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História The Walking dead - Ravenna, a filha do Negan - Boneca de porcelana


Escrita por: Mila_Scarlety

Notas do Autor


OLÁA WALKERSS! Aqui está mais um cap, espero q gostem....
Eu queria avisar, q vou ficar sem net por alguns dias (por isso eu quis fazer um cap maior), mas quando voltar eu já vou ter capítulos prontos pra postar,
Desculpem se tiver erros de digitação...
Boa leitura! 😉

Capítulo 5 - Boneca de porcelana


Fanfic / Fanfiction The Walking dead - Ravenna, a filha do Negan - Boneca de porcelana

   — Não se mexa!

Antes que pudesse se levantar para fazer mais uma tentativa de fuga, corri até ele com a arma em punho, apontando-a para sua cara. Me agaixei sem tirar os olhos dele, pegando rapidamente do chão a pistola que ele tinha me roubado, e a guardei na parte de atrás da calça.

— Acho que não vou pra lugar nenhum. – Retrucou apertando a ferida na canela da perna esquerda, onde o tiro o atingiu de raspão, um pouco de sangue escorria por entre os seus dedos.

Passei a mão livre na minha testa, sujando as costas dela de sangue fresco. Merda, isso vai deixar um machucado feio na minha cabeça!

— Você se acha muito esperto, não é Daryl? – Puxei seu cabelo, obrigando-o a olhar-me nos olhos. — Mas eu sou mais do que você. – Dei uma olhada em volta, vendo nossa situação. — Seu idiota, agora vamos ter que voltar a pé.

Eu não iria deixá-lo dirigir novamente, não iria confiar nele.

Soltei seus cabelos com raiva. Daryl me olhou com desprezo e se levantou sem fazer careta de dor. Mesmo odiando isso, tenho que admitir, ele é corajoso e mais forte do pensei que fosse, o que é incomum, já que quem passa pelas torturas do santuário, viram uns bundões pau-mandados do meu pai, Dwight é prova disso.

— Levanta. – Mandei. — E se tentar mais alguma coisa, quem vai pagar serão os desgraçados dos seus amiguinhos.

Ele resistiu por um instante, mas obedeceu. Deixei ele ir mancando na frente e fiquei a uma certa distância atrás dele, mirando a arma em suas costas. Por onde pisava, ele deixava uma trilha com pequenas gotinhas de sangue.

— Sabe Daryl, – Quebrei o silêncio que se iniciara a alguns minutos. — gosto de você, não pense que estou mentindo. – Chutei uma pedra no caminho, ela ricocheteou no pé do Daryl, imaginei o quanto aquele asfalto quente deveria estar queimando suas solas descalças. — Você está sem sapatos, não se ajoelhou aos pés do meu pai, ainda.

— Nunca. – Falou quase que num murmúrio inaudível.

Dei uma pequena risada debochada.

— Aqui entre nós, fico contente com a sua rebeldia. Você não é como aqueles imbecís que servem ao meu pai, você é diferente... tem seu orgulho, assim como eu. Estive pensando... você me seria um ótimo Simon. Vou querer você ao meu lado quando eu estiver no comando de tudo, ah vou sim. Eu com Lucille e você ao meu lado. Porra isso é... o mundo aos meus pés, o que acha Daryl?

Ele balançou a cabeça, achei ter ouvido uma risadinha dele, estava debochando de mim.

— Acho que você sonha muito alto, menina.

— Pode ser que sim. – Dei de ombros. — E pode ser que não. Mas sinto que ainda vamos nos dar muito bem, já estamos até conversando civilizadamente. – Zombei. — Sabe, o meu pai acha que sou desobediente, que ainda não estou preparada e não sou capaz de tomar uma decisão sensata. Mas ele não sabe metade do que eu sou de verdade, o quanto eu cresci e continuo crescendo. O que ele diz ser "imprudência e rebeldia" é apenas o meu orgulho, o lado paternal dele não o deixa enxergar minha evolução. Mas não o culpo por isso, eu até entendo. – Suspurei cansada. — Caralho, está vendo só Daryl? Estou aqui desabafando com você sobre minha relação com meu pai... me diz se isso já não é o começo de uma grande relação entre nós?

Ri e dei um soco de leve no meio de suas costas.

— Você deveria estar brincando de bonecas. – Murmurou. — Ao invés de...

— De estar dominando um grandalhão como você? – Ele respirou fundo e parou de andar de repente. Encostei o cano da pistola em um certo ponto da sua coluna. — Se eu atirar aqui, você perde completamente o movimento das pernas, e não quero ter que fazer isso porque isso pode comprometer meus planos para você no futuro. Então... seja bonzinho e continue.

Após breves segundos em que pude ouvir sua respiração pesada, ele voltou a caminhar mancando, e voltei a andar atrás dele, numa distância segura, eu ainda estava um pouco zonza, não queria arriscar chegar muito perto dele.

— "Brincar de bonecas". – Ri com a ideia. — A essa altura você já deve ter aprendido Daryl, que as crianças estão crescendo rápido, os brinquedos agora são as armas, o bicho papão agora são os mordedores, e a canção de ninar... são os grunhidos desses mortos. Não existe mais infância.

Ele baixou a cabeça.

— E não estou reclamando, gosto disso, do que o mundo se tornou. Posso te assegurar de que me divirto muito mais com uma arma do que com uma boneca. – Fiz uma breve pausa. — As vezes me pego imaginando o que eu estaria fazendo a essa hora se estivéssemos no mundo normal, provavelmente eu estaria na diretoria da escola, levando uma suspensão por ter xingado o professor. – Soltei uma risada só de imaginar a cena. — E você? Consegue imaginar o que estaria fazendo nesse momento se tudo não fosse tão... diferente?

Ele não respondeu.

— Tudo bem... você é do tipo calado, já descobri mais uma coisa sobre você. Mas como você já deve ter percebido, não consigo ficar quieta... então espero que não se importe se eu começar a cantar, suponho que você já deva conhecer essa música. – Limpei a garganta, e comecei a cantarolar. — We're on easy street, and it feels so sweet, cause the world is bout a treat...

Como eu já esperava, ele fechou os punhos, mostrando que consegui meu objetivo de provocá-lo.

Fiquei cantando durante o resto do trageto, apenas para tornar esse momento o menos agradável possível para ele.

[ ... ]

Ao nos avisterem a alguns metros de distância, Joseph e Gareth vieram correndo até nós, já com suas armas miradas em Daryl. Rápida e discretamente, guardei minha pistola no coldre e saí de detrás dele.

— Ajoelhado! – Ordenou Gareth já segurando os braços de Daryl e forçando-o a se ajoelhar.

— Que merda aconteceu com você? – Indagou Joseph, dei um tapa em sua mão que estava ameaçando tocar em minha testa.

— Não é da sua conta.

— Chefe, temos um problema aqui fora. – Falou Gareth, e percebi que ele estava se comunicando com meu pai pelo walk-talk.

Depois de Gareth contar no walk talk sobre a situação em que nos encontraram, meu pai mandou que eles nos encaminhassem direto para a enfermaria, e foi o que fizeram.

Apoiei as mãos úmidas na penteadeira, encarando meu reflexo molhado no espelho.

O doutor disse que não sofri nada de mais, foi só um "arranhão" e que no máximo ficaria roxo por alguns dias. Daryl também não teve nada grave, o tiro o pegou de raspão, não o debilitaria em nada.

Ouvi batidas na porta, peguei a toalha de cima da cama e a enrolei no corpo.

— Entra.

— Wow! – Meu pai exclamou fechando a porta com rapidez atrás de sí. — Cacete, como me deixa entrar sem nem saber que sou eu? E se fosse um dos homens?

— Até onde sei, a toalha está cobrindo tudo o que tem que cobrir. – Dei de ombros, sem dar muita importância.

— Essa não é uma boa resposta.

— Mas é a única que eu tenho.

Me voltei para a penteadeira e peguei a escova, começando a escovar os cabelos.

— Vim falar com você, mas não consigo com você assim. – Disse e foi até minha cama, pegou a roupa que eu tinha separado para vestir depois do banho e a jogou para mim. — Vai se vestir logo, e não demore.

Peguei a roupa no ar, suspirei de leve jogando a escova em cima da cômoda e me encaminhei para o banheiro.

Já vestida, voltei para o quarto, encontrando meu pai sentado na poltrona com a Lucille em seu colo, ele parecia concentrado enquanto lia um dos livros que ficam na minha estante, "curiosidade do corpo humano", peguei ele da sala particular do Gregory, em uma das colheitas na colônia Hilltop. Não me interesso por esse livro, mas o cara não tinha muitas opções, a maioria da biblioteca dele só tinham esses tipos de livros, e todas as páginas com fotos de vagina estavam marcadas.

— Sabia que o músculo mais potente do corpo é a língua? – Perguntou com a atenção ainda no livro.

— Não sabia, ainda não li esse livro.

— Nem perca seu tempo lendo, isso aqui é uma mentira desgraçada.

— Quer mesmo saber mais do que o livro, pai?

Ele me lançou um olhar feio por cima do livro. Me sentei na cama, ficando de frente pra ele.

— Estou dizendo que pelo menos no meu corpo, tenho músculos mais potentes do que a língua. – Riu sarcástico. — Mas é claro que minha lingua também é bem potente... minhas esposas ficam bem satisfeitas.

— Você não disse isso. – Fiz uma careta de nojo. — Quero vomitar agora.

Ele riu fechando o livro e o jogando por aí no chão. Se levantou da poltrona e sentou-se ao meu lado na cama, segurou meu queixo para que eu olhasse pra ele, e analisou meu ferimento.

— Deixando esse assunto de lado, – Me olhou com certa preocupação. — como você está?

Suspirei dando de ombros.

— O doutor disse que estou bem, e não me sinto diferente.

— Eu falei com com o doutor, e ele me contou que o Daryl levou um tiro.

— Foi só de raspão.

— Como foi que isso aconteceu? – Seu tom era exigente, mas ao mesmo tempo era estranhamente meigo.

Eu já esperava essa pergunta. Respirei fundo e tirei a mão dele do meu queixo, a depositando em cima do meu colo.

— Foi um acidente. – Comecei. — Eu estava dirigindo, apertei o pedal errado e o carro acelerou, no susto eu freiei com tudo e acabei batendo a cabeça no... volante.

— Continue.

— O Daryl desceu do carro pra me ajudar, mas pensei que ele fosse fujir e então atirei na perna dele. Como não sei dirigir e não confiava muito em deixá-lo comandar o volante naquele estado, voltamos a pé. – Finalizei, aliviada por já ter tido tempo de pensar em tudo enquanto tomava banho.

— Então você atirou nele sem motivo algum?

— Eu disse que pensei que ele fugiria, não quis arriscar e foi você quem me disse que era minha "obrigação" evitar caso ele tentasse uma fulga. – Falei. — Não acredito que está mais preocupado com ele do que comigo.

— Como assim? – Indagou indignado. — Te perguntei se estava bem.

— Nossa, – Bati palmas ironicamente. — você merece um prêmio de pai do ano!

— Não vou discordar. – Ficou sério. — Mereço mais do que a porra de um prêmio por conseguir aturar você.

Fiquei boquiaberta, totalmente indignada.

— Voltando ao assunto. – Ele se levantou, girando Lucille. — Isso deve ter sido uma aventura emocionante. – Ironizou. — Então você usou apenas 1 bala?

— Foi. – Respondi com raiva.

Me olhou com os olhos apertados por um segundo, então apontou para a muda de roupa suja num canto no chão, onde por cima estava meu coldre com a faca e as duas armas.

— Aquelas ali são as armas que você levou hoje? – Afirmei com a cabeça.

Colocou Lucille em cima da poltrona, então foi até as roupas, pegando as armas e as depositou em cima da cômoda, olhou pra mim enquanto retirava o pente das pistolas. Merda. Ele se virou pra mim, segurando os pentes no ar.

— Faltam duas balas nesse pente.

— Er...

— E falta uma no outro. Três, três balas faltando. – Disse, pela sua expressão ele não estava nada feliz. – Acho que alguma coisa não se encaixa nessa história, florzinha. Talvez tenha alguma coisa... talvez algum detalhe que possa ter esquecido de me contar.

Por trás das suas palavras que saíram num tom sereno, era evidente que ele suspeitava da minha história quase perfeita, exceto pelo detalhe de ter esquecido que o Daryl gastou duas balas. Mas acho que posso dar um jeito nisso, como sempre.

— Não gosto de esperar. – Apressou-me.

— Não achei que esse datalhe pudesse ser importe, mas já que insiste... – Dei de ombros, tentando ao máximo pararecer tranquila. — Tive que atirar num errante que apareceu no caminho.

— Um?

— Um.

— E precisou de 2 balas pra matar um? – Questionou franzindo o cenho. — Normalmente você tem uma ótima mira.

— Isso quando eu não estou tonta e vejo em dobro. – Retruquei.

— E por que não usou a faca?

Revirei os olhos dando um suspiro impaciente.

— Acabei de dizer que estava vendo em dobro, por que eu me arriscaria a ponto de chegar perto de um daqueles bichos?

— Certo. – Assentiu. — Tem razão.

Eu sabia que no fundo ele ainda não acreditava em mim, mas o que ele podia fazer? Tive que mentir para proteger o Daryl, estou apenas preservando uma coisa que me será útil futuramente.

Ele montou as armas novamente e as me devolveu.

— Vou mandar alguém ir buscar a merda do carro, espero que esteja inteiro, se não... – Deixou a frase morrer no ar, com um toque de suspense.

— Já que terminamos, pode sair por favor? – Tentei ser o mais educada possível. — Quero descansar.

— Não florzinha, nada de descanso agora. Pegue suas coisas, decidi que hoje mesmo vamos fazer a colheita em... qual é a merda do nome mesmo?

— A-Alexandria?

— Isso mesmo! Que caralho de nome mais esquisito, não? – Deu um sorriso cínico.

— Mas... achei que fosse amanhã.

— Agora estou dizendo que vamos hoje, e agora. – Disse balançando Lucille e abrindo aquele sorriso sarcástico. — Já estou com saudades dos nossos novos porquinhos. Vou esperar você no carro, desça em no máximo 10 minutos.

Já ia deixar o quarto quando o chamei de volta, ele voltou a fechar a porta e se virou pra mim.

— Ainda tenho que pedir desculpas pra aquele cara e pro... Rick?

— Fodendo ou não fodendo. – Foi sua resposta. — Entenda que só faço isso porque quero que você aprenda de uma vez por todas que esses seus atos estúpidos vão ter uma consequência, e não me olhe assim, estou sendo bonzinho com você. Não é preciso que você se desculpe, mas eu estou mandando, e é o que você vai fazer... um dia você vai entender. – Ia fechando a porta, mas antes me deu mais um recado. — Quero que seja convincente com seu arrependimento na hora de se desculpar, você mente bem... estou orgulhoso disso, teria funcionado comigo se eu não te conhecesse bem.

Então saiu assobiando aquela canção irritante, deixando claro que sabia que menti sobre Daryl. O amaldiçoei mentalmente.

Respirei fundo, deixando a raiva se esvair. Fui até a gaveta da cômoda e peguei o saco de pílulas, joguei duas na boca e engoli em seco mesmo, a jarra d'água estava vazia.

Depois de pegar uma colt python e a guardá-la no coldre da perna, desci os andares com pressa, sentindo o calor do sol do meio-dia esquentar minha pele.

......

A viagem toda foi desconfortavelmente silenciosa, eu e meu pai não trocamos nenhuma palavra durante o percurso todo, nem mesmo liguei o rádio como sempre faço. Eu não estava com a mínima vontade de abrir a boca.

Durante esses dias, pensei em mil maneiras de me livrar do que me aguardaria amanhã, mas todas as opções em que consegui chegar apenas me colocaria mais uma vez na cadeira de frente pro meu pai, tendo mais uma conversa e entrando em mais conflitos e castigos, e isso não seria nada bom. Além do mais, ele me conhece o suficiente pra saber que eu daria um jeito, aposto que foi por isso que resolveu antecipar o dia da viagem.

"Desculpa" não é uma simples palavra, que se use com tanta facilidade assim, aliás, quase nunca uso ela. A partir do momento em que essa palavra sair da minha boca para que Rick e aquele cara ouvissem, eu estaria admitindo que errei, mas não sinto isso, não acho que eu esteja errada... eu não estou errada. Eles assassinaram centenas de nós, e não ouvi nenhum "desculpa" saindo da boca do Rick ou de qualquer um deles, isso é injusto.

Os caminhões foram estacionando em fileira diante do grande portão da comunidade.

— Caralho... – Essa foi a reação surpresa dele ao ver os muros altos que rodeavam a comunidade.

Observei-o pegar Lucille de seu colo e descer do veículo.

Negan bateu no meu vidro fazendo um sinal para que eu descesse. Respirei fundo e assim fiz.

Os homens desceram dos caminhões e carros atrás de nós, não fiquei surpresa ao ver Daryl entre eles, é claro que meu pai não perderia a chance de mostrar como está domando seu cãozinho.

— Tan tan tan tan – Foi indo em direção ao portão, balançando Lucille. Me juntei ao meu pai, então ele começou a bater o bastão nas grades de ferro. — Porquinho, porquinho... me deixe entrar! – Exclamou.

Ficamos alguns minutos esperando do lado de fora, enquanto ouviamos murmúrios e sombras por detrás do pano que tampava a visão do outro lado.

Até que finalmente alguem apareceu, era o mesmo homem que abrira o portão quando cheguei aqui com o grupo do Rick. Ele ficou nos encarando por um tempo, de cenho franzido

— Bem? – Meu pai apoiou a Lucille no ombro.

— Quem é você? – O cara perguntou para o meu pai.

— Só pode estar brincando. – Indignei-me, como ele pode não saber quem é o meu pai? Como ele pode não se lembrar de mim?!

Pensei que Rick tivesse alertado a todos sobre nossa visita, tudo bem que viemos adiantados, mas já deviam estar preparados.

– Negan, Lucille, florzinha. – Meu pai apresentou-nos. — Sei que causei uma primeira impressão notável!

Rick apareceu ao lado do imbecil com quem falávamos, ele não pareceu muito feliz em nos ver, assim como a tal Rosita, que também estava de cara fechada. Ele pareceu estar surpreso ao perceber minha presença.

— Ora, olá. – Meu pai sorriu cinicamente para ele. Rick e meu pai ficaram se encarando, e eu só queria sair logo de debaixo daquele sol escaldante. — Não me obrigue a pedir.

— Você disse uma semana. – Falou Rick enquanto abria o portão. — Chegou cedo.

— Sentimos saudades. – Ironizou meu pai.

Num dia normal eu teria rido, mas não era o caso.

Um zumbi apareceu atrás da gente, e como meu pai não perde a oportunidade de arrancar sangue, ele rodou Lucille e deu uma tacada no bicho.

— Moleza. Mamão com açúcar! – Comemorou. Então se virou para os homens que vieram fazer a limpeza. — Certo pessoal, vamos começar.

— Pai, – Chamei. — vou indo na frente, estou com sede e, como já sou de casa – Rick travou o maxilar. — vou entrar.

— Vá matar sua sede florzinha... espero que hoje Lucille não tenha sede, não é, Rick? – Rick desviou o olhar.

Passei pelo Rick, fazendo questão de bater meu ombro no braço dele. Então saí, deixando para trás meu pai falando com o Rick sobre o quanto ele estava puto por ter sido quase barrado no portão por aquele filho da mãe que disse se chamar Spencer, e que estava indignado por esse cara não saber que ele era, já que deixou uma primeira impressão no mínimo inesquecível.

— Olá pessoal! – Fui acenando gentilmente para as pessoas que saíam de suas casas para ver o que estava acontecendo. — Como estão?

Os homens começaram a se espalhar pela comunidade, invadindo as casas sem o mínimo de gentileza, deixando os moradores assustados.

Parei em frente a uma fileira de casas.

— Uni, duni, tê.. salamê, minguê... – Fui apontando o dedo para cada uma das casas. — a escolhida é.. você.

Me encaminhe até a escolhida e fui entrando sem bater. Uma garotinha que aparentava ter os seus onze anos, deu um pulo de susto do sofá.

— Hmm... olá. – Cumprimentei educadamente.

A menina foi recuando a cada passo que eu avançava.

— Ora, qual é o problema? – Perguntei parando a poucos passos de distância dela, que estava escorada na parede, sem saída. — Um gatinho comeu sua língua?

— N-não. – Respondeu se encolhendo um pouco. — É que... m-minha mãe pediu pra mim ficar longe de você e dos outros ai fora.

Franzi a testa, processando o que acabei de ouvir, então soltei uma risada anasalada.

— É mesmo? – Timidamente, ela fez que sim com a cabeça. — Sua mamãe está aonde agora?

— Lá fora. – Respondeu num fio de voz.

— Entendi.

Me abaixei ficando do tamanho dela, e passei a mão em sua cabeça, alisando seus cabelos longos e louros, percebendo o quanto ela estava tremendo.

— Vou te dizer uma coisa, querida, obedeça sua mamãe, algumas vezes elas sabem o que é melhor para os filhos, o que é o caso da sua. Ok?

— A-ahãm. — Assentiu balançando a cabeça várias vezes. — Posso subir? Eu tenho que trocar a roupa da Emmy.

— Quem é Emmy?

— Minha boneca.

Gargalhei balançando a cabeça, dando permissão pra que ela subisse, e foi o que fez assim que tirei a mão de seus cabelos, ela correu subindo os degraus numa rapidez surpreendente.

— Crianças.. – Fui cessando o riso.

Levantei indo até a cozinha e abrindo a geladeira, tirando de lá uma jarra d'água e enchi um copo, bebendo tudo num gole.

— Revistem os outros andares. – Escutei a voz de Scott.

Voltei para a sala a tempo de ver três dos nossos homens subindo as escadas, enquanto Scott ia revirando uma prateleira de livros.

— Ei! – Chamei a atenção de um dos homens, Gareth, ele parou no meio da escada.

— Fala.

— Pegue a Emmy pra mim. – Mandei, ele franziu o cenho.

— Emmy?

— É uma boneca, tem uma garotinha aí em cima, ela está brincando a Emmy. – Informei. — Eu quero a boneca pra mim, ela é minha agora.

— Missão dada, é missão cumprida. – Fez uma reverência para mim.

— Isso foi uma ordem.

Sem graça, ele assentiu e voltou a subir os degraus.

— Pode deixar a cadeira ai. – Gritei para Scott, que estava na varanda carregando uma cadeira de balanço. — Vou usá-la, pegue ela depois.

— Como quiser. – Botou a cadeira de volta no lugar e voltou para a sala.

Saí para a varanda e me sentei confortavelmente na cadeira, jogando os pés por cima do cercado de madeira, e comecei a me balançar, sentindo a brisa fresca do vento bater em meu rosto, jogando meus cabelos para trás.

Isso era relaxante. Fiquei ali sentada, observando o movimento dos homens entrando nas casas e saindo com as nossas novas merdas, sofás, colchões, objetos de decoração e várias outras coisas. No outro lado da rua, vi meu pai passando com Rick e aquele cara com uma roupa horrenda de padre, fiquei puta ao ver Rick segurando Lucille. Como meu pai teve a coragem de fazer isso comigo? Não posso nem encostar em Lucille, mas o Rick ele deixa segurá-la?

— O que vieram fazer aqui?

— Puta garoto, você me assustou! – Exclamei tirando os pés de cima da cerca e virando o pescoço para ele.

Carl estava parado em pé do meu lado, com o cenho franzido e aquele olhar nebuloso que vive me lançando com aquele olho azul que, confesso, era vidrante. Estava sem o chapéu, e com o sol iluminando seu rosto eu percebi as pequenas e inúmeras sardas espalhadas por sua face.

Me perguntei da onde foi que ele saiu, não o percebi se aproximando.

— O que estão fazendo aqui? – Reforçou.

— Viemos trazer ovos de páscoa. – Ironizei, que pergunta mais idiota. — O que acha?

— Disseram que viriam em uma semana.

— Bem... não sou eu quem escolho os dias, então se preferir, vai reclamar com o líder, ele acabou de ir para aquele lado junto com o seu pai. – Provoquei.

Ele cerrou os dentes e fechou os punhos.

— Mande esses homens pararem de pegar nossas coisas! O meu pai já separou a metade.

— Fico honrada por você pensar que tenho tal poder, mas não posso pará-los. E não é o seu pai quem decide o que levamos ou o que não.

Dois dos homens sairam carregando uma penteadeira branca com espelho.

— Isso vai ficar ótimo no meu quarto. — Comentei enquanto via Zack e Scott se afastando com minha nova mobília. Em seguida o outro cara saiu da casa carregando um colchão.

Carl sacudiu a cabeça em reprovação.

— Eu sabia que seria sorte demais se tivesse uma orda de zumbis te esperando do outro lado do muro. – Falou, agora relaxando mais a expressão, e foi minha vez de franzir a testa. — Vi quando você pulou o muro. Aliás, foram belos três tombos.

Eu sabia o que ele estava tentando fazer, joguinho perigoso, mas não caio em qualquer provocação.

— Pois é, os muros aqui são bem altos.

— Muito.

— Você acaba de me lembrar, Carl, de que não conheci todo esse lugar maravilhoso. – Falei. — O que acha de ser gentil, e me levar pra fazer um tour nessa imensa comunidade?

— Por que não? – Deu de ombros, me deixando surpresa. — Poderíamos ir primeiro ao cemitério, quem sabe você fique por lá.

Eu já devia saber. Realmente ele não tem noção do perigo.

— Bom senso de humor, gosto disso. – Ele se recostou na cerca, de frente pra mim. — Mas sua mãe não te ensinou a tratar bem as visitas?

Percebi que havia tocado num assunto delicado quando ele baixou o olhar por um instante.

— Ah... mães, sempre um assunto delicado quando elas estão mortas. – Soltei um suspiro de falso penar. — Como foi que ela morreu?

— Não é da sua conta. – Foi ríspido.

— Tudo bem, não gosto desse assunto cheio de draminhas mesmo. – Dei de ombros, indiferente. — É sempre a mesma coisa... acho que noventa por cento das mães morrem pelo mesmo motivo, os flilhos. Isso se chama fraqueza.

— Ela não era fraca!

— Se ela está morta é por que era fraca sim! E se você é fraco, não é merecedor de viver nesse mundo.

— Merecedor? – Indagou incrédulo. — Merecedor de viver nesse mundo?

— Mas é claro, por que o espanto? Você não vê assim? – Sacudi a cabeça com decepção. — A maioria das pessoas vê esse novo mundo como uma desgraça, é porque teem uma mente pequena e limitada demais para enchergarem mais além.

Ele cruzou os braços com certa descrença.

— Esquece, imaginei mesmo que você fizesse parte dessa maioria com cérebro pequeno. – Voltei a me balançar na cadeira. — Não conseguem sentir a liberdade do...

— Me larga sua pirralha!

— Me devolve ela por favor!

Fui interrompida por gritos vindo do lado de dentro da casa. Carl imediatamente se encaminhou para ver o que estava acontecendo, também me levantei, parando ao seu lado na porta.

— Ei, o que pensa que está fazendo? – Indagou Carl.

Gareth estava com um saco preto cheio numa das mãos, e com a outra, segurava no ar uma boneca loira e descabelada, enquanto a menina pulava tentando pegar seu brinquedo.

Entrei parando na frente de Gareth, analisando a boneca que segurava no alto.

— É essa? – Me perguntou.

— Não sei... essa é a Emmy? – Perguntei para a menina, que parou de pular por um instante e me olhou, enxugando as lágrimas com as costas das mãos.

— S-sim. – fungou. — P-pede pra ele me devolver.

— Hmm... – Estendi a mão e Gareth me entregou a boneca, percebi que ela era de porcelana assim que a toquei.

Fiz um sinal despachando Gareth com a mão, e ele saiu porta a fora. Segurei ela diante dos meus olhos, era uma boneca comum, a aparência já estava desgastada, mas não me importo com isso.

— ... eu gostei dela. – Falei para a menina. — Ela é minha agora.

A menina tremeu o maxilar e em seguida abriu um berreiro, chorando desesperadamente.

— Devolve a boneca pra ela. – Carl parou do meu lado, estava incrédulo. — Não precisa disso!

— Realmente, não preciso disso. – Encarei o brinquedo novamente. — Mas eu quero, e isso basta. Aliás, ela deveria trocar essa boneca por uma arma.

De repente ele colocou a mão nas costas e sacou um revolver, apontando-a para mim, confesso que isso realmente me surpreendeu... corajoso da parte dele.

— Eu mandei devolver ela!

— E eu disse não. – Falei entredentes. — Se for atirar, melhor que acerte, o que duvido muito que vá acontecer. – Me referi a sua possível deficiência.

Num movimento rápido, ele mirou a arma pro outro lado na mesa de jantar e atirou, o vaso de flores se espedaçou espalhando cacos de vidro e rosas pela mesa e o chão, a menina levou as mãos aos ouvidos, assustada. Então Carl se voltou pra mim.

— Que tal? – Gabou-se. — Devolva a boneca ou o próximo será em você.

Eu duvidava muito de que ele realmente tivesse mirado no vaso.

— Se você tiver coragem e for suficientemente idiota pra apertar esse gatilho, o que acha que vai acontecer na sequência?

— Você morre.

Senti meu sangue ferver, mas ao mesmo tempo eu queria rir.

Então Rick entrou de repente, ficando espantado ao ver o filho apontando a arma para mim, enquanto a garotinha continuava sentada no degrau, observando tudo com os ouvidos tapados.

— Carl, abaixe isso. – Rick pediu.

— Não. Ela está levando a boneca da Kath. – Disse encarando-me com ira. — Ela é só uma criança!

— Claro. – Fiquei feliz ao ver meu pai, ele se aproximou de Carl, com seu risinho debochado. – Sério, garoto?

— E você devia ir embora, e levar sua filha com você. – Falou, destemido apesar da presença do meu pai, o que me deixou bastante incomodada. — Antes que descubram o quanto somos perigosos.

Uma pequena risada escapou da minha boca, esse garoto só pode ser um maluco suicida.

— A quem seu filho puxou Rick? – Perguntei arqueando as sobrancelhas para ele. — Com certeza ele não herdou essa bravura toda do papai.

Rick apenas lançou-me um breve olhar e voltou sua atenção em Carl, ele estava apavorado de mais para cair nas minhas provocações agora.

— Desculpe, meu jovem. Perdoe o meu linguajar, mas você me ameaçou? – Negan perguntou. – Olhe, sei que está tentando defendendo a garotinha, até chego a me emocionar com isso, e entendo ameaçar minha filha, mas não posso aceitar. Nem a ela, nem a mim.

— Carl, abaixe a arma. – Rick insistiu, o medo brilhava em seus olhos azuis, e que olhos!

— Não seja rude Rick – Meu pai o cortou. — Estamos conversando.

Juro que estava torcendo para o Carl meter uma bala em mim, apenas uma seria o suficiente pro meu pai fuder com a Lucille no crânio desse infeliz, e isso me satisfaria muito.

— Agora, garoto. — Meu pai continuou, Carl mantinha seu olhar fuzilante e destemido. — Onde estávamos? Ah sim, esses colhões gigantes que você tem. Não nos ameaçe, e muito menos ameace a minha filha. Ouça, gosto de você, então não quero ter de ser durão pra provar que sou um bom pai. Você não quer isso. Eu disse metade de suas merdas e se pra florzinha a porra dessa boneca faz parte da metade, ela vai levar, é o que digo que é. Falo sério, quer que eu prove o quão sério? De novo?

Em outra situação, meu pai mandaria eu devolver a boneca para a criança, mas estou com uma arma apontada para minha cara, ele não me deixaria passar por isso em vão.

Carl suspirou vencido, baixando a arma e entregando-a para seu pai, mas meu pai a pegou da mão de Rick.

— Boa escolha. – Disse meu pai, e então se virou para mim. — Uma boneca? 

— Eu gostei dela. 

— Já que é assim, florzinha, não se esqueça de agradecer a garotinha pelo seu gesto lindo de lhe dar a bonequinha.

— É claro. – Então me virei para ela na escada, com os olhinhos inchados, mas já tinha parado de chorar. — Obrigado... Kath, né?

Sorri cinicamente.

— Fique tranquila Kath. – Forcei uma expressão de piedade. — Vou cuidar bem da Emmy, mas se ela for uma filhinha malvada... – Passei o dedo no pescoço, e isso bastou para ela abrir um berreiro ainda maior.

— Vá pro seu quarto, Kath. – Carl mandou, e mais do que de pressa, ela se levantou subindo correndo os degraus.

Meu pai suspirou.

— Crianças esquecem rápido, ela vai se conformar. – Disse e voltou-se para Rick. — Sabe, Rick, isso tudo me lembra que você tem muitas armas. Todas as armas que pegou do meu posto avançado quando matou toda a minha gente com as armas que já tinha. E aposto que tem ainda mais.

— O que resulta em uma quantidade enorme de armas. – Comentei.

— É. E como essa explosão emocional deixou claro, não posso permitir isso.

Rick e Carl se entreolharam, e, ao contrario do pai, Carl estava inexpressivo.

— Elas são todas minhas agora. Então, me diga, Rick, onde estão as minhas armas?

Me amarro nesse jeito sarcasticamente intimidador do meu pai.

Rick ficou calado, encarando meu pai.

— Eu perguntei "onde estão as minhas armas" Rick. – Reforçou, agora mais sério.

— Vou te levar até elas. – Disse. — Estão no arsenal.

— Bom. – Meu pai se virou para Carl. — A gente se vê, garoto.

Carl não disse nada, então eles já iam saindo, mas os detive.

— Esperem. – Eles pararam se virando para mim.

Fui até Rick e soltei um suspiro pesado, "se você tem que comer merda, coma, não enrole" me lembrei do que um dos salvadores sempre dizia, então encarei Rick no fundo de seus olhos brilhantes.

— Sabe Rick, preciso dizer, que sei que o que eu fiz aquele dia... com aquele homem, foi muito feio.

Rick franziu o cenho. Percebi um olhar do meu pai, mas não olhei para ele.

Não consigo nem dizer o quanto isso seria humilhante para mim, e espero que meu pai fique feliz com isso... e senão ficar... ah ele vai ficar sim, vamos ver o que ele acha disso.

Sem pensar, avancei agarrando Rick, dando-lhe um forte abraço. Rick ficou petrificado, não retribuiu meu abraço. Eu estava de olhos fechados, apenas imaginando a cara do meu pai, e imaginar isso me deu forças e as palavras escorregaram espontaneamente da minha boca:

— Então... te dou as minhas "sinceras desculpas" pelo tumultuo que causei.

Soltei Rick devagar, ele me encarou sem reação alguma, olhou para meu pai e segui seu gesto. Negan me fitava com os olhos em chamas, os dentes rangendo.

Espero realmente que eu tenha sido tão "convincente em meu arrependimento" quanto ele queria. Ah pai... depois não diga que sou desobediente.

Rick parecia não saber o que dizer, e não faço questão de ouví-lo. Olhei de relance para Carl, que por um momento deixou o olhar assassino de lado, dando lugar ao espanto.

Me encaminhei lentamente até meu pai, sem demonstrar qualquer receio ou medo.

— Pode trazer o outro cara quando quiser, pai. – Falei baixo, apenas para ele. — Vou usar toda a "educação" que você me deu.

Não consigo descrever a forma tão assustadoramente psicótica com que ele me encarou. Meus olhos desceram até sua mão, onde suas veias pulsavam com a força com que ele apertava a arma que pegou da mão de Rick. Mas não me abalei, fiz exatamente como ele me pediu.

— Rick, me leve até minhas armas. – Mandou meu pai, me lançando um último olhar antes de sair, Rick indo logo atrás.

Eu pretendia segui-los, as armas eram do meu interesse, mas eu não sairia dali sem antes pegar o que era meu por direito.

Coloquei a boneca com cuidado em cima do sofá e virei-me para Carl, que já tinha voltado a usar aquele olhar de desprezo para mim.

— Bem... agora é sua vez. – Falei para ele.

— Minha vez de que?

— Como de que? De se desculpar comigo, me deve isso.

— Me desculpar com você? – Riu debochado. — E porque acha que eu faria isso?

— Ora, simplesmente porque acho que apesar da sua "coragem" surpreendente, você não seria tão estupido a ponto de me desafiar, sabendo que estou armada.. e você não.

Sorri, ele pareceu se desestruturar com isso.

— Então... eu quero as minhas desculpas. – Tirei o canivete do meu bolso, e o abri, indo em passos lentos até ele. — Seja um cavalheiro com essa dama, e desculpe-se.

Ele permaneceu calado, olhando de mim para o canivete. Parei a poucos centímetros de distância dele, e apertei a ponta afiada do canivete em sua barriga, fazendo um pequeno furo em sua camisa preta, então fui subindo o canivete lentamente pelo seu peito, até parar precionando a lâmina afiada um pouco abaixo de seu queixo, na jugular.

Eu conseguia ouvir seu coração batendo descompensado.

— Quero minhas desculpas, Carl. – Dei mais um passo, chegando tão perto que conseguia sentir seu bafo gelado em meu rosto. — E quero agora.

De repente, sem mais nem menos, ele começou a rir, e a lâmina acabou fazendo um furo minúsculo em sua pele, de onde brotou um pingo de sangue. A principio não entendi do que se tratava aquela risada, até sentir alguma coisa apertar-se contra minha barriga, e ir subindo lentamente até parar pressionando minha traquéia.

Aquele infeliz pegou a arma do meu coldre sem que eu percebesse.

   — Sim, parece que sou estúpido a ponto de te desafiar. – Retribuiu com um riso desdenhoso. — Quem você acha que é mais rápido?


Notas Finais


Bem.. Espero q tenham gostado, eu escrevi esse cap as pressas pq vou ficar sem net ainda hj então desculpem se alguma coisa não ficou legal.
Se puderem comentem oq acharam por favor,
Um bjinhuu e até mais!😘😘


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