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História The walkers - The fire


Escrita por: thiaghost25

Notas do Autor


Algumas informações como caracteristicas de personagens não são detalhadas para que o leitor possa liberar sua imaginação

Capítulo 1 - The fire



Naquele fim de tarde quase anoitecendo, a cidade ja estava silenciosa, ou pelo menos nos bairros mais afastados do centro, mas também era de se esperar, com a onda de assaltos que assustaram a pequena cidade de Patos.

Foi um dia puxado para a policia, vários assaltos a pequenos mercados, arrombamentos de caixa, entre outras coisas que tiraram o sossego da cidade.

Eline é a comandante da guarnição, junto com ela na viatura estava o sargento Thiago, e no volante o soldado Igor. Eles passavam por ruas silenciosas, um silencio que poderia ser quebrado a qualquer instante, os únicos sons escutados aquela noite eram cachorros latindo para gatos que ficavam em cima do muro.

-Viatura 141 - a voz de Thay saiu do radio
-Tenente Eline na escuta, prossiga - Eline respondeu triste, ja pensando no que sería
-Tentativa de assalto na rua Antonio Felix, próximo ao salão de barbeiros -  Thay falou com a voz meio tremula

Aquele endereço correspondia ao endereço da Tenente Eline
-VAMOS IGOR - Eline gritou alto dentro do carro -, RAPIDO
-Sim senhora - Igor acelerou muito, eles estavam a poucas ruas do ocorrido

Chegando próximo ao local, de longe já viram a casa de Eline aberta e com as luzes apagadas, Ela não esperou nem o carro parar para sair e ir correndo até o portão. Dentro estava tudo escuro e silencioso. Eline passou a mão no disjuntor, as luzes se acenderam.

"SURPRESAA" muitas vozes soaram ao mesmo tempo, sua mãe, seus amigos, inclusive seus parceiros de patrulha que vinham logo atrás.

Era aniversario de Eline, e ela não sabia se sorria ou se matava todo mundo pelo susto pregado.

- Feliz Aniversario amiga - Betha é sua melhor amiga, deu um grande abraço, o presente estava em suas mãos

- Obrigado Betha, Quase me mataram de susto - Eline soltou o abraço e falou se virando pra suas costas e viu o sargento Thiago rindo acompanhado do soldado Igor - Vocês sabiam né?! Esse tempo todo

-Deu certo Thay - Thiago falava com Thayrone no Radio -, ela caiu direitinho.
Eline fez questão de cumprimentar todos que estavam em sua casa, não era facil trabalhar no dia do aniversario. Lá estavam alguns amigos, inclusive seu amigo cientista Vitor, que trabalha no laboratorio da cidade.

-Vitor, quanto tempo - Eline estendeu sua mão -, Muito trabalho?
-Oh sim, alguns colegas estão trabalhando com experimentos em animais, um tipo de crescimento de células independentes – Vitor é o tipo nerd, que gosta de explicar tudo - mas nada que eu tenha me aprofundado
- Ah, Bons estudos então - Eline balançou a cabeça positivamente sorriu, e saiu em direção aos outros da festa
Pessoa por pessoa ela cumprimentou um a um, mas era noite de trabalho, ela não poderia se dar ao luxo de ficar alí, mesmo que quisesse, ela tem um bairro pra manter a segurança. Passou por sua mãe, beijou sua testa e se despediu do pessoal

-Xau pessoal, comemorem por mim, mais tarde eu volto ainda - Eline entrou no carro em seguida com Igor e Thiago Logo depois
Igor que por sinal continuava comendo doces. Naquele momento ela respirava aliviada, não era mais uma ocorrência, era apenas seu aniversario, todo mundo tinha a pegado de surpresa.
Enquanto os minutos vão se passando a cada momento Igor perguntava se não poderia voltar pra festa mesmo que seja pra pegar uns doces, mas o tanque da viatura estava esvaziando e era o suficiente pra chegar no posto pra abastecer.
A maioria dos postos estavam fechados, só havia um vinte e quatro horas aberto, e foi pra lá que eles foram. Ao se aproximar do posto haviam dois jovens em atitude suspeita, postos eram alvos faceis para os bandidos.
- Vai devagar Igor - Sargento Thiago falou do banco de traz - apaga as luzes de identificação
Igor cumpriu a ordem, olhando para aqueles dois montados em bicicletas indo em direção ao posto.
Um dos bandidos desceu da bicicleta e foi e tirou uma arma da cintura, correu em direção ao caixa do posto e apontou a arma na cabeça do frentista.
Eline mandou igor ligar a cirene pra intimidar os bandidos, mas o que ficou pra traz tambem puxou a arma, e apontou na direção da viatura.
- ARMA NO CHÃO - Thiago saiu gritando da viatura - ARMA NO CHÃO AGORA
O bandido disparou um tiro em direção a eles, porém pegou no retrovisor, o outro que estava no posto pegou o frentista de refém. Imediatamente Eline também saiu correndo do carro pra se abrigar atras de uma arvore.
"POW POW"
Thiago não errou os tiros que acertaram em cheio o primeiro bandido, já o que estava no posto atirou na cabeça do frentista.
Eline saiu de traz da arvore e deu 3 tiros no bandido, errou 2 tiros, mas o ultimo foi fatal, acertou o bandido em cheio.
Igor continuava no carro, ainda se protegendo, abaixando a cabeça, enquanto Eline e Thiago examinavam a situação.
-É temos três mortes - disse Eline
-Esses dois eram menores de idade - afirmou Thiago
-Nós podemos alegar que eles atiraram primeiro
-Claro que podemos
-Inclusive...
BOOOOOOM

O posto esplodiu, os tiros que Eline pegou em uma bomba de gasolina, Thiago e Eline foram jogados longe, tudo era fogo, tudo caiu, tudo se apagou.

O caos tomou conta das ruas, pessoas desesperadas correndo por todos os lados, a cidade toda estava apagada, um incêndio de proporções jamais vista, alguma coisa tinha explodido junto com posto, a humanidade.

Um ano depois.

Igor dirigia veloz o carro que um dia foi da policia, não havia movimento nas ruas, prédios completamente abandonados, casas entreabertas, carros amontoados, alguma coisa mudou desde então, Patos não parecia a mesma, mais silenciosa, ruas inteiras livres de transito, não havia mais sinais de celulares nem energia elétrica.
O carro parou por alguns instantes, era o ponto marcado da equipe que estava e missão por buscas de suprimentos. Pouco tempo depois entraram três pessoas no carro, outro carro vinha logo atrás, a equipe “A” e a equipe “B” estavam juntas, já estava tarde era hora de partir.
A noite caiu enquanto os carros ainda estavam na estrada, até eles saírem da cidade para a rodovia federal em direção a comunidade, que ficava alguns quilômetros a frente.
“Comunidade de Santa Gertrudes” a placa indicava que eles tinham chegado, um muro alto de madeira, com cercas e guaritas. Quando os portões se abriram e os carros passaram.
-Igor, tudo certo? – Thiago foi em sua direção
-Sim, demoramos um pouco mas nada de mais – Igor respondeu dando tapinhas no braço de Thiago
-Conseguiram muita coisa? – Thiago perguntou
-Sim Thi – Jacq respondeu saindo do banco da frente do carro -, se bem que é difícil encontrar mantimentos bons, já que a porra dos alimentos parou de produzir
-Pois é – Jorge saindo do banco de traz, falou com cara de poucos amigos, enquanto Marcio também saia pelo outro lado.
-Luiz, ocorreu tudo bem lá? – Thiago se direcionou para o carro B,
-Nos encontramos no ponto combinado, os mortos devem ter se concentrado em outro ponto da cidade – Luiz patrulhava em um carro mais silencioso, para não atrair tanto a atenção.
Fazia parte do carro B, verificar outros pontos que possam ser verificados nas próximas viagens, enquanto isso esvaziavam o carro A, muitos quilos de alimentos foram tirados, e levados para dispensa.
Jorge e Marcio sentaram nos bancos a frente da longa rua, acenderam um cigarro cada um, Jorge cuspia algo que parecia sangue, fumando alguns cigarros que encontrava pela cidade, desde que chegou a comunidade ele fumou muito mais, pelo menos de cigarros por dia
-Não preciso nem dizer que você te que para de fumar – Thiago falou
-Por que eu pararia de fumar? – Jorge respondeu – que diferença faz se eu viver ou morrer? Se eu tiver que viver com a morte batendo na minha porta, prefiro morrer fazendo o que eu quero
-Tudo bem, tudo bem – Thiago não gostava da idéia, mas respeitava sua escolha -, só espero que se cuide
Marcio continuava ali observando os dois falarem e olhando para aquela poça de sangue.

No outro dia Lucas assumiu o muro oeste, era muito cedo, foi mais uma noite tranqüila, as pessoas La em baixo estavam tomando café da manhã, Eline passeava com seus cachorros, junto com sua amiga Betha, em outro local, Thay preparava a churrasqueira.
Em fim, era uma manhã comum para a comunidade, Lucas mirou longe em direção a mata vasculhando o perímetro, algo se movia em sua direção, lento e morto, aquele pedaço de carne podre andando deveria ter saído de sua horda, ou deve ter morrido sozinho. Lucas atirou na cabeça do zumbi, sua arma com um silenciador acabara com o único zumbi daquela semana.
Horas mais tarde o churrasco do Thay já estava quase pronto, o cheiro de carne estava no ar, parecia delicioso, logo todo mundo estava fora de casa, varias mesas estavam nas calçadas.
-Pessoal, lembrando que a carne tem que ta bem assada – Thay sempre alertava para possíveis infecções, que as carnes que trouxeram de frigoríficos abandonados
-Thay, está perto? – Igor perguntou
-Quase, espere só mais um pouco – Thay respondeu
-Poxa, to com uma fome do caralho – Igor falou passando a mão na barriga
-Ei cara – Jorge chamava a atenção do Igor -, vem aqui comigo, preparei o almoço mais cedo, vem comer comigo
-Claro, vamos – Igor se juntou com Jorge e entraram na casa
Lá dentro as panelas estavam à mesa, Jorge foi em direção aos pratos e serviu uma porção de feijão com pedaços de carne que ele tinha pego mais cedo.
-Deve ta bom isso – Igor falou olhando para o prato cheio – você não vai comer agora?
-Não, to sem fome – Jorge sentou no sofá da sala, enquanto Igor atacava o prato
Jorge tossiu e sangue saiu da sua boca direto pro chão, ele estava muito mal, tossia mais a cada instante, e olhava pro jeito como Igor comia aquela comida. Jorge pegou um pedaço de papel e escreveu algumas coisas.

-PESSOAL, O CHURRAS TA PRONTOOOOO – Thay alertou a todos que o almoço ia ser servido
-Opa, ainda bem não agüentava mais – Betha foi a primeira a sentar nas cadeiras para o almoço.
Em seguida todos estavam às mesas com exceção de Igor e Jorge que continuava dentro de casa, mas todo mundo já estava comendo, Eline sentada do lado de sua mãe, seus cachorros comendo as rações, e todos estavam bem, Lucas elogiava o Thay enquanto Thiago comia pedaços de carne.
Jacq resolveu ir atrás dos dois que faltavam, ela passou primeiro pela casa do Igor que não havia ninguém, depois foi na casa do Jorge. Jacq bateu na porá varias vezes antes de entrar.
-Jorge, vamos – ela falou olhando pra ele ali deitado no sofá – estão todos almoçando
Jorge não respondeu, no banco perto de onde ele estava, tinha um bilhete
“Desculpem, eu não conseguí morrer sozinho”
Jacq estava vendo seu corpo, percebera naquela hora que ele não respirava mais, um frasco de veneno estava em sua mão direita, e ao olhar para o lado, viu Igor, com a face sobre o prato, as mão soltas, ele estava morto.

Escorriam lagrimas no rosto da Jacq, Igor estava morto, Igor recrutou a maioria do pessoal que havia alí, inclusive ela. Ela chorou, sem saber o que fazer, aqueles corpos se reanimariam, ela tinha que acabar logo com isso, pegou sua faca e cravou na cabeça do Jorge pra que ele não reanimasse depois ela foi em direção ao corpo do Igor, mas algo estava estranho dentro dela, ela não conseguiria, aquele que um dia foi o Igor, voltava a respirar, mas de sua boca não saía nada mais do que simples grunhidos.
Jacq saiu chorando da casa, trancou a porta e foi em direção aos outros, Betha percebeu o choro, e logo se adiantou, elas deram um abraço longo
-Oh amiga, o que aconteceu? - Betha perguntou baixinho no ouvido
Mas Jacq só mostrou o bilhete e o frasco de veneno, Betha viu que algo se mexia la dentro, algo estava na porta.
-O Jorge trouxe esse veneno da nossa ultima varredura na cidade - Jacq agora conseguia falar, mas ainda com a voz triste - ele escreveu que não conseguia morrer sozinho.
Quando os outros perceberam as duas conversando e perseberam que havia algo errado com a Jacq, Lucas, Thiago e Eline se aproximaram
-Jacq, o que houve? - Lucas perguntava antes de chegar até ela
-Jorge se matou - Betha respondia por ela
-E vc acabou com ele? - Lucas de novo fazia uma pergunta
-Sim - respondeu balançando a cabeça - mas não é só isso
Houve uma pausa, ela finalmente falaria o que aconteceu
-Ele matou o Igor - Jacq voltou a chorar
Os outros também sentiram uma forte angustia por dentro, Eline e Thiago se abraçaram, Igor foi parceiro dos dois nos tempos de policia
-Ele ainda ta la dentro, ele se transformou - Jacq apontava para a casa - eu não consegui acabar com ele
Mesmo com lagrimas nos olhos, Lucas foi em direção a casa. Quando ele abriu a porta, de dentro da casa saía um Igor zumbificado, todo mundo estava vendo aquela cena.
Lucas acabou com seu sofrimento, com uma faca cravada na cabeça, aquele que um dia foi o Igor, caía no chão.

Mais Tarde, os corpos estavam enrolados em lençóis, em cima de pedaços de madeira do lado de fora na comunidade.
Eline havia escrito uma dedicatória, e antes que o corpo fosse cremado, ela começou a ler
"Durante um tempo fui a comandante dele, não conheci um soldado mais leal que ele, nem sei se ainda vá nascer algum. Ele nos salvou do fogo que quase nos matou, ele nos levou até o hospital para sermos tratados, ele trouxe a maioria de nós pra cá. Igor se foi, mas ficará pra sempre em nossos corações"
Marcio só observou, ele tbm tinha sido recrutado por Igor, assim como Jorge, ele levantou a mão.
-O jorge era meu amigo, viemos pra ca juntos - Marcio também estava com os olhos lacrimejando - quando tudo começou ele ja tinha pensado em suicidio.
-Ele teve que levar a pessoa que o trouxe pra ca - Thiago falou triste
-Ele tava com câncer no pulmão - Marcio deixou as lagrimas caírem dos seus olhos.

Thay tocou fogo na fogueira, o fogo começou a queimar a madeira e os corpos que alí estavam. Aos poucos o fogo consumiu tudo, em minutos tudo era cinza,


Notas Finais


Nos proximos capitulos melhorarei as edições, esse capitulo piloto foi pra testar as possibilidades


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