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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Vocês todos vão queimar


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOOI WALKERS!! Boa noite pra vcs!
Aqui está mais um capítulo (resolvi postar agora, pq o pximo só vou poder postar na terça-feira)
Espero q gostem!
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! (}{☆_☆}{)

Capítulo 37 - Vocês todos vão queimar


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Vocês todos vão queimar


                    Continuação......

  Fiquei sem reação naquele momento, meu coração pulsava de vagar apesar da minha situação. O homem virou o pescoço pro lado, e deu um grito pros outros caras, me anunciando com empolgação:
   - Hey pessoal! Temos companhia!
  Olhei ao redor, vendo as chances que eu tinha de tentar uma fulga rápida, e me dei conta de que não tinha chances, não se eu quisesse continuar respirando. Com um pequeno movimento, ele esticou o braço e tomou a arma da minha mão, guardando-a entre o cinto da calça.
  Os outros dois caras apareceram, se aproximando do homem que mantinha a arma apontada pra minha cara. A primeira expressão que fizeram quando me viram foi de curiosidade, em seguida abriram um sorriso de lado e seus olhos se encheram de um brilho maldoso.
  Aonde eu fui me meter?    
   - Quem é essa? - Perguntou o loiro. Meus olhos caíram direto para o coelho morto em sua mão, o sangue dele pingando no asfalto. Minha atenção ficou nele durante uns segundos, enquanto eu sentia uma angústia acompanhada de fúria invadir meu coração, fazendo-o quase parar.
   - Não sei... ela estava espiando a gente. - Respondeu o de cabelo cumprido. - Mas vamos descobrir... quem é você garota? - Perguntou com uma voz calma e fria. 
  Não respondi, eu mal os ouvia, só continuava olhando pro Kyeran, eu queria continuar sentindo aquela raiva, a fúria fazia com que eu me sentisse forte... então, eu só queria olhar pra ele.
   - Quem-é-você? - Perguntou o loiro, sua voz tentando, em vão, parecer paciente.
   - Esse coelho era meu. - Falei por fim, ainda encarando o Kyeran furtivamente. Minha voz saiu vagamente vazia. - Esse coelho "é" meu.
  Depois de dois segundos acimilando o que acabaram de ouvir, eles riram com deboche e sarcasmo. Então o loiro deu mais um passo na minha direção.
   - Esse coelho era seu? Quer dizer, esse coelho "é" seu? - Perguntou em um tom de pena. - Mas... podemos divir, dividir é mais divertido, não concorda?
  Ele achava que o coelho era minha caça. Ele se virou pro carro estacionado, e girou o coelho pelas orelhas, tomando impulso, e então jogou-o na direção da picape, e o coelho caiu dentro da caçamba do veículo.
   - Wow! Viram minha mira? - Exclamou vibrando, meu sangue ferveu. Eu olhei pros meus próprios pés. - Olha pra mim! - Ele segurou meu rosto, me obrigando a encará-lo.
   - Você vai queimar por isso. Todos vocês vão queimar. - Falei com dificuldade, pois ele apertava minhas bochechas com uma força bruta. Ele começou a rir e soltou meu rosto.
  Então, de repente e sem prévio aviso, ele levantou a mão e me deu uma bofetada no lado esquerdo do meu rosto, meu pescoço girou com tudo pro outro lado, tive que me apoiar no muro por um segundo, minha bochecha ardia e aquilo deixaria a marca dos cinco dedos dele por pelo menos um dia.
  Virei a cabeça de volta pra eles, e mexi o maxilar, a dor ainda queimando meu rosto.
    - Seu infeliz desgraçado! Está maluco? - O cara que mirava em mim gritou com o loiro. - Sabe o que o Negan acha de bater em mulheres, seu idiota!
   - Calma ai... vamos levar ela pro Negan? - Indagou o loiro.
   - Pra que vamos levar essa garotinha pro Negan? - Questionou o cara de óculos escuros.
   - Ela está usando roupas boas e limpas, o cabelo está limpo, ela está corada... parece que ela não anda passando fome. - O homem do cabelo cumprido me analisava de cima a baixo enquanto falava. - Ela deve estar em algum grupo. - Concluiu. - Onde está o seu grupo?
  Não respondi, apenas o encarei com fúria. Ele deu de ombros.
   - Tudo bem. Negan vai gostar de interrogá-la. - Falou com uma risadinha de lado. - Sim... vamos levar a bonitinha, revistem ela.
  Mandou e rapidamente o cara de óculos escuros veio até mim, apalpando meus braços. Me senti desconfortável com um cara passando a mão pelo meu corpo. Tentei ignorar ele, e olhei pro cara que me apontava a arma.  
   - Quem são vocês? - Perguntei. Ele e o loiro se entreolharam, ouvi uma risadinha do cara que me revistava, e então o cara respondeu:
   - Nós somos o Negan. - Não entendi o que ele quis dizer com isso, quem era esse Negan?
  O cara de óculos tirou a faca da minha cintura e jogou-a para o loiro. Então continuou me revistando, passando as mãos lentamente pelas minhas pernas.
  Impaciente e sem pensar muito, dei uma joelhada no nariz dele, que caiu pra trás depois de dar um grito colocando as mãos no nariz.
   - AHHH SUA VADIA DESGRAÇADA!
  Imediatamente o loiro avançou em mim e agarrou meu cabelo, e bateu minha testa contra o muro, fiquei tonta e senti sangue escorrendo lentamente da minha cabeça pelo meu rosto. Minhas vistas embaçaram e minhas pernas vacilaram, só não caí por que o loiro ainda me segurava pelo cabelo. Eu estava quase desmaiando.
  Quando ele fez menção de bater minha cabeça contra o muro novamente, o de cabelo cumprido o impediu.
   - Não! Já chega, precisamos dela viva.
  Então o cara soltou meu cabelo, e me segurou pelos braços, impedindo que eu caísse. A dor de cabeça estava insuportável, eu lutava contra a vontade de fechar os olhos, eu não podia desmaiar agora.
   - Carrega ela pro carro. - Ordenou e senti o loiro me carregando nos braços. Enquanto eu era levada pro carro, olhava pro céu, que parecia um borrão azul, eu estava atônita, quase inconsciente. De repente fui jogada deitada de qualquer jeito na caçamba da picape.
   - Joe, você fica aí com ela, fique de olho. - Mandou a voz grossa do cara de cabelo cumprido. O cara loiro sentou do meu lado, onde eu estava deitada, ele resmugou alguma coisa inaudível.
  Fechei os olhos incomodada com a luz forte do sol. Virei a cabeça pro lado, sentindo um aperto no peito quando dei de cara com um coelho morto bem a frente de minhas vistas, Kyeran. Eu não conseguia enxerga-lo com nitidez, ele era apenas um borrão branco e vermelho naquele momento. Levei uma das mãos até ele, e segurei suas orelhas.
 
  O carro soltou um ronco e avançou bruscamente pra frente, fazendo eu quase saltar pra fora do veículo. O cara loiro, Joe, segurou meu braço quando o carro deu mais uma freada brusca.
   - Ou! Quer ir mais de vagar, merda! - Ouvi Joe reclamar, minha cabeça fazia eco dos barulhos que eu escutava, tornando a dor mais insuportável ainda.
   - A Porra de um zumbi apareceu do nada aqui! - O outro gritou de volta.
   - Passa por cima então! - Aquele barulho todo era perturbador, achei que minha cabeça fosse explodir.
   - Quer saber de uma coisa, - Não consegui reconhecer a voz de quem estava falando, só sabia que era um dos caras que estavam dentro do carro. - não foi um dia totalmente perdido. Achamos essa garota, ela deve estar num grupo, e com certeza devem ter comida... então não vamos voltar de mãos vazias. Quero ver se o Negan vai nos chamar de idiotas depois dessa. - Deu uma gargalhada.
  Joe deu risada também, e mesmo eu olhando pro outro lado, eu sabia que ele tinha virado a cabeça pra mim.
  Eu era arremessada de um lado pro outro enquanto o carro passava por buracos ou lombadas, e era sempre possível ouvir o barulho de miolos sendo esmagados, quando o carro passava atropelando qualquer errante que atravessasse o caminho. Imaginei o quão longe de Alexandria eu já estava. E se eu não conseguisse voltar? Será que eles pensariam que eu fugi... que eu fugi por raiva? Será que o Carl pensaria que eu fui capaz de quebrar minha promessa? Sim, essa era a conclusão mais "óbvia" que eles chegariam.

  Eu não sabia quem eram esses caras, e nem pra onde eles estavam me levando. Eu ainda segurava o choro, apertando com força as orelhas do Kyeran, como se a qualquer momento ele pudesse escapar por dentre os meus dedos. Eu não sabia se o que eu estava sentindo era medo ou receio do que estava por vir, mas eu tinha certeza da raiva que eu sentia, o rancor e a fúria.
  Fechei os olhos por um segundo, sem conseguir conter o sono que me invadia. De repente acordei assustada quando o veículo virou bruscamente uma curva, fazendo com que eu rolasse pro outro lado, eu não sabia por quanto tempo eu havia apagado, poderiam ter sido 1, 5 ou até mesmo 10 minutos, mas ainda estava claro.
  A curva me fez virar pro lado em que o Joe estava sentado, ele estava dormindo, roncando e babando, quase metade do seu corpo estava jogado pro outro lado.  Percebi uma coisa pendurada no cós da calça jeans dele, era um objeto esverdado e redondo. Apertei os olhos pra poder enxergar direito, e então percebi que era uma granada.
  Dei um sorriso fraco, levantei um pouco os olhos, verificando se ele estava mesmo dormindo.
  Com cuidado, e lentamente, levei minha mão até a cintura dele, quando eu estava quase pegando a granada, o carro pulou numa lombada, baixei a mão rapidamente. Joe abriu os olhos e resmungou algum palavrão, fechei os meus rapidamente. Então, depois de dois minuto, abri meus olhos novamente e olhei pra ele, que havia ajeitado o corpo de volta pro carro, e voltara a dormir.
  Fiz uma nova tentativa e levei minha mão até o cós da calça dele, onde a granada estava presa por um chaveiro. Prendi a respiração enquanto tentava desprender com cuidado o chaveiro da calça dele, pois qualquer movimento brusco, o pino poderia se soltar e eu estaria morta.
  Quando consegui pegar a granada, segurei-a com cuidado e aproveitei pra pegar de volta minha faca que estava no bolso dele. Guardei a faca no meu bolso e fiz esforço pra conseguir me sentar, e minha cabeça deu um giro. Eu segurava o Kyeran numa mão, e na outra eu segurava a granada. Me sentei e esperei o carro passar por outra curva, eu só teria uns cinco segundos pra escapar depois que eu soltasse a bomba.
  Quando finalmente estávamos aproximando de uma curva, levantei a granada na altura da boca, pronta pra soltar o pino.
   - PORRA ELA TEM UMA GRANADA! - O cara de óculos gritou quando me viu pelo retrovisor. Bastou apenas esse grito para o loiro acordar assustado e arregalar os olhos pra mim, agora eu não tinha mais tempo.

  Sem hesitar, tirei o pino com a boca e soltei a granada no carro, no instante seguinte, me joguei do carro em movimento. Meu corpo se chocou com força no asfalto quente e crespo, o grito de dor que soltei foi abafado pelo estrondo da explosão da picape mais a frente. Eu continuava capotando pela estrada, sentindo como se eu tivesse sido atropelada por um ônibus. Mas eu estava viva, ainda estava viva.
  Parei de rodar na pista quando finalmente minhas costas se chocou contra um poste, me causando uma dor imensa.

  Abri meus olhos, que estavam fechados desde que pulei da picape, e pude ver, no final da curva, as chamas e a fumaça preta subindo.
  Apesar de toda a dor que eu estava sentindo, consegui rir satisfeita com a minha visão.
   - Eu falei que vocês iam queimar, todos vocês.
 
  Fiquei uns minutos deitada ali, sem conseguir mover um músculo, o asfalto quente queimando minhas costas e minha nuca. Olhei pro lado, pra minha mão, onde o Kyeran ainda estava sendo segurado. Meu braço estava todo ralado, os arranhões sangrando de leve. Meu corpo todo devia estar assim agora.

  Tentei me levantar, caí da primeira vez, mas fiz mais força na segunda tentativa. Eu não podia ficar ali, o barulho da explosão e aquele fogo todo iriam atrair os zumbis, e eu só tinha uma faca e um corpo dolorido. Eu precisava sair dali o quanto antes.
  Com muita dificuldade, consegui me levantar, mas precisei ficar apoiada no poste por um momento. Minha cabeça latejava, e minha visão saia de foco a todo instante.
  E agora, pra onde eu ia? Como eu voltaria a Alexandria desse jeito? Eu não conseguia me manter em pé, eu estava muito distante da comunidade, e eu nem sabia pra onde ficava Alexandria, o carro fez várias curvas confusas. Inspirei fundo, por algum motivo eu não conseguia chorar, as lágrimas não saiam, talvez aquele não fosse o melhor momento pra chorar.
  Comecei a ouvir uns gemidos, me virei e já vi dois andantes vindos do outro lado da pista, eles já estavam chegando. Eu precisava ir embora agora.

                             [ ... ]

  Devia fazer uns trinta minutos que eu já estava caminhando aos tropeços, sem saber ao menos pra onde estava indo, e com certeza não era pra Alexandria, pois tive que pegar outra estrada por causa dos andantes que estavam vindo daquela direção.
  O sol continuava quente, fritando meu cérebro. A cada passo eu sentia um estralo em uma parte diferente em meu corpo. Não sei o que ainda me mantinha acordada e em pé. Além da sede, eu ainda estava morrendo de fome, olhei pro Kyeran, sem chances, eu não seria capaz de comê-lo.
 
  Eu passava por uma estrada reta e estreita, quando percebi alguma coisa se aproximando ao longe. Parei de andar e fiquei obseravando com os olhos apertados, pra poder ver o que era aquilo. Quando descobri que era um enorme caminhão branco, recuei alguns passos, estava vindo numa alta velocidade, não sei se o motorista estava me vendo.
   - Merda...! - Me joguei pro lado, caindo por cima do ombro, o caminhão quase me atropelara. Gritei de dor, acho que desloquei o braço.
  Ouvi um barulho de pneu sendo arrastado, parecia uma brecada. Ainda deitada, e sem conseguir me mover, olhei para o lado e vi o borrão de um homem saindo de dentro do caminhão, ele usava um gorro e tinha barbas e cabelos cumpridos. Vi ele se aproximar correndo de mim, gritando alguma coisa que eu não conseguia ouvir direito. Então meus olhos pesaram, e dessa vez não pude evitar, desmaiei.


Notas Finais


Bem... foi isso, espero q tenham gostado :)
Se puderem comentem oq acharam por favor,
Bjiiiiiiinhus e até mais seus lindos!😘


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