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História The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Das cinzas a escuridão


Escrita por: rdalmeida

Capítulo 5 - Das cinzas a escuridão


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Das cinzas a escuridão

Estavam todos na sala. Gisis, Jenny, Juju, Renan, Alison, e clara. O clima está pesado e o ambiente fica ainda mais frio. Digno do mais sombrio pesadelo que provoca calafrios só de imaginar.

Gisis: O que é que está acontecendo aqui? O que você vai fazer? –Pergunta para Alsion com enorme preocupação.

Renan: Fiquem tranquilas amigas. Ele só vai me fazer umas perguntas... Me bater um pouco... mais pergunta... bater mais... enfim, vai ser divertido.

Alison: Agora vocês sabem o motivo dele estar amordaçado. Jenny: O que ele fez para isso?

Juju: Vocês não fariam isso por nada, não é? Alison: Quem você acha que somos? Monstros? Gisis: ... Então... O que foi que ele fez?

Clara: Não se preocupe. Nós já suspeitávamos que vocês não soubessem. Clara pega uma ficha e entrega para Alison, uma ficha bem grande de mais ou

menos dez páginas e todas elas bem preenchidas. Alison toma um tempo lendo de forma bem resumida cada folha. Ainda olhando para a folha Alison comenta:

-Parece que você andou se metendo em muitos problemas desde que chegou aqui. Você tem uma ficha bem extensa... Sabia?

Renan: Fazer o que? Eu gosto de me superar sempre...

Alison: Espero que você sabia que as consequências podem ser drásticas e sérias... Você percebe isso?

Renan: Espero que você perceba isso também....

Alison: Você está me ameaçando? Você não está em posição de fazer ameaças. Alison toma mais um tempo olhando para a ficha e diz:

-Bem... Vamos começar pela mais leve. Acusado de furtar três vestidos das dependências de Abigail Rozely. Esta acusação não preciso nem fazer mais perguntas. Olhando para suas amigas posso dizer sem duvidas... Culpado. Vocês tem algo a dizer?

Renan: Valeu a pena... Elas não ficaram lindas?

Gisis: Por que você fez isso com agente? Você é louco...

Você sabe que sim... Próxima acusação por favor.

Alison: Você é quem sabe... Mandou Luan e uma equipe interceptar um veiculo de salvadores mesmo sabendo que eles corriam risco de vida? Sim ou não?

Renan: Sim...

Jenny: O que você está falando... Fique quieto. Eles não tem como provar isso. Renan: Fique tranquila amiga... Sei onde quero chegar.

Alison: Espero que saiba mesmo... Sua situação não é nada boa. Próxima...

Roubo de três armas, sendo que uma pistola calibre .40 um revolver calibre .38 e uma faca de caça. Sim ou não?

Renan: Sim...

Alison: E onde estão estas este objetos? Renan: Estão na casa...

Alison: Na casa de quem?

Renan: Na casa do caralho seu babaca... Acha mesmo que foi falar para você? Alison reage a ofensa acertando um soco no rosto de Renan. Alison fica com

raiva e isso assusta Gisis, Jenny e Juju... Clara parece já estar acostumada e nem muda a sua expressão. Apenas observa.

Alison: Está gostando seu pedaço de lixo? Tem muito mais de onde veio este caso não leve a sério o que está acontecendo aqui...

Renan rapidamente se recompõe dizendo:

- Tudo bem... Tudo bem... Eu digo... Eu digo a verdade... Você quer a verdade? Alison: É claro que quero... Fale agora!!!

Renan: Você bate mais fraco que uma mulherzinha... Esta vendo Gisis. Você bate mais forte que ele. –Diz isso enquanto cai no riso de forma descontrolada. Quase chorando de rir...

Alison: Acho que vou continuar então lendo a sua ficha... Vamos lá... Homicídio e mutilação do corpo de Fernando. Culpado ou inocente?

Renan: Deixa eu pensar... Eu jogaria uma moeda, mas que se foda... Culpado. Juju: O que você está fazendo? Você não precisa fazer isso!!! – Diz isso de

forma muito emocionada e quase em lágrimas.

Alison: Está vendo o que esta fazendo? Por onde você passa as pessoas sofrem...

Não está cansado disso?

Renan apenas abaixa a cabeça. Naquele momento acontece como se o seu passado estivesse voltando a vida... Bem na sua frente. Pode ter sido coincidência, mas o fato de Juju também ser medica pode de despertado memorias e sentimentos que ele nem lembrava eu existia. Naquele momento o sorriso se desfez e a máscara caiu.

Alison então continua lendo a ficha de Renan em voz alta:

-Existem testemunhas dizendo que viram você ou alguém muito parecido com você próximos as cenas destes crimes. Você está sendo formalmente a acusado do homicídio de Jackob, Robis, Moe, Tobias, Lucius, Leroy, Robert, Dierson, Charlotte, Violet e Molly. Você se declara culpado ou inocente?

A medida que cada nome era lido Gisis, Jenny e Juju ficavam mais e mais impressionadas com a quantidade- E cada vez mais pensavam que estava acontecendo a coisa certa. A pessoa ruim finalmente seria punida pelos seus atos.

Renan: Sou culpado... Mas não desse pessoal todo aí. No máximo uns cinco...

Talvez seis?

Alison: Você está dizendo que teve ajuda de mais alguém? –Diz Alison enquanto olha para as sobreviventes.

Renan: Não foi bem ajuda... Eu tenho problemas para dormir à noite... as vezes fico vagando pelas ruas. Então pude ver duas pessoas carregando corpo e as segui. Elas pegaram o corpo e deixaram na rua para todo mundo ver. Talvez esta pessoa esteja aqui na sala agora... Neste exato momento.

Alison: Você está dizendo que existem pessoas como você aqui nesta comunidade? Você está dizendo que existem mais psicopatas aqui?

Renan: Na verdade... Muito piores.

Alison: Vamos... Me fale quem são... Eu preciso de nomes para investigar. Renan: Quer mesmo saber? Ou será que você já sabe e quer apenas confirmar? Alison visivelmente transtornado agarra Renan pela gola da camisa quase

levantando com a cadeira junto e diz:

-Me fala seu desgraçado!!! Me diz pelo menos um nome e eu farei da vida desta pessoa um inferno assim como farei da sua... Eu prometo isso!”

Renan fala algo, porém muito baixo e não fica claro pois está quase sendo estrangulado. Alison alivia suas mãos e repete a pergunta:

-E então... consegue me dizer um nome agora? Me diz...

Renan ainda fala muito baixo e Alison ainda não consegue escutar... Alison ainda mais irritado continua a pergunta:

- Você já está me cansando... Me diz agora seu verme? Ou você está apenas querendo desviar a atenção de seus crimes para outra pessoa?

Renan aproveita a proximidade e cospe no rosto de Alison. Um cuspe

consistente que acerta bem próximo ao olho esquerdo de Alison. Uma mistura de saliva com sangue. Isso deixa Alison descontrolado. Ele entra em estado de frenesi. Alison bate em Renan agora como se não houvesse amanhã. Socos no rosto, na cabeça, no peito e estomago... Tudo isso enquanto ao fundo pode ser escutado o choro de Juju. Gisis e Jenny apenas olham espadanadas sem saber o que fazer. Apesar de soltas e livres elas se comportam como se estivessem amarradas nas cadeiras.

Alison finalmente cansa de bater. Sua mão direita está visivelmente machucada. O olho direito de Renan já não abre mais.

Clara: Eu tenho uma ideia... Você pode ir descansar. Eu assumo daqui... Tudo

bem?

Alison visivelmente abatido e sem conseguir responder direito apenas se distancia e fica como se estivesse raciocinando um pouco afastado. Ele pega uma garrafa de whisky em uma prateleira ao lado e começa a beber.

Clara agora assume a seção de interrogatório. Ela pega uma seringa em baixo de uma toalha no carrinho e aspira um liquido dentro de um frasco. Ela vai até Renan e tenta colocar um garrote em seu braço, mas ele não deixa. Ela diz:

-Vai bancar o difícil? Já vi que bater em você não vai te convencer, não é? Acho que posso fazer melhor... Opa... Olha o que achei aqui!!!

Enquanto estava apanhando acabou saindo do lugar a faca que estava escondida próximo a nuca de Renan. A faca que sua companheira havia lhe dado e foi tão marcante em sua vida. Clara pega aquela faca e lê o que está escrito em voz alta “Você foi meu golpe de sorte. Te amo!”. O problema é que ela acaba entendendo tudo errado...

Clara vai para próximo das sobreviventes e olha para as três. Ela vai para perto de Juju com a faca nas mãos e coloca ela bem colada em seu rosto. Ainda dá para ver as marcas das lagrimas... Clara fala:

-Bem... Já que você não se importa com você mesmo. Acho que alguém aqui se importa com você.

Clara da apenas uma deslizada na faca o suficiente para dar um pequeno arranhão e fazer Juju fechar firmemente os olhos. Neste momento algum som é escutado de Renan:

-Tudo... Bem... Eu... Deixo... Eu deixo. – Mesmo quase sem mexer a boca, mas dá para escutar alguma coisa.

Clara se afasta de Juju aos protestos da mesma. Juju grita pedindo explicações:

-O que você vai injetar nele... O que vai fazer?

Clara: Não se preocupe... É apenas um pouco de Sodium thiopental. Gisis: O que é isso? Isso vai mata-lo?

Jenny: Não pode ser...

Juju: Não... Ela vai aplicar nele um soro da verdade... Neste estado por fazer muito mal.

Gisis: Como assim?

Juju: Se não for administrado de forma correta a pessoa pode esquecer quem ela é, isso pode mudar as funções cerebrais e mudar uma pessoa completamente. Se for administrado de maneira errada pode até matar.

Clara: Fique calma garota... Só estou tentando saber o que ele sabe. Não quero mata-lo... Ainda não.

Clara traça o garrote no braço de Renan e aplica o soro. Logo em seguida tira o garrote e libera a passagem do sangue para o corpo. Clara aguarda cinco minutos enquanto isso ela explica sobre o soro da verdade:

- Esta droga não é nada de demais. Ela apenas permite que acessemos as memorias mais forte das pessoas sem permitir que ela consiga esconder. Faremos as

perguntas e a primeira memoria que estiver na cabeça da pessoa... A memória mais forte acaba aparecendo e a pessoa simplesmente fala.

Clara pega no rosto de Renan e observa seu olho para ver se a droga já fez efeito. Sua pupila esta delatada e ele está um pouco desorientado. Parece que funcionou. Ele está sob efeito da droga. Clara então começa a fazer as perguntas:

- Então... Foi você mesmo que matou aquelas pessoas todas?

Renan: Me perdoa.. Eu não queria... Foi preciso... Eu não sei oque... – Ele está muito tonto e as palavras saem embaralhadas.

Clara: Está funcionando... É normal você se sentir assim... Não lute contra...

Apenas deixe acontecer e fale. Quem você viu naqueles dias?

Renan: “Sheets of empty canvas/Untouched sheets of clay/Were laid spread out before me/As her body once did” –Diz isso de uma forma estranha, quase que em um ritmo... Como se fosse uma música.

Clara: O que é isso? O que foi que você falou? Alison: O que está acontecendo aqui?

Renan: “Oh all five horizons/Revolved around her soul/As the earth to the sun/Now the air I tasted and breathed/Has taken a turn”

Clara: Não sei o que está acontecendo. É a primeira vez que vejo isso acontecer. Renan: “Oh and all I taught her was everything/Oh, I know she gave me all that she wore/And now my bitter hands chafe beneath the clouds/Of what was everything?”

Alison: Faz alguma coisa... Ele está pirando.

Renan: “All the pictures have/All been washed in black/Tattooed everything” Clara e Alison claramente não sabem o que fazer. Alsion ainda transtornado

empurra Clara para o lado e usa a garrafa em suas mãos para acertar a cabeça de Renan que apaga na hora. A garrafa quebra e o vidro provoca um corte na região próximo ao olho. Não dá para ver devido ao sangue que começa a sair do local da ferida.

Clara: O que foi que você fez seu idiota???

Juju: NÃÃÃÃÃÃOOOO... Você vai matar ele!!!

No meio a tanta gritaria e confusão uma outra voz toma conta da sala. Uma voz que as três ainda não havia escutado. Esta voz vem da escada pelo lado delas.

??? – Alguém pode me explicar que confusão é esta acontecendo aqui em baixo? Gisis, Jenny e Juju olham para o seu lado e poder ver um senhor aparentando

mais ou menos seus sessenta anos de idade. Muito bem vestido e andando devagar apoiado em sua muleta. Ele passa direto por elas e chega perto de Clara e Alison.

??? – Não vou perguntar outra vez. O que está acontecendo aqui? Alsion: Nós estamos tent...

O senhor da um tapa na cara de Alison e o interrompe: “Você andou bebendo não foi? Agora saia daqui e vá limpar o seu rosto moleque. Amanhã conversamos”.

Clara: Estavamos interrogando esta pessoa. Ela cometeu alguns crimes e estávamos investigando.

??? – Que crimes?

Clara entrega a ficha para o senhor. Ele pega a ficha e coloca um óculos. Ele se espanta com o que lê e diz:

-Ele foi realmente responsável por isso tudo? Ele se lembra de alguma coisa? Clara: Acredito que não... Ele está muito confuso.

O senhor entrega a ficha e vai na direção das sobreviventes. Clara tenta falar:

-Estas aqui são Gis...

??? – Eu perguntei alguma coisa? Agora pare de falar e de um pouco de dignidade a este homem. Foi ele que salvou a vida de Alison, meu filho e olha como vocês retribuem a ele.

Ele chega próximo das sobreviventes e fala:

-Desculpem meus modos, é que as vezes as pessoas fazem muita bagunça na minha ausência. Estou um pouco doente e não consigo gerenciar toda esta cidade sozinho. Meu nome é Antony, mas vocês podem me chamar de Tony. Ouvi falar muito bem de vocês três... Aquele relatório foi incrível. Com um simples ato vocês deram nova esperança para esta cidade.

Gisis: Nós apenas queremos ajudar a comunidade, mas o que vimos hoje aqui...

Isso foi muito errado. Não podem fazer isso com pessoas.

Tony: Você está certa... Peço desculpas pelo o que vocês viram aqui hoje. Foi realmente um ato impensado do meu filho e minha assistente, mas por favor... Entenda nosso lado.

Tony entrega a ficha de Renan para Gisis com todas as informações sobre seus crimes na cidade e diz:

-Quero que fique com esta ficha e leia com atenção. Olha depois tudo que ele fez para este lugar. Ele também fez coisas incríveis... Salvou a vida do meu filho lá fora e consegui trazer vocês três para cá. Agora as coisas ruins que ele fez, não tem perdão.

O grupo fica pensativo. Elas conhecem muito bem o passado de Renan. Elas sabem muito bem do que ele era, é e será capaz e de certa forma acabam concordando.

Juju:... Mas vocês vão matar ele?

Tony para por um segundo... Fica pensativo e finalmente fala:

-Vamos fazer o seguinte. Vamos dar a ele uma pena alternativa, mas vocês vão ter que fazer um favor para mim... Tudo bem?

Gisis: Depende... que favor?

Tony: Vamos fazer assim... Vamos até a minha sala. Lá podemos conversar mais com a vontade. Me acompanham?

Elas saem do local acompanhadas de Tony. Ele lentamente as leva através da casa para um outro cômodo. Era uma casa grande e na velocidade de Tony a casa parece ser maior ainda. Elas chegam no local. Tony abre a porta e elas conseguem ver uma sala de dois andares. Todas as paredes na verdade são estantes de livro todas ocupadas de cima abaixo. Tanto o andar de cima quanto o de baixo tem escadas que ajudam a alcançar os livros mais altos. Nesta sala tem uma mesa grande com uma cadeira e a foto de uma pessoa atrás da cadeira. Uma foto grande de uma pessoa, um jovem em uma pose imponente. A foto toma quase os dois andares atrás da mesa. Nesta sala tem alguns sofás organizados um de frente para o outro propiciando uma conversa para aquele que se acomodam nele. Tony toma a frente e senta no sofá e convida as três para sentarem também. Elas aceitam o convite e se sentam.

Tony: Aqui nós podemos conversar de forma civilizada e longe de toda aquela brutalidade.

Gisis: Nós adoramos a comunidade. Aqui é sem dúvida como o nome diz... Um paraíso, mas aquilo que vimos hoje... Foi sem dúvida horrível.

Tony: Concordo com você. O mundo está uma loucura... Temos que entender que as pessoas ficam mesmo mais violentas, ou no mínimo estão deixando seu lado violento aparecer mais. Não culpem estas pessoas, elas são vítimas das mudanças que ocorreram em nossa sociedade. Vocês sabem o motivo de eu ter batizado esta comunidade de paraíso?

Jenny: Por que aqui é um ótimo lugar para se viver?

Tony: Chegou perto. Na verdade cada um tem uma visão diferente do que é o paraíso, mas todas elas envolvem realização e felicidade. Aqui eu sonho eu dar a chance a cada pessoa, através do próprio esforço e trabalho, a chance de criar o seu próprio paraíso.

Juju: É realmente uma ideia incrível. Gisis: ... E está conseguindo?

Tony: Admito que não está saindo como o planejado, mas já fizemos bastante progresso aqui. É por isso que preciso da ajuda de vocês. Poderiam fazer isso por mim e pelas pessoas da comunidade?

Gisis: Não estou entendendo. Que tipo de ajuda você quer? Tony: Um momento...

Tony vai vagarosamente até a mesa e pega em sua gaveta um rolo de papel. Quando chega perto delas ele abre o rolo e mostra um mapa bem grande. A maior parte em branco. Ele senta novamente e explica:

-Este aqui é o mapa deste lugar. Olhem a proporção... Este lugar é verdadeiramente muito grande. Aqui era uma base militar que servia mais de deposito de transportes do que como base mesmo, por isso tanto espaço vazio. Preciso da ajuda de vocês para podermos começar uma nova civilização daqui de dentro. Não vou durar muito e não posso fazer isso sozinho.

Gisis: O Alison não pode te ajudar?

Tony: Alison é meu filho e por isso o conheço muito bem. Como militar ele é muito melhor com uma arma na mão do que em usar o seu cérebro. Ele conseguiu manter este lugar seguro até mesmo contra a ameaça de um grupo que se auto intitula salvadores, mas eu preciso de mais do que soldados. Vocês me entendem?

Jenny: ...Mas como podemos ajudar você com isso?

Tony: Gisis eu vi no seu relatório que você toma ótimas decisões e não se deixa levar pelas emoções facilmente. Preciso que você esteja a frente de toda a comunidade ao lado de meu filho Alison. Você vai tomar as decisões a partir de agora, apenas pense nas pessoas desta comunidade e nas que ainda estão por vir. Tudo bem?

Gisis ainda sem saber o que fazer e espantada pelo tipo da oferta acaba aceitando o convite. Tony continua a explicar para o grupo:

-Jenny, preciso que você treine algumas pessoas da comunidade para proteger este lugar.

Jenny: Por que não podemos treinar todas? Isso Ajuda bastante caso algum grande problema ocorra...

Tony: Acredito em você, mas o problema é que não temos tantos recursos assim para treinar todos. Precisamos selecionar bem as pessoas. Posso contar com você?

Jenny: Claro que pode... Ajudo no que precisar.

Tony: Juju... Infelizmente ainda não temos um hospital aqui a altura de seus conhecimentos, mas estamos trabalhando nisso. Vou começar pedindo que faça uma lista de tudo que precisa para ter um hospital de qualidade. Vamos dar esta lista para nossos exploradores externos e eles vão dar conta de arrumar isso. Enquanto isso temos uma enfermaria até bem equipada para você trabalhar. Tudo bem?

Gisis: Ok, mas quando começamos nossas funções?

Tony: Amanhã mesmo. Vou informar ao Alison e ele vai apresentar vocês a seu respectivo trabalho.

Juju: Tudo bem, mas o que vão fazer com o nosso amigo?

Gisis: Juju... Ele não é nosso amigo. Olha o risco que ele fez agente correr outra

vez.

Tony: Fiquem calmas... É compreensível que vocês conheçam ele a algum tempo e se importem. Estou sem ideias, o que vocês me sugerem?

Gisis: Vocês ainda não tem uma cadeia aqui?

Jenny:...Isso algum lugar que possamos manter estas pessoas isoladas da comunidade?

Tony: Na verdade temos um projeto, mas não podemos simplesmente manter estas pessoas aqui sem um trabalho. Seriam um fardo para os outros. Provisoriamente podemos colocar ele nos campos e na colheita e plantio... Isso se vocês concordarem e claro... Assim que ele melhorar. Tudo bem?

Gisis:...

Jenny: Acho que é o melhor a fazer...

Juju: Tudo bem então.

Eles continuam conversando um pouco quando Reginaldo aparece batendo na porta entre aberta. Ele diz:

- Senhor... Está na hora dos seus cuidados médicos.

Tony: Tudo bem Reginaldo, já estou indo... Tenho que ir e vou pedir que Reginaldo acompanhe vocês e leve até suas casas. Eu preciso descansar agora.

Elas seguem Reginaldo e vão descendo a escada. Juju para no meio e fala para o

grupo:

-Um momento. Esqueci uma coisa. – Diz enquanto volta rapidamente para o local que elas estavam.

Ao entrar ela pode ver Tony foleando um caderno de capa vermelha. Ela pergunta:

-Esqueci de falar uma coisa, posso entrar?

Tony: Claro menina... Fique a vontade.

Juju: É que nós já vimos os campos onde ficam as plantações. Eu gostaria de ajudar também aquelas pessoas, elas estão muito machucadas e se elas estiverem melhores até mesmo o seu trabalho vai ser melhor feito. Posso usar isso também para pode estar sempre melhorando e estudando os ferimentos.

Tony olha para baixo e da uma leve risada bem discreta e diz:

- Uma pessoa como você com seus talentos e estudo dizendo que ainda precisa estudar, é incrível menina... mas você mente muito mal. Você quer ajudar o seu amigo não é?

Juju: É verdade... Ouve uma vez que ele poupou a minha vida quando podia até me matar... Estou devendo uma para ele.

Tony: Tudo bem, não tem problemas... Mas só pode ajudar ele, não temos tantos recursos assim para todos. Manhã você terá seu acesso livre aos campos. Que é o local onde ele estará. Já ia esquecendo... Entrega este livro aqui para Gisis. Nele tem todos os meus planos de expansão deste lugar. Ela vai gostar de ver.

Juju agradece e desce as escadas novamente. Gisis e Jenny estranham, mas não perguntam nada. Ela entrega o livro a Gisis e diz que foi Tony quem mandou entregar. Elas descem e Reginaldo as leva até em casa para elas finalmente poderem descansar. Porém o dia não sai da cabeça delas e elas acabam conversando antes de dormir.

Gisis: Este lugar é incrível. A melhor parte que pode ser ainda melhor... Olhem este caderno... Tem planos para uma nova civilização com escolas e até sistema de transporte.

Jenny: É verdade... Aqui tem muito potencial, mas não sei... Tem alguma coisa errada com o Tony.

Gisis: Claro que sim. Ele está doente, ele não está bem. Juju: Verdade... Ele estava bem abatido.

Jenny: Não sei dizer se era isso... Mas vamos descansar. Amanhã será um longo

dia.

Gisis: Verdade... Pagamos trabalhos separados, mas ainda estamos no mesmo grupo não estamos?

Jenny: É isso ai... Ninguém separa agente.

Juju: Separar??? Jamais!!!

A noite se passa e as sobreviventes passam uma agradável noite e com muita esperança sobre seu futuro e sobre o futuro da comunidade Paraiso. Elas acordam e aguardam um pouco até Alison chegar. Ele chega de carro e encontra elas logo na porta de casa. Alison está com sua mão direita enfaixada e alguns hematomas na mão esquerda devido ao que acontecera no dia anterior.

Alison: Então meninas... Prontas para seu primeiro dia de trabalho? Elas entram no carro e Alison pergunta a elas:

-Então... Aonde vamos hoje? Na verdade nós é que mandamos nós decidimos o que vamos fazer hoje. E ai oque vai ser?

Gisis: Não sei... Seria interessante conhecermos mais a comunidade ai depois pensamos melhor. Certo?

Alison: Perfeito, mas tenho uma dica para hoje... Para me sentir mais seguro, queria ver como vocês estão em relação se se defenderem sabe? Vocês sabem atirar, lutar e estas coisas?

Jenny: Eu posso ajudar com isso também. Posso ensinar algumas coisas. Gisis: Bem... Eu sei o básico, mas é sempre bom treinar.

Juju: Eu sou bastante ruim nisso...

Alison: Juju... Seu treinamento vai ter que ficar para outro dia. Meu pai pediu para levar você até os campos... Disse que você tem que resolver alguma coisa por lá.

Gisis: Não faz isso Juju...

Jenny: Verdade... Lá é um lugar perigoso. Tem pessoas ruins por lá...

Juju: ...mas eu preciso gente. Por favor...

Alison leva Juju até o local da plantação. Ele diz a ela:

-Bem... É aqui... Já alertei aos guardas que você pode entrar, mas tome cuidado lá dentro.

Alison entrega uma maleta de primeiros socorros e alguns suprimentos e Juju caminha lentamente do carro até a porta de entrada do lugar que eles chama de fazenda. A fachada mais parece uma prisão com portões grandes e muitas grades em volta. Logo na frente existem quatro guardas armados e com máscaras. Assim que ela chega perto os aguardas não falam nada, apenas abrem a porta. Juju entra e é seguida por dois guardas através de um corredor longo que ao final da em uma pequena porta. Os aguardas abrem a porta, mas não entram.

Juju: Vocês não vem?

Guarda: Daqui é por sua conta, não podemos mais passar. Juju: Onde ele está?

Guardas: Nas barracas... Segue em frente e no final vire a direita. Tenda número

79.

Juju respira fundo, toma um pouco de coragem e segue em frente. Logo depois de passar por algumas plantações e ver pessoas trabalhando acorrentadas ela chega no local dos alojamentos. É um local feio, sujo e sem condições de higiene básica. Ela encontra várias barracas de pano sujo e rasgado com números pintados com tinta vermelha de forma bem desleixada. Ela afasta o pano da frente e rapidamente consegue ver Renan deitado no chão da barraca sobre um pano que está um pouco sujo de sangue próximo a cabeça. Juju já esteve trabalhando em guerras, mas a visão daquele descaso era horrível para ela.

Juju começa a realizar os cuidados com Renan. Ao se aproximar ela percebe que ele tem um pano que cobre parte de seu rosto, quando ela o retira pode ver um ferimento grande e profundo que começa acima da sobrancelha direita, cruza o olho e termina próximo ao nariz. Ele está com o outro olho aberto, mas não responde a estímulos

algum.

Juju: Você está aí? Fale alguma coisa comigo...

Ela não tem resposta alguma. Apenas o olhar estático que aponta o alto da tenda. Ela demora um tempo, mas conclui a limpeza a aplica alguma medicação em Renan para impedir infecções e refaz o curativo. Ela não fica animada com o que ela vê, mas mesmo sem ele responder ela o avisa:

-Estou indo agora. Vou ver se faço alguma visitas a você para acompanhar o seu ferimento.

Assim que ela tenta levantar ela sente uma pressão enorme uma mão segurando o seu braço. É Renan que finalmente da um sinal de consciência. Ele diz:

-Sabe que isso vai me matar não é?

Ela se assusta... Mas de certa forma fica feliz com o que acaba de ver e responde:

- Na verdade não. Se eu conseguir a medicação, você vai ficar bem... Agora o seu ol...

Renan: Não é isso... Estando em um lugar onde as pessoas são abandonadas e escravizadas. Você não acha que estes cuidados vão chamar muita atenção?

Juju: Mas eu precisava vir... Você precisa de cuidados ou pode piorar muito. Além do mais... Eu estou devendo a você. Você me ajudou em Alexandria.

Renan: Escuta bem o que eu vou lhe falar garota... Eu não te ajudei em nada. Faça um favor a si mesma e se afaste de mim. Eu sou uma pessoa ruim e você não vai querer isso para a sua vida... E assim que vocês conseguirem fujam você e suas amigas daqui o mais rápido possível. Este lugar não é um paraíso, é um pedaço do inferno.

Juju: Como assim? Do que você está falando?

Renan: Cheguei aqui a mais tempo do que vocês. Minha leitura daqui é bem diferente da de vocês. Eu vi pessoas mortas serem deixadas nas ruas sem motivo algum. Meu único crime aqui foi tentar investigar o que estava acontecendo... Acabei matando algumas destas pessoas que abandonavam os corpos.

Juju: Não é possível? Este lugar pode ser bom sim...

Renan: Vou te dar mais informação. Aquela sádica que me sedou ontem e me trouxe aqui. Ela me deixou aqui dentro e levou mais três pessoas. Escutei elas falarem alguma coisa sobre tipo sanguíneo. Não sei dizer ao certo.

Juju: Ainda não estou entendendo...

Renan: Eu também não, mas agora acredito que vocês estão trabalhando separadas... Certo?

Juju: isso mesmo... Mas por que diz isso?

Renan: É muito mais fácil convencer pessoas isoladas do que em grupo. Aquele cara... O Tony... ele é esperto. Tomem cuidado com ele. Ele está tramando alguma coisa e aquela louca assistente dele está junto. Acredite em mim quando digo que ele não é uma boa pessoa.

Juju: Não acredito nisso... Por qual motivo?

Renan: O lado bom de se manter afastado da luz, é que na escuridão... Nas sombras da nossa alma... Da para se ver o demônio dentro de cada pessoa.



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