História The Walking Dead - Amor Perfeito - Conversa

Acordei cedo, olhei para o lado e Carl ainda estava dormindo, sair da cama bem devagar para não acorda-lo,fui ate o banheiro fiz minhas higienes matinais e segui ate a sala. Quando cheguei ouvi um barulho na cozinha, era Rick fazendo o café da manhã, fui ate ele.

•Melanie: bom dia... - disse lhe dando um pequeno susto.
•Rick: bom dia Mel... Posso chamar você assim? - gostava do nome "Mel", o único problema era que ele me trazia pesadelos do meu passado, e não gostava de relembrar isso, mas deixei. Balancei a cabeça
positivamente.
•Rick: sente-se Mel, vejo que está com a camisa do Carl, não se preocupe, mandei Maggie trazer suas roupas hoje mesmo.
•Mel: muito obrigado Rick, agradeço muito o que está fazendo por mim.
•Rick: não Melanie, você faz bem para minha família, você que pode mudar o coração de alguém - Rick falou me fazendo ficar confusa, talvez tivesse entendido mas não quisesse, pois isso só me magoaria.
•Mel: eu não sei por que pensa isso, mas acho que é algo inútil de se fazer, Carl é ... Complicado, difícil de mudar.
•Rick: então, talvez dois complicados dão um certo.

Ele se levantou pegando Judith e saiu, mas antes disse.

•Rick: tome café, espere sua roupa e se prepare para o treino. Daryl já deve está chegando.
•Mel: claro.

Ele saiu me deixado sozinha, olhei bem a casa que era bem arrumada, olhei na mesinha da sala e vi uma foto, nela estavam Carl, Rick e uma mulher, Carl ainda era pequeno,a foto parecia ter sido tirada ha muito tempo atrás, essa deveria ser a mãe de Carl. Ouvi um barulho de alguem descendo as escadas, olhei para trás era Carl, ele estava parado olhando para minha mão que estava com a foto.

•Carl: o que faz com isso?
•Mel: desculpe... Só estava olhando, essa é sua mãe?
•Carl: é... Antes de tudo isso acontecer. Me desculpe ter falado com você assim, não queria ser grosseiro. Mas estou tentando esquecer o passado.
•Mel: talvez esquecer, já funcione como um modo de lembrar.
•Carl: você sempre tem frases impressionantes para me dizer!?
•Mel: acho que sim - rimos um pouco, por mas que eu achasse o sorriso algo inútil, rir era bom.
•Carl: cadê meu pai?
•Mel: ele precissou ir, mas disse que Daryl vem nos buscar para o treino.
•Carl: espero então que tragam suas roupas, não pode treinar com a minha camisa.

Olhei para mim mesma, acho que não estava tão mal assim, quando olhei para frente de novo Carl estava rindo de mim, sorrir de uma forma irônica e me sentei para tomar café. Conversamos e em alguns minutos alguém entrou era Daryl, ele veio nos buscar para o treino.

•Carl: chegou cedo Daryl, algum problema?
•Daryl: não só vim trazer essas roupas para Melanie
•Mel: obrigado Daryl, muito gentil de sua parte.
•Daryl: claro,se arrume rápido que precisamos treinar.
•Mel: sem problemas - subi e comecei à me arrumar. Estava usando uma calça jeans preta/azulada com os joelhos rasgados, uma blusa regata e um blazer cinza de crochê que cobria ate um pouco abaixo da minha cintura. Desci as escadas e depois de dois olhares em mim, saímos sem muito o que falar.

Chegamos no local do treino, estava tudo arrumado, logo Daryl pediu para que eu demonstrasse minhas habilidades.

•Daryl: Mel, mostre o que sabe!

Peguei minhas adagas, lancei ate o alvo, e olha só acertei bem no centro. Os dois ficaram impressionados comigo, e claro que fiquei me achando.

•Daryl: bom... Faça de novo!

Peguei minha outra adaga, mirei em outro alvo, acertei novamente no centro.

•Daryl: manda bem com as adagas, Melanie, que tipo de arma você usava?
•Mel: uma espada, mas acabei perdendo ela - eu disse e olhei para o Carl, para que ele percebesse que era uma indireta
•Daryl: entendo, talvez quando eu for a cidade traga a sua espada de volta, quero ver como você haje com ela.
•Mel: claro, mas vou lutar com você?
•Daryl: não, com a Michonne.
•Mel: não conheço ela...
•Daryl: não se preocupe vai conhecer. Mas agora atire com a minha besta.

Peguei sua besta, mirei no alvo em movimento e atirei. Foi um tiro bem eficaz, na minha opinião.

•Daryl: bom... Muito bom, mas pode ficar melhor. Vou te preparar melhor amanhã, agora vou buscar suprimentos com Rick.

Ele saiu me deixando sozinha com Carl.

•Mel: então, o que fazemos agora?
•Carl: talvez eu possa te mostrar um lugar bem legal, isso se você quiser ir é claro.

Fiquei olhando para um lado e para o outro, não sabia o que fazer, ou o que responder.

•Carl: então... Você vem?- ele disse esticando sua mão para mim. Eu estendi minha mão bem devagar até a dele, e sentir uma pequena conexão, acho que ele também sentiu pois ele me olhou fixamente, mas eu desviei o olhar e seguimos em frente.

Chegamos em um local na floresta bem calmo, ele se sentou no chão e eu sentei também. Ele estava me olhando como se estivesse armando alguma coisa, então preguntei.

•Mel: algum problema Carl?
•Carl: não, só queria te dar isso.

Ele pega em sua cintura um livro, exatamente o meu livro favorito " O general em seu labirinto ", fico sem ação, pego o livro, fico olhando para o mesmo e depois olho para Carl, que estava sorrindo de emoção, lhe olho fixamente e lhe dou um abraço. Após o abraço ficamos meio envergonhados mas aproveito esse momento para agradece-lo.

•Mel: muito obrigado... Sabe, nem sei o que dizer.
•Carl: não precisa dizer nada. Eu sei o que está sentindo.

Ficamos nos encarando por um tempo, então ele pergunta.

•Carl: sabe, pra mim você ainda continua sendo uma garota misteriosa, me conta sobre você?!
•Mel: eu morava com os meus pais antes de tudo isso acontecer, mas minha mãe se separou de meu pai quando eu tinha 6 anos, não superei isso, meu pai sempre foi muito presente o que me fez querer morar com ele, ao descobrir que minha mãe tinha outro marido eu fiquei furiosa, fui mandanda ha passar um determinado período com ela e conheci meu irmão, ele tinha 9 anos na época, adorava cantar, ele se chama Luke Hemmings, tínhamos coisas em comum, isso fez com que tivessimos uma melhor aproximação.
•Carl: mas onde ele está?
•Mel: eu não sei, ele ficou com o pai dele, meu padrasto, quando meu pai morreu... - comecei a ver algumas cenas na minha cabeça do dia em que meu pai morreu o que fez com que eu ficasse com os olhos marejados - eu fugi e ele ficou,se tornou apenas lembrança, as vezes penso que não fui uma boa irmã por ter o abandonado...
•Carl: você fez o que achou que fosse certo. Não sabia que ele iria te deixar partir...
•Mel: ELE NÃO ME DEIXOU PARTIR -gritei com Carl, por causa do que ele disse sobre Luke.
•Carl: me desculpe, não queria dizer isso.

Estava quase chorando mas sabia que seria inútil, pois chorar não iria mudar nada.

•Carl: posso cuidar de você agora!

Olhei para Carl confusa, não sabia se podia confiar nele, afinal ele não sabia tudo sobre mim, nem eu sabia sobre ele.

•Carl: você permite que eu cuide de você agora?
•Mel: não sei o que dizer!
•Carl: não diga, apenas sinta - ele colocou sua mão em meu rosto e foi chegando perto de mim, estava respirando bem rapidamente, estava nervosa,comecei a sentir sua respiração também acelerada e então nos beijamos, ele tinha os lábios macios, o que me fazia ficar perdida, ficamos nos beijando ate o ar se fazer ausente. Quando paramos ficamos com as testas coladas, e sorrindo um para o outro. Depois ficamos sentados olhando para a paisagem, ate que decidimos voltar para casa.

Continua...