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História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Foi bom


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OOOI WALKERS!!!! Aqui está mais um cap... Tá, eu sei q ando demorando mto pra postar esses dias, mas é q tava tendo uns probleminhas aqui.
Eu queria avisar q vou ficar sem net por alguns dias (vou pra casa dos meus avós, lá no fim do mundo e não sei como vou sobreviver sem net...) mas quando eu voltar já vou ter capítulos prontos pra postar!
Bom, espero q gostem do cap!
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura !😉

Capítulo 42 - Foi bom


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - Foi bom

  Enquanto escovava com força os dentes, fiquei encarando meu reflexo no espelho. Eu estava horrível, a faixa que envolvia minha cabeça estava torta, cabelos despenteados, olheiras profundas, bochechas vermelhas e um bafo de álcool que não queria sair de jeito nenhum e eu precisava tirar aquilo antes de o grupo voltar, e preciso melhor essa cara de sono também. Carol, Tara e Gabriel concordaram em não contar nada pros outros, principalmente ao Rick, eles já estavam cheios de problemas e mais um seria desnecessário. Mas além de ter que limpar aquela bagunça toda, eu e Carl ainda tivemos que jurar nunca mais botar uma gota de álcool na boca até completarmos dezoito anos, o que era algo ridículo já que estas regras não fazem mais sentido algum agora, pelo menos não pra mim, andamos armados mas não podemos tomar bebida alcoólica? O pior é que não estávamos em condições de reclamar, deveríamos era agradece-los por não nos dedurar.

Daqui de baixo, eu conseguia ouvir as descargas do banheiro do andar de cima, Carl ainda estava muito enjoado.

Enchaguei a boca e guardei a escova, já ia saindo do banheiro quando a ânsia me pegou de novo e tive que correr para a privada, merda!

— A primeira ressaca é difícil né? – Tara debochou. — Eu sei... você não consegue raciocinar direito, a cabeça dói, você não para de vomitar... sinto falta desses tempos.

— Está zoando comigo?

— Não, falo sério. – Respondeu.

Ela soltou um suspiro e se espreguiçou no sofá, fechei os olhos um pouco, desejando que aquelas dores passassem o mais rápido possível.

— Obrigada. – Agradeci abrindo os olhos para olhá-la. — Sei que foi você que convenceu eles a não dizerem nada pra ninguém.

— Ah, não foi nada. Eles entenderam que apesar de vocês terem sido muito, mas muito irresponsáveis – Me repreendeu com o olhar. — vocês são apenas adolescentes. A infância de vocês foi arrancada, vocês cresceram com armas ao invés de brinquedos. Mas agora estamos aqui, num lugar seguro, e vocês são jovens... nervos a flor da pele... curiosos...

— Já entendi. – A cortei antes que o assunto já tomasse outro rumo. — Somos irresponsáveis.

— Exatamente isso, e não podemos arrancar esse direito de vocês também.

— Então... está dizendo que podemos beber de novo? – Me olhou feio. — Estou brincando, não custa tentar.

Me levantei do sofá, quase caindo com a zonzeira.

— Toma um banho antes de deitar, e durma bem... ou pelo menos tenta.

— Boa noite, Tara.

Tomei um banho bem demorado, pra ver se conseguia tirar o cheiro de uva do corpo, a algumas horas atrás esse cheiro me seduzia, agora revira meu estômago e me enjoa, "efeitos colaterais da ressaca" como a Tara chama.

Me revirei na cama, não tive uma boa noite de sono, além das dores, eu estava tendo flashbacks dos acontecimentos de horas atrás: conversas bobas com o Carl, a gente enchendo as taças, risadas de piadas sem nexo, enchendo as taças de novo, beijos e mais beijos, eu tirando ele de cima de mim, estrelas e fadas voando no céu... foi só com essas coisas que sonhei, e isso tudo me assustou, era difícil colocar as ideias em ordem, a ordem dos acontecimentos. Apesar de estarmos sofrendo as consequências com isso agora, essa foi a coisa mais divertida que já fiz em anos, e acho que pra ele também foi.

— Thaylor. – Carol bateu na porta.

— Já vou descer! – Falei jogando o pente em cima da cômoda e coloquei os cabelos atrás da orelha.

— O grupo voltou. – Informou, respirei fundo. — E o Rick está chamando todo mundo para uma reunião na igreja, desça rápido.

— Ok.

Ouvi os passos dela se afastarem da porta, e então escutei ela avisando a mesma coisa para o Carl.

Apressei-me em me olhar no espelho do closet, minhas olheiras já não estavam tão profundas como ontem, mas. eu ainda não estava parecendo muito normal.

Mas do que eu estou com medo? Como se eles fossem olhar pra mim e concluírem "Oh meu deus, você e o Carl se embebedaram com as garrafas de vinho e ficaram se pegando no sofá da sala!", não.. definitivamente estou me preocupando a toa.

Saí do quarto ao mesmo tempo que Carl. Seu olho estava vermelho e parecia que também não dormiu bem, isso "sê" ele dormiu.

— Oi. – Falou me alcançando, e descemos juntos as escadas.

— Oi. – Respondi. — Como você está?

— Com dor de cabeça. – Foi sincero, me perguntei se talvez essa dor não fosse por ele ter batido a cabeça no chão quando o empurrei do sofá, mas vou guardar isso só pra mim. — E você?

— Não muito diferente de você. – respondi.

Ele abriu a porta, as pessoas já estavam seguindo em direção a igreja. Olhei de relance pra ele, que caminhava ao meu lado, será que... ele se lembrava do que aconteceu ontem? De tudo?

— Carl – Arranjei coragem para falar. — sabe que precisamos conversar.

Ele não disse nada por um instante, continuando a andar como se eu não tivesse dito nada.

Então parou de andar se virando pra mim, segui seu gesto.

— Quer mesmo falar disso quando estamos indo pra igreja? – Indagou.

— Não, é que... – Suspirei, eu não queria entrar nessa conversa, mas não dava pra deixar isso pra lá. — ... só preciso explicar...

— Estávamos bêbados, Thaylor, isso explica tudo.

Ele parecia tão desconfortável quanto eu com esse assunto, o que me faz acreditar que ele se lembrava.

— Explica tudo, não explica?

— É, explica. – Respondi sem muita convicção, mas se isso acabaria com aquele clima constrangedor...

— E a culpa é sua também. – Falou voltando a andar.

— O que? – Segui ele, acompanhando seus passos apressados. — Como assim?

— Eu te avisei que aquilo não daria certo.. "é só um gole". – Imitou minha voz. — Um gole atrás do outro você quis dizer.

— Ei! – Segurei seu pulso e o fiz parar se virando pra mim. — Porque está bravo comigo? Eu não apontei um revólver pra sua cabeça e te obriguei a beber.

— Não, mas você conseguiu me convencer. – Baixou o olhar. — E eu não sou assim, eu... eu não faço essas coisas.

— Que coisas?

— Coisas irresponsáveis desse tipo.

— E está me culpando por isso? – Voltou a me olhar. — É uma pena, sinto muito que tenha se arrependido... mas se quer saber, foi importante pra mim, e foi legal, me fez lembrar de que ainda tem coisas boas que valem a pena viver pra descobrir, eu precisava muito daquilo. Então, obrigado mesmo assim Carl.

Ele pareceu se desestabilizar, mas ao mesmo tempo estava surpreso.

Fiquei esperando que ele dissesse alguma coisa, mas ao invés, fui surpreendida quando de repente ele avançou selando nossos lábios, fiquei de olhos abertos e foi estranho, não consegui retribuir, eu não esperava por isso.

— Pode fingir que eu ainda estou sob o efeito do álcool? – Sussurrou se afastando lentamente, ele estava constrangido.

— Nem precisava pedir. – Senti minhas bochechas queimarem.

Olhei ao redor para ver se tinha alguém olhando, mas a rua estava vazia, exceto por nós dois, acho que todos já devem estar na igreja.

— Melhor, melhor irmos logo. – Apressei.

— É, deve faltar só nós dois. Mas antes, eu queria pedir desculpas... você não teve culpa, acho que no fundo eu também precisava daquilo, realmente eu tinha vontade de experimentar vinho. – Riu. — Foi legal pra mim também. Mas o problema é que de pensar que meu pai poderia descobrir... ele não confiaria mais em mim e voltaria a me tratar como uma criança, e não quero voltar a essa estaca com ele.

— Entendo.

Envolvi meu braço em volta de suas costas e voltamos a seguir a rua, lado a lado. Chegamos na porta da igreja, onde vimos os bancos lotados.

— Qualquer coisa, diga que ficamos a noite toda jogando vídeo game. – Sussurrou antes de entrarmos.

Nos sentamos num dos bancos do fundo, ao lado de Enid, Rick estava lá na frente, falando alguma coisa sobre a colônia do Jesus.

— Podemos trabalhar com Hilltop. – Falava, todos os olhares atentos a ele. — Maggie conseguiu um acordo com eles. Teremos comida, ovos, manteiga, legumes frescos... mas eles não vão dar de graça, e esses "salvadores", eles quase mataram a Sasha, o Daryl, o Abraham e a Thaylor na estrada. – Carl apertou minha mão. — E cedo ou tarde eles podem achar a gente, como o grupo dos Lobos acharam, como o Jesus achou. Eles podem matar alguém, ou alguns de nós, e depois tentarão nos dominar. E ai nesse tipo de luta, sem comida, sem nada, nós podemos perder....

Rick falou que teríamos que lutar, porque a única certeza de que ficaríamos seguros, era vencendo esses tal Salvadores. E então lutariam, e assim teríamos um trato com a colônia Hilltop, e teríamos mantimentos para manter esse lugar. Mas fariam isso apenas se todos nós estivéssemos de acordo, eu com certeza apoiava isso, porém, Morgan protestou contra.

Mas a objeção de Morgan foi ignorada quando Aaron disse que lutaria, porque não deixaria mais nada acontecer com esse lugar, conseguindo assim, convencer a todos de que deveríamos sim lutar.

— O que acham disso? – Enid nos perguntou enquanto saímos da igreja.

— Eu estou de acordo, não podemos arriscar. – Carl respondeu.

— Estaremos mais seguros se eliminarmos esses Salvadores. – Falei. — E o que você acha?

Ela deu de ombros.

— Não acho nada.

— Eu vou... trocar o curativo. – Carl disse e já foi saindo.

Enid se sentou na calçada, me sentei ao lado dela.

— Não apoia isso, não é? – Perguntei olhando pra ela.

— Só... não me importo. – Disse pegando uma pedra do chão e arremessando para longe. — Eles sabem o que fazem.

— É, eles sabem. – Concordei.

— Você está bem? – Desviou a atenção do nada e se voltou para mim. — Sinto muito por não ter ido te ver antes.

— Tudo bem, eu já me sinto bem melhor. – Menti, ainda sentia dor em cada membro do meu corpo.

Vi Rick, Daryl, Aaron e Jesus passando do outro lado.

— Ahm... eu vou ir então. – Me levantei, ela murmurou um "até logo" e então me fastei.

— Thaylor, oi. – Rick me cumprimentou quando me aproximei deles, os acompanhando enquanto caminhavam.

— Oi. – Retribuí. — Eu queria saber quando é que vocês vão.

— Ainda não decidimos... mas provavelmente será hoje mesmo. – Rick respondeu.

Assenti mordendo o lábio.

— Vamos, desembucha logo. – Falou Daryl pra mim. — O que você quer?

Nossa, já vi que ele realmente não gosta de rodeios, já que é assim... respirei fundo, isso não seria nada fácil.

— Eu quero ir com vocês.

De repente os quatro pararam de andar, fazendo assim, eu parar também. Eles me encararam com aquele típico olhar de "você endoidou?", exceto Jesus, ele parecia indiferente com isso.

— O que te faz pensar que a resposta seria diferente de um "não"? – Daryl franziu o cenho.

— Thaylor, sabe que não tem a mínima chance de aceitarmos que venha conosco, não sabe? – Falou Rick.

— Vão mesmo recusar? – Fiquei incrédula.

— Mas por que não deixar ela vir? – Jesus tomou a palavra, me pegando de surpresa. — Pelo que sei, ela explodiu três deles, acho que poderiam considerar a oferta dela.

— Obrigado. – Fiquei feliz por pelo menos alguém me apoiar.

Rick e Daryl olharam de esguelha para Jesus, não felizes com seu apoio a mim.

— Não estamos dizendo que ela não é capaz, mas ela não está bem, teve consequências depois do que aconteceu. – Rick respondeu para Jesus.

— Mas ela não me parece estar mal. – Ele insistiu, mesmo ele não tendo muitos créditos com o grupo, fico feliz de pelo menos alguém não estar me tratando como uma criança indefesa.

— Ela não vai. – Finalizou Daryl, calando Jesus e acabando com minhas espectativas.

— Sinto muito Thaylor, mas não podemos deixar que venha conosco, será arriscado de mais até pra gente. – Aaron falou.

— Tudo bem. – Assenti um pouco chateada, mas eu não esperava algo muito diferente disso. — Eu só quis tentar.

Fui me afastando deixando eles para trás, mas de qualquer modo, eu só atrapalharia, não estou no meu melhor estado pra participar de um combate. Não sei onde estava com a cabeça.

Escutei passos atrás de mim e olhei por cima do meu ombro, era Rick que vinha se aproximando. Suspirei e parei de andar, esperando que ele me alcançasse.

— Eu já entendi. – Falei quando ele parou na minha frente, com as mãos na cintura. — Não estou brava e podem deixar que não vou pular o muro de novo depois que saírem.

— Me deixa aliviado ouvir isso. – Riu sem mostrar os dentes. — Mas quero deixar claro que, sei que você queira se vingar deles, e não tiro sua razão. Mas não posso te arriscar e "nos" arriscar desse jeito, entenda que isso aqui não é simples, vidas estão em perigo. Se você estivesse melhor, talvez eu pudesse pensar na possibilidade, "pensar"... mas não é o caso.

— Eu entendi, mas não custava tentar.

— Que bom que entende. – Apertou de leve o meu ombro. — E tudo bem? Você me parece um pouco cansada... – Perguntou me analisando.

— Ah... é que... eu e o Carl passamos a noite toda jogando vídeo game. – Lembrei do alerta do Carl.

— Hm, espero que tenham se divertido.

— Ahãm. – Forcei um risinho e desviei o olhar.

— Bem, eu vou indo. – Tirou a mão do meu ombro. — Precisamos bolar o plano de ataque.

— Ok. – Dei um tachauzinho. — Acabem com eles.

Peguei uma maçã da fruteira na cozinha e fui pra sala, me deitei de cabeça pra baixo no sofá, fazendo meus cabelos arrastarem no chão.

Fiquei pensando em nada, ou tentando não pensar no Carl. Ontem a gente se beijou, e até um pouco mais do que isso... mas estávamos foras de sí, não éramos mais donos dos nossos atos. Só que hoje, hoje ele estava consciente quando me beijou, foi confuso já que ele estava meio bravo comigo. Me preocupo com como fica a nossa relação agora, meus sentimentos e pensamentos estão embaraçados quanto a isso. Nunca tivemos uma relação instável de amizade ou algo do tipo, e agora muito menos... e isso me preocupa, me pergunto se ele também pensa nisso.

Dei uma mordida grande na maçã, quero parar de pensar nisso apenas por hora, só está me dando mais dor de cabeça.

....

Voltei pra dentro de casa depois de me despedir do grupo que sairia para a luta, eles resolveram que ir agora a noite seria melhor, pois os Salvadores estariam dormindo. Só espero que eles voltem bem.

Subi as escadas para ir pro meu quarto, mas parei ao lado do quarto da Judith ao ouvir uma canção conhecida. Espiei discretamente pela porta entreaberta, Carl estava sentado na cadeira de balanço, segurando Judith deitada em seu colo. Ele se balançava enquanto cantava uma canção de ninar que eu já havia ouvido antes, sua voz era suave e calma, eu queria continuar ouvindo aquilo.

Me esgueirei com as costas na parede ao lado da porta, e sentei no chão segurando meus joelhos. Apoiei a cabeça na parede fechando os meus olhos, deixando uma lágrima escapar. Meu pai cantava essa música pra eu dormir, e provavelmente, era o que Carl ouvia do Rick ou da mãe dele antes de dormir Também, antes de tudo isso acontecer.

  "Ele está vivo, aindo sinto isso".


Notas Finais


Bem eu espero q vcs tenham gostado... O cap ficou um pouco light (me desculpem por isso) mas logo logo as coisas vão ficar mais sérias (logo LOGO MESMO)
O negam ta chegandoo e se preparem!
Bom, se puderem comentem oq acharam por favor..
Espero estar de volta logo 😊
Bjinhooos e até mais!😘😐


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