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História The Waitress - Liar


Escrita por: EffyKaya

Notas do Autor


Oi gente tudo bom com vcs? Espero que sim
Espero que gostem do capítulo, demorei mas cheguei sz

Capítulo 2 - Liar


Fanfic / Fanfiction The Waitress - Liar

Dia 28 de janeiro de 1966, domingo às 01:37

- Paul colabore comigo por favor – eu disse o empurrando pra dentro do box onde água do chuveiro gelada o esperava. Pelo menos tiraria um pouco do álcool para dar um susto e seu corpo ficar mais acordado, pois na situação que ele estava, precisava. Ele se recusava a entrar, óbvio que ele ainda estava sobre o efeito do álcool mas mesmo assim continua mais forte que eu – Okay ! Se você entrar de baixo do chuveiro agora, eu faço o bolo de chocolate que você tanto quer – Eu disse e ele parou de tentar sair do banheiro e me encarou com um olhar esperançoso. Ele parecia uma criança desesperada com vontade de comer chocolate.

- Sério? – ele disse com sua as sobrancelhas levantadas duvidando de mim.

- Claro, sou uma mulher de palavra – eu disse levantando meu dedo mindinho – eu prometo – eu disse e ele entrelaçou seu dedo mindinho com o meu dando um sorriso logo em seguida. Ele foi em direção ao box lentamente como se fosse um bicho de sete cabeças.

Outra coisa era que ele só estava de cueca, eu tentava a todo custo não olhar e assim fiz.

Ele entrou de vez de baixo do chuveiro e deu um grito, fui em sua direção rápido e tampei sua boca. Se os vizinhos escutassem eles iriam fazer o maior auê, ainda mais essas hora da madrugada, o grito de Paul parece uma gazela, vão pensar que restou matando uma.

- Eu tenho vizinhos sabia ? – eu disse tirando a mão da frente de sua boca, aparecendo um sorriso sapeca dele, minhas mãos já estavam molhadas por ter encostado nele de baixo do chuveiro, acho que exagerei em colocar no mais frio possível. 

- Você é muito ousada, eu gosto disso  – ele disse sorrindo pela atitude que tomei, o que me fez dar um sorriso junto a uma risada fraca por ter falado aquilo, vou guardar cada momento de Paul bêbado – quero te ver sorrindo outras vezes,  seu sorriso é a obra de arte mais bonita que eu já vi – Por algum motivo meu coração bateu forte e eu senti um frio na barriga, mas não era ruim como uma crise ou até medo, era uma sensação que ao mesmo tempo que acelerou meu coração, reconfortou também e eu corei na hora. Eu estava tão perto dele que sentia algumas gotas da água gélidas em mim mas eu não estava me importando, apenas encarando aqueles olhos verdes que eu estava gostando tanto de encara-los, nossos rostos estavam tão perto que nossos narizes se tocavam. Me toquei que estava o encarando a muito tempo e estávamos perto até demais do que devíamos estar e me pronunciei me distanciando bruscamente.

- V-vou separar algumas roupas do meu irmão mais velho, espere aqui – eu disse a ele que nem ao menos prestou atenção direto. Sai do banheiro e fui em direção ao meu quarto, que já tinha um colchão no chão para Paul dormir.

Procurei entre as roupas algum muda de roupa masculina, uma cueca e uma toalha, por sorte achei bem escondido mas o que importa é que achei, não sei o que faria se não tivesse roupas. Chegando ao banheiro ele estava cantando algo que eu nem ao menos consegui saber qual música era, ele estava falando toda embolado e mole, mal falava as palavras sem corta-las no meio.

- Tome uma toalha – eu disse, desliguei o chuveiro e ele se encolheu todo pelo frio. O encarei e sua famosa franja estava molhada com algumas mechas em sua visão e outras colada a sua teste, céus... Como pode ser tão lindo? – Se seque aqui e vai ter roupas em cima da cama e você se troque lá okay? – eu disse dando a toalha ao mesmo que se enrolou na hora. Ele concordou e eu saí do banheiro indo em direção ao quarto, quando cheguei, deixei as roupas junto em cima da cama.

Fui até a sala e me joguei no sofá exausta. Amanhã terei que acordar cedo para buscar meus irmãos e ainda ir no mercado para comprar algumas coisas. Paul acordará e não entendera nada, vai achar que sou uma louca que sequestrou ele. Mas okay ! mas o que mais me deixou intrigada foi do porque ele ter bebido tanto e ainda estar com os lábios cortados, deve ter saído de alguma briga mas com quem? Fiquei com dó dele, afinal e se eu não tivesse aparecido ? Como ele estaria agora? E porque os meninos não estavam com ele ? É tanta pergunta meu Deus.

Escutei barulhos de gemidos e me levantei na hora indo até o meu quarto. Ao atravessar o cômodo cheguei ao quarto, me deparando com a tal cena: Paul jogado na cama com uma cueca que dei, e o short de pijama que dei a ele estava na altura de seu joelho, ele devia ter desistido de colocar e se jogou na cama, NA MINHA CAMA. Ele estava de barriga pra baixo e seu bumbum estava pra cima, era coisa mais Ilaria que tinha visto, nunca pensei que veria essa cena na minha vida.

Fui até ele e passei a mão em seu rosto com delicadeza, sou assim só as vezes, é melhor ele não se acostumar. Eu o ajudei a colocar a blusa e a calça do pijama com ele deitado ainda já que se recusava levantar.

- Paul – eu o chamei e ele grunhiu como resposta – Desça para o colchão – eu disse o observando.

- Aaah não – ele falou com a voz embargada – deixa eu dormir com você. – ele disse e eu suspirei, mas não disse nada ao homem esparramado na minha cama. Sorri sozinha de novo, esse garoto não existe !

- Eu vou tomar um banho – eu disse indo em direção ao banheiro fechando a porta logo em seguida.

Tomei um banho rápido só para dormir, eu odiava dormir sem sentindo “suja”. Ainda de toalha eu sai do banheiro e fui até o meu quarto.

Quando entrei me deparando com Paul dormindo tranquilamente, parecia um anjinho com a boca entreaberta. Fui até o meu armário velho, peguei um pijama que era meio que um vestido só que com um short, o tecido era fino e era rosa bebê. Voltei ao banheiro me trocando lá dentro logo em seguida. Fiz minhas devidas higienes que faço todos os dias antes de dormir e fui me deitar. 

  Fiquei observando Paul dormir até eu mesma conseguir.

...

28 de janeiro de 1966 domingo às 13:00

Eu já havia feito tudo que tinha que fazer, ir ao mercado fazer algumas comprar e buscar os pirralhos dos meus irmãos, eu os amava tanto que mal cabia no meu peito. Meus pais os tratam sem importância e eu não consigo entender como eles podem fazer isso, ela fazia o mesmo comigo e com o meu irmão mais velho mas isso é passado e tento não me lembrar muito daquela época.

Paul ainda não havia acordado, também depois de tomar tanto como ontem, eu nem levantaria também. Eu estava fazendo o almoço e também faria o bolo que prometi ao Paul, se é que ele se lembra não é mesmo?

Estava preparando algo bem diferente do que costumo fazer em relação a comida. Eu faria lasanha, era uma receita do caderno de receitas da minha avó, não era tão difícil fazer mas era meio demorado quando ia ao forno. Que foi o que eu acabei de fazer, colocar ao forno aquela delícia que eu estava tão ansiosa para comer, não era para eu me gabar mas eu era uma ótima cozinheira. Eu tinha acabo de fazer a lasanha então estava com um preguiça de lavar a louça agora mas tudo bem.

Meus irmãos estavam assistindo um desenho qualquer na TV e eu estranhei eles estarem tão quietos. Atravessei a sala e fui até o meu quarto. Paul ainda estava na cama, diversas vezes eu o ouvi falar dormindo coisas sem o menor sentindo na madrugada, eu tentava não rir para não acorda-lo mas era impossível. Até que ele me chamou na madrugada mas estava dormindo e eu não respondi, mas ele continuou chamando diversas vezes mas eu continuei quieta naquela hora.

Tirei o colchão que estava no chão que nem foi usado já que Paul dormiu na minha cama, colocando atrás do guarda roupa. Fui até o banheiro onde a roupas de Paul da noite passada ainda estavam no chão, eu peguei e coloquei em uma sacola de papel, deixando em algum canto do quarto.

Sai do quarto e fechei a porta do mesmo, meus irmão ainda não tinham visto ele e não quero que vejam, sabem como são as crianças não é? Jasmine tem 4 anos e o Louis tem 7 , eles são uns amores quando querem, mas tem horas que não param quietos.

Fui até a varanda da sala vendo o dia ensolarado que estava, o dia estava lindo e eu queria sair com os meus irmão para ir ao parque ou qualquer coisa que eles possam aproveitar o dia.

- O que aconteceu ? – Ouvi uma voz masculina na sala. Merda ! Sai da varanda na hora chegando na sala em instantes. Paul estava bocejando e coçando suas pálpebras, seus cabelos estavam bagunçados e a cara amassada, ele estava tão sexy.

- Bom dia Paul – disse perto das crianças que encaravam Paul como se nunca tivesse visto um homem na vida.

- Oh meu Deus – disse Louis em quase um sussurro com as duas mãos no rosto. Ele foi pra trás de mim me abraçando só mostrando seu rosto para Paul.

- Bom dia – ele disse calmo olhando em volta – Devo me preocupar?

- Vamos conversar no quarto ? – eu disse e me virei para as crianças – Fiquem aqui eu só vou conversar – eu disse Jasmine concordou com a cabeça e Louis não me olhou um segundo, só olhava para o Paul que estava do outro lado da sala.

Me virei novamente e nós dois fomos para o quarto. Quando entramos ele fechou a porta, fomos até a cama sentando na beirada.

- Parece que eu levei um porre – ele disse dando uma risada fraca acompanhada da minha.

- Do que se lembra? – Eu o encarei e o mesmo desviou o olhar com uma cara de pensativo.

- De tudo praticamente – ele disse voltando a me encarar – Por partes, apenas coisas importantes.

- Ah eu duvido que se lembre de tudo, você bebeu muito ontem – eu disse não convensida com o que disse.

- Você cantando Be my baby – ele disse me lembrei oh céus que vergonha, coloquei a mão no rosto pela vergonha.

- Nem me lembre disso – eu disse ainda com a mão no rosto.

- “Seu sorriso é a obra de arte mais bonita que eu já vi” – ele disse tocando em minha mão tirando a mesma do meu rosto, eu o encarei e ele estava com um sorriso de lado.

- É... Você realmente se lembra de tudo – eu disse desviando meu olhar para qualquer lugar menos pra ele – Paul me diga uma coisa – eu o encarei – Porque estava chorando? Você parecia estar tão quebrado ontem, o que aconteceu? – automaticamente ele desviou o olhar para o chão.

- Rosie... - Ele parou por um instante encarando o chão - É tão complicado, é tanta pressão pra cima de mim, pra cima dos meninos que eu não consigo suportar, eles conseguem mas eu... – ele disse já com a voz de quem queria chorar – eu não consigo! Não posso fazer nada mais sem ser criticado por eles, a mídia é uma coisa horrível que você não imagina – seus olhos já estavam querendo sair lágrimas – é muita pressão e eu não consigo conviver com isso, os meninos, a mídia, os amigos, família, e as fãs, eu amo tanto elas mas eu só queria poder ir fazer compras como um homem normal, não precisar ter que colocar duzentas coisas no rosto para parecer outro homem para que não me percebam – ele desviou seu olhar do chão para mim – Eu quero ser eu mesmo para todos – ele passou a mão no rosto limpando algumas lágrimas – Eu quero ter uma esposa, filhos e poder levá-los a escola como qualquer outro pai, fazer as minhas músicas sem que haja polêmica. É pedir muito? – ele disse com a voz de choro.

- Paul eu sei que não tenho nada haver com sua vida ou algo do tipo mas algum dia você vai poder fazer todas as coisas, é só uma fase ruim que passa, tudo passa! É só uma questão de tempo e não se sinta mal na frente da mídia, é o que eles querem! Que você se sinta mal, não deixe que eles te deixem chateado por causa de uma manchete ruim. E se você gosta de cantar e tocar Paul, continue! Faça o que gosta sem se importar com a opinião dos outros, se você for depender da opinião dos outros, você iria ficar fodido. Mas é assim mesmo, não deixe que uma simples manchete ruim acabe com seu ânimo – eu disse e ele ouvia todo calado, por fim ele deu um sorriso de lado sem mostrar os dentes e colocou seus braços em volta do meu corpo, seu abraço era quente e confortável, como meus braços ficaram imóveis já que ele envolveu seus braços no meu corpo, apenas relaxei minha cabeça no seu ombro aproveitando inalando seu perfume.

-Você é tão boa e não sabe disso – ele suspirou - desculpe por ter te dado tanto trabalho, da próxima eu cuido de você. – ele disse partindo o abraço, e na mesma hora eu o olhei – Posso fazer uma ligação ?

- claro, o telefone está na prateleira da sala – eu disse me levantando e ele fez o mesmo.

Saímos do quarto e ele foi até o lugar onde eu disse que estaria o telefone, enquanto eu fui ver a situação da minha lasanha que nem sei se vai dar certo.

Peguei minha luva e abri o forno levando um ar quente na cara que me fez instantaneamente colocar o rosto pra trás. Quando passou eu olhei e ainda não estava pronto, então fechei e me virei para Paul que estava falando com alguém no telefone.

- A culpa não foi minha – ele disse revirando os olhos – Rosie me trouxe e eu acabei dormindo aqui, você simplesmente sumiu ontem a noite depois que aconteceu aquilo – ele engoliu em seco – Okay vou perguntar a ela o endereço – ele tirou o telefone do ouvido e olhou pra mim – Rosie pode me dizer o endereço para que George possa me buscar? – ele estendeu o telefone para que eu fosse até ele e assim fiz fui até o telefone, disse o endereço e tudo mais para ele, que desligou logo depois.

- Ele já está vindo – eu disse colocando o telefone em seu lugar – Se quiser ficar para o almoço, ele já vai ficar pronto.

- Oh sim, eu fico sim – ele deu um sorriso mas perceberam que estavam sendo observados, olhamos para o lado onde estava o sofá e dois seres nos olhavam atentamente, como o sofá estava virado para o outro lado, eles estavam só com seus olhinhos e seus pequenos dedos na parte de trás do sofá só para nos ver.

- Vocês não estavam assistindo desenho? – eu perguntei colocando as mãos na cintura.

- Algo estava mais interessante – Louis disse levantando as finas sobrancelhas – Aliás – ele se levantou dando a volta no sofá e vindo até nós – Meu nome é Louis Philips Clark – O pequeno disse estendendo a mão para o Paul e deu um aperto de mão, duas levantadas como saudação.

- Meu nome é James Paul McCartney – Ele disse bagunçando o cabelo de Louis que deu um risada gostosa.

- Jasmine venha falar com Paul – eu disse serena e ela se escondeu no sofá com vergonha de Paul.

- Ela tem problemas pra se relacionar Paul – Louis disse como se fosse um homem adulto e fossem amigos há muito tempo. Paul deu uma risada fraca e foi até o sofá onde a pequena estava encolhida com a cabeça para baixo.

- Hey – ele disse chegando perto de Jasmine que tirou a cara dos travesseiros e olhou pra ele – Qual é o seu nome ? – Paul perguntou se agachando na frente do sofá, mas ela não respondeu e enfiou a cara entre os travesseiros de novo, que bicho do mato essa menina é. Como Louis é uma criança tão extrovertida e Jasmine não pode ver uma pessoa que já tem vergonha – Ah eu não acredito que vou ter que fazer cócegas em você para me responder – Paul disse e a menina não fez nenhum movimento. Até que Paul começou a fazer cócegas na pequena e sua gargalhada se espalhar pelo cômodo. Eu apenas ri da atitude de Paul e fui até a cozinha para ver se a lasanha estava pronta.

- O almoço está pronto – disse pegando uma daquelas luvas enormes para pegar formas quentes. Escutei passos atrás de mim.

- Por que ela sempre ganha a atenção? – disse o pequeno Louis com os bracinhos cruzados. Eu peguei a forma quente e coloquei em cima da pia, olhei de volta para o Louis que estava com uma cara de que estava com vontade de chorar mas estava segurando. Isso foi de cortar o coração. Eu apenas tirei as luvas e agachei para ficar da sua altura.

- Ooh meu amor, vem cá – eu disse abrindo os braços e ele veio me envolveu seus braços no meu pescoço, eu envolvi os meus braços em seu pequeno corpo de criança – Aposto que você e Paul tem muitas coisas em comum, podem conversar sobre muitas coisas – Eu disse passando a mão nos cabelos encaracolados de Louis.

- Como o que ? – ele partiu o abraço mas ainda estava perto de mim, ele disse com uma pontinha de esperança. Dessa vez ele me pegou, o que eu falaria pra ele ? O mesmo ainda me encarava com esperança.

- Como... – Nada vinha a minha cabeça.

- Como uma coleção de carrinhos – Paul surgiu ao nosso lado pegando Louis no colo, me levantei ficando de frente para os dois que se olhavam, Louis com um sorriso enorme e Paul com um sorriso de lado – Você gosta de carrinhos ?

- Eu adoro! – O pequeno disse animado. Eu estava gostando do relacionamento deles.

- Qualquer dia desses posso te mostrar a minha coleção, tenho desde que era do seu tamanho – Paul e disse e o olhar de Louis parecia brilhar – Daí Rosie pode te levar a minha casa, fazemos um piquenique todos nós e eu te mostro a minha coleção, vocês irão não é ? – Paul me encarou umedecendo os lábios, esse homem é uma perdição.

- Claro! Nós vamos sim – disse Louis eufórico.

- hm... Paul, se quiser tem uma escova de dentes reserva em meu banheiro, eu passei de manhã no mercado e comprei uma, se quiser escovar os dentes e tomar um banho – Eu disse e ele colocou Louis no chão.

- Ah sim, eu vou só escovar os dentes.

- Suas roupas estão em uma sacola de papel em cima da cabeceira – eu disse colocando as mãos atrás das costas, eu estava meio que sem saber como agir em sua frente mesmo depois de ter ajudado ele quando estava bêbado, era como se eu estivesse o conhecido novamente.

- Okay ma chérie – eu sabia francês o suficiente para saber que ele me chamou de querida mas prefiri não falar nada. Ele apenas deu meia volta e foi até o banheiro.

Depois de um tempo ele voltou e todos nós comemos a mesa. Almoçamos com Paul e Louis conversando tanto que eu até estranhei, sobre filmes, quadrinhos e carrinhos.

Quando terminamos ouvimos o som da campanhia e eu fui até a porta abrindo a mesma, enquanto Paul foi pegar suas coisas e escovar os dentes. Dando de cara com George, ele estava com óculos e com um tipo de boné para não ser reconhecido. Ouvi a televisão ser ligada, provavelmente as crianças, mas eu não duvido que Louis esteja encarando George como fez com Paul.

- Hey Rosie – ele disse dando um sorriso amigável e eu retribui do mesmo jeito, ele tirou o boné e o óculos me encarando. Seu rosto era extremamente fino mas isso fazia com que fosse um charme só seu, seu cabelo não tinha mais aquela franja, era fato que os Beatles não estavam mais naquela fase de mocinhos, era claro isso e eles estavam mudando, uma mudança boa – Que prazer vê-la novamente – eu estendi a mão como comprimento e ele a puxou junto ao meu corpo, formando assim um abraço caloroso. Achei estranho mas okay.

- Igualmente George – eu disse e ele partiu o abraço. Paul passou por mim e ficou ao lado de George olhando pra mim.

- Então Rosie... Como agradecimento por ter cuidado dessa praga, sabemos que não é fácil. – Paul encarou George com uma cara de ofendido e eu dei uma risada nasal – Gostaríamos de que fosse a um jantar no próximo sábado na minha casa, os meninos vão estar lá, não sei se você gosta de futebol mas nós vamos assistir ao clássico – ele disse com as duas mãos juntas – Se você quiser ir, eu te busco – Paul parecia estar confuso pois não sabia de nada do jantar tanto quanto eu.

- Claro, seria uma honra – eu disse dando um sorriso sem mostrar os dentes. Paul pareceu ficar feliz com minha resposta mesmo ter ficado sabendo quase agora desse jantar, apenas eu e os Beatles. Soa muito estranho, nunca pensei na minha vida que isso aconteceria.

- Ótimo! – George bateu a palma uma na outra – Te busco as 19:00 – Ele pareceu bem animado – Não precisa levar nada.

- Ok ok George ela entendeu – Paul colocou a mão no ombro do mesmo que o encarou com uma cara de que havia estragado algo – Vá descendo, eu já vou – Paul disse e George assentiu.

- Nos vemos no sábado, Rosie – ele disse dando um aceno indo em direção a escada, até que sumiu de nossa visão do corredor.

- George é tímido na frente das câmeras mas pessoalmente... – ele levantou as sobrancelhas só falar do amigo. – Então, muito obrigado Rosie, por ter me aturado essas horas – ele falava fazendo gestos com as mãos como se estivesse nervoso ou algo do tipo – Eu não costumo ser assim, ainda mais com pessoas que acabei de conhecer – Isso me atingiu mas sei que não foi por mal.

- Tudo bem Paul – eu disse encostando no batente da porta.

- Não quis soar mal, me desculpe – ele disse encolhendo os ombros com um sorriso de que havia feito algo ruim – Mas eu tenho que ir, George vai me matar se eu demorar mais – Ele disse voltando a sua posição normal.

Ele chegou perto de mim e beijou o topo da minha cabeça e colocou a mão quente na minha cintura, fechei os olhos aproveitando a sensação gostosa que senti dentro de mim como conforto.

- tenho que ir Clark – ele colocou as mãos nos bolsos, deu meia volta e saiu andando até sair da minha visão assim como George minutos atrás.

Eu fiquei como uma idiota encarando o corredor vazio apenas refletindo no que acabara de acontecer mas fui interrompida por barulho de passos vindo do corredor, Paul vinha com uma feição séria e eu fiquei em dúvida do porque ter voltado.

- ué ? Esqueceu algo? – eu perguntei assim que ele chegou a minha frente.

- Esqueci de fazer algo muito importante – ele fitou os meus lábios,  umedecendo os lábios com a língua e minha cara foi como se tivesse um ponto de interrogação bem na frente.

Ele chegou a milímetros do meu rosto ainda me encarando e agora percebi o quanto seus olhos eram lindos e profundos. Ele fez algo que sinceramente eu estava querendo desde que eu o vi. Seus lábios macios entraram em contato com o meu e nesse momento eu havia perdido a noção de tudo, e única coisa que passava na minha cabeça era o quanto eu queria esse beijo faz tempo, o momento era nosso. Suas mãos firmes apertaram a minha cintura e automaticamente eu coloquei a mão direita em seu braço e a mão esquerda em seu pescoço quente. Nossos lábios se movimentavam com delicadeza até que nossas línguas se tocam e se movimentam e com certa urgência como se dependessemos disso e a cada vez que ele fazia uma movimento, ele apertava cada vez mais minha cintura me fazendo suspirar pelo beijo. Ele mordeu o meu lábio inferior e eu sorri entre o beijo. Seu beijo era rápido e lento, selvagem e doce, desesperado e calmo. Ele era como seu beijo, conseguia ser tudo e nada ao mesmo tempo.

O ar fez se fez falta que chegou a minha garganta doer, nos separamos e ele me encarou com um sorriso sem graça, seus lábios estavam extremamente vermelhos pelo nosso ato. Ainda estávamos a milímetros de distância, eu conseguia sentir sua respiração batendo contra a minha.

- Te vejo sábado Clark– ele disse e deu um selinho rápido dando meia volta saindo logo em seguida.

O que havia acontecido aqui? Oh my gosh. Eu estava parada ainda na frente da porta, sorri feito idiota e meu sorriso mal cabia no meu rosto de tanta felicidade, meu coração ainda estava batendo forte, eu estava com um frio na barriga e ao mesmo parecia ter borboletas batendo contra a parede do meu estômago. Dei meia volta e Louis me encarava com cara de nojo, Jasmine estava tão entretida na tv que nem prestou atenção.

  - Você não viu nada - semicerrei os olhos e ele levantou as mãos em forma de rendição.

...

  Dia 4 de fevereiro de 1966, sábado 19:00

Eu estava boquiaberta do com o tamanho do portão da casa de George. Como prometido eu iria jantar na casa dele e ele foi me buscar enquanto os meninos faziam a comida em sua casa. Fomos o caminho todo conversando, ele perguntou da minha vida o tempo todo mas como sempre, não tinha muito o que falar sobre a minha pacata vidinha inútil. Eu pensei essa semana toda em Paul, mal conseguia esperar pra hoje.

Ele passou pelo portão que abriu automaticamente, revelando uma casa enorme cor creme com detalhes em um amarelo meio dourado, um enorme gramado e um jardim lindo. Ele estacionou na garagem e nós dois saímos do seu carro.

- Por aqui – ele me chamou até uma enorme porta de madeira bem alta. Ele abriu a porta revelando uma a casa por dentro, por um minuto senti vergonha por ele ter ido ao meu que posso chamar de apartamento, aquele ninho num bairro fim de mundo. As cores que mais vi foi Branco, dourado e preto. Era uma mistura boa, sua casa mesmo sendo grande era aconchegante e sua decoração era linda.

- Com licença – eu disse entrando na mansão.

- Venha os meninos querem te ver – ele disse me puxando até o que deduzo ser a cozinha. Para minha má sorte, os meninos já estavam lavando, secando e guardando a louça. Queria tanto ver Paul cozinhando, seria icônico mas ele ainda estava com um avental por cima de sua roupa.

- Já fizeram a comida escravos ? – George disse pegando uma garrafa de whisky acima da mesa, dito isso os três nos olharam.

- Hey guys – Eu disse dando um pequeno aceno para os meninos, eu sentia que eles me olhavam como se fossem jurados de um programa de talentos e eu fosse horrível. Mas foi totalmente ao contrário.

- Oii Rosie! – Ringo largou o pano de prato em cima da mesa e veio ao meu encontro me dar um abraço, eu retribui o abraço.

- Oii Ringo – Eu disse e ele partiu o abraço. Logo em seguida veio John.

- Hey Rosie – ele disse me dando um abraço que partiu logo em seguida – Cinthia quer ter conhecer. Assenti com a cabeça, não é todo dia que a esposa de John Lennon quer falar com você.

E por fim Paul que estava com um sorriso sem mostrar os dentes, ele tem um rostinho que dá vontade de morder. O problema era que eu não tenho a mínima ideia de como agir depois do nosso beijo, eu deveria apenas abraca-lo ou dar um beijo em seu rosto. Ele chegou perto colocando as mãos em meu rosto dando um beijo no topo da minha cabeça (de novo) eu amava esse gesto de ... Talvez carinho?

- Hey babe – ele disse e logo depois me abraçou apertado e eu retribui, eu nunca me cansaria desses abraços.

- Vamos jantar logo ? Estou morrendo de fome! – disse George brotando ao nosso lado e nós partimos o abraço.

- Oii – disse uma voz feminina que presumir ser de Cynthia, ela veio até mim com um sorriso, ela deu Julian para o John que pegou o pequeno nos braços com cuidado – Então essa é a famosa Rosie? – ela me deu um rápido abraço como cumprimento e quando separou ficou com as mãos na lateral dos meus braços.

- Oii e você é a famosa Cynthia, é um prazer conhecê-la – eu disse e os meninos arrumavam as coisas para por na mesa.

- Igualmente menina, você é tão linda quanto me disseram, Paul Sempre teve bom gosto – ela disse sorrindo.

- Obrigada – eu sorri ao que ela disse sobre Paul.

A sala de jantar era enorme, como George poderia morar nesse lugar sozinho? Eu me perderia fácil nessa casa.

Nos sentamos nas cadeiras já que o jantar estava meio que dentro de uma forma de vidro. Era risoto de carne, ah como eu amava, o cheiro já me fazia ficar com água na boca.

Eu sentei entre Ringo e George que faziam piadas a todo momento, Paul sentou a minha frente e do seu lado esquerdo estava John, ao lado de John estava Cynthia com Julian em uma cadeira alta para bebês. Nos servimos e começamos a comer, até que escutamos o barulho da campanhia.

- Está esperando mais alguém George? – disse John encarando George por baixo dos óculos redondos.

- Não – George franziu o cenho se levantando – Já volto, vou ver quem é. – ele se afastou e saiu da sala de jantar saindo do nosso campo de visão.

- Como eu estava dizendo: Estávamos pensando em tirar umas férias e ficar em Liverpool por um tempo para descansar – Disse John que logo deu uma garfada em seu risoto levando a boca logo em seguida.

- Adoraria ficar aqui e curtir um pouco a cidade já que faz muito tempo que não paro quieto aqui – disse Paul me encarando, ele estava feliz com a decisão tomada pelos meninos – E ... – Paul foi interrompido por uma voz feminina que pairou pelo cômodo.

- OII GENTE! – A ruiva deu um grito ao chegar perto e John fez uma careta fechando os olhos pelo barulho que ela fez, ouvi um “droga!” saindo de Ringo que estava ao meu lado, não estou entendendo nada – Estou vendo um rostinho diferente – ela franziu o cenho e ao mesmo tempo fez uma cara de nojo pra mim – Quem é essa ?

- Erh... – disse Paul se levantando para me apresentar a ruiva, ele estava nervoso e talvez aflito mas por que? Era aparente isso, todos perceberam isso – Jane essa é Rosie, uma amiga que conhecemos ha pouco tempo – disse Paul piscando os olhos várias vezes de nervoso. Paul já havia me falado dessa tal Jane dizendo ser sua amiga. – e Rosie essa é Jane minha... – Ele não sabia o que falar, tinha gotas de suor em sua testa e ele me olhava com algum medo.

- Noiva. – Jane deu um sorriso colocando sua mão onde tinha uma aliança na minha cara quase. Ela deu um rápido selinho nele que mal moveu seus lábios para ela, apenas ficou parado esperando minha reação. Eu estava pasma, nervosa, magoada e qualquer outro sentimento ruim, eu queria tanto socar a cara de Paul agora mesmo em cima dessa mesa. Como ele teve a cara do pau (rs) de mentir pra mim dizendo que Jane era apenas uma amiga, dar em cima de mim e ainda me beijar sendo que estava noivo? Eu estava com vergonha, nojo e tudo mais que tinha direito de estar.

- c-como? – gaguejei de tão nervosa que estava, mas não deixei transparecer isso, pelo menos eu acho. Levantei às sobrancelhas para Paul, como eu teve a coragem de fazer isso comigo?

- Sou a noiva dele, você não sabia? – ela disse enroscando seus braços em volta do pescoço dele. – quer dizer... É que todo mundo sabe – ela deu uma risada convencida, logo deu beijo no pescoço de Paul.

- Ah... Eu sabia sim – eu disse encarando Paul com toda a minha raiva, o mesmo olhou para o Ringo com um olhar de socorro.

- Bom... Eu já vou indo – ela disse dando um beijo no rosto de cada um dos meninos – Só passei para dar um “oi”, eu vou para casa de uma amiga minha que mora no mesmo condomínio, então descidi passar aqui. – ela disse me encarando – Bye bye – mandou um beijo no ar e saiu logo depois, tudo que ouvíamos era o som estridente dos saltos de Jane batendo contra o chão. O silêncio pairou pelo comodo e o clima estava tenso.

- George com licença, eu vou tomar um ar – eu disse e ele concordou com a cabeça e eu saí da sala de jantar indo até o jardim. Sabia que Paul iria atrás de mim para tentar se desculpas mas antes ele iria ouvir. Por enquanto estava só sentindo a brisa e observando as rosas bem cuidadas.

Minutos depois ouvi passos atrás de mim e eu me virei na hora vendo Paul com as mãos atrás das costas com uma cara de “eu sei fiz merda”

- Rosie eu... – ele começou a falar mas eu o interrompi. O vento estava forte fazendo com que eu abrasasse meu próprio corpo e meu cabelo ir para rosto, assim como os de Paul que estavam bagunçados

- Paul porque não me disse que estava noivo antes de tudo isso começar? Por que ? – eu vou jogar um verde pra colher maduro.

- Rosie, eu não gosto dela – ele disse sereno – Eu só... – ele não conseguia falar mais nada.

- Paul independentemente se você gosta dela ou não, você não deveria ter feito isso! Ela gosta de você, não consegue perceber? não se importa com ela? Ou como ela ficaria se soubesse que você me beijou! Sei que pra você não é grande coisa mas pra mim é! Mas é claro que ela já iria vim com sete pedras pra cima de mim assim como toda a mídia assim que soubesse e você ficaria pasmo não é? você não pensou nem um pouco nisso? Não pensou nas consequências? Ah meu Deus – eu andava de um lado pro outro e ele ouvia calado até se pronunciar.

- Rosie você sabe que não é isso, eu só estava cansado de tudo isso em cima de mim! Eu só cansei de tentar fazer tudo isso parecer normal, Eu te disse isso, eu só precisava de alguém para me acalmar só isso e você apareceu e aconteceu! A gente não pode mudar isso nem se quiséssemos. Você me deixaria na boate naquele dia? Me deixaria lá parecendo um bêbado varrido? Você não me daria aqueles conselhos? Você não iria conrresponder o beijo?– ele levantou as mãos fazendo gestos enquanto falava.

- Pois eu teria feito muita coisa diferente, começando por você que tinha que ter me falado que Jane era sua esposa desde o primeiro dia, se você tivesse me falado, muita coisa não teria acontecido e eu não me sentiria culpada como estou agora. Eu não te deixaria lá, mas também cortaria muitas coisas direto da raiz.

- Está falando do beijo? Rosie iria acontecer de qualquer jeito! Acontece! Mesmo eu te dizendo que Jane era minha noiva, a gente iria se beijar, não tem como negar, eu senti...

- Está querendo dizer que mesmo que eu soubesse que você é noivo, a gente iria se beijar mesmo assim? – eu dei um risada irônica – Eu tenho caráter e respeito pelo casamento dos outros, eu sou uma mulher de respeito acima de tudo – minha voz já estava fraca – afinal! O que você iria querer com uma garçonete qualquer? – limpei as lágrimas que queriam cair – as pessoas são mais do que brinquedos pra você se divertir Paul, por que mentiu pra mim? – o encarei.

- Porque por um momento eu queria saber como era ser um homem normal falando com uma mulher normal, porque Rosie com você foi diferente, você não me tratou diferente por ser um famoso e sim como um homem, eu sabia que se falasse que Jane era minha noiva, você iria fazer diferente, eu não me arrependo de nada, só lamento como aconteceu. Você sentiu o que eu senti não é mesmo ? Eu só quero te proteger – ele se aproximou demais mas eu virei o rosto – Você sabe do que estou falando – ele passou a mão na lateral do meu braço me fazendo arrepiar. Ele pegou no meu queixo me fazendo virar pra ele, suas pupilas se dilataram na hora em que eu o encarei. Em um movimento rápido ele me puxou e encostou nossos lábios, aqueles lábios novamente... Ele fazia com movimentos com os lábios bem lento com suas mãos no meu rosto, mas eu sabia que era errado e separei o beijo.

- Não! Você está me deixando louca – eu o empurrei fraco mas o suficiente para ele se afastar, limpei as lágrimas e o encarei – Agora vamos entrar lá antes e agir como dois adultos, não quero estragar a noite deles.

  - Rosie eu gosto da sua companhia, não quero que as coisas fiquem assim por um motivo idiota como esse – eu não respondi nada, só fui até a porta que dá para a casa. Eu não sei o motivo de isso ter me deixado tão brava, não era nada especial ou algo do tipo, eu não sinto nada por ele. Eu acho...


Notas Finais


Espero que tenham gostado amorees, elogios, críticas ou sugestões nos comentários e também no meu twitter @Mclennonbitch


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