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História The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Do sangue ao renascimento.


Escrita por: rdalmeida

Capítulo 8 - Do sangue ao renascimento.


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Lar... maldito lar. - Do sangue ao renascimento.

Então... assim estava feito. A comunidade estava em chamas, O caminho de da fazenda até a casa de Antony estava simplesmente irreconhecível. Corpos de trabalhadores, corpos de soldados, muita destruição a sangue por onde aquelas pessoas passavam. Assim como o cheiro de queimado das chamas o cheiro de morte também pairava no ar como as cinzas daquele lugar que um dia foi chamado de Paraíso.
            Juju consegue chegar na enfermaria antes de que a confusão chegue por lá. O lugar está vazio e um bastante escuro. A sensação ruim não deixava claro se era o frio naquele lugar ou o medo, mas naquele momento Juju foi corajosa e continuou a sua busca. Ela olha em alguns cômodos quando finalmente lembra que viu a faca na sala de cirurgia. Ela corre até lá e vê um pequeno móvel com os instrumentos... Ela vasculha a gaveta como se estivesse no mar e procura-se um colete salva vidas. Ela revira as gavetas e nada... Encontra até algumas seringas cheias, mas nada da faca. Até que ela escuta:
            - Está procurando alguma coisa aqui sua vadia ingrata?!?
            Quando Juju entrou na sala ela não havia olhado bem, mas Clara a estava esperando dentro da sala de cirurgia bem antes da confusão começar. Juju olha para trás e vê Clara está sentada em uma cadeira com as pernas cruzadas e usando a faca, que ela está procurando, para limpar as unhas. Juju em choque apenas consegue ficar olhando para aquela cena e Clara continua:
            - Não vai dizer nada sua vadia? Olha a merda que você e aquele seu namoradinho nos colocaram. Me diz se valeu a pena destruir este lugar perfeito para poder salvar aquele bando de animais criminosos. Valeu a pena?
            Juju se controla, respira firme e lembra das palavras de Renan que diziam “...Coloque um sorriso no rosto e se comportem como se tivesse um milhão de dólares em seus bolsos...”. É isso que Juju faz... Ela se preenche de uma confiança enorme chegando até estufar mais o peito e melhorar sua postura e responde a Clara:
            Juju: Lugar perfeito?!? Vocês pensam que fizeram algo de bom para a humanidade... Você não deve nem se considerar uma médica, quanto mais um ser humano. Lembra do juramento que você fez? “...A vida que professar será para benefício dos doentes e para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos....”. Vocês nunca pensaram nas outras pessoas seus doentes!!!.
            Clara escuta aquela fala com expressão de surpresa e ironia. Ela se levanta e vai em direção a Juju  enquanto ri e fala:
            - Então você acha mesmo que um juramento feito na época da faculdade vai mudar o mundo? Ajudar a humanidade? Você é muito ingênua mesmo. Eu só queria ajudar uma pessoa... Queria ajudar o Antony.
            Juju: o que você está falando? O que vocês faziam com aquelas pessoas que vocês pegavam na fazenda?
            Clara: Bem... Pensei que tinha ficado obvio, mas eu explico para você. Tony está com um problemas nos ruins e ele precisa de um transplante o mais rápido possível. Então eu precisava de algumas pessoas...
            Juju: Cobaias humanas você quer dizer. – Diz interrompendo clara.
            Clara: É por ai mesmo... Precisava destas para poder ver se conseguiria fazer sozinha este tipo de operação, mas eu vi que não daria. Quando você chegou na cidade foi que Tony teve um suspiro de esperança e podemos voltar a pensar nesta hipótese.
            Juju: Por que você quer tanto assim ajudar o Antony?
            Clara: Já que você vai morrer aqui mesmo vou te contar um segredinho. Antony é meu pai, só que não sou irmã de Alison. Só que neste caso eu sou a filia que deu certo. Sou médica formada e uma ótima cirurgia... Já ele nunca saiu de dentro das bases militares... Ficava brincando de soldado.
            Juju: Esse transplante seria impossível... Ele precisaria tomar remédios o resto da vida para evitar a rejeição e o tipo sanguíneo do doador teria que ser compatível com o tipo sanguíneo do Tony. Isso seria impossível... A não ser que? Não acredito nisso!!!
            Clara: Acho que você agora entendeu, não é? É uma pena... Pois não vai sair daqui de dentro andando mesmo.
            Clara avança de forma voraz para cima de Juju... Com uma das mãos Clara segura o pescoço de Juju e com a outra ela ataca com a faca. Em um momento de reflexo Juju consegue segurar a mão com a faca, mas está começando a enfraquecer pois está ficando sem ar. Clara pressiona Juju contra a maca fazenda quase que ela se deitar sobre o corpo exposto ao seu lado. Clara diz:
            - Vai se acostumando com a companhia dos mortos... Vai passear muito com eles.
            A trava da roda da maca impede da maca sair do lugar e acabam as duas caindo por cima e derrubando a maca com o corpo e tudo.  Elas caem uma para cada lado da maca. Quando Clara tenta uma nova investida Juju a surpreende puxando uma faca também e acaba cortando o rosto de Clara. Com o susto ela da dois passos atrás. Juju fica apontando a faca na direção dela impedindo Clara de se aproximar, mas isso não demora muito pois ela pega a bandeja de materiais que esta no chão e acerta a mão de Juju fazendo com que ela deixe cair faca. Clara novamente parte para cima de Juju que apenas se defende, mas desta vez uma coisa diferente acontece. Juju se motiva pois conseguiu ferir a Clara e consegue a empurrar... Clara vai sendo arrastada para trás por Juju e elas caem tropeçando no corpo que estava no chão. Clara cai por cima ainda segurando a faca. Juju ainda segurando as mãos de Clara tenta impedir que a faca vá na direção de seu peito, mas em vão... Clara visivelmente maior e mais forte consegue fazer a faca descer e ela acaba entrando bem devagar próximo ao esterno de Juju.
            Clara: Esta vendo sua vadia? Eu venço... Eu sempre venço!!! – Diz enquanto ri de Juju caída no chão sem forças.
            Elas estão caídas bem próximo aos materiais de cirurgia que caíram no chão. Em um momento de adrenalina Juju consegue pegar um bisturi que estava ali próximo e como em uma explosão enterra o bisturi no olho esquerdo de Clara. Com o susto ela se levanta de cima de Juju e fica atordoado com o que aconteceu. Ela visivelmente está perdendo a consciência e desmaiando. Felizmente ela cai com o rosto no chão fazendo com que o bisturi entre ainda mais. A ironia do destino... Uma cirurgia morre com uma de suas ferramentas de trabalho.
            Juju está com dificuldade de respirar.. Cada movimento é uma tortura sem fim, mas apoiada na maca caída ela consegue se levantar. Ela pega um apoio de soro com rodinhas e tenta se levar até a porta da enfermaria para poder sair e se encontrar com os outros. Ao chegar na porta sua dificuldade de respirar se agrava, pois, ela acaba tossindo... Quando ela tira a mão da boca consegue ver uma enorme quantidade de sangue. Naquele momento ela já sabe o seu destino... Ela sabe que não vai conseguir, mas como seu último desejo ela quer avisar aos outros sobre o que ela acabara de saber. Ela continua seu caminho lentamente tentando conseguir chegar à casa de Antony.
            Na varando do terceiro anda da casa principal, Antony, Gisis, Jenny, Carol e Reginaldo estão olhando toda aquela cena caótica e surreal. A visão era similar ao fim do mundo... O fim do mundo que Antony havia moldado. Enquanto isso no lado de baixo muita gente com sede de sangue e famintas por vingança. Elas acreditam que foram não só enganadas, mas também escravizadas. O barril de pólvora já estava pronto... Apenas precisava de uma faísca para estourar. No meio de multidão estão Hiron e Rodrigo inflamando ainda mais aquelas pessoas. Antony tenta falar, porém sua voz não consegue ser ouvida ela está sendo bloqueada por todo o ódio sentido por aquelas pessoas.
            Hiron: Agora vocês conseguem ver... Aquele lá em cima é o homem que destruiu a vida de vocês. Ele é responsável por toda dor, sofrimento e por colocarem vocês naquela jaula para serem escravizados... Sabem qual a pior parte... Para ele ser beneficiado pelo suor do trabalho de vocês!!!
            Rodrigo: E tem muito mais... Ele nos usava como cobaia em seus experimentos mais sórdidos. Como se escravizar já não fosse ruim o bastante nós ainda somos tratados como objetos... Como NADA! Isso é imperdoável.
            Ao escutar estas palavras a multidão grita como se estivessem preparados para uma guerra. Levantam suas armas e ferramentas e mostram seus dentes como se estivessem prontos para atacar uma presa indefesa. O grupo da casa observa aquela cena de forma desolada pois aquela cena estava se desenhando sozinha para um fim inevitável.
            Gisis: Vamos manter o foco em nós. Tony... Existe algum por onde podemos sair daqui?
            Reginaldo: A casa está cercada, não tem como sair agora.
            Tony: Na verdade tem sim... Tem um túnel que dá em uma das minas antigas que ficam por baixo da comunidade. Por eles nós podemos ir para quase qualquer lugar ou até mesmo sair da comunidade.
            Jenny: Então está feito. Vamos sair por lá antes que estas pessoas invadam. É a nossa única chance...
            Gisis: Espera... Não podemos deixar a Juju para trás, nós temos que ir busca-la.
            Tony: Precisamos encontrar a Clara também. Não podemos sair sem elas!
            Carol: Calma... Não sabemos se que onde esse pessoal está? Como vamos encontrar elas?
            Gisis: Ela estava trabalhando com a Clara... Se tudo estiver um pouco certo, elas vão estar na enfermaria. Alguém tem que ir lá buscar elas! É melhor eu ir...
            Jenny: Não... Deixa comigo. Eu estou preparada para isso... Tenho alguma munição, vou trazer ela salva para sairmos juntos.
            Carol: Nem pensar... Vou com você. Você não vai conseguir fazer isso sozinha vai precisar de alguém para te dar cobertura. Eu vou subir no telhado da casa e vou abrindo caminho para você... Aqui dá para ter uma ótima visão da enfermaria.
            Jenny: ótima ideia...
            Com o primeiro disparo inicia-se assim o começo do fim. Um dos guardas se assusta e acaba dando um tiro em direção aos trabalhadores. A multidão só aguardava esta gota de sangue para derramar todo o barril. Eles avançam em direção a casa engolindo os últimos soldados junto com Alison. Aquelas ferramentas agora semeiam o sangue naquele solo antes fértil de esperança. Depois de superar a primeira linha de defesa as pessoas procuram uma brecha para entrar na casa, porém todas as portas são muito fortes e isso ajuda pois as atrasa um pouco.
            Tony e Reginaldo lideram o caminho até uma sala escondida na parte debaixo da casa. A sala possui uma porta forte de metal reforçado. Chegando lá Antony orienta eles com o que devem fazer.
            Tony: Ali menina... Tira aquele quadro da parede.
            Gisis estranha poiso quadro é muito grande e fica bem em cima da porta. Assim que ela remove o quadro com alguma dificuldade revela que atrás dele tem uma madeira bem grande sendo segurada por algumas cordas. As cortas estão sendo ocultadas por umas cortinas vermelhas. Tony se apressa e vai para o lado desta porta e também atrás da cortina e solta um gancho... Ele vai aliviando a corda aos poucos e aquela madeira em cima da porta vai descendo bem devagar até finalmente encaixar nas sustentações ao lado da porta.
            Gisis se impressiona com o sistema:
            - Se não estivéssemos tão desesperados eu admiraria isso. Muito bem feito.
            Tony: Obrigado... Fiz isso a algum tempo atrás.
            Gisis: Então você já havia imaginado algo assim?
            Tony: Achava que iria precisar contra os salvadores. Nunca imaginei algo interno assim.
            Gisis: E como vamos sair daqui... Não estamos presos, não é?
            Tony: Na verdade sim... E não. Atrás daquela mesa tem uma parede que dá nas antigas minas, mas só poderemos passar dela quebrando. As ferramentas estão atrás da mesa.
            Gisis: Não poderia ter colocado outra porta?
            Tony: Talvez... Mas estas minas também podem ser alcançadas de fora. Eu precisava manter este lugar isolado e seguro... O problema é que eu contava estar com mais pessoas aqui para dar conta da parede.
            Gisis: Tudo bem, temos que começar rápido então...
            Gisis vai tentando quebrar sozinha a parede já que Antony está debilitado e Reginaldo está ferido. Enquanto isso... Do outra lado da casa Jenny e Carol buscam uma maneira de sair. A última defesa da casa já caiu, porém as portas estavam aguentando um pouco ainda. Carol consegue sair pela janela e com bastante esforço consegue chegar no telhado com seu rifle. Jenny pensa em pular, mas para isso ela teria que descer pelo menos mais um andar... É isso que ela faz. Ela corre até as escadas e consegue descer um andar, quando ela ia tentar descer mais um ela é surpreendida por dois trabalhadores que estavam subindo. Ela consegue usando a sua habilidade jogar um deles para fora da escada fazendo ele cair de cabeça no chão e morrendo na hora... O outro consegue prender Jenny entre ele e a escada:
            ??? – Aaaaaa então a bonitinha também é nervosinha é?
            Jenny consegue sacar a sua arma e acertar dois tiros no peito do trabalhador e ele cai rolando e desfalecido pela escada da casa. Ela prefere subir novamente para o segundo e andar e assim que ela consegue é surpreendida por um trabalhador com uma madeira que acerta a sua mão fazendo a arma cair. Jenny consegue virar a situação e toma a madeira das mãos do trabalhador e usa contra ele mesmo acertando um bom golpe na cabeça. Jenny se distrai e é novamente ataca por outro trabalhador que acaba desequilibrando ela. Os dois acabam desequilibrando e rolando pelas escadas... Os dois se machucam bastante, mas mesmo com um corte na cabeça e sangrando Jenny consegue enforcar o trabalhador na escada mesmo. Ela pega sua arma que caiu ao lado dela e volta novamente para o segundo andar. Quando estava se preparando para sair pela janela aquele trabalhador que ela acertou com a madeira havia acordado e ido novamente na direção dela. O problema é que agora ela está metade do corpo para o lado de fora e o trabalhador quer empurra ela de vez. Ela tem uma ideia... Ela se segura no corpo do trabalhador e acerta mais dois tiros na cabeça dele. Um deles erra, porém o outro é certeiro. Como resultado os dois caem no quintal da casa, com ou pouco de intenção e um pouco de sorte Jenny consegue cair em cima do corpo do trabalhador o que amortece um pouco a queda. O que não impede ela de se contorcer um pouco de dor ainda, mas feliz por estar viva. Apesar de estar um pouco mal ela sabe que deve encontrar Juju.
            Enquanto isso a situação do lado de fora se estabiliza. Um soldado e Alison são feitos de refém. São amarrados e deixados no chão da entrada casa. Aquelas pessoas do lado de fora abrem um círculo. Surge do meio da multidão uma pessoa andando bem devagar. Ela está vestindo um manto com capuz preto feito com um pano bem surrado. Em sua mão direita tem uma foice grande. Ao ver aquela cena os dois se impressionam bastante e ficam assustados. Essa figura chega bem perto deles. Ao chegar perto a pessoa tira o capuz e aparece seu rosto. É Renan que quebra a situação sinistra olha para as pessoas a sua volta e pede aplausos... Todos aplaudem e ele agradece cordialmente comentando para si mesmo de forma pensativa e com um largo sorriso no rosto.
            - Então aquele curso de artes cênicas valeu mesmo a pena...
            Alison: Você é um doente cara... Devia ter te matado quando estava amarrado naquela cadeira ao invés de te tirar apenas um olho.
            Renan caminha até ele e pisa em seu pescoço se apoiando o peso de seu corpo e dificultando a respiração de Alison e diz:
            - Sabe que você tem toda razão... Deve ser horrível saber que teve uma chance desperdiçada, não é mesmo? Prometo que não vou cometer este erro.
            Neste momento alguém grita de dentro da casa para Renan:
            - Tem uma porta aqui dentro...Tem gente lá dentro, mas a porta é de metal e não vai cair fácil não!!!
            Renan olha com expressão de raiva e impaciência e diz para Alison:
            - Esta vendo?? Difícil conseguir empregados de qualidade e de confiança hoje em dia, mas não se pode ter tudo nesta vida.
            Olhando para a pessoa que gritou ele diz:
            - Já estou indo... Fala para eles não saírem de lá.
            Ele volta a sua atenção para aos dois caídos:
            - Bem... Já que você não me ajuda tem o seu colega aqui...
            Olhando para as pessoas a sua volta ele diz:
            - Não fiquem ai parados... Coloquem o homem de pé. Vamos tratar ele com o respeito merecedor.
            Alguns trabalhadores o ajudam a ficar de pé, mas ainda amarrado.
            Renan: Olha... Eu quero ser seu amigo, de verdade... Olha quanta gente legal eu tenho a minha volta. Você só precisa me dizer quem é que está lá dentro da porta, só isso... Tudo bem? Vai me dizer? Vai fazer este favor para seu amigão? Só não me faz pedir duas vezes... – Diz enquanto estão com a mão no ombro do soldado.
            Alison: Não fala nada seu idiota... Já estamos mortos. Não dá este gostinho a ele...
            Renan: Olha... Até onde eu sei. Mortos não falam... Você está tendo a sua chance de provar que não está morto. Me conta vai... Quem está lá dentro?
            Soldado: Droga... Não sei quem está lá dentro do quarto seguro... Mas dentro da casa estão suas amigas e o senhor Anto...
            Renan interrompe o soldado com uma facada venda de baixo que acerta a parte debaixo de seu queixo enterrando bem fundo em seu crânio antes mesmo dele completar o nome “Antony”. Ele comenta:
            - Desgraçado... Me fez perguntar duas vezes!!! Muito obrigado pela informação... Foi muito gentil da sua parte. –Diz enquanto olha para o corpo caindo no chão.
            Renan pede ajuda aos trabalhadores para os trabalhadores para levantar Alison e os guiar até a porta que estão Gisis, Antony e Reginaldo. Ao chegar na porta Renan pede para um dos trabalhadores baterem na porta. O trabalhador mesmo estranhando o pedido bate três vezes na porta.
            Renan: Você pode fazer melhor do que isso vai? Use a criatividade...
            O trabalhador pensa e bate mais forte ainda na porta...
            Renan: Não cara... Você não entendeu... Olha só como se faz de maneira criativa.
            Renan pega a cabeça de Alison e acerta três vezes contra a porta fazendo bastante barulho,. E diz:
            - Eu vou soprar... Soprar e soprar até esta porta cair... Ou melhor... Bater até esta cabeça cair. Estão me ouvindo... Estou com Alison aqui fora e ele está com saudades do papai.
            Neste momento Antony fica muito agitado lá dentro. Quase como se estivesse querendo sair para ajudar. Gisis o impede tentando falar com ele:
            - Não faça isso... É uma armadilha. Se abrir a porta estamos mortos.
            Tony: Você tem que fazer alguma coisa... Não posso perder o Alison.
            Gisis: Eu sei que você está agindo pela emoção... Mas entenda que se fizermos o que ele quer ele vai matar a todos.
            Tony: Você não entendeu... Eu preciso muito do Alison vivo. –Alison se exalta e acaba falando mais do que deve.
            Gisis: Sei que você ama seu fil... Como assim você precisa dele vivo? –Gisis pergunta pois achou estranho o modo do Antony falar.
            Tony: Não é isso... Você não entenderia.
            Gisis: O que eu não entenderia? Me explica?
            Tony: Não é o que você está pensando. É que como a sociedade está se desfazendo nós precisamos preservar o conhecimento. O Alison não é exatamente um exemplo de inteligência.
            Gisis: O que isso tem haver?
            Tony: Gisis... Eu estou morrendo. Tenho pouco tempo de vida. A única coisa que me salvaria agora seria um transplante de rim.
            Gisis toma um choque com a notícia que acaba de receber. Ela não acreditava... Ela simplesmente não acreditava naquilo que estava ouvindo. Ela percebeu que Tony queria usar Alison, seu filho para poder pegar o seu órgão e estender um pouco mais a sua vida. Gisis lentamente vai caminhando de costas em direção a porta de saída... Ainda de maneira atordoada pelo que acaba de escutar. Tony imediatamente se preocupa com o que Gisis irá fazer.
            Gisis: Renan... Você está me escutando?!?
            Renan: Não acredito!!! Xerifa... É você mesmo?
            Gisis: Se eu abrir para a porta... O que você vai fazer?
            Tony: Não faça isso Gisis, por favor...
            Renan: Vou bater um papinho com o Antony... Vai ser divertido. Você e suas amigas não vão sofrer nada.
            Gisis: Posso acreditar em você?
            Renan: Palavra de escoteiro... Nós temos história juntos. Não faria mal algum a vocês. Sabem disso... Apenas abram a porta e fiquem com as mãos levantadas. Só isso que peço.
            Gisis finalmente toma a sua decisão. Não importava o quando Antony gritasse, tentasse falar ou argumentar para ela. Aquela porta seria aberta com ou sem sua aprovação. Antes de abrir ela olha para Reginaldo e olha para a mesa. Ela o olha como se dissesse “...Se esconda ali...”. Reginaldo prontamente entende a mensagem e rapidamente se esconde. Gisis caminha lentamente para a porta e com a sua marreta ela acerta uma das sustentações da madeira que impedem a porta de abrir. A sustentação se rompe, a porta se abre... O destino foi selado. Renan, Hiron e Rodrigo entram. Renan olhando para Gisis pergunta:
            - Só estão vocês dois aqui dentro?
            Gisis apenas olha para baixo, mas não responde... Hiron e Rodrigo começam a olhar o lugar. Eles se aproximam da mesa onde Reginaldo está... Porém eles são interrompidos por Renan que olhando nos olhos de Gisis diz:
            - Não se preocupem, não tem mais ninguém aqui. Levem os dois lá para fora... Vamos acabar logo com isso.
            La do alto da casa Carol consegue ver toda a situação. Os trabalhadores saem da casa juntamente com Renan... Hiron e Rodrigo levam Gisis e Antony para fora. Os trabalhadores abrem uma roda pois todos querem ver o que vai acontecer ali. Carol aponta seu rifle para a cabeça de Renan, porém alguma coisa a interrompe. Ela vê de longe que Jenny está vindo em direção a multidão e está carregando Juju nos braços com bastante dificuldade. Ela interrompe o que ia fazer e desce do telhado desesperada para ajudar as duas.
            Renan: Coloquem eles de joelhos... Vamos jogar um jogo aqui. Ele se chama... Culpado ou inocente. Eu farei a pergunta para vocês... Trabalhadores que por tanto tempo levaram esta cidade e vocês me dirão se eles são culpados ou inocentes. Após isso eu direi a sentença...
            Assim que eles são colocados de joelhos Renan corrige a posição deles:
            - Estes aqui não... Estão errados... Quero Antony de frente para o Alison. Quero um olhando nos olhos do outro.
            Gisis: Não faça isso... Eles não valem a pena.
            Renan: Sinto muito... Não está mais em minhas mãos.
            Renan olha para os trabalhadores que naquele momento estão querendo ver morte. Ele sabe disso e adora cada momento de vingança. Ele olha para aquelas pessoas furiosas e diz gritando para as pessoas:
            - Eu acuso Alison pelo crime de promover o trabalho escravo... O que vocês me dizem? Culpado ou Inocente?
            A multidão se cala... Renan aguarda por uma resposta, mas nada... Ele sabe o que quer e volta a perguntar a eles:
            - Acho que eu não fui bem claro... Vocês foram feitos de escravo todo este tempo, eles usaram vocês, eles mataram vocês, eles fizeram experiências com seus corpos, vocês ajudaram a construir uma comunidade que outras pessoas estão usufruindo e hoje eles estão aqui para receberem a punição que eles merecem... Mas isso não está em minhas mãos. Vocês têm o poder de decidir isso. Então por todos estes fatores que eu disse a vocês... Me respondam. Alison é culpado ou inocente?
            A multidão praticamente toda grita “CULPADO!!!”. Eles balançam suas ferramentas e armas demonstrando todo seu ódio naquele momento. Renan apenas sorri como se estivesse se alimentando de todo aquele ódio que aquelas pessoas produziam. Para ele aquele momento era mágico. Ele chega perto de Alison, coloca a foice apoiada sobre o seu pescoço e diz para o povo:
            - Pelos crimes descritos aqui hoje e pela julgamento destas pessoas... Você foi declarado culpado... E pela natureza de seus crimes eu o sentencio a morte.
            Como em um gesto impensado Gisis interrompe Renan dizendo:
            - Espera!!! Nós podemos prender ele em algum lugar... Me ajuda a construir uma nova sociedade. As pessoas podem ser punidas, elas podem pagar pelo que fizeram de forma correta. Me ajude a fazer isso... A Juju me contou que você matou aquelas pessoas para saber o que estava acontecendo aqui na comunidade. Você estava tentando salvar pessoas como eu estou aqui e agora tentando fazer.
            Renan: Um pouco antes disso tudo começar Juju foi me visitar. Ela é uma das poucas pessoas boas de verdade que existem. Esse mundo não é mais para este tipo de gente... Mas eu ajudei ela. Mandei ela para longe desta confusão. Ela está segura agora.
            Gisis: Está vendo? Dá para resolvermos isso... Apenas precisam...
            Gisis é interrompida por sons de disparo. Disparos em sequência... Estes tiros vem bem de perto ali de onde eles estão. Era Jenny e Carol carregando Juju... Alguns trabalhadores que estavam ali perto partiram para atacar as três, porém elas estão armadas e impediram que eles se aproximassem. Jenny vem segurando Juju nos braços e com o braço livre usa a sua pistola. Carol vai andando ao lado de Juju e usando seu rifle para atirar. Elas derrubam mais de seis trabalhadores... Carol ficam sem munição mas acaba usando seu rifle como um bastão e acerta aqueles que se aproximam... Quando elas chegam perto os trabalhadores com meio abrem para elas passarem... As próxima cena é desoladora.
            Gisis arregala seus olhos como se não acreditassem no que acabava de ver ao mesmo tempo que uma lagrima ameaçava escorrer de seus olhos. Renan deixa a foice de lado e caminha até Juju com os olhos fixos. Ao se aproximar ele percebe que ela já está bem fraquinha, mal consegue se sustentar, mas ainda consegue sorrir. Aquela visão da sua própria faca no peito de Juju o faz lembrar de sua antiga história. Quando olha para Renan e bem baixinho ela diz:
            - Aaaa você está... aqui?... Sabia...
            Renan: Shhhhhh! Não se esforce... Você vai ficar bem. – Diz enquanto seus olhos se enchem de lágrimas.
            Juju: Claro que não seu bobo... E você sabe disso. Só quero que segure a minha mão...
            Renan pega a mão de Juju e segura com firmeza... Como quem não quer deixar algo escapar de suas mãos.
            Juju: Deixa eu sentir o seu coração...
            Renan pega sua mão e coloca em seu peito... Com a outra mão ele acaricia seu rosto.
            Juju ao sentir os batimentos diz:
            - Isso é muito bom... Cuida dele para mim...
            Essas são suas últimas frases. Ele sente a mão de Juju perdendo as forças até que ela finalmente se abre e solta a sua mão. A respiração extremamente fraca ainda dá alguma esperança para Renan que diz:
            - Levem ela para a Enfermaria... Ajudem ele lá... Por favor... Façam o possível. – Diz isso enquanto solta Gisis.
            Elas se afastam e vão em direção a enfermaria... Renan fica ali, no meio daquela multidão de pessoas, porém... Sozinho. As pessoas gritam, gesticulam ódio, mas ele não escuta nem vê nada. A sua história se repete em sua cabeça. Uma... Duas... Três vezes sem parar. Na cabeça dele havia apenas uma diferença. Agora ele poderia punir os culpados. Renan acorda no meio daquela confusão... Ele pega uma motosserra e vai na direção de Alison... Nada pode para ele naquele momento. O barulho do motor é como musica para seus ouvidos. Ele se aproxima de Alison coloca a cerra em seu ombro esquerdo e olhando para Antony diz:
            - Isso não é só por ele, vocês precisa pagar pelo que fez... Você precisa ver acontecendo...
            Tony: Não... Por favo... Não faça isso! Eu preciso...
            Renan não espera nem mais um segundo e sob os gritos desesperados de Alison e o olhar amedrontado de Antony a cerra começa a descer a partir do seu ombro. Sangue e pedaços vão para todos os lados inclusive nos rostos de Antony e Renan. Quilo se torna uma carnificina... Alison desfalece, porém Renan continua o caminho da cerra segurando com a outra mão a cabeça para não cair. Ele chega até o final partindo o corpo de Alison ao meio bem diante daquela multidão. Quando Renan vai para cima de Antony a motosserra para de funcionar. Antony chegou até a virar o rosto, mas acabou dando sorte.
            Renan: Está vendo... Isso é um sinal. Você precisa viver... Viver com esta cena viva em sua memória.
            Antony fica assustado e sem reação. Sem saber o que fazer. Renan diz para os trabalhadores que estão em volta:
            - Deem um pouco de dignidade a este homem. Ele já pagou pelos seus crimes. Ajudem ele a se levantar.
            Os trabalhadores o soltam e Renan dá a sua mão como se fosse apertar a sua mão e diz:
            - Estamos quites agora?
            Antony sem saber o que dizer ou fazer acaba apertando a mão de Renan que do nada muda sua expressão para um ódio absoluta e diz:
            - Essa não tem mais haver com punição.. Esta é por mim mesmo.
            Renan puxa um facão que estava preso em sua cintura e acerta o braço de Antony quase o amputando por completo. Não satisfeito ele tenta novamente e consegue cortar o braço quase que inteiro. Antony cai de joelhos bem na sua frente e suplica pela sua vida. Renan não da se quer ouvidos e diz:
            - Eu disse que você já tinha pago seus crimes, não disse que ia te deixar vivo, mas vou te dar uma opção.
            Renan corta um dedo da mão do braço de Antony e joga na sua frente dizendo que se ele quer sobreviver ele tem que comer aquele dedo. Antony desesperado pega o dedo e coloca na boca sem mesmo se importar com a sujeira em que o dedo cai. Ele tenta comer, mastigar, mas não consegue e acaba cuspindo. Renan olha para aquela cena com extrema desaprovação.
            Renan. Quanto desperdício... Nunca imaginei que uma pessoa da sua classe se rebaixaria a tal ponto... Te vejo no inferno seu desgraçado!!!
            Renan dá uma pancada na cabeça de Antony com o seu próprio braço fazendo Antony cai já quase desacordado no chão. Ele vai ainda para cima de Antony e levantando o braço o mais alto possível ele desce com toda a força em direção a sua cabeça repetidas vezes. Seu rosto exibe uma alegria e ao mesmo tempo um ódio profundo. São tantas pancas que finalmente o braço se quebra. Ele o joga para o lado, mas não quer dar a mínima chance que Antony se transforme... Ele pega o facão e enterra em sua cabeça. Não só os trabalhadores, mas também as pessoas que podem ver aquela cena da janela de suas casas ficam horrorizadas tamanha brutalidade. Renan pede para que os trabalhadores aguardem como as coisas vão ficar. As pessoas vão se dispersando aos poucos e deixando para trás toda a morte e destruição que causaram. Renana ainda tem uma tarefa a cumprir com ele mesmo.
            Renan vai em direção a enfermaria de forma bem apressada. Ele consegue conter seu desespero ao procurar o cômodo onde elas estão. Assim que que ele abre a porta certa ele consegue ver Gisis, Jenny e Carol... Juju está deitada na maca já sem respiração e sem vida. Ele chega perto dizendo algumas palavras como se ele quisesse se convencer de algo... Ele balbucia coisas como “Ela vai ficar bem”, “Suas mãos estão tão frias”...
            Gisis: Ela não conseguiu...
            O Silencio toma conta da sala assim como a noite encobre a terra com sua escuridão. A morte havia finalmente tocado o grupo.
            Renan: Eu sabia... Eu avisei para ela ficar longe de mim. Pessoas boas sempre se machucam ao meu lado. Vocês já fizeram?
            Embora estas palavras tenham um sentido bem aberto, o contexto deixava bem claro a pergunta dele. Ele queria saber se elas já haviam cuidado para que Juju não retornasse como um walker.
            Jenny: Ainda não...
            Renan: Eu faço... A culpa é minha... Deixa eu pelo menos ajudar ela uma vez.
            Renan olha para a faca ao lado do corpo e assim como as memorias do que já aconteceu anteriormente, vem também as mesmas lágrimas. As mesmas emoções... Ele pega a faca. Levanta a cabeça de Juju e coloca a lamina em sua nuca, mas não a enfia. Não consegue. Sua resistência finalmente vai abaixo e ele cai em prantos:
            - Não consigo... Não consigo fazer isso... Por que isso tinha que acontecer? Eu que tinha que ser punido e não ela...
            Gisis chega perto de Renan e Juju e segura na mão de Renan que está com a faca. Ela olha nos olhos de Renan como se aguardasse algum tipo de aprovação ou permissão. Eles não falam uma palavra, mas apenas com um balançar de cabeça eles conseguem se comunicar. Gisis ajuda a forçar a faca que entra delicadamente no crânio de Juju. Está feito... A mesma memoria, a mesma situação e até a mesma faca.
            Gisis: Você fez o que podia... Tentou tirar ela da confusão. Ela percebeu isso... Que você se importava.
            Renan visivelmente abalado com aquela situação toda responde:
            - É verdade, mas isso tem que parar... Não dá mais para ser assim...
            Gisis: É verdade... Ajuda agente a arrumar a bagunça. Nós aqui podemos fazer esta comunidade um lugar melhor... Um lugar bom.
            Renan: Vocês podem realmente conseguir, mas isso tem que acabar aqui... Agora!
            Renan saca rapidamente um revolver e aponta  bem de frente para o rosto de Gisis que apenas tem o reflexo de levantar os braços. De forma imediata Jenny e Carol apontam suas armas para Renan. Jenny sua pistola e Carol o seu rifle.
            Gisis: Calma todo mundo... Ele só está um pouco mal. Deem um tempo a ele e vai ficar bem...
            Renan: Eu vou matar vocês três aqui e agora... Isso tem que acabar. – Diz enquanto engatilha a arma.
            Carol: Que merda Gisis... Ele está na minha mira. Daqui eu não erro... É só me falar...
            Gisis: JÁ FALEI... CALMA TODO MUNDO... JÁ MORREU GENTE DEMAIS HOJE!!!
            Jenny cai caminhando para a lateral de Renan e apontando a arma. Ela percebe algo muito estranho. Olhando para o tambor do revolver de Renan ela percebe que a arma está sem munição.
            Renan: Vamos lá... Ninguém vai atirar? Eu não vou poupar ninguém quando eu começar...
            Jenny: Gisis... Fica tranquila. A arma dele está descarregada.
            Renan vai na direção de Jenny segura sua pistola e aponta para a própria testa. Vai amiga... Me ajuda... Pelos velhos tempos. Vamos...
            Vendo que não havia resposta alguma por parte de Jenny ele olha para Carol e diz:
            - Ei você... Sei que quer fazer isso... Vamos lá.. Esta é a sua chance... ME AJUDA MERDA!!!
            Carol: É verdade... Mas hoje não... Não assim.
            Renan se revolta com a situação e sai do local transtornado. Passam alguns dias e Renan não é mais visto desde então.

Três dias depois

            A situação na comunidade se acalma. A situação volta quase a sua normalidade. Gisis acaba de vir de uma reunião com um grupo que representa os trabalhadores. Gisis e Jenny se mudaram para a casa maior para poderem utilizar aquele espaço maior como uma sede de gerenciamento da comunidade. Funcionando como sede administrativa e deposito. Gisis chega na sala e encontra Carol vigiando pela janela. Gisis se joga no sofá e fala:
            - Que dia... Que dia... Eles são foda cara...
            Carol continua olhando pela janela e responde:
            - Não conseguiu falar com Renan? Ele não aceitou o acordo?
            Gisis: Não é isso... Ele não está mais à frente dos trabalhadores. Agora tem um grupo e este grupo... Eles não querem mais ajudar a comunidade. Estamos ficando sem comida e isso me preocupa. Nosso pessoal está fragilizado demais para mandar qualquer um ir explorar lá fora. Mandei o único grupo confiável agora pouco. Muitas pessoas foram embora depois do que aconteceu e os que ficaram ainda estão aqui por comodidade.
            Carol: Vamos superar isso...
            Gisis: Eu sei, mas como? Agora parece que agora temos mais crimes dentro dos muros do que fora. Algumas pessoas realmente não podiam sair de dentro da fazenda. Precisamos de mais pessoas do nosso lado... Essa comunidade tem tudo para dar certo, temos muros altos e espaço para plantio. Só depende de nós.
            Carol: Vamos conseguir. As pessoas só precisam de um pouco mais de tempo...
            Gisis: É verdade... Tudo foi muito recente... Parece que ainda consigo ver os corpos espalhados na rua. Não vou desistir agora... Vamos alimentar estas pessoas custe o que custar.
            Quando elas menos esperam entra Jenny na sala e sem a menor cerimônia diz:
            - Vocês não precisavam fazer isso... Por que vocês fizeram isso?
            Gisis: Gisis... Se acalma. Do que você está falando?
            Jenny: Não foram vocês? Então...
            Carol: Acho que eu sei do que ela está falando... Olhem aqui na janela.
            Elas olham pela janela e conseguem ver um pequeno tumulto envolvendo poucas pessoas. Cerca de cinco. Jenny leva elas até o local e quando chegam lá uma cena um tanto estranha para eles. Renan está algemado em uma grade e caído no chão e bastante machucado. Algumas pessoas batem nele, chutam, algumas pessoas jogam pedras, cospem e xingam. Gisis resolve intervir na situação. Ela chega com a arma na mão, se coloca entre as pessoas e Renan e fala:
            - é isso mesmo que vocês querem? Querem mais mortes? Já não basta aquelas que tivemos pouco tempo atrás?
            ??? – Esse cara aí usou agente... Ele mentiu dizendo que tinha sobrevivido a uma mordida. Ele nos manipulou para conseguir o que ele queria...
            Gisis: E o que ele queria? Não quero bancar a advogada do Diabo aqui, mas ele salvou a vida de vocês... Se não fosse por ele o Antony e a Clara ainda estariam fazendo vocês de cobaia. É isso que vocês queriam?
            ??? – Ele tem que pagar pelo que ele fez!!!
            Gisis: E ele vai pagar... Não tenha dúvida disso. Somos pessoas civilizadas e vamos nos manter assim. E marquem minhas palavras... Todos aqueles que cometerem crimes aqui dentro também vão pagar por eles.
            ??? – O que é que você tem para mandar nas coisas aqui?
            Jenny: Ela tem o que é necessário... Ela tem a nós.
            Carol: E nós acreditamos nela... E neste lugar.
            Mesmo caído no chão Renan ainda consegue falar, mas muito mal:
            - Eu aplaudiria se a minha outra mão não tivesse presa...
            Gisis: Ahhh... Cala a boca!
            Gisis se aproxima de Renana para tentar ajudar, mas ele rapidamente saca uma faca para afastar ela. Mesmo sem ver muito ele balança a faca que já está tremula em suas mãos e pede:
            - Me deixa aqui... Eu quero isso. Eu preciso disso... Eu só fiz mal a estas pessoas, só fiz mal a quem se importava comigo.
            Jenny: Não podemos deixar isso...
            Gisis: Não está mais em nossas mãos... Ele precisa de um tempo para pensar.
            Gisis se afasta um pouco e sussurra para Jenny... Preciso que você fique de olho nisso para mim, tudo bem?
            Jenny concorda e ao se afastarem elas veem algo bastante curioso. Quando aquelas pessoas também vão embora. Se aproxima dele uma senhora de aproximadamente seus sessenta e cinco anos e fala com ele:
            - Obrigado viu... As pessoas não entendem, mas você vingou a morte do meu filho e ajudou meu neto a sair daquele lugar que provavelmente iria matar ele também. Só queria agradecer.
            Renan nem olha... Apenas continua olhando o vazio e inerte. Gisis, Jenny e Carol continuam voltando para a sede da comunidade quando de repente escutam gritos. Gritos muito altos...
            Gisis: Temos que ir lá ver isso...
            Jenny: E rápido...
            Carol: Vamos... Eu sei de onde está vindo.
            Elas correm muito rápido... E quando mais se aproximam elas conseguem ver pessoas correndo na direção contraria em completo desespero.
            Carol: Droga! Que merda será esta agora?
            Jenny: Será que são os salvadores?
            Gisis: Não sei mais o que eu quero ver quando chegar lá...
            Elas conseguem ver a entrada da comunidade com os portões abertos. Em na frente da comunidade estão cinco Reapers. Um deles na frente de um corpo bem destruído caído... Ele segura com seus longos braços a cabeça daquele corpo. Elas se escondem para evitar de serem vistas, apenas observam o que eles vão fazer. O que está segurando a cabeça chega próximo ao portão e se comporta como se estivesse escrevendo algo com o sangue que está na cabeça. Ele termina de escrever e joga a cabeça na direção de onde elas estão se escondendo. Os cinco vão embora juntos... Carol fica revoltada e corre em direção ao portão para ver a direção que eles foram embora, mas já era tarde demais.
            Carol: Tem alguma coisa errada...
            Jenny: Como assim... Já conhecemos os Reapers. Eles são assim eles atacam pessoas.
            Gisis: É verdade... Nós vimos isso acontecer bem diante de nossos olhos... Foi com o Almir.
            Carol: Sei disso, mas os Reapers nunca tão chegaram perto da comunidade. Eles nunca se quer entraram na comunidade.
            Gisis: É verdade... Logo quando chegamos na comunidades encontramos com um deles... Quando chegamos nos portões eles sumiram.
            Jenny: Na época os portões eram mais protegidos... Tinha mais pessoal. Será que eles perceberam que a comunidade está enfraquecida? Eles estavam esperando por algo assim?
            Gisis: Que Deus nos ajude...



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