História The Walking Dead - Recordar é Morrer - Memorias mortais.

Estavam Gisis, Juju e Jenny amarradas e ajoelhadas no chão. Próximo a eles estava Renan caído, amarrado e amordaçado. Enquanto nossos sobreviventes esperam para saber o seu destino Rebeca e o Salvador conversam entre si. Os sobreviventes apenas sussurram entre si.
    Gisis: Não consigo escutar o que eles falam.
    Jenny: Eu também não, mas acho que não é coisa boa.
    Juju: Como assim, o que você viu?
    Jenny: Eu sei um pouco ler lábios. Eles estão falando alguma coisa sobre “grupo do Rick”... Algum tipo de susto... Não sei... Haaa Não!!!
    Gisis: O que foi? O que disseram?
    Juju:...
    Jenny: Acho que... Acho que... Eles mataram alguém...
    Os sobreviventes acabam se emocionando com a conversa e acabam falando um pouco mais alto. Isso chama a atenção dos salvadores que rapidamente chegam perto deles.
     Rebeca: Parece que meus novos amigos finalmente resolveram abrir a boca, vamos conversar?
    Gisis: Onde estão os nossos amigos?
    Rebeca: Você fala de quem? O japonês? O xerife? A grávida? Ou quem sabe aquele ruivo muito estranho? Aquela louca da espada... Não confio nela, mas não fique preocupada. Veja pelo lado positivo pois vocês terão uma boca a menos para alimentar amiga. Por falar nisso... Que falta de educação a minha... Esquecemos de nos apresentar formalmente. Meu nome é Rebeca e meu amigo aqui é Gabriel e nós viemos aqui para tomar este lugar, ou seria trazer dor e sofrimento... Não! Tomar o lugar... Melhor dor e sofrimento mesmo. Quer saber... No final das contas vai dar no mesmo. Como vocês se chamam?
    Ninguém do grupo dá uma palavra. Todos tentam desviar o olhar daquela louca que parecia se divertir com cada momento sádico. Apenas Jenny consegue olhar fixamente para Rebeca.
    Jenny: Você é doente... Como consegue ser assim?
    Rebeca: Minha linda... Quem não é doente hoje em dia? As pessoas enlouqueceram, se toca. Neste novo mundo ou você é a caça ou o caçador... Ou você está amarrado ou esta com a arma. Opa... Eu estou com a arma aqui. Legal isso, não é?! – Exclama Rebeca com uma imensa gargalhada. Por falar em comida isso me deu uma fome, mas vocês estão tão magrinhas. Não tem comida neste lugar não?
    Uma voz, ainda muito baixa é ouvida, “Não falem nada com ela”. Era Renan, ainda sem muita consciência no chão pedindo aos sobreviventes para não conversar com Rebeca.
    Rebeca: Oi meu amor, se junta a gente aqui e me ajuda a conhecer minhas novas amigas ainda mais.
    Renan ainda zonzo e no chão responde.
    -Não vou te ajudar mais em nada.
    Rebeca: Que isso amorzinho, assim você me magoa... Gabriel, ajuda ele a ficar de joelhos e tira esta mordaça que não esta ajudando muito... Coloque ele ao lado delas, mas não muito junto pois tenho ciúmes.
    Gabriel levanta Renan e coloca ele de joelhos e corta a mordaça com uma faca. Rebeca entra um estado de alegria incrível até batendo palminhas e dizendo:
    -Êêêêêba. Agora estamos todos unidos como uma família. Adoro isso, mas amor... Por que você não quer que elas falem comigo? Tem alguma coisa que eu preciso saber? – Neste momento o olhar alegre se transforma em um olhar penetrante que aponta direto para Gisis, Jenny e Juju.
    Renan: Não é o que está pensando?...
    Renan é brutalmente interrompido e o olhar de Rebeca se torna ainda mais destrutivo equanto ela fala:
    -...Em que exatamente eu estou pensando?
    Renan: Nós deste lado aqui não somos exatamente amigos e você sabe que fica mais fácil tirar informação nossa quando estivermos separados.
    Rebeca fica pensativa por alguns segundos, mas concorda dizendo:
    -Haaaaaa... é verdade. Você também não mudou amor, continua um fofo. Alguma de vocês já quis bater nele?
    Todos do grupo se calam novamente, mas Juju deixa escapar um olhar de canto de olho para Gisis. Este sinal é percebido pela Rebeca e olhando para Gisis fala:
    Rebeca: Acho que você amiga...
    Rebeca muito devagar se aproxima de Gisis. Cada vez mais colando o rosto... Poucos centímetros de distância:
    Rebeca: Olha... Vendo assim acho que você bateu mesmo. Olha gente... Ela bateu mesmo. – Rebeca rapidamente levanta sua mão esquerda dizendo:
    -Bate aqui amiga, provavelmente ele mereceu... Opa, esqueci que você está amarrada... Fica para a próxima então.
    Rebeca volta a se afastar do grupo... Pega uma cadeira e senta de frente para as costas da cadeira e apoia o rosto no encosto.
    Rebeca: gente... porque estes rostos tristes? Foi algo que eu falei? Vou contar uma história para vocês. Vocês vão adorar.

"Era uma vez uma princesa, sou eu, fraca e inocente que vivia vagando por ai com sua família e mais uma pessoas. Vagando encontram um lugar maravilhoso chamado Terminus, um lugar lindo e cheio de esperança. Neste lugar aceitávamos todo tipo de pessoa que quisesse ajudar. Um dia este lugar aceitou algumas pessoas ruins e ele destruíram o lugar e até violentaram a princesa. As pessoas ruins trancaram as pessoas boas em vagões e usavam elas quando queriam até que um dia o irmão da princesa, Gareth conheceu um cavaleiro de armadura branca chamado Renan. Juntos eles conseguiram nos tirar dos vagões e nos libertar. Só que havia um grande problema. As pessoas más comeram todos os suprimentos das pessoas boas, quase não havia comida para ninguém, foi então que o cavaleiro de amadura reluzente libertou aquelas pessoas de verdade. Ele deu a ideia de purificarmos aquelas pessoas más, pois desta forma as pessoas más se redimiriam ajudando as pessoas boas a sobreviver. Então assim as pessoas más eram usadas na alimentação. Viram, não é uma história linda?"

    Gisis: Vocês são doentes! Vocês se merecem mesmo... Já deveriam estar mortos a tempos.
    Rebeca: Exatamente minha amiguinha... Nem tudo são flores neste conto de fadas.

"Um belo dia. Aquele cavaleiro de armadura colocou meu irmão Gereth no comando do castelo Terminus e disse a ele para ser livre e fazer o que quiser e disse também que poderia contar com a ajuda dele. Esta foi a primeira mentira dele... Ele viu que na cozinha existiam umas comidas muito pequenas... pequenos braços, pequenas pernas... pequenas mesmo e resolveu questionar meu irmão. Quando ele descobriu que tínhamos passado a purificar crianças e bebes ele surtou. Depois disso nunca mais foi o mesmo... Será que psicopatas tem crise de consciência? Acho que não... Depois disso ele sumiu e eu passei a procurar o meu cavaleiro pelo mundo. Não foi assim meu amor?

    Todos do grupo olham para Renan que permanece com os olhos arregalados olhando para o chão. Seu segredo havia sido revelado. Não havia mais o que se contestar... Ele estava exposto. Todos conseguem ver o tremer em seu olhar e o suor que escorre em seu rosto... Tudo isso enquanto em fica pálido como vela.
    Rebeca: Não vai falar nada com nossos amigos? Nenhuma tirada inteligente? Nada engraçado?
    Gisis: Cadê a Reeh? Ela saiu daqui com você seu doente... Onde ela está? Depois de alguns segundos sem resposta, finalmente Renan responde:
    -... Ela não conseguiu.
    Jenny: O que você fez com ela seu desgraçado? Eu vou te matar assim que puder... Lembre-se disso!!!
    Renan: Não foi isso... Nós tínhamos acabado de derrubar os portões. Haviam walkers por toda parte. Ela queria pegar o carro e eu disse que não ia dar certo. Os salvadores não deixariam um carro daqueles sozinho. Ela saiu do carro e eu perdi ela de visto. Quando os walkers se espalharam mais por Alexandria eu fui procurar ela. Quando cheguei era tarde... Ela estava morta dentro do carr... o carro estava todo perfurado de tiros.
    Juju: Não acredito nisso!!! Vamos morrer aqui... – Diz isso enquanto começa a chorar.
    Rebeca: Fiquem calmas amiguinhas. Ninguém vai morrer aqui até eu mandar...
    Rebeca se acalma demonstra preocupação com Renan e pergunta a ele:
    -Você parece meio fraco, você está bem? A quanto tempo você não come? ... Mas eu digo comida de verdade sabe? Faz muito tempo?
    Renan: Desde que saí do Terminus. Não consigo mais...
    Rebeca: Isso não é nada bom e você sabe disso... Vamos faz...
    Gabriel interrompe Rebeca ao falar e a chama dizendo: ”Rebeca... Vem aqui rápido. Vamos ter que andar mais rápido com o plano. Me parece que os amigos deles já estão voltando. Eles acabaram de perder um do grupo deles e não podemos saber como eles vão reagir a isso.”
    Enquanto os salvadores conversam em um canto Renan sussurra para os sobreviventes: “Não falem com eles. Se possível não escutem o que eles dizem... Eles são muito bons em dar esperança e são melhores ainda em tirar isso das pessoas.
    Juju: Isso é impossível, eles não podem saber isso tudo. Como eles sabem disso? Renan: ... Por que eu mostrei isso para eles...
    Os sobreviventes apenas conseguem escutar o final da conversa e Rebeca diz: “... Eu não saio daqui sem ele.”
    Gabriel: ... Mas Rebeca... Ele está muito fraco. Ele não é mas aquela pessoa que você conheceu lá traz. Ele mudou.
    Rebeca: Essa é a minha escolha e acredite em mim. O Negan vai adorar conhecer ele.
    Rebeca vira volta para o grupo com um sorriso muito sinistro, olhos arregalados em êxtase. Ela vai para trás do grupo e comenta:     -Sabe... acho que uma de vocês vai precisar ser purificada. Será um lindo sacrifício para ajudar o meu amor. Só não sei ainda quem de vocês vai ser a escolhida. Acho que é melhor você... – Rebeca diz isso enquanto pega violentamente no cabelo de Gisis, fazendo com que ela olhe nos seus olhos.
    Gabriel: Ela não Rebeca. Você sabe que ela foi deixada no comando. As pessoas que sobraram vão precisar de alguém de confiança para poderem obedecer.
    Rebeca: Hummm... Andou estudando é? Quando isso tudo acabar vou colocar uma estrelinha na sua testa.
    Rebeca: Bem... Então acho que vai ser esta aqui mesmo. Gabriel... Leva ela para o mesmo quarto que o nosso amigo está morto e deixe ela lá. A propósito, não precisa ser gentil tá?
    Gabriel vai em direção ao grupo e segura no cabelo de Juju e simplesmente arrasta ela pela sala. Tudo isso quanto o grupo amarrado e sem poder fazer nada protesta contra o ato. Renan é o único que está parado e ainda olhando para o chão... Todos sabem o que está prestes a acontecer. Gabriel volta e diz que já colocou ela no lugar. Rebeca vai até Renan e com todo cuidado e com um sorriso brando o levanta com cuidado e o leva em direção ao quarto onde Juju está. Rebeca coloca ele dentro do quarto. Pega a chave presa do lado de fora e entrega para ele. Da um beijo e sai de perto... A porta se fecha em um silencio absoluto.
    Renan entra no quarto... Quase se arrastando. Senta quase se jogando entre Juju e o corpo do salvador que está caído. Existem até alguns ratos que estão sobre o corpo. Ele diz: “não foi isso que eu planejei”
    Juju: Planejou? O que você está falando?
    Renan: Eu os trouxe até aqui. Eles estav...
    Juju o interrompe dizendo: “Como você pode nos trair assim? Você já trouxe tantas pessoas aqui para Alexandria e agora nos condena na mão destes animais?
    Renan: Teve um dia que eu voltei sozinho... Lembra? Os salvadores já estavam de olho em Alexandria. A única maneira de eu sair vivo naquele dia foi dizer que ia ajudar eles. Eu já meio que sabia quando isso ia acontecer então preparei o lugar. Enfraqueci um lado do muro, toda noite eu contava com a ajuda da Reeh para colocar comida para atrair walkers para perto daquele muro. Eu atrapalhava a rotina para não conseguirem limpar aquela área e o walkers se acumularem. Coloquei o carro mais rápido próximo a saída como distração... Mas esta parte não deu certo e a Reeh acabou morrendo.
    Juju: Eu já fiz vários estudos psicológicos e já estive em guerras para conversar com muitos criminosos neste período. E nunca havia estado de frente com um psicopata até agora. Estou curiosa... Você sabe quando você começou a ser assim?
    Renan está diferente. Ele simplesmente não consegue encarar Juju nos olhos. O tempo todo falando de cabeça baixa.
    Renan: Eu ganhava um trocado extorquindo pessoas e em jogos ilegais. Até que um dia conheci um cara rico e passei a cobrar dividas para ele. Ele me deixava totalmente livre para fazer o que eu quisesse desde que trouxesse o dinheiro. Eu podia ficar com cinco por cento, mas eram dividas enormes. Já cheguei a pegar mais de dez mil de uma só divida. Eu passei a estranhar quando ele me pedia para trazer as pessoas que ele queria cobrar pessoalmente. Na época eu não entendia ainda... Ele participava de umas reuniões com um grupo muito estranho. Somente gente rica e com influencias. Fiz algumas amizades lá também... Neste lugar eles comiam alguns pratos estranhos. Eles eram uma verdadeira sociedade secreta.
    Um dia fui questionar ele sobre o que eles faziam lá, meio que eu já sabia. Ele me chamou a sua casa para poder conversar sobre isso. Nós jantamos e eu comecei a ficar meio tonto. Ele havia me drogado. Pedi licença e fui ao banheiro e quando cheguei lá acabei forçando e vomitei a droga. Quando voltei fingi que estava quase caindo... E sentei na cadeia. Ele chegou perto de mim com uma faca e perguntou se eu estava pronto para ser purificado. Quando ele chegou perto de mim eu empurrei a faca de volta e acertou no pescoço dele abrindo um corto enorme, mas ele não se irritou nem mudou sua postura. Apenas pegou um lenço em seu bolço e se sentou em sua cadeira aguardando a morte chegar. Eu apaguei algum tempo depois e quando acordei estava ao caído no chão cercado pelos amigos dele. Aqueles ricos... Eles conversavam sobre me matar um me dar uma chance. Foi então que eles decidiram me deixar vivo e dar um jeito de passar tudo que era dele para o meu nome se eu purificasse o corpo dele. Fui assim que tudo começou... Eles me ensinaram tudo que sei sobre culinária, psicologia e comportamento humano.
    Juju: ... Deixa eu entender uma coisa. Você se arrependeu do que fez? Você fugiu daquelas pessoas. Por que você fez isso?
    Renan: Eu mostrei para aquelas pessoas como sobreviverem. Dei as ferramentas para elas serem pessoas melhores. E o que eles fizeram? Eles passaram a matar crianças inocentes. O Gareth era fraco e burro... Ele estava atraindo cada vez mais e mais pessoas e estavam criando um verdadeiro matadouro. Eu falei que não aceitaria isso pois isso poderia dar errado. Disse que deixar muitas pessoas juntas sem esperança faria com que elas se unissem para sobreviver e poderiam causar problemas. Ele não me ouviu e então eu os deixei... Deixei tudo para traz.
    Juju: Não sei se acredito em você... Parece que foi tudo tão fácil. Simplesmente deixou tudo para trás assim?
    Renan está cada vez pior... agora é possível ver algumas olheiras escuras em seu rosto e ficam ainda mais evidente contrastando com a palidez. Renan finalmente ergue seu olhar depois de um longo tempo... finalmente sorri, ainda que leve e enfraquecido.
    Renan: Fácil? Você acha que foi fácil? Nunca é fácil... Acho que não tem mais jeito mesmo...
    Juju: O que você esta falando???
    Renan: E você vai me ajudar, mas acho que você não vai gostar...
    Juju: Gostar do que? O que você esta pensando?
    Renan vai se levantando a medida que ele se coloca de frente para Juju seu olhar vai mudando. Juju a cada passo fica mais e mais com medo... Apesar do sorriso em seu rosto, uma lágrima corre o canto do olho de Renan que já não consegue mais se conter e chora copiosamente. Antes que juju esboçasse uma reação ele tampa a boca dela com firmeza utilizando ao mãos.
    Renan: Você me perdoa?
    Juju em desespero apenas consegue balançar a cabeça em gesto de afirmação.
    Renan: Obrigado... Muito obrigado. – Diz Renan com um extremo sentimento de alivio.
    –Mas eu ainda preciso fazer isso... Pelo menos uma única e última vez.
    juju balança seu rosto negando... Lágrimas correm o seu rosto. Sua respiração acelera.
    Renan: Não se preocupe, vai ficar tudo bem... Só quero que você faça mais uma coisa por mim. Grite bastante...
    Quando menos os sobreviventes esperam... Um grito agudo vaza pela porta do quarto e chega até a sala. Os sobreviventes congelam enquanto Rebeca apenas sorri muito emocionada. Um grito, dois gritos... Um grito um pouco mais baixo e finalmente o silencio. Os sobreviventes não podem acreditar no que acaba de acontecer. Cada momento parece acontecer agora em câmera lenta. A maçaneta gira e a porta se abre lentamente e seu ranger se destaca no ambiente... A cena que podem ver é desoladora. Renan de pé se apoiando no portal... Ele está com sangue nas mãos, no peito e muito sangue próximo a boca como quem acabou de fazer uma grande refeição. Ele tem lágrimas nos olhos como se ainda estivesse chorando... Rebeca se emociona com a cena e coloca as mãos na boca tentando se conter, mas as lágrimas são mais fortes. Renan finalmente diz alguma coisa:
    -Eu voltei meu amor... Vai ficar tudo bem agora. Tudo vai ficar bem...
    Rebeca ainda não consegue se conter e apenas abre os braços chamando por Renan que prontamente vai em direção dela... A cena é inimaginável por parte das pessoas que assistem aquilo. Eles finalmente se abraçam e ficam ali por alguns segundos apenas chorando... e conversam ainda abraçados.
    Rebeca: Finalmente te encontrei meu amor, mas nós temos que acabar logo com isso... Os amigos delas já vão chegar.
    Renan: É verdade... Temos que acabar com isso.
    Rebeca: Isso... Temos sim. Como vamos fazer isso?
    Renan afasta um pouco, segura no rosto de Rebeca dos as com as mãos, olha nos olhos de Rebeca e diz:
    -Você confia em mim?
    Rebeca como se estivesse quase hipnotizada diz rapidamente: “Confio”.
    Eles se beijam. Depois de algum tempo ele abraça ela... Ele olha para os sobreviventes e faz um gesto estranho. Como se estivesse dando um tchauzinho com a mãos e pisca um olho. Em um ato extremamente feroz e rápido Renan morde o pescoço de Rebeca com toda sua força. Rebeca da um grito desesperado e nesta mesma hora são escutados barulhos altos... São dois sons de tiro. Renan é projetado para tras e acaba caindo sobre a mesa da sala que vira com ele. Ao cair ele esbarra em uma estante de livros que caem sobre ele... Ele fica ali, imóvel em baixo da mesa e de vários livros.
    Rebeca simplesmente não tem reação... Não esta assustada, não está nervosa... Apenas balbucia algumas palavras desconexas: “Não... Isso não pode... Como foi...”.
    Sai sangue do pescoço de Rebeca como se fosse uma fonte, mas ela parece não ligar... Ela apenas não consegue tirar os olhos de Renan caído e inerte e da arma em suas mãos. Ela ainda balbuciando diz: “Isso... Tem mesmo que... Acabar... Eu matei... Eu matei ele... Não era assim...”
    Gabriel desesperado tenta gritar com Rebeca.
    -Não pira garota... Seja forte. Temos que sair daqui agora!!!
    Rebeca vira para ele e sem esboçar nenhuma expressão mira a arma na cabeça de Gabriel e dispara... Gabriel cai morto na hora com um tiro certeiro na testa. Rebeca não perde tempo e continuando a dizer “isso tem que acabar” mira em Jenny e faz mais um disparo. Jenny até tenta escapar mais acaba sendo acertada e cai logo atrás de Gisis. Rebeca continua e mira em Gisis e efetua mais um disparo... Só que agora a arma falha. Rebeca abre o tambor do revolver e vê que uma munição falhou. Ela rapidamente reposiciona aquela munição. Só que ao fechar a arma ela é surpreendida por Gisis que consegue quase que se levantar e se jogar em cima dela. As duas caem no chão e a arma cai da mão de Rebeca. Gisis tenta dar seu melhor lutando, porém ela tem suas mãos e pés amarrados. Rebeca consegue virar a situação em passa a ficar por cima de Gisis que leva alguns socos. Com Gisis um pouco tonta Rebeca tira uma faca de sua bota, levanta acima de sua cabeça e quando ia descer é interrompida por Jenny que havia se soltado das cordas e mesmo ferida no ombro conseguiu derrubar Rebeca no chão novamente. As duas entram em uma luta intensa onde Jenny segura a faca na mão de Rebeca. Rebeca com a outra mão enfia o dedo no ferimento de Jenny fazendo ela perder as forças e quase caindo. Rebeca consegue ficar novamente por cima. Jenny percebe que Gisis conseguiu pegar a arma e abraça Rebeca para que ela não possa se mexer muito e grita para Gisis “ATIRA AGORA!!!”.
    Gisis: Não posso, vou acertar você... Não consigo.
    Jenny: Não importa... Não vou conseguir segurar por muito tempo. ATIRA LOGO!!! Rebeca consegue morder o braço de Jenny e se solta levando rapidamente a faca ao alto... Um som de disparo interrompe Rebeca que caiu para o lado. Ela foi acertada na nuca...
    Elas ficam caídas por um tempo se recuperando do que havia ocorrido... Elas tentam pensar em uma maneira se sair dali:
    Gisis: Jenny... Você esta bem?
    Jenny: Acho que sim... Essa vadia só me acertou no ombro. Vai ficar tudo bem...
    ??? – Vocês não têm muito tempo. Melhor saírem daqui...
    Gisis: Não acredito... – Diz Gisis espantada com a voz que acabara de escutar. Era a voz fraca de Renan vindo de baixo da mesa e de alguns livros.
    Gisis se levanta vai em direção a ele e fala... “Lembra quando disse que ia te matar?
    Acho que não vai mais precisar. Você vai se tornar um deles... Vejo você no inferno seu idiota!”
    Renan: Obrigado, mas vocês não têm muito tempo... Sua única chance de sair daqui é jogar estes dois na frente da casa e sair pelos fundos... Isso vai distrair os Walkers.
    Jenny: Ele tem razão, não vamos conseguir saindo assim...
    Gisis e Jenny pegam os corpos e conseguem colocar rapidamente do lado de fora. O plano funciona e os walkers se amontoam na parte da frente da casa. Quando estavam quase saindo Renan as interrompe dizendo: “não estão esquecendo de nada?”
    Gisis: Você esta delirando?
    Jenny: Não pense que vamos te ajudar ou agradecer.
     Renan: Não é isso... Vão deixar a sua amiga para trás?
    Gisis e Jenny estranham o que ele diz, mas vão até o quarto onde estava Juju e quando elas abrem a porta se surpreendem com extrema felicidade. Era Juju... Estava viva e ainda amarrada. Juju se surpreende e com euforia diz... Ele é louco... Ele é louco... Ele comeu um rato... Ele colocou o rato na boca e mastigou. Genny e Gisis se entre olham e fazem silencio. Elas desamarram Juju e ajudam a levantar e saem do quarto em direção a saída da casa e passam por Renan que agora está imóvel. Juju é a única que não consegue conter seu espanto... Elas rapidamente lembram que tem que sair dali pois a distração não irá durar muito tempo.
    Elas saem e ao se afastarem da casa conseguem ver um carro com diversos furos de tiro e dentro o corpo de Reeh. Conseguem ver vindo em sua direção uma van. Ela vem derrubando alguns walkers. Elas ficam apreensivas, mas não existe lugar para se esconder. A van para próxima a ela e abaixa o vidro. Era Villy que estava no volante:
    Villy: Caramba, vocês estão péssimas! Alguém foi mordido? Gisis estufando o peito diz:
    -Estamos ótimas... Ninguém foi mordido aqui.
    Juju: ... Não podemos ir, ainda tem um viv...
    Jenny: Não faz isso Juju... – Gisis apenas olha...
    Juju: ...Ainda tem um dos nossos vivo dentro da casa, ele estava bastante ferido.
    Villy: Tudo bem, vou lá buscar ele... – Ele olha para trás da van e fala: “Alguém ai pode me dar uma ajuda?”
    A porta da van se abre revelando seus outros passageiros: Padre Gabriel, Sasha, Judith, e Spancer. Spacer prontamente se propõe a ajudar. Os dois entram na casa e depois de alguns minutos eles voltam sem ninguém. Ela dão a noticia de que ele havia morrido. O grupo se consola pois eles pelo menos tentaram ajuda, mas era tarde demais.
    Eles entram no carro e saem pela porta da frente depois do pesadelo que passaram... Agora sim, finalmente estava acabado.
    Villy: Então pessoal... o que vamos fazer? Gisis: Não podemos voltar para lá agora...
    Jenny: Isso temos que esperar os walkers ficarem mais fracos e dispersos.
    Spencer: Vamos nos juntar ao nosso pessoal e limpar a cidade outra vez. Já fizemos isso uma vez, vamos fazer outra vez.
    Eles escutam um choro manhoso de bebe, era Judith que havia acabado de acordar. Padre Gabriel: Bem, vocês sabem o que esse som significa, não é? Esse é o som da esperança...
    Gissis e Jenny ainda estavam encucadas com uma coisa... e Perguntam a Vinny e spancer.
    Gisis: Vocês têm certeza mesmo que ele estava morto? Villy:
    Claro, eu mesmo vi... Não precisava nem verificar.
    Jenny: Como assim? Não precisava verificar?
    Spancer: Ele estava com um tiro na cabeça e tinha mais uma mulher lá... Também com tido na cabeça.
    Gisis: ... Mas e o outro? Haviam três pessoas lá.
    Villy: Pera ai... Não tinha não. Tinha um homem e uma mulher.
    Jenny: Você olhou atrás da mesa?
    Spancer: Olhamos a casa toda... Não tinha mais ninguém lá.
    Padre Gabriel: Vai ver ele se transformou e saiu de lá.
     Spancer: Como ele morreu?
    Jenny: Foram dois tiros, bem na nossa frente...
    Villy: Dois tiros? Impossível... Não tinha nem uma gota de sangue atrás da mesa ou nos livros.
    Quando de repente o rádio do carro da para escutar uma vez, mas muito longe... Quase não dá para entender. “...Ola men..as... Estã... escu...ando...?”
    Villy: Spancer, muda a frequência aqui... Talvez melhore. Pode ser o Rick.”
    Spancer passa a mudar a frequência do rádio para tentar encontrar a melhor sintonia e acaba encontrando a ideal com uma mensagem clara.
    Spancer: Estamos na escuta pode falar... Rick é você?
    ???: Ainda bem que não... Se fosse estaria em apuros agora. Só estou querendo agradecer as meninas ai do carro com vocês. Elas me ajudaram a resolver um problemão.
    Spancer – Como assim, do que você está falando?
    ???: Das minhas amigas ai do carro...
    Gisis pega o rádio da mão de Spencer e fala de maneira irritada.
    - Nós não somos amigos, agora aproveita a oportunidade que te damos e some. Nunca mais volte aqui. Escutou?
    Renan: Calma ajudante de xerife... Só queria agradecer vocês por me ajudarem com meu probleminha.
    Gisis: Nós não te ajudamos com nada...
    Renan: Não me ajudaram!?! Vocês até sumiram com o corpo. A propósito, melhor vocês ai do carro tomarem cuidado e não irritarem elas. Elas sabem muito bem sumir com um corpo.