1. Spirit Fanfics >
  2. The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes >
  3. Emma que me contou

História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Emma que me contou


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOI WALKERS!! Eu queria ter postado o capítulo mais cedo... mas mal tive tempo pra escrever hj.
Bom... espero q gostem do capítulo☆
Desculpem se houverem erros de digitação...
Boa leitura!! ♡♡♡♡♡

Capítulo 28 - Emma que me contou



                Continuação.........

  Quando finalmente cheguei perto o suficiente pra ver o que tinha dentro do berço, minhas pernas falharam e eu caí de joelhos no chão, as lágrimas de alívio escorreram pelas minhas bochechas e pararam molhando o chão. Ela estava deitada no berço, olhando pra janela.
   Respirei fundo três vezes e me levantei secando minhas bochechas com os ombros, olhei pro travesseiro que permaneceu em minhas mãos, e me perguntei da onde era esse sangue.
    - Ah... como eu sou idiota! - Me xinguei jogando o travesseiro no chão, aquele sangue era da minha própria mão.
   Mesmo estando tudo bem, tentei entender o que tinha acontecido, o por que que de repente eu me desliguei e despertei em pé com um travesseiro nas mãos. E é claro que eu só cheguei a uma conclusão... o que teria acontecido se esse barulho não tivesse me "acordado"?  
 
  Meio desnorteada saí correndo do quarto deixando a Judith sozinha. Desci as escadas correndo até a sala.
   - Que barulho é esse? - Perguntei, Enid estava em pé olhando atentamente pela janela, a faca empunhada em sua mão. Carl veio correndo da cozinha com a arma na mão.
   - É uma buzina. - Respondeu antes de Enid. - Esse barulho vai atrair os zumbis e atrapalhar o plano do meu pai. - Carl resmungou preocupado, ele estava inquieto.
    - Ai meu Deus, o Ron! - Enid exclamou saindo de frente da janela e correndo até a porta, ela começou a empurrar o sofá. - Rápido Carl, me ajuda!
  Carl imediatamente correu até ela e a ajudou a tirar o sofá da frente da porta.
   Me encaminhei até a janela pra ver o que estava acontecendo e vi Ron correndo, estava sendo perseguido por um daqueles loucos.
    - Ai não! - Me desesperei e corri até a porta que já estava livre. Carl saiu pra fora com a arma engatilhada e atirou contra o cara que perseguia Ron, acertando-o na perna e fazendo-o cair.

   Ron parou de correr e se curvou apoiando suas mãos nas pernas, tentando recuperar o fôlego. Carl avançou lentamente até o cara, mirando a arma em sua cabeça.
    - Não! Não, por favor garoto... não faça isso! - O cara implorava pra Carl, que ficou meio indeciso sobre o que fazer. E então ele atacou Carl tentando desarmá-lo, mas levou um tiro e caiu morto.
  Soltei a respiração que eu tinha prendido sem perceber.
    - Entra, eu vou proteger vocês. - Carl falou pro Ron.
   Ron olhou de Enid pra mim, e de mim pro Carl. E então ele fechou a cara.
    - Não! - Respondeu arrogante e saiu andando.
    - Ron! - Carl e eu tentamos chamar mas ele não deu ouvidos.

           .........
 
  Estávamos na sala, aquele barulho irritante e ensurdecedor de buzina tinha parado a alguns minutos, mas ainda dava pra ouvir os gritos das pessoas lá fora e os disparos das armas. Eu estava sentada numa cadeira que peguei da cozinha. Meu olhar vidrado nas minhas mãos que estavam em cima do meu colo, nem dava pra saber se minha mão tinha parado de sangrar, minha faixa estava ensopada.
    - Precisamos cuidar disso. - Carl comentou, desviei meu olhar pra ele que estava sentado de pernas cruzadas no chão segurando a calibre 12 entre as pernas, olhando pra mim com um semblante meio preocupado.
    - Eu acho que a Denise deve estar ocupada com coisas bem mais sérias agora. - Falei me referindo as pessoas que estavam sendo feridas no ataque. - Não vou atrapalhar ela.
    - E quem falou na Denise? - Disse se levantando.
    - O que, está pensando mesmo que vou deixar você costurar minha mão? - Ri com deboche. - Por acaso já fez isso antes?
    - Não, mas acho que você não tem muita opção. - Respondeu.
    - E isso parece estar bem feio. - Interveio Enid mirando os olhos para o chão perto de mim, onde havia uns pingos de sangue. - Pode infeccionar.
   - São só pontos, não vou morrer se esperar algumas horas. Pelo menos até a Denise ficar livre. - A verdade é que eu não gostava da ideia de ter o Carl costurando minha pele. Não que eu estivesse com medo da dor, mas porque eu tinha vergonha de que ele visse o que a Emma fez, o que minha própria irmã fez comigo.
     - Até a Denise terminar de ajudar  aquelas pessoas, você não vai mais precisar de pontos, e sim de um transplante de sangue. - Retrucou e veio até mim estendendo a mão. - Vamos logo Thaylor.
  Me levantei regeitando a mão dele, e ele a abaixou. Ele sabia que doía.
    - Pode olhar a Judith pra mim? - Carl perguntou a Enid, apontando pro chiqueirinho de madeira onde Judith se encontrava dormindo.
    - Claro. - Respondeu balançando a cabeça positivamente.
 
  Carl andou até a cozinha, eu o seguia logo atrás.
   - Acho que vi uma caixa de kit médico aqui, em algum lugar. - Ele comentou indo até atrás do balcão e abrindo as cavetas do armário e bagunçando todas elas.
   - Então além de furtarem o arsenal também furtam a enfermaria? - Perguntei com sarcásmo me sentando num banco de frente pro balcão.
    - Você estaria morta se eu não estivesse armado com uma arma que foi roubada do arsenal. - Respondeu sem desviar a atenção da gaveta que ele estava revirando. - Então não reclama.
    - Uau! Obrigado pelo seu incrível ato heróico valente Carl! - Exclamei com ironia. Pude ver ele revirar os olhos.
    - Não é disso que estou falando. - Disse. - Achei! - Exclamou tirando uma pequena maleta branca de dentro do armário, ele colocou sua arma em cima da pia e a maleta em cima do balcão. - E eu não poderia cuidar de você se não tivéssemos roubado isso da enfermaria.
    - Você não precisaria estar "cuidando de mim" se não tivesse puxado minha mão! - Retruquei em resposta. Ele não respondeu.
 
  Carl abriu a maleta e "felizmente" tinha o que eu precisava naquele momento. Ele cobriu uma parte do balcão com um pano branco.
    - Me da sua mão. - Pediu e obedeci colocando a mão no balcão em cima do pano.
    - Sabe que vai ter que limpar isso ai antes da Carol voltar, não sabe? - Avisei olhando pro balcão que sujou de sangue assim que apoiei a mão em cima dele.
    - Eu sei. - Respondeu.
  Carl pegou minha mão e começou a tirar a faixa, suas mãos já se sujando instantaneamente com o meu sangue.
    - Caramba. - Deixou escapar quando tirou a faixa descobrindo minha mão por completo, revelando um fundo corte feio com umas linhas soltas ao redor, a ferida ainda estava sangrando. - Como foi que fez isso?
    - Que merda Carl! - Fiz uma careta olhando pra aquilo e ignorando sua pergunta. - Precisava ter puxado minha mão?
    - Sinto muito mas.. agora já foi. - Respondeu soltando minha mão e abrindo a torneira da pia pra limpar as suas. - Vem aqui, precisa lavar esse sangue.
   Me levantei e fui até atrás do balcão, onde enfiei a mão de baixo da torneira que Carl manteve aberta.
    - Nunca mais como nada que tenha sido preparado nessa cozinha. - Comentei enojada enquanto via a água vermelha descendo pelo ralo.
    - Pra quem já comeu carne de cachorro e coelho preparados pelo Daryl, você está sendo bem exagerada. - Riu fechando a torneira.
  Depois de tirar aquele sangue todo da minha mão, voltei pro banco e me sentei de frente pro Carl.
    - Vale xingar se precisar. - Falou balançando um frasco de álcool nas mãos. Ouh merda!
  "Não sabe o quanto estou te odiando agora Carl Grimes!".
  Novamente, coloquei a mão em cima do balcão e Carl destampou o frasco de álcool. Fechei os olhos prendendo a respiração, essa era a pior parte.
  Senti minha mão queimar num ardor insuportável, não sei como tive força pra segurar o grito que queria sair. Enquanto jogava o álcool, Carl segurava meu pulso com força em cima da mesa, já que eu tentava tirá-la.
    - Merda, vocês não poderiam ter pêgo anestesias também?! - Reclamei alterada.
    - Não tive anestesia quando tiveram que tirar pedaços de bala de dentro da minha barriga. - Retribuiu no mesmo tom. Olhei surpresa pra ele. - E posso assegurar que minha dor foi mil vezes pior.
    - Quando foi que levou um tiro na barriga? - Perguntei curiosa enquanto ele enfiava linha numa agulha.
    - Foi a alguns anos. O pai da Maggie, Hershel, me salvou. - Respondeu.
    - E o que aconteceu com o pai da Maggie? - Seu semblante se transformou em uma expressão meio triste. Acho que toquei num assunto delicado.
    - Ele foi morto, por um desgraçado que cortou fora a cabeça dele com a Katana da Michonne. - Respondeu armagurado.
    - Nossa eu... sinto muito. - Falei depois de uns segundos em silêncio tentando acimilar o que acabara de ouvir.
    - Tudo bem. Isso já faz muito tempo. - Falou. Mas dava pra perceber que aquilo ainda o abalava.
  Me dei conta de que eu não sabia nada sobre ele, na verdade eu não sabia nada sobre ninguém. O que era uma coisa estranha já que estou no grupo a alguns meses.
    - Cuidado com isso! - Alertei quando ele se preparou para dar os pontos na minha mão.
    - Eu não sou idiota. -  Respondeu e enfiou a agulha na minha mão, o primeiro ponto doeu um pouco, mas nada de mais.
    - Quer conversar? - Ele perguntou depois de uns minutos de silêncio entre a gente.
    - Sobre..?
    - Sobre a Emma.
    - Não. - Respondi num tom mais rude do que eu pretendia.
  Ele suspirou e deviou a atenção dos pontos pra me encarar.
    - Sabe que vai ter que responder as perguntas quando o meu pai voltar, não sabe? - Não respondi. Eu realmente não queria falar sobre a Emma, não agora. - Eu sinto muito por ela ter sido mordida.
  Permaneci calada, segurando o choro.
    - Thaylor...
    - Carl eu não quero falar sobre isso! - O interrompi irritada.
    - Você não pode adiar esse assunto por muito tempo!
    - Mas posso adiar até o Rick voltar, e é o que eu vou fazer! - Respondi decisiva, ele ficou me encarando com uma expressão contrariada. - E por favor, volta olhar pra minha mão e essa agulha!

  Ele terminou de fazer os pontos e enfaixou minha mão, devo confessar que até que ele fez um bom trabalho.
    - Obrigado. - Agradeci enquanto ele guardava as coisas de volta na maleta. Ele não disse nada, permaneceu calado como já estava a uns quinze minutos. Suspirei impaciente. - Desculpa por ter sido tão arrogante com você aquela hora. Mas... tenta entender, ela era minha irmã, a única pessoa da minha família que eu encontrei depois de tantos anos! E... eu tive que matá-la.
   A essa altura algumas lágrimas já escorriam pelo meu rosto, eu as sequei rapidamente.
  Ele se virou pra mim, fechando o armário onde estava guardando a maleta médica de volta, e se sentou no balcão de frente pra mim.
    - Eu entendo. Também tive que matar uma pessoa da minha família. - Disse meio cabisbaixo, com o olhar vago e triste.
    - Quem? - Fiquei meio relutante em perguntar.
    - Minha mãe. - Respondeu e percebi uma lágrima escorrer de rosto, ele limpou-a de pressa.
   - Carl eu...
   - Tudo bem... já passou. - Ele encarava as próprias mãos que estavam apoiadas em cima do balcão já limpo, como se estivesse lembrando de quando aconteceu. - Sabe, eu culpei meu pai pela morte dela durante um tempo... mas eu só estava com raiva de mim mesmo e tentando achar alguém pra descontar a culpa que eu estava sentindo, por ter sido um mau filho.
    - Não... não diz isso, aposto que ela não tinha raiva de você.
    - É. Ela não tinha, mas eu tenho. - Eu não sabia o que dizer, então apenas deixamos o silêncio tomar conta do ambiente por um tempo.
    - Por que não me fala um pouco mais de você... de vocês. - Acrescentei quebrando o silêncio.
    - Não gosto muito de remexer no passado. - Respondeu brincando com uma colher que estava em cima do balcão.
    - É mesmo? - Me curvei um pouco pra frente e entrelacei meus dedos em cima do balcão. Encarei ele com o olhar sério. - Mas estava remexendo meu passado enquanto lia meu diário.
   No mesmo instante ele soltou a colher, e manteve sua cabeça baixa sem desviar o olhar do objeto.
   Depois de longos segundos sem dizer nada, ele perguntou com a voz baixa, ainda sem levantar os olhos.
    - Como você...
    - Emma me contou. - Respondi cortando-o. - Pouco antes de morrer.
  Eu conseguia ouvir sua respiração pesada, claramente ele não sabia o que dizer. Mas apesar dessa situação, eu estava calma, chateada, mas calma. Ele pode ter lido meu diário, mas o que ele descobriu? Nada, e por isso eu ainda estava em Alexandria, por isso eu ainda estava no grupo.
    - Thaylor eu... - Ele levantou a cabeça, finalmente me encarando. - ... eu não li tudo.
    - E acha que isso muda alguma coisa? - Balancei a cabeça mostrando o quão eu estava decepcionada. - Não muda nada.
    - Desculpa.
    - Sério? - Ri desdenhosa. - É isso? "Desculpa"? Você leu meu diário, invadiu minha privacidade, traiu a confiança que eu NEM tinha em você... e acha que pode resolver tudo com um "desculpa"?
   Tá legal, acho que eu não estava tão calma assim.
   Carl se levantou e foi até a porta da cozinha, fechando-a em silêncio. Em seguida veio até mim ficando de pé na minha frente.
    - Não, não acho que um "desculpa" vai resolver tudo. Mas eu estou arrependido...
    - Está arrependido porcaria nenhuma! Na verdade você está insatisfeito, por não ter achado NADA que possa me expulsar daqui...
     - O que?! Acha que quero que você seja expulsa? - Indagou alterando a voz. - Li o diário exatamente pro contrário! Pra me convencer de que a Skyler estava errada! E quer saber de uma coisa... eu estou insatisfeito sim, mas é porque ainda não tenho certeza!
  Olhei incrédula pra ele, que logo fechou os olhos e deu um leve suspiro.
    - Eu... eu não devia ter falado isso...
    - Mas falou. Só que... você tem razão. - Dei de ombros desviando meu olhar para a parede branca atrás dele. - Não tem como ter certeza.
    - Thaylor eu não quis dizer isso! - Falou se colocando na frente da minha visão, para que eu pudesse encará-lo. - Eu não acho que você seja culpada pelo que a Skyler te acusou!
    - Eu tinha certeza de que eu era inocente... mas agora eu estou duvidando. - Murmurei pra mim mesma, num tom inaudível. Se a buzina não tivesse me despertado eu teria feito alguma coisa com a Judith, sufocado-a talvez... será que eu teria sido capaz?
    - Thaylor. - Carl chamou me despertando de meus pensamentos.
    - O-oi... eu.. tudo bem Carl, não estou com raiva de você. - Falei olhando em seus olhos, que me olhavam de volta.
   - Então você me... desculpa? - Perguntou apreensivo.
    - Ahãm. - Foi minha resposta, eu só queria... acabar com aquele assunto, pelo menos por agora.
    - Mentira. Mas eu me conformo com isso. - Disse se sentando num banco ao meu lado.
   
  O silêncio caiu sobre nós por alguns breves segundos, até que decidi quebrá-lo.
    - Carl... eu vou embora.
    - O que? - Indagou quase engasgado. - Não.. não pode ir, e-eu já disse que acredito em você...
    - Não é por isso. - Interrompi. - Eu já tinha decido isso assim que a Emma morreu. Sabe... aqui não é meu lugar. Pode parecer bobagem e até burrice, mas prefiro viver lá fora... não pense que eu quero procurar por perigo...
    - Você quer procurar seu pai. - Me cortou olhando pro chão. Ele levantou os olhos pra mim e continuou a falar em tom de voz tranquilo. - Faz sentido, a Emma morreu... você não tem mais motivos pra continuar aqui, não tem ninguém por quem ficar.
    - Não é bem assim.
    - Claro que é. - Elevou um pouco o tom. - Acho que você nunca se juntou de verdade ao grupo, nunca realmente se importou...
    - Não pode falar por mim! Claro que me importo com o grupo! - Falei. - Vou embora por outros motivos, Carl. E não pergunte quais são porque não vou responder. - Acrescentei quando ele fez menção de abrir a boca.
    - E pensa em ir hoje? Isso é idiotice, não pode nem segurar uma arma.
    - Claro que não sou idiota de ir hoje, nem amanhã. Vou me recuperar primeiro. - Expliquei e vi sua expressão relaxar, como se estivesse aliviado.
  Nos calamos, apenas encarando um ao outro. Então nos viramos pra porta quando ouvimos o barulho da maçaneta.
    - Oi. - Enid entrou na cozinha. -Parece que acabou. - Avisou.
  Eu nem tinha reparado que os gritos e tiros haviam parado e que agora estava um silêncio lá fora, e Carl parecia ter percebido isso só agora também.
   Nos levantamos do banco e fomos até a janela da cozinha. Levantando uma frestinha da persiana com o dedo, olhamos pra fora. Não vimos mais pessoas correndo, só consegui enxergar dois dos invasores caídos no chão numa poça de sangue, provavelmente mortos.
    - É, parece que acabou. - Concluiu Carl saindo da janela.


Notas Finais


Espero q tenham gostado!
Se puderem comentem oq acharam por favor, vou tebtar postar o próximo cap amanhã..
Vlwwww e até mais walkers!😉😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...