História The Walking Dead - Odeio Amar Carl Grimes - De volta

O grupo de Rick seguia estrada, Abraham dirigia o caminhão.
     - Quanto tempo de viagem até chegarmos a Washington? - Perguntou Carl.
     -  Horas, talvez. - Abraham respondeu.
   Então ouviram um estouro, e alguns minutos depois, o caminhão foi diminuindo a velocidade, até parar.
   O grupo desceu do veículo para ver o que havia acontecido.
      - Inferno! - Abraham deu um chute no pneu. - Essa droga furou.
      - Ah, que ótimo! - Daryl deu um tapa na porta do caminhão.
      - Vamos ter que dar um jeito. - Rick falou.
      - O que vamos fazer? - Carl perguntou, olhando pro pneu completamente murcho.
   Todos olharam para o padre Gabriel.
      - Eu sinto muito, não tem nenhum pneu sobrando.
      - Agora serão dias, talvez. - Abraham falou pra Carl.
      - Vamos seguir a pé? - Noah perguntou.
      - Parece que sim. - Rick respondeu.
      - Mas não hoje, já está escurecendo. - Daryl falou, abrindo o caminhão e pegando as coisas. - Vamos ter que encontrar um lugar pra acampar.
   Com muito pesar, o grupo pegou as coisas e deixaram o caminhão para trás.
  
   Depois de minutos, que pareceram horas, encontraram um lugar na floresta para passarem a noite.
   Tyreese e Noah fizeram uma fogueira baixa, para não atrair os zumbis, e todos se sentaram em volta dela.
     - A comida vai acabar mais rápido agora que estamos á pé. - Daryl avisou.
     - Se aquela garota não tivesse pegado quase toda a comida, não precisaríamos nos preocupar por tão cedo. - Carl falou sem esconder o amargor na voz.
     - Está exagerando. - Michonne falou. - Ela não levou tanta comida assim.
     - Mas foi o sufiente pra nos deixar sem nada daqui a alguns dias. -  Carl retrucou.
     - Não vamos passar fome. - Daryl interferiu. - Nessa floresta deve ter alguns coelhos.. amanhã cedo irei caçar alguns.
     - Não vamos seguir estrada amanhã? - Maggie quis saber.
     - Acho melhor ficarmos aqui até amanhã, pelo menos até o Daryl conseguir pegar comida o suficiente pra gente seguir adiante. - Rick respondeu.
    O grupo concordou. Gleen e Tara ficaram de vigia enquanto o resto do grupo dormia.

   
    Thaylor não parou pra dormir naquela noite, continuou seguindo a estrada sem saber pra onde ia. E isso a deixava muito atordoada, não saber pra onde ia, não saber  com o que iria se deparar lá na frente..
   Ela parou de caminhar, e se sentou no asfalto, com as pernas cruzadas.
     - Preciso descansar uns minutinhos. - Ela abriu a mochila e pegou seu diário e a caneta. Escreveu tudo o que tinha acontecido naquele dia até agora, e como se sentia. - Pronto.. hora de ir. - Se levantou e seguiu em frente.

      { Na manhã seguinte }

     - Eai? Achou o suficiente? - Noah perguntou quando Daryl voltou para o acampamento do grupo.
     - Só dois coelhos. - Daryl falou amargurado, largando os dois coelhos no chão. - Talvez a noite eu tenha mais sorte.
     - Ainda acho que a ruiva tem culpa. - Carl murmurou pra si mesmo.
  
 
    Thaylor passava por uma rua cheia de zumbis mortos no chão, avistou uma lojinha no fim da rua.
     - Que bom. - Murmurou e correu até lá, a porta de vidro estava cheia de buracos de tiro, e as prateleiras jogadas no chão. Não tinha muita coisa lá, com certeza alguém mais sortudo tinha chegado lá antes.
  Ela entrou, tinham dois andantes presos de baixo de uma prateleira, Thaylor deu uma facada na cabeça deles. Ela começou a procura algo que prestasse.
      - Não acredito! - Exclamou, indo até uma prateleira aonde tinham quatro pacotes de biscoito. - De chocolate! - Ela abriu um e comeu um biscoito. - Hmm... - Saboreou.
   Encontrou também três vidrinhos de álcool e antibióticos. Colocou tudo na mochila e saiu.
   Vagou por horas, já estava escurecendo, então viu uma coisa que chamou sua atenção.
     - É o caminhão do padre. - Murmurou e correu até lá. O veículo estava vazio, e com um pneu furado. - Mas.. o que será que o caminhão está fazendo aqui?
   Ela deixou o veículo para trás e seguiu o caminho, adentrando a floresta. - Já tá na hora de tirar um cochilo.
   Quando entrou mais na floresta, começou a ouvir vozes.
   "Droga, deve ter um grupo aqui." concluiu, e então foi para o outro lado, se distanciando das vozes, ela andava com cuidado para que não quebrasse nenhum galho do chão. Ficou atenta quando ouviu um barulho vindo de trás de uma árvore.
     - Deve ser um coelho. - Pensou, e pegou sua faca de dentro do bolso. Foi avançando de vagar até a árvore, queria pegar o animal de surpresa.
  E então, quando Thaylor passou pela árvore, levou um susto.
     
     
                 ~ POV THAYLOR ~

     - Não se mexa! - Um homem gritou.
     - Wow! Me rendo! - Larguei minha faca no chão e levantei minhas mãos para o ar.
   O cara avançou na minha direção com algum tipo de arma que eu não conseguia ver direito no escuro.
     - Você? - O homem disse baixando a arma, no começo não entendi muito bem, mas ai consegui ver seu rosto.
     - Daryl. - Falei aliviada baixando as mãos. Ele estava com sua bèsta. - Você me assustou. - Peguei minha faca do chão e a coloquei no bolso.
     - O que está fazendo aqui? - Perguntou.
     - Procurando um bom lugar pra passar essa noite. - Respondi dando de ombros. - E você? Por que saiu da igreja?
     - Os mortos invadiram. Tivemos que sair de lá.
     - "Tivemos"? Então.. o pessoal lá do outro lado é o seu grupo?
     - Sim. - Confirmou.
     - Ahh ta... bom, eu vou nessa então, foi.. bom te ver de novo. - Falei e me virei pra ir. Não queria rever o grupo de novo, acho que seis dias já foram tempo o suficiente nesse grupo, nunca gostei de grupos mesmo. Em todos os grupos que eu já fiquei estavam sempre brigando e tomando decisões que eu não gostava. Sem contar que atrapalham a minha busca pelo papai.
     - Disse que está procurando um lugar pra passar a noite? - Ele me parou.
     - Éh. - Afirmei.
     - Olha, acho que não vai ser um problema se você ficar com a gente hoje..
     - Ah não, não.. eu prefiro ficar sozinha mesmo. - Não mesmo! Não vou voltar a ver aquele garoto grosseiro. - Amanhã eu vou sair cedo.
     - Nós partiremos amanhã cedo também, você pode passar só essa noite com a gente. - Insistiu.
      - Por que quer que eu fique? - Fiquei realmente curiosa. Ele pensou um segundo.
      - Você sabe caçar? - Perguntou. Isso não respondia minha pergunta, mas afirmei com a cabeça. - Então vai ser bom se você ficar e me ajudar a caçar esses malditos coelhos, e depois dividimos tudo.
   Pensei por um instante, era uma boa oferta, afinal, minha comida não duraria pra sempre.
     - Está bem, dividiremos em partes iguais. - Ele concordou. E então começamos a andar pela mata.
     
                 ~ POV CARL ~

     - Daryl está demorando. - Gleen comentou, tomando um gole d'água. - Já faz um tempo que ele saiu.
     - Deve estar dificil de achar um coelho no escuro. - Meu pai falou. Ele segurava a Judith no colo, que estava dormindo.
   Um barulho estava vindo de trás das árvores, o Daryl estava voltando. E então ele apareceu com um colar de coelhos no pescoço, pelo visto deu tudo certo.
     - Ainda bem que voltou, achamos que tinha acontecido alguma coi.... Ah.. olá! - Carol fixou o olhar em alguma coisa, me virei para Daryl pra ver o que Carol estava olhando. Aquela ruiva irritante veio com o Daryl, que droga! Quais eram as chances de encontrarmos com ela de novo?!
      - Thaylor? - Meu pai se levantou com a Judith ainda no colo.
      - O que ela está fazendo aqui? - Perguntei, me levantando também. Ela revirou os olhos.
     - A gente se encontrou enquanto eu estava caçando nossa comida. - Daryl explicou.  - E então ela me ajudou a caçar.
     - Que bom, então agora ela já pode ir.. - Me interfiri.
     - Ah, eu sinto muito em te desapontar,  Carl.. - Ela falou com um sorriso sarcástico na cara. - ... mas eu e o Daryl fizemos um trato.
     - O que? - Não entendi o que ela quis dizer.
     - Ela me ajudaria a caçar a comida, e depois repartiríamos o que conseguíssemos ao meio. - Daryl explicou. - E ela passaria a noite aqui com a gente.
     - Por mim tudo bem. - Meu pai respondeu, fiquei enfurecido com a tranquilidade de todos. Achei que "não devíamos confiar nela" . - Fico feliz em ver que está bem Thaylor.
     - Obrigado. - Ela respondeu.
     - Junte-se a nós. - Maggie a convidou, juro que se ela se sentar perto de mim, eu vou empurrar ela pra bem longe.
   Ela se sentou num canto mais afastado de todo mundo. Fiquei feliz por isso.
     - Não está com frio? - Rosita perguntou.
     - Não. Eu tô bom. - E então ela tirou a mochila das costas e pegou um livro de dentro, o diário. Segurei uma risada inconveniente. Como pode, num mundo destruído por mortos-vivos, alguém ainda se importar de "escrever num diário"?

               ~ POV THAYLOR ~

   Eu percebi uns olhares curiosos enquanto escrevia no diário, mas não me importei, é só.. se desligar do mundo por alguns segundos.
   Confesso que não estava me sentindo muito confortada ali com o grupo, quer dizer, eu já dei trabalho suficiente pra eles, e quando fui embora com certeza não pensavam que iriam ter a falta de sorte de me verem novamente.