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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Desculpa, Desculpa e Desculpa...


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOOI WALKERS!! TÁ aqui mais um capítulo! (Desculpem por ele estar tão grande, mas foi meio difícil parar de escrever😅)
Espero q gostem,
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! (♡_♡)

Capítulo 31 - Desculpa, Desculpa e Desculpa...


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Desculpa, Desculpa e Desculpa...


                Continuação......

   - TODO O MUNDO PRA TRÁS! CORRAM PRAS SUAS CASAS! - Rick continuava gritando enquanto atirava em alguns andantes que estavam na sua cola.
  Eu estava correndo o mais rápido que podia, eu não tinha arma, e, mesmo que tivesse não conseguiria usá-la.
   - THAYLOR! - Ouvi alguém gritar e quando olhei pra trás, me dei conta de que eu tinha me separado deles, só vi uma multidão de errantes.
   - MERDA!! - Urrei de raiva, ok, agora eu era uma garota desarmada com os braços costurados e perdida numa multidão de bichos devoradores de carne humana. Mas eu não tinha tempo pra me lamentar, peguei minha faca da cintura e a empunhei, atacando com facadas no olho os zumbis que vinham pra cima de mim. Ignorei a dor que estava sentindo na mão, que se dane esses pontos.
  Eu não sabia pra onde estava indo, apenas queria chegar a alguma das casas logo.
   Então, de repente senti um deles agarrar meu ombro e me puxar, fazendo com que eu derrubasse minha faca no chão. O zumbi abriu a boca, mas antes que pudesse abocanhar meu pescoço, ouvi um disparo e o zumbi caiu "morto" no chão, me empurrando com ele. Cai no chão e logo senti uma mão me puxar pelo braço.
   - Thaylor! - Era a Jessie, ela estava matando os bichos com uma pistola. - Pra lá! - Apontou pra uma direção, assenti e corri até onde ela indicara. Era a casa dela, abri a porta empurrando-a com o ombro e a fechei rapidamente.
  Fiquei com as costas colada na porta, respirando ofegante enquanto tentava recuperar o fôlego. Se eu não tivesse usando uma camiseta longa, com certeza eu já estaria enfectada por um arranhão daquele andante.
   - Thay! - Ouvi Sam gritar de lá de cima. - O que está acontecendo?
   - Sam, fiquei aí em cima! - Ordenei com a voz falhando.
   - Por que? - Questionou com a voz trêmula.
   - Só fica aí Sam! - Gritei de volta. Ouvi passos e uma porta se fechar, provavelmente ele se escondeu no quarto. Esperei uns segundos e subi as escadas, abri a porta do quarto e entrei.
   - Sam? - Chamei, eu não estava vendo ele. Apenas um monte de formigas em volta de um prato. - Sam?
   - Aqui. - Ouvi ele falar, mas ainda não o estava vendo. - Aqui dentro.
  Então vi uma sombra pelas frestas do closet dele.
   - Ei... Sam, sai daí. - Pedi e fui até o armário, mas estava trancado.
   - Eu vi um monte deles lá fora. - Ele estava chorando. - Não vou sair daqui.
  Respirei fundo e me ajoelhei ao lado do armário. O Sam me lembrava eu mesma, quando eu era pequena, antes de tudo isso começar.
    - Tudo bem, eles entraram em Alexandria sim. Mas vamos dar um jeito. - Tentei acalmá-lo, mas nem eu tinha certeza do que estava falando. - Todos vamos ficar bem. E você pode ficar aqui, se preferir.
   - Sério? - Perguntou fungando.
   - Sério. - Afirmei.
   - Thaylor. - Chamou depois de um instante de silêncio. - Somos monstros?
   - O que?
   - Dizem que as pessoas que matam outras, são monstros. - Explicou.
   - Talvez antes disso tudo, sim. Mas agora, matamos pra não virarmos monstros. - Respondi. - Matamos pra salvar as pessoas que amamos. Acho que isso não é ser um monstro, é?
   - Eu acho que não. - Respondeu parecendo confuso.
  Então me assustei com um barulho repentino vindo do andar de baixo.
   - O que foi isso? - Perguntou assustado.
   - Não sei. - Me levantei e busquei  qualquer coisa que fosse cortante. Então peguei o prato do chão e passei a mão pra tirar as formigas, e joguei o mesmo no chão, o prato se quebrou e eu peguei um pedaço pontudo dele e me dirigi até a saída. - Fique aqui Sam.
  Ignorei o "Não me deixa sozinho" do Sam e fui andando lentamente até a escada. Então soltei a respiração quando vi entrando na sala Ron, Carl, Jessie, Gabriel, Michonne e Rick carregando Deanna, ela estava sangrando.
  Desci as escadas correndo.
   - Thaylor! - Carl correu até mim com um ar aliviado. - No que você estava pensando quando se separou da gente?!
   - Digamos que "pensando" era a última coisa que eu estava fazendo. - Respondi e desviei minha atenção pra Deanna. - O que aconteceu com ela?
   - Foi atingida. - Michonne respondeu.
   - Vem, vamos levá-la lá pra cima! - Jessie falou subindo as escadas. Rick e Gabriel ajudavam Deanna a subir os degraus. Seguimos eles. - Thay, onde está o Sam? - Ela perguntou preocupada enquanto arrumava as almofadas da cama pra Deanna.
   - Está escondido dentro do closet. - Respondi, ela assentiu.
   - E a Judith?
   - A Judith está aqui? - Perguntei franzindo a testa.
   - Sim. Ela está no primeiro quarto. - Falou. - Eu vou vê-la. Disse e foi até o quarto em que a Judith estava.
  Desci as escadas, deixando Rick e Michonne no quarto com Deanna.
 
Fui até a janela, puxando uma frestinha da cortina pra espiar a situação lá fora, que continuava a mesma, uma merda.
   - Não acabou. - Gabriel disse de repente, ele estava sentado no sofá, olhei pra ele fazendo uma cara de confusa. - Este lugar, não acabou.    
   - É meio... difícil ser otimista nessas circunstâncias. - Comentei. - Não pense que sou "do contra", mas tem que adimitir que a situação está... - Deixei a frase morrer no ar.
   - Ainda acredita que seu pai está vivo? - Perguntou me pegando de surpresa. Não respondi, mas sim, eu acreditava. - Foi o que eu pensei. Então você pode sim, ser otimista diante de uma situação como esta.
  Quando abri a boca pra responder, Rick desceu as escadas, estava abatido.
   - O que houve? - Indaguei soltando o dedo da cortina e me virando pra ele.
   - A Deanna... ela foi mordida. - Contou, não tive reação no momento, apenas esperei a ficha cair. - A febre já está começando.
   - Como foi que... - Fui interrompida por um estrondo vindo de algum cômodo. - O que foi isso?
   - Cadê o Carl? - Rick perguntou pasmo. De repente ouvimos mais barulhos estrondosos e agora seguidos por gritos.
   - O que é isso?! - Jessie gritou descendo as escadas. Então corremos na direção dos barulhos, chegando até uma porta nos fundos.
  Os gritos eram do Carl e do Ron.
   - CARL! - Rick tentava abrir a porta inutilmente, pois estava trancada. - ABRA A PORTA!
   - RON! - Jessie batia na porta. - ABRE ESSA PORTA AGORA!
Comecei a chutar a porta, como se eu pudesse arrombá-la.
   - Rick o machado! - Gritei e Rick imediatamente tirou seu machado do cinto da calça.
   - Vão pra trás! - Recuamos alguns passos e então ele começou a espancar a fechadura da porta. - Saiam, venham rápido! - Rick mandou quando finalmente a porta abriu, revelando Ron e Carl empurrando uma prateleira pra tentar impedir um bando de zumbis que estavam tentando entrar na casa pela janela.
  Eles saíram de lá, tentamos fechar a porta mas os mortos estavam forçando-a.
   - Saiam! - Rick mandou trazendo um sofá, saímos de frente da porta enquanto ele tentava bloquear a porta pressionando o sofá contra ela. - Não é o suficiente!
  - Vou tentar achar outra coisa! - Falou Michonne já se encaminhando pra outro cômodo.
  Soltei a porta, não consegui suportar a dor nas mãos.
  - Tem uns móveis no quarto da minha mãe, deve servir! -  Gritou Ron já subindo as escadas, saí atrás dele.
   - Da pra explicar que merda foi que aconteceu lá em baixo?! - Perguntei alterada fechando a porta do quarto da Jessie.
  Antes que ele pudesse responder, a porta se abriu e Carl entrou fechando-a atrás de si.
   - Escuta eu... - Ron começou a falar mas foi interrompido quando Carl apontou sua arma pra ele.
   - Ei o que é isso? - Perguntei assustada, mas ele me ignorou.
   - Me entrega a arma, pelo cabo. - Ordenou Carl, sua arma ainda apontada pro Ron.
   - Carl, eu sinto muito...
   - É, eu sei. - Carl o cortou. - Agora me dê a arma.
  Ron hesitou um pouco, observando a arma em sua mão. E então virou o cabo e a entregou ao Carl, que a guardou na cintura.
   - Olha cara, eu entendo. Meu pai matou o seu, mas você precisa saber algo. - Carl começou a falar pro Ron. Eu não estava entendo nada daquilo. -  Seu pai era um babaca.  
  Dito isto ele se virou pra sair deixando o Ron com uma cara de idiota. Mas antes que ele colocasse a mão na maçaneta, eu me coloquei na frente da porta e cruzei os braços.
  - Hey, ninguém sai daqui até me explicar o que aconteceu e, o que ESTÁ acontecendo! - Exigi. Carl suspirou impaciente e se virou pro Ron.
   - Que tal explicar pra sua namorada o que aconteceu, em Ron? - Ele falou irônico. Ron permaneceu calado, apenas encarando Carl.
   - Ok, que tal eu chamar o Rick e a Jessie e a gente pode ouvir a explicação juntos! - Ameacei dando um sorriso irônico.
   - Explica pra ela, Ron! - Carl mandou destacando cada palavra com impaciência.
  Ron olhou pra mim ainda calado, ele estava atônito.
   - Ron, da pra você falar alguma coisa!? - Falei quase gritando, não tenho muita paciência.
   - Tudo bem. - Carl se virou pra mim. - Ele tentou me matar.
   - O que? - Perguntei rindo sem acreditar no que ouvi. Deve ter sido uma piada. Ron não consegue matar nem um desses mortos, como seria capaz de conseguir matar um vivo?
   - É serio. - Carl disse num tom firme.
Parei de rir e olhei pro Ron, que desviou o olhar para o chão.
   - Ron. - Chamei pra que ele olhasse pra mim, eu ainda não acredito no que o Carl disse. - Ron!
   - O que é Thaylor?! - Gritou de repente levantando o olhar pra me encarar. - Está surpresa com isso? Uau o Ron tentou matar alguém! E o que você pode falar de mim? O que pode falar disso? - Ele deu dois passos na minha direção, enquanto gritava irritado, confesso que eu não esperava isso. - Você não pode falar nada! E por que? Porque você matou a Emma! Sua própria irmã! Você-matou-a-sua-própria-irmã!
  De repente senti minha respiração falhar, eu não consegui reagir naquele momento. Minha visão começou a embaçar e os barulhos de fundo começaram a ficar abafados. 
   - Thaylor! - Ouvia a voz do Carl me chamando de longe, apesar de ele estar bem na minha frente. - Ei, respira, tudo bem..?
  Ele colocou as mãos nos meus ombros.
   - Thaylor!
   - Eu..e-eu to bem. - Falei tentando controlar a respiração. - Me solta Carl.
  Tirei as mãos dele de cima dos meus ombros, e olhei pro Ron, que me encarava meio assustado.
  Então me virei e abri a porta do quarto pra poder sair.
   - Thaylor... Thay me desculpa, eu não... - Me virei novamente e avancei uns passos até o Ron. Então levantei meu joelho, e com toda a força que eu tinha naquele momento, dei um chute no "ponto fraco" dele. Ron caiu com um berro no chão.
  Me agachei ao lado dele e sussurrei num tom friamente calmo.
   - Pensei em dar um soco no sua cara, mas não vale a pena estourar meus pontos por isso. - Me levantei, ele apertava os olhos tentando segurar  um grito de dor. - Acabou.
   E então saí do quarto, Carl vindo logo atrás.  
  - Me lembre de não pisar no seu calo. - Carl falou rindo, chegando do meu lado. - Você está bem?  
  - Estou. - Falei parando de andar e virando pra ele. - Obrigado por aquela hora, talvez se você não tivesse...
   - Não teria acontecido nada. - Me cortou e deu um passo até mim. - O que você quis dizer com "Acabou"? Quero dizer... vocês...
   - Acabou quer dizer "Acabou". - Dei de ombros, ele deu um meio sorriso. - O que foi? - Perguntei.
   - Nada. - Disse balançando a cabeça.
   - E então? Acharam alguma coisa? - Michonne nos interrompeu se aproximando.
  Olhamos um pro outro sem saber o que dizer, com aquela confusão acabamos esquecendo dos móveis.
   - Bem, esqueçam. - Michonne falou. - Já cobrimos a porta.
   - Ainda bem. - Carl disse aliviado.
   - Não graças a vocês. - Michonne retrucou. - Bom, vou ver como está a Deanna. - Disse indo em direção ao quarto do fundo.
   - E eu vou ver o Sam. - Falei me dirigindo ao quarto dele.
   - Ok. - Carl desceu a escadas.
  Entrei no quarto do Sam, ele ainda estava no armário.
   - Acabou? - Perguntou assim que me viu.
   - Não. - Respondi me aproximando do armário. - O que acha de sair daí?
   - Não. Você disse que eu podia ficar.
   - É eu disse, mas...
   - Eu ouvi os barulhos lá em baixo. - Falou e vi sua sombra se encolhendo mais. - O que aconteceu?
   - Eles entraram. - Contei a verdade. - Mas não vão chegar até aqui. - Acrescentei rapidamente.
   - Como você tem certez....
   - SUBAM!  - Esse grito veio seguido de um estrondo vindo de lá de baixo. - DE PRESSA!
   - Thaylor! - Sam gritou assustado.
   - Shh... vai ficar tudo bem. - Falei sem muita convicção na voz.
   - NÃO! NÃO ME DEIXA SOZINHO! - Gritou em desespero assim que me levantei indo até a porta.
   - Fica aqui! - Falei e fechei a porta.
   - Vamos bloquear as escadas com o sofá! - Ouvi Rick. Do corrimão, olhei pra baixo onde Michonne, Gabriel, Jessie, Carl e Rick arrastavam um sofá, bloqueando a passagem dos zumbis pras escadas.
   - Eles entraram. - Carl falou vindo até mim, como se isso não fosse óbvio. - Vem.
  A gente foi até o quarto da Jessie, Ron ainda estava lá, mas estava sentado numa poltrona, olhando pro nada. Ignorei sua presença.
   - O que vamos fazer agora? - Padre Gabriel parecia meio atordoado.
   - Que tal sermos "otimistas"? - Retruquei com ironia, ele olhou pra mim um pouco irritado.
   - Jessie, pegue uns lençóis. - Ouvi Rick falando do corredor. Então ele e Michonne entraram no quarto carregando dois zumbis mortos.   
   - O que estão fazendo? - Perguntei recuando um pouco.
   - Acho que você não vai gostar muito. - Carl respondeu olhando pros zumbis com uma careta.
   - Tudo bem, se afastem. - Rick falou, assim fizemos. Então senti uma incrível vontade de vomitar quando ele levantou o machado e começou a estripar os bichos.
   - Melhor se segurar, o pior ainda está por vir. - Comentou Carl. - vamos ter que vestir isso.

                          [ ... ]

  Me camuflar com tripas de zumbis? Essa é sem dúvida alguma, a coisa mais nojenta e horrível que eu já tive que fazer na vida!

  Estávamos todos lá fora, caminhando entre os andantes. Eu segurava a mão do Gabriel e do Carl, estávamos todos de mãos dadas, andando em silêncio, a Judith estava no colo do Rick, escondida por baixo do lençol cheio de tripas e sangue.
  Paramos num canto.
   - Tudo bem, os carros não estão muito longe. - Rick sussurrada. - Teremos que atravessar o...
   - Rick. - Gabriel interrompeu. - Será mais seguro se a Judith não for com vocês. - Falou. - Pode acabar atrasando seu plano, eu... eu posso ficar com ela.
  Rick pareceu pensativo, um pouco hesitante.
   - Eu prometo cuidar dela, não vou te decepcionar. - Gabriel falou. Rick abriu um pequeno sorriso e assentiu.
   - Tenho certeza que não. - Disse e então, com cuidado, ele entregou a Judith ao padre, que a escondeu em baixo do lençol.
   - O Sam, ele pode ir com você? - Jessie perguntou.    
   - Não mãe, eu quero ficar! - Sam disse antes que Gabriel respondesse.
   - Sam, é mais seguro se você não vier com a gente.
   - Não, eu vou ir com vocês! - Disse.

  Então Gabriel saiu com a Judith e nós continuamos seguindo nosso caminho. 

   - Mãe. Eu to com medo. - Sam parou de repente, fazendo todos pararem também. Não acredito...Eu sabia que ele deveria ter ido com o padre! - To com medo.
   - Sam, por favor... - Jessie sussurrava aflita. - A gente precisa continuar.
   - Não quero... vamos voltar, mãe. - Choramimgou.
   - Sam, a gente não pode voltar. - Sussurrei tentando convencê-lo a parar com aquilo, os zumbis começaram a passar mais de vagar entre a gente, o Sam estava chamando a atenção deles. - Tudo bem... - Falei pra eles. - Posso voltar com o Sam, e ficar com o Gabriel.
  Eles se entreolharam e então Jessie assentiu.
   - Tudo bem, obrigada Thay. - Ela agradeceu, me soltei de Carl e peguei a mão de Sam. - Tomem cuidado.
   - Vamos. - Nos viramos para voltar. Olhei pro Sam, ele era tão pequeno e... frágil. Ele não tinha capacidade pra sobreviver num mundo como esse, sem dúvidas ele morreria, sem chances... ele era fraco, e se sobrevivermos a isso, uma hora, mais cedo ou mais tarde, ele vai nos atrasar, e vamos perder alguém por causa dele, alguém que amamos.
   - Sam. - Sussurrei, ele se virou pra mim. - Lembra do que eu disse pra você hoje cedo? - Perguntei deixando uma lágrima escorrer. - Sobre salvar as pessoas que amamos?
   - Sim. - Sussurrou de volta. - Se matamos pra proteger quem amamos, não somos monstros.
   - Quero que saiba que... eu gosto muito de você, de verdade. - Falei secando uma lágrima.
   - Também gosto de você.
   - Eu sei. - Falei com um sorriso. - Gosto de você Sam, mas não mais do que gosto deles. - Falei me referindo ao grupo, ele parou de andar e me olhou confuso. - Eu sinto muito.
  Dito isto, com um pesar no coração, dei um pequeno empurrão nele, que cambaleou pro lado e esbarrou num zumbi. Então o grito que ele deu quando foi atacado e mordido, fez Jessie e os outros se virarem, ouvi os gritos dela, olhei pras eles e de repente ela foi atacada também. Ok, isso não estava nos meus planos... a coisa saiu do controle. Rick pareceu não estar mais ali, como se tivesse morrido junto com a Jessie.
  E eu não conseguia me mover, não era pra ter acontecido isso.
  Ouvi Carl murmurar alguma coisa, tentando chamar a atenção de Rick. E então percebi que Jessie ainda estava segurando a mão dele. Rick voltou a si e imediatamente cortou a mão de Jessie com o machado.
   De repente, Ron sacou sua arma e aponto-a para mim. Congelei.
   - Eu vi... você. - Ele murmurou, a arma tremendo em sua mão. - Eu vi... - Ele destravou a arma, se preparando pra atirar.
   - Não! - De repente Carl pulou em cima dele, pra desarmá-lo, então ouvi um disparo e Michonne enfiou sua katana nas costas de Ron, atravessando sua barriga.
  Me assustei com aquilo, consegui unir forças pra me aproximar mais deles. E quando cheguei mais perto, foi como se eu perdesse o movimento dos meus membros, Carl havia sido atingido pela bala, atingido no olho.
   - Pai... - Foi só o que ele disse antes de cair inconsciente no chão.
   - Carl! - Gritei desesperada, sem me importar em chamar a atenção daqueles mortos.
   - Não! - Rick se abaixou e pegou Carl no colo, começamos a correr em direção a enfermaria. Michonne e eu abriamos caminho pro Rick passar. Ouvi uns clocs, meus pontos estouraram de novo, mas que se dane esses machucados, que se dane tudo!
   - Denise! - Rick gritou entrando na enfermaria. - Salve o meu filho... salva o Carl...
    - Ai meus Deus.. rápido! Peguem os algodões! - Denise gritou. - Rick, precisa sair, todos vocês.
    - Não! Denise me deixa ficar! - Implorei soluçando, se ele morresse seria minha culpa, eu nunca vou me perdoar.
    - Desculpa Thaylor, mas você só iria atrapalhar...
    - Thaylor... - Ouvi Rick chamar e segurar meu braço, mas eu puxei ele de volta.
    - NÃO! EU QUERO FICAR! - Gritei segurando na mão Carl. - Desculpa Carl, Desculpa!
    - Querida, sinto muito. - Michonne me segurou pelos meus dois braços e me arrastou até a saída contra a minha vontade, enquanto eu gritava "Não". - Denise precisa se concentrar!
  Então fomos pra fora, Rick atacava e matava descontroladamente os zumbis, como se quisesse descontar toda a sua raiva e angústia neles.
    - Eu sinto muito... muito mesmo... - Eu murmurava entre soluços, enquanto abraçava Michonne.
    - Você não tem culpa do que o Ron fez. - Ela falava passando a mão em minhas costas. Mas eu sabia que eu era culpada.
   De repente uma luz forte me cegou. Segundos depois, abri os olhos novamente, percebendo que aquela luz era na verdade chamas, alguém tacou fogo no lago, atraindo os zumbis pra lá.

                              [ ... ]
                    ""Horas depois""

  Rick finalmente saiu do quarto.
   - Como ele está? - Perguntei me levantando da cadeira.
   - Ainda não acordou. Mas a Denise disse que ele ficará bem. - Rick respondeu me deixando aliviada. - E como você está? - Perguntou se referindo as minhas mãos.   
   - A Denise já deu os pontos, de novo. - Respondi. - Rick, sinto muito pela Jessie. - Falei, ele baixou um pouco a cabeça.
   - Obrigada. -  Assentiu.
   - Vou entrar pra ver o Carl. - Falei abrindo a porta do quarto, entrei e fechei a porta em silêncio.
  Arrastei com cuidado a cadeira até a cama, onde Carl se encontrava deitado, dormindo, espero. O olho dele estava escondido por uma faixa. Me sentei na cadeira, perto dele.
   - Oi. - Falei, me perguntei se ele estava ouvindo. - Sabia que você é muito idiota? Seu doido. Aquele tiro era pra ter pegado em mim, e me matado... imagino. Você não tinha o direito de me deixar viver. - Suspirei e uma lágrima escapou do meu olho. - Em pensar que se isso acontecesse a alguns meses atrás, você teria me deixado morrer, ou até mesmo seria você quem tivesse apertado o gatilho. Mas... tanta coisa mudou, e eu nem tinha percebido isso até a algumas horas atrás, quando eu estava chorando porque você estava entre a vida e a morte. Da pra acreditar? Eu estava chorando com medo de que você morresse! - Dei uma risada abafada. - Isso tudo é tão estranho. Sabe Carl, se você... - Respirei fundo. - Se você sair bem dessa, eu juro que não vou mais nem pensar em ir embora daqui.
   - Você... J-já jurou, agora n-não pode mais voltar atr-ás. - Dei uma enorme sorriso de alegria. Ele estava acordando.
   - Carl... - Cheguei mais perto dele. - ... você tá, você tá bem?
   - Perai... está mesmo c-chorando por mim? - Ele riu um pouco fraco, o olho piscando por causa da luz forte.
   - Idiota. - Murmurei secando uma lágrima que caiu sem permissão.
   - Thay.
   - O que? - Perguntei.
   - Se disser q-que eu deveria ter...
   - Carl, melhor você não falar muito... - Tentei argumentar, mas ele me cortou.
   - ... se disser que eu de-deveria ter deixado v-v-você morrer, eu te mato. - Ri e ele começou a tatear a cama, até parar com ela em cima da minha mão, que estava apoiada em cima da cama.
   - Agora é melhor você voltar a dormir. - Sussurrei apertando a mão dele.
   - Como estão as coisas l-lá fora? - Sua voz estava bastante fraca.
   - Já está tudo bem. O pessoal voltou, e deram um jeito nos andantes. - Falei. - Agora é sério, melhor parar de falar.
  Ele não disse mais nada, e em segundos seu olho já estava fechado, e sua mão afrouxou o aperto na minha. Ele dormiu.
  Fiquei ali por mais um tempo, segurando sua mão, olhando pra ele.  Vou me culpar pra sempre pelo que fiz.


Notas Finais


Booom... Espero q tenham gostado! (Tudo bem se ficarem bravos comigo pelo Carl ter ficado Carl-olho, mas foi preciso😟). Tentarei postar o proximo capítulo logo... (talvez eu não consiga postar amanhã)..
Se puderem comentem oq acharam por favor, um bjoo e até mais seus linduus!!
😘😘


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