vida são meras lagartas, imperfeitas, disformes e desventurosas. Quando chega o momento certo se transformam em crisálidas brilhantes e reorganizam todo seu corpo. Após, eclodem transcendendo sua forma anterior. Lindas, perfeitas e livres.

 

Elas se transformam...

 

As pessoas..são como lagartas: Imperfeitas, disformes e sem um significado, elas existem para fazer a metamorfose...se transformando em belas borboletas, mas essa capacidade não foi dada aos humanos, e grande parte das criaturas não são capazes disso por si só. O artista transforma as lagartas em borboletas. Carne, Sangue, medo e dor.. tudo é parte da crisálida que as transformará ...essa é a arte.

 

Sona tocou seu ombro, um pequeno susto e um estremecimento no lugar que ela encostou a mão tirando o de seus pensamentos, ela parecia preocupada da borboleta ficar muito tempo presa. Jhin levantou os braços e abriu as mãos libertando o animal, ela voou e eles a observaram partir. Enquanto a garota observava o bater de asas do inseto, ele se sentou no gramado admirando a paisagem, depois ela fez o mesmo. Jhin disfarçadamente olhava Sona.

 

Ela é tão imperfeita… O trabalho dela é tão singelo, tão.. carente de crueldade.. E ela é tão inocente não conhece o verdadeiro ápice da arte. Ah...ainda tem a ausência da voz, o defeito que ela carrega, sua impureza. Uma bala precisamente disparada no pescoço é tudo que ela precisa. Da sua garganta surgirá uma fagulha, uma fagulha que fará dela esplêndida e renovada..- Olhava o pescoço dela, seu cheiro era algo como capim limão – Luz, fumaça e enfim eternizada...preciso me controlar…- Ela mostrou uma folha do bloco.

 

Posso perguntar uma coisa?

 

“Sinta-se à vontade...” - Aguardou ela escrever a pergunta.

 

Seu nome é Jhin certo? Você é de Tuula?

       

“Sim, Khada Jhin. Não, não sou de Tuula.

 

Você é de Zhyun?

 

“Correto.”

 

Você gosta de Tuula? Por isso veio para cá?

 

Gostar de Tuula…que piada de mal gosto..
 

 

“Não. Eu vim a negócios.”

 

Mas Tuula é tão bonita e o povo é gentil, por que ele não gosta daqui..?

 

Com o que trabalha? Já que veio a negócios presumo que tenha sido pelo trabalho, não?

 

“Sou um artista...assim como você. Parcialmente por isso...”- Os olhos dela se abriram mais e entusiasmo inundou sua expressão, continuou:

 

Um artista, que esplêndido! Que tipo de artista você é ?

 

Que tipo de artista eu sou…você não gostaria de descobrir, minha querida.- Jhin ria por dentro, mentir daquele jeito descaradamente e ver ela acreditar era no mínimo cômico para ele.

 

“Sou ator, trabalhei uma época no teatro de Zhyun hoje não faço mais peças.. Apenas as escrevo como um encenador.”

 

Você escreve peças?! Que incrível! Que tipo de peças você escreve?

 

“Roteiros para peças de ópera principalmente, e alguns melodramas de vez em quando.”- O rosto dela refletia cada vez mais admiração.

 

Poderia me mostrar uma de suas peças um dia, senhor Jhin? Seria uma grande honra aprender mais sobre a arte cênica.

 

 

Khada ficou temporariamente perdido naquela frase. Mostrar a Sona uma de suas peças? Ele nem sequer tinha alguma escrita. Bom já havia escrito algumas quando ainda trabalhava como ajudante de palco mas quem em Zhyun ou no resto de Iônia daria valor as obras de um mero ajudante de palco? Ninguém. Ele tinha sido um dos alunos mais brilhantes da academia de teatro, sua interpretação, atuação e criatividade eram praticamente impecáveis, mas a crueldade das peças que escrevia não era bem aceita pelos outros companheiros e pelo diretor do teatro. Com o tempo ele foi sendo rejeitado e não conseguiu se sobressair como ator e como encenador mesmo tendo talento para isso.

 

Eles só entendem de harmônia…- Raiva e rancor borbulhavam em seu peito e um nó seco na garganta.

 

Está tudo bem? Se não puder me mostrar eu entendo, não quero que fique chateado por algo que eu disse.- A face dele estava voltada para baixo e mal dava para observar seu rosto que estava parcialmente coberto pelas mechas negras alongadas.

 

“Mostrarei a você... um dia.”- Sona abriu um largo sorriso feliz pelas palavras, mas, ao mesmo tempo, estava insatisfeita com a resposta.

Ele me animou, vou tentar anima-lo também..
 

Que tal ensaiarmos algo aqui? Assim eu poderia aprender um pouco sobre atuação em teatro.

 

“Aqui..? O que deseja ensaiar?”- Jhin ficou confuso com o pedido dela, ele não via possibilidade de ensaiar em um local como aquele.

 

Ela ficou pensativa por alguns segundos, se lembrou das danças nas óperas que havia visto uma vez próxima a Zhyun. Os atores e atrizes dançavam e cantavam contando a história, aquilo poderia ser apropriado.

 

Que tal dança? Tocarei para você! - Os olhos cerraram e as sobrancelhas dele se curvaram em dúvida. Fazia muito tempo que não dançava com alguém ou mesmo sozinho, alguns anos pelo menos e esse convite inesperado o deixou confuso.

 

Sona se levantou do gramado rapidamente pegando o Etwahl que flutuava um pouco acima deles. Continuou a música que tocava anteriormente porém mais agitada que a anterior.

 

O que ela quer que eu dance? Agora….? Sem chance..

 

Vamos Jhin!

 

“Só dançarei se a senhorita me acompanhar.”- Ele cruzou os braços e abriu um sorriso leve com os lábios fechados.

 

Dançar...sem música?…- Sona só conseguia fazer o Etwahl tocar sozinho se tivesse um pico de poder ou uma raiva muito grande, mas não era o caso. Soltou as mãos do Etwahl e o deixou flutuando sozinho, caminhou até Jhin e ficou parada de frente para ele. Ela não sabia nada sobre dança, para ela dança se resumia a balançar o corpo de um lado para o outro e nada além disso.

 

"Sabe dançar valsa?"- Ela balançou a cabeça negando - Humf..terei que ensinar lhe.. - Aproximou mais o corpo, ele era mais alto que ela, Sona sentia-se um pouco intimidada com isso.

 

“Bom...permita-me..”- A mão dele foi até a lateral do corpo dela pegando sua mão esquerda, a mão direita dele foi até as costas dela segurando-a e convidando-a a se aproximar. Ela estava imóvel e fixa no chão como uma estátua pela vergonha.

 

“Preciso que chegue um pouco mais perto de mim para podermos dançar senhorita Buvelle..”- Disse essas palavras em um tom risonho, puxou ela para perto de si com um pouco mais de força do que ela esperava.

 

Droga não sei o que fazer…

 

“Agora..com a sua mão direita, você segura levemente a parte de trás do meu braço direito e eu envolverei suas costas com meu braço e mão direita..entende?”- Ela balançou a cabeça em um sim rápido, não havia entendido mas queria disfarçar a insegurança. As mãos dele foram até as costas dela, os dedos dele eram alongados e as palmas um pouco grandes proporcionais a sua estatura alta.

 

A mão dele é morna mas as pontas dos dedos são frias..

 

“Muito bom! Agora você imaginará a música que estava tocando em sua mente e eu farei o mesmo, você seguira os meus passos e recuara quando eu avançar.- Achava ter entendido algo. No momento que ele avançou para ela, Sona recuou bruscamente para trás mantendo o corpo afastado do dele.

 

Não posso colar meu corpo isso é…

 

“Não tanto para trás...no mesmo ritmo....”- Era entediante para ele quando as pessoas não entendiam suas ordens mas depois de persistirem um tempo Sona conseguiu.

 

Para quem não dançava nada..até que não estou tão mal…- Quando ela pegou o jeito nos passos básicos, tentaram alguns rodopios e afastamentos. Algumas vezes alguns pisões no pé.
 

“Ai...” - Até que ela absorveu o básico relativamente rápido..tirando isso...

 

Sinto muito!

 

Dançaram bons minutos, ela parecia feliz e Jhin também estava feliz, perversamente feliz, por estar fazendo ela confiar nele. - Isso mesmo..me siga..confie em mim..você me inspira tanto…- A cabeça dela foi ao peito dele e com isso ela fechou os olhos em seguida. Ele não entendeu e levou um pequeno susto, não esperava que ela fizesse isso.

 

Obrigada...por fazer me sentir feliz como não me sentia a muito tempo…

 

Um calafrio subiu o corpo dele e uma sensação de calor posteriormente, os batimentos cardíacos aceleraram e uma adrenalina louca começou a tomar conta de si. Ele sabia o que era aquilo mas não podia cair na tentação.

 

É tão irresistível mas tenho que me controlar..não posso matar ela agora…- Sua cabeça doía e se controlar daquela forma era quase agonizante para ele.

 

Jhin parou a dança e se soltou dela, afastando-se alguns centímetros, ele parecia transtornado e os olhos vermelhos visualmente ardiam como nunca. Sona ficou sem reação não sabia o que havia ocorrido, ela esticou a mão para ele com dúvida e medo estampados em suas feições.

 

“Sona eu devo ir agora..tenho algumas coisas para resolver..”

 

Mas nós mal conversamos..- Sona balançou a cabeça para o lado, ela não queria que ele fosse embora. Ela podia ter um amigo agora, um amigo que ela nunca teve. Por ficar muito dentro de casa raramente conhecia pessoas novas mas ele fora gentil e sua companhia fez bem a ela. Jhin tentava desviar o olhar o tempo todo, apertou o sobretudo contra o corpo e respirou fundo tentando expulsar o desejo psicótico do seu ser.

 

1…2...não...não…- Virou-se para ir embora, não podia perder mais tempo ali junto dela ou estragaria tudo. Sona por sua vez segurou o braço dele para o mesmo não partir, e novamente aquela situação. O corpo dele tremia levemente e um nervosismo louco inundava suas percepções. Subitamente ele se virou para ela e a agarrou pelos ombros com uma força além do normal, aproximando seu rosto do dela. Os olhos dela arregalaram e seu coração disparou. Jhin olhava fixamente no fundo daqueles olhos azuis, parecia enxergar até o fundo da alma dela. Um sorriso malicioso estava estampado em sua face, ele beirava a insanidade. - Chega...- Largou-a jogando o corpo para trás se afastando rapidamente.

 

“Eu realmente...preciso ir...desculpe..” - Virou-se andando a passos apressados, respirou fundo mais uma vez e foi embora deixando-a sozinha no local.

 

Se tivesse ficado mais algum tempo lá...acabaria...deixa pra lá...

 

Por qual motivo você age assim..?- Sentou-se a garota na grama com tristeza.

 

 

Longe dali na Ordem Kinkou:

 

“Mestre..”- Uma mulher com vestes negras e uma máscara que cobria parcialmente seu rosto entrou no quarto escuro. Um homem de estatura alta estava virado para a janela, feixes da luz lunar iluminavam a silhueta dele.

 

“Hum? Entre..”- Ele não se virou continuava a observar a lua.

 

“Eu investiguei o que me pediu..fui até Navori e posteriormente para Tuula, muitos subornados não quiseram revelar informações e alguns que as conheciam foram mortos… não havia como torturá-los, levantaria suspeitas. Pretendo voltar para Tuula, a organização está tramando alguma coisa e posso lhe dizer que se meus palpites estiverem certos...talvez ele esteja solto meu senhor..”

 

“O que..?”-  O homem de cabelos brancos e olhos vermelhos escuros se virou para a mulher- “Isso é impossível.”
 

“Não tenho certeza ainda mas...”

 

“Saia..”

 

“Perdão mestre Zed..”- A garota se curvou em sinal de desculpas e saiu do quarto por onde entrou.

 

Isso não pode ser verdade..

 


Notas Finais


Algumas músicas interessantes que encaixam com cada parte da história:

Templo: https://www.youtube.com/watch?v=JuwJfDr36Kc

Jardim das Espirais: https://www.youtube.com/watch?v=Gqm-9NePX-Q

Louvor: https://www.youtube.com/watch?v=SfOCJnVzY-8

A Nova Ordem Kinkou : https://www.youtube.com/watch?v=tWmqf6T66pI


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