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História The walkers - Sem esperanças


Escrita por: thiaghost25

Notas do Autor


uma revelação nada agradável aguarda nossos sobreviventes

Capítulo 3 - Sem esperanças


Estavam todos reunidos a mesa para o almoço, alguns ainda com os olhos molhados de chorar pela morte do Igor. Foi servido uma porção de vegetais plantados e colhidos na própria comunidade, batatas, cenouras e uma boa quantia de alface. O Thay era o único que ainda pegava um pedaço mínimo de carne para acompanhar, apesar do estoque de carne está quase acabando.

Um barulho de buzina soou do lado de fora dos portões, o carro de recrutamento chegou, Marcio correu para abrir o portão, enquanto bruno entrou e estacionou bem próximo, a novidade para todos foram as duas pessoas que vinham logo no banco de trás, coincidentemente eles também vinham com os olhos cheios de lagrimas.

 
Jess saiu do carro e foi em direção a sua esposa Kay, ainda com as roupas suja de sangue de zumbi, elas se abraçaram, depois ela falou com os outros amigos, Bruno e Joelza saíram logo depois e em seguida apresentaram Vildete e Edu.

          -Esses são Vildete e Edu – Disse Joelza apontando para os dois – recrutamos eles hoje de manhã, depois de quase desistir e voltar para cá

 
          -Sejam bem-vindos a nossa comunidade – Kay falou, e voltou o olhar para Jess –, e você mocinha, esse tempo todo fora, eu senti tanto sua falta, fiquei a maioria do tempo dentro de casa, aconteceu uma coisa que vocês precisam saber

O silencio tomou conta do momento enquanto kay falava, Eline vinha chegando para junto daquela turma, Lucas também chagava por alí.

 
          -Perdemos duas pessoas ontem – Eline falou – Igor e Jorge morreram

Lagrimas escorreram dos olhos de Jess, Igor era seu amigo, e ele tinha trago as duas para a comunidade, Joelza também se entristeceu e Bruno baixou olhou para Vildete e Edu, os dois também perderam pessoas essa manhã

          -Vildete e Edu também perderam pessoas essa manhã enquanto recrutávamos eles – Bruno falou – todos nós perdemos pessoas.

-Sinto muito por vocês – Disse Eline – por favor, juntem-se a nós no almoço

         
-Não estou com fome – Disse Edu

-Foi uma longa viagem, é melhor eles descansarem – falou Joelza

         
-Vamos entrar, depois do almoço nos falamos com vocês – Eline chamava os dois para sua casa onde estava sendo servido o almoço.

Jess foi pra casa junto com Kay tomar um banho, Bruno se juntou ao pessoal para o almoço, e Joelza levou os outros dois pra dentro.

Na mesa ainda estavam os pratos, Thiago conversava com Thay e Beta quando o pessoal entrou

Os olhares se voltaram para os outros dois que entraram depois, Eline apresentou eles ao resto da turma e gentilmente pediu que se sentassem no sofá. Beta se ofereceu pra mostrar a cidade aos dois, mas Vildete estava cansada de mais, mas Edu aceitou e saiu junto com ela.

 

Beta andou com ele observando as casas e lhe disse qual as que estavam vazias que Vildete e Edu poderiam ficar, e ao passar pela casa do Igor ela explicou o que ocorreu no dia anterior a sua chegada. Edu observava as placas solares que faziam a eletricidade funcionar na comunidade

-Vocês têm energia solar aqui? – Edu questionou

-Sim, esse lugar foi planejado bem antes de tudo acontecer

-Agua quente nos chuveiros e tudo mais?
         

-Olha Edu, nós vivemos em uma cidade quente, não gastaríamos energia por um chuveiro elétrico – Beta respondeu – Mas as vezes é preciso usar o ar condicionado ou um ventilador

         
-Mas aquela comida lá – Edu apontava pra onde eles estavam almoçando – é conservada?

         

-O Thay é o nosso cozinheiro, a comida fica em um frigobar na casa dele

-Carne também?

-Não é todo mundo que come carne aqui, tem gente que não consegue depois que começou esse sangue todo, mas já que perguntou, vamos entrar aqui.

Beta entrou em um beco quase no fim da rua, depois de alguns metros chegaram a um criadouro de porcos, e mais pro lado uma horta bem verde, com pomares, coqueiros e bananeiras,

Eles voltaram caminhando mais um pouco, e enquanto passavam de frente as casas Jacq saia de casa ainda triste pela trágica morte de Igor e também por ela ter encontrado ele zumbificado, ela caminhava até o almoço enquanto os dois alcançavam ela, Beta abraçou e apresentou Edu, os três rumaram juntos até a casa e lá Edu sentou com Vildete e falou sobre o que tinha visto. Falou da casa que eles iriam ficar, das plantações e dos porcos que eram criados lá

 
Depois do almoço Eline chamou os dois para conversar, entregou as chaves de uma das casas e levou-os até lá, o interior da casa continha coisas básicas, estante, cadeiras, uma cortina cor de rosa, uma bola furada no canto, dois quartos e um banheiro social, e por fim deixou uma sacola com comidas.

          -Bom, essa casa agora é de vocês, ela ainda não foi ocupada por nenhum sobrevivente desde que chegamos aqui, mas garanto que ela ta limpa – Eline falou andando em direção a saída

-Obrigado, só vamos tentar descansar um pouco – Vildete agradecia

-Só evitem o chuveiro elétrico por que a agua aqui já é quente o suficiente – Eline completou – no mais, tenham uma boa tarde, e até o jantar
 

Quando Eline fechou a porta e foi em direção ao pessoal se despediu indo pra casa com sua mãe, Thiago assumiu a ronda nos muros e Lucas foi descansar. Todos se recolheram até que as ruas estavam vazias.

 

 
 

Depois do jantar quando todos voltavam pra casa mais uma vez, Eline parou pra conversar com Thiago, Lucas e a Beta

 

          -Amanhã fazem 4 meses que estamos sem notícias do pessoal que estão na cidade trabalhando no laboratório – Eline falava – Nós temos que ter alguma resposta da equipe do Vitor, e temos que chegar até o laboratório.

-Bom, nós temos que nos certificar que não tem zumbis no caminho – Thiago falou

-Depois de todo esse tempo, já era para termos rádios comunicadores – Lucas também falava

         
-Pois é, mas roubaram até dos carros da polícia quando começou tudo, e eu não pude fazer nada – Eline falou olhando para o Lucas

         
-Como você poderia fazer alguma coisa – Beta respondia – Você tava em recuperação

         
-Bom, nada de rádios, temos que ir lá ao amanhecer – Eline falou – vamos a minha casa para conversarmos

 
Os quatro caminharam até a casa, entraram e Eline pegou uns mapas na estante, abriu eles e colocou uns pesos em cima, apontou para o ponto onde fica o laboratório e o caminho que eles tinham que fazer.

          -Temos que chegar aqui – Eline apontava para um ponto já marcado no mapa – temos que fazer o caminho entrando pelo parque cruz da menina, passar pelo bairro Noé Trajano, e chagar até o laboratório que fica ao lado do antigo hospital regional

 
          -Certo, e quantos vamos? – Lucas falou

          -Temos que ir em dois grupos – Eline respondeu – Se lá tiver muitos zumbis, temos uma chance

         
          -Então temos que ir em pelo menos oito pessoas – Thiago falou
 

          -Em um carro, vou eu, o Lucas, a Jacq e o Luiz – Eline falou – No outro carro vão Thiago, a Jacq, o Marcio e o Thay

          -E esse pessoal todo não fará falta? – Beta questionou

          -Beta, você comanda o pessoal na nossa ausência, junto com a Joelza distribua as atividades, pergunte, peça alguém pra cozinhar amanhã que nós voltaremos assim que obtivermos resposta

          -Certo, mas não demorem ta bom, e tenham cuidado – Beta falava olhando para os três

 
          -Partiremos ao amanhecer e voltaremos talvez um dia depois – Eline concluiu – estamos entendidos, até amanhã

 

Quando o dia amanheceu os grupos estavam reunidos se despediram dos demais e partiram para a cidade. Alguns quilômetros depois eles estavam chegando em Patos, entraram logo que passaram do parque religioso cruz da menina, pegaram a rua que dá acesso ao centro e seguiram rumo ao hospital, onde Vitor estava com seu grupo.

 

Logo eles chagaram ao lado de fora do hospital havia alguém de guarda, Ary estava de pé com seus óculos escuros e uma cara de mal, quando o grupo se aproximou com os carros ele autorizou que os portões fossem abertos, logo Francisco abriu as portas para os carros entrarem

 

          -Ary, quanto tempo – Eline falou descendo do carro da frente

         

          -Olá, Eline, verdade, muito tempo – Ary respondeu

 

          -Precisamos falar com o Vitor – Eline continuou – precisamos saber se ele tem alguma resposta

 

          -O vitor tem estado meio ocupado ultimamente – Respondeu Ary – Mas acredito que ele possa falar vom vocês

 

Ary encaminhou-se até a porta de entrada, e sinalizou para que eles fossem até o final do corredor que o Vitor estava em sua sala. Todos do grupo seguiram até a sala no fim do corredor, Eline bateu na porta e rapidamente a porta se abriu, Vitor parecia feliz com a visita, depois de quatro meses eles estavam se vendo de novo

 

          -Olá Eline – Vitor falou – Quanto tempo!

         

          -Pois é Vitor – Eline respondeu – espero não está atrapalhando nada

 

          -Não se preocupe, na verdade eu já queria falar com você mesmo

 

          -Sobre? – Eline perguntou

 

          -Me acompanhe, vou te mostrar

 

Vitor, caminhou em direção a outro corredor, esse era bem maior que o de entrada, havia muitas portas trancadas e marcadas com placas feitas à mão. Vitor entrou em mais um corredor a direita e agora parecia mais escuro e mais à frente desceram em uma ladeira, a última porta tinha uma placa que indicava “NECROTERIO”

 

 

Vitor abriu e o odor de morte tomou de conta do setor, todos do grupo tamparam o nariz imediatamente, mas Vitor parecia acostumado com aquele ambiente, haviam mesas com zumbis deitados e presos, algumas gavetas dos armários estavam abertas.

 

          -Eline, pessoal, eu tenha estudado eles a algum tempo, e como eu sabia que vocês viriam meu pessoal conseguiu algumas mascaras para proteção, mas não tem pra todos – Vitor falou

 

Jacq, Luiz e o Marcio foram logo saindo da sala, eles pareciam enjoados e preferiram aguardar do lado de fora, Eline, Thiago, Thay e o Lucas colocaram as máscaras e permaneceram na sala.

 

          -Essas três mesas com zumbis fazem parte de testes que eu tenho feito – vitor começou a explicar – vejam esse primeiro, nós capturamos ele a um mês e o deixamos aí, notem que ele está sem forças mas ainda assim continua nesse estado, ainda estou esperando ele morrer

 

          -Eles estão ficando fracos? – Questionou Lucas – Eles podem morrer de velhice?

 

          -Boa pergunta, estou a um mês esperando que aconteça – Vitor respondeu -, mas vejam esse aqui, faz 2 semanas que prendemos ele aqui, ele só esta um pouco mais agitado que o outro de um Mês

 

Finalmente ele apontou para o ultimo zumbi, o mais agitado e diferente dos outros, parecia limpo e sem marcas de sangue na boca, apenas o pescoço quebrado e com marcas de asfixia.

 

          -Ele sente nosso cheiro – Vitor falou – Não sei como essa coisa conseguiu reproduzir nosso cheiro como algo que desse fome, como uma vaca pasta na grama

 

          -E o que isso tem de tão revelador? – Questionou Thiago – Por que estamos aqui vendo esses 3 zumbis?

 

          -Só quero com isso mostrar que seja o que for isso ele evolui – Respondeu Vitor – Mas não é só isso que tenho pra mostrar pra vocês hoje

 

Vitor andou em direção a porta de saída, e o grupo o seguiu, o pessoal que estavam fora acompanhou os outros, ele fez o caminho de volta até sua sala pegou umas chaves e foi para outro corredor, agora mais iluminado pela luz do sol que entrava pelas janelas, e salas abertas com pessoas deitadas nas camas, mas eles passaram por elas. Quando Vitor entrou na sala e abriu as cortinas, se viu vários jornais espalhados pela mesa, um quadro negro com desenhos de cabeças e cérebros, alguns mais escuros e outros mais claros

 

          -Vitor, o que é isso? – Eline questionou – não entendo

 

          -Vamos por parte – Vitor respondeu

 

          -Um desses cérebros é de pessoa normal, deve ser o com mais atividade cerebral – Lucas se adiantou

 

          -E esse com foco branco no meio deve ser a ação do... sei la o que – Thay completou – o que exatamente é isso?

 

          -Vocês acertaram, vamos para a segunda parte – Vitor respondia enquanto apontava para os jornais na mesa – Jacq, pega isso aí pra mim por favor

 

Jacq apanhou alguns jornais que estavam na mesa, mas eram estrangeiros, jornais de todos os lugares do mundo estavam alí, foi quando vitor falou

 

          -Eline, você lembra do seu aniversário, quando te falei que estamos trabalhando com células? – Vitor falou

 

          -Sim, Claro – Eline respondeu

 

          -Não eram células – Vitor continuou – cientistas do mundo todo estavam espalhando boatos sobre a possibilidade de haver uma terceira guerra mundial

 

          -Mais uma vez o que isso tem a ver? – Thiago falou

          -Eu chego lá – Vitor respondeu -, e espero que me ouçam...

-Esse jornal é de uma cidade da china, eu traduzi uma frase e quero que leia

 

Eline pegou o jornal e leu uma frase que estava a cima de símbolos chineses “O Mar é a solução”

 

          -Por que o mar é a solução? – Eline questionou

 

          -Nós chagamos agora a esse segundo jornal – Vitor pegava outro Jornal e entregava a Eline

 

Agora estava em francês e acima de uma frase circulada “A chegada do estranho”

 

          -O que é que essas duas frases têm em comum?! – Vitor perguntou – Elas foram escritas pela mesma pessoa na seção de ciência, mas por que?

 

Vitor pegou mais um jornal e apontou uma mais uma frase escrita, mas dessa vez ele mesmo leu, a frase estava em russo, mas foi traduzida “Morte à America”

 

          -Esse Jornal é de setembro de 2009, e circulou por Moskow, e entre nós cientistas por meio de e-mails – Vitor falou

 

          -Explique logo Vitor – Jacq parecia sem paciência

 

          -Agora vamos ligar os 3 pontos, por que um cientista chinês primeiro diria que o Mar é a solução e depois anunciava a chegada do estranho, e logo dois meses depois um jornal russo anunciava Morte a américa? – Vitor falou – A china criou uma arma com o objetivo de extinguir populações, algo que circulasse entre o povo sem parecer ameaçador

-O mar é a solução e morte a américa, eles não estavam dando só notícias, mas se comunicando também.

 

O silencio durou apenas segundos até que Vitor pegou uma folha de estudos e começou a ler

“Criamos a maior arma de destruição em massa, o que quer que os americanos tenham, não daremos chances a eles, nossa bactéria mutante vai fazer uma bagunça grande naquele país de merda”

 

          -E não para por aí – Vitor continuou

“Nossa bactéria comandará nações”

 

          -Mas eles erraram, não criaram bactérias, eles fizeram um virús e soltaram toneladas de agua no mar perto dos Estados Unidos, e não atingiram só os Estados unidos e sim a américa, estamos todos infectados por um simples motivo, o Mar multiplicou e evoluiu o vírus fazendo com que as pessoas que o contraíssem não sentissem

 

          -Mas como é feita a transmissão – questionou Eline – pelo ar?

 

          -Aí é que está, quando o agua evapora ela mata o vírus no ar, porém quando o vapor se transforma em agua de novo nas nuvens... o vírus revive, e foi o que aconteceu, nós somos setenta e cinco por cento agua, o vírus se alojou em nós, e no momento que nosso sistema é desligado, ele assume o comando do nosso corpo, transformando nessas coisas

 

          -Se isso aconteceu em 2009, por que demorou tanto tempo pra aparecer? – Lucas perguntou

 

          -Eu já disse que o vírus evolui – Vitor respondeu – No começo ele se apresentou como uma simples doença que levava as pessoas a morte, com isso ele demorava mais a responder tempo suficiente para fazer velórios

 

Vitor pegava o ultimo jornal de todos, nele tinha frases em inglês que dizia “Ressureição já é realidade na América”

 

          -O primeiro caso foi na cidade de Washington, um velório durou cerca de dois dias, e o morto se levantou do caixão, ele mordeu a esposa na boca, as pessoas tentaram separar, mas não tiveram êxito e acabaram sendo mordidos também

 

          -Mas pelo visto não ficou só na América – Thay falou

          -Não, isso se espalhou por muitos cantos, não se tem notícia de uma região que não tenha sido afetada – Vitor respondeu

 

          -Vitor, e com isso tudo alguém criou a cura? – Eline questionou

 

          -Antes que eu soubesse de alguma notícia sobre isso, a mídia divulgou com mais força os ataques aéreos dos Estados unidos à China, mas a guerra já havia acabado, os laboratórios chineses foram destruídos, nada mais foi feito em relação a isso – Vitor falou

 

          -Então quer dizer que estamos presos em um vaso entupido de merda e não tem ninguém para desentupir? Lucas falou com raiva

 

          -Exatamente Lucas – Vitor baixou a cabeça e confirmou – Não há cura

 

O silencio tomou de conta da sala, todos se entreolhavam alguns com lagrimas nos olhos, Eline procurou sentar enquanto Thay falava para todos

 

          -A cura é a seguinte... nós vamos matar cada filho da puta desses zumbis que nós encontrarmos, desse jeito podemos criar um novo sistema de sociedade, em que as pessoas só morrerão uma vez. Agora somos nós contra eles e eu estou faminto pra caralho.


Notas Finais


em breve o quarto capitulo


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