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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 29


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 10 - Dia 29


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 29

 

Estou sonhando. Me deparo no meio da estrada com a arma apontada para Marcos. Eu atiro e sua cabeça explode como uma granada. Ele grita e se rasteja até mim, e para. Fica parado morto no chão.

 Acordo com um pulo quase caindo da cama e já sacando a arma.

- Merda – Digo – Outro pesadelo.

Cheguei nessa casa que estou faz uns dois dias. É essas casinhas de alguma parte afastada de alguma cidade do interior de São Paulo, não prestei muita atenção nas placas mas sei que estou há pelo menos uns 50 quilômetros da cidade. Quando cheguei aqui não tinha ninguém, a casa tava vazia. Parece que as pessoas que moravam aqui saíram as pressas e não levaram quase nada. Achei umas roupas no armário que couberam em mim. Uma camiseta preta e uma jeans. Serviu bem, mas preferi continuar com meus sapatos pretos de sempre.

 Levanto da cama suado e bebo um pouco de água. Ando tendo muitos pesadelos desde de que matei Marcos. Cara... Eu matei alguém. É bem difícil se acostumar com isso. Mas acho melhor não pensar no assunto. Saio do quarto com a arma na mão, por segurança. Vou até o armário da cozinha onde sei que tem 3 pêssegos enlatados. Pra ser sincero o gosto não é ruim. Como uma lata inteira sentado na mesa. Quem será que morava aqui? Será que os antigos donos estão vivos ainda?

 Pretendo já ir embora daqui a pouco, não da pra ficar muito tempo aqui assim. Mas nesses últimos dois dias serviu bem. Tomei até um banho usando a água da caixa d’água. O banho foi gelado mas me senti muito bem, eles tinham umas pedras de sabão na lavanderia então dei sorte.

 Tem três marcas de bala na parede do quarto. Será que deu merda aqui e eles saíram fugindo? Mas não importa, só fico pensando no que deve ter acontecido aqui. Não parece ser um lugar em que as pessoas tem condições de ter uma televisão. Eles devem ter descoberto essa merda toda de ultima hora.

Encontro uma caixa de ferramentas embaixo da cama. Elas podem ser bem úteis para matar as coisas. Pego varias chaves de fenda e um martelo, e deixo no carro. Encontro em baixo da cama um pé de cabra, que coloco no carro também. Pego tudo de comida que posso e ponho no carro. Atum enlatado, sardinha enlatada, molho de tomate enlatado... Meu deus... Essa família não sabia cozinhar não? Só comida enlatada... Achei ontem na geladeira um vidro de azeitonas,  comi algumas esses últimos dias e guardei o vidro no carro.

 Enchi algumas garrafinhas de água e peguei algumas roupas. Tudo arrumado. Aquela barraca está guardada no porta-malas. Depois só preciso saber como armar-la. Antes de sair, pego minha faca e escrevo na porta:

Carlos Torres esteve aqui 

-É isso – digo olhando para a casinha. – Saio do lugar e vou para meu carro.

Uma daquelas coisas perambula no final da ruazinha. Sigo pela rua ignorando a coisa, que tenta inutilmente agarrar meu carro.

Dei uma olhada num mapa que achei na casa, que agora trouxe comigo, e acho melhor seguir sentido oeste. Se bem que tem um rio a alguns quilômetros sentido...nordeste, acho. Mas decido ir para oeste mesmo. Então continuo nessas estradinhas que estou. Tem várias casinhas por aqui, e algumas daquelas coisas estão perambulando por ai. Vejo um deles comendo um corpo no chão. Será que matou a pessoa agora a pouco? Sinto uma pontada de peso na consciência, se eu tivesse demorado menos pra sair, talvez eu achasse a pessoa ainda viva. Mas agora já é tarde, então... paciência.

 O sinal do rádio está bem ruim aqui, mal da pra ouvir nada, mas mesmo que desse, seria a mesma besteira de sempre. A única coisa que entendi é que até agora mais de 80% da população brasileira foi dizimada.

- Meu deus... – Digo chocado – Porque isso está acontecendo?

Nunca fui muito religioso mas será que tudo isso seria a ira de Deus? O inferno ficou cheio e agora quem morre fica aqui?  Não entendo porque tudo isso está acontecendo...seria então um real apocalipse?

Tento não pensar nisso e mantenho os olhos na estrada. Após um tempo vejo algo que me chamou a atenção.

POUSADA PINHEIRO DA SERRA

 

Encosto o carro e analiso o local por um tempo. Tem enormes portões e um muro de uns 4 metros. Não vejo nenhum daqueles... mortos... vivos... lá dentro.

 Saio do carro e vou até o portão, que por muita sorte está destrancado. Antes de decidir entrar com o carro, entro lá e fecho o portão.

 A cabine do guarda está com o vidro quebrado, e não há ninguém dentro... aparentemente. Decido me aproximar e entro nela.

Tomo um susto do caralho quando vejo o guarda no chão, morto com um buraco na cabeça e uma arma em sua mão. Parece que ele não aguentou isso tudo. É tudo tão... estranho. Ver o guarda morto assim, e ficar pensando em cimi deveria ser a vida dele antes de tudo.

 Suspiro e pego sua arma, que tem só 5 balas no pente. Mantenho ela empunhada e vou vasculhar o local. Algumas daquelas coisas caminha entre os jardins. Pego minha faca a mão esquerda e me aproximo. Um deles vestido de social se aproxima de mim, eu dou com a faca em sua cabeça e vou pra cima do próximo, que tem roupas de faxineiro, e tem metade da cara comida.

 É nojento pra caralho, mas finco a faca em sua cabeça de uma vez. Vejo mais alguns há uns metros e vou acertando um por um.

 Vejo há uns metros a frente vários chalés, e uns deles perambulando por perto. Mas não são muitos. Volto pra fora e entro com o carro, fecho o portão e dirijo pra um chalé ao leste do portão. Saio do carro e atiro na cabeça de dois, que estão do lado da porta. Confiro ela,  e está fechada.

Chalé 25

Vejo uma construção principal que me parece ser a recepção, corro até lá, desviando das coisas no caminho e entro. Está um cheiro forte de carniça e gasto as ultimas três balas nos que estão lá dentro. Deixo a arma em cima do balcão e vejo aquele painel de chaves. Procuro a de numero 25 e pego, retorno pro chalé, dessa vez matando as coisas que estão no caminho.

Pego minha mochila no carro e destranco a porta do chalé. Por dentro o lugar está impecável. Dou uma risada de alivio e de surpresa ao ver o local todo bonito e intocado. É bem grande e não há sinal de ninguém. Revisto todos os cômodos e me surpreendo ao tentar ligar o interruptor. Tem energia.

- Puta merda.... – Digo com um sorriso enorme.

Corro pro banheiro e ligo o chuveiro. Tem água quente.

- Caralho!!! Meu deus, meu deus.... – Digo logo que desligo o chuveiro – Meu deus....

Não Dá pra acreditar. Energia e água quente. Essa pousada deve ter seu próprio gerador de energia. Isso é ótimo. Arranco minhas roupas e corro pro chuveiro.

A água quente desce pelo meu corpo enquanto eu ergo minha cabeça deixando a água cair sobre meu rosto por uns três minutos. Tomo o melhor banho da minha vida. Ao sair do banheiro encontro um roupão no armário.

Parece que esse era um chalé de luxo, porque quando abro o frigobar, acho vários refrigerantes, cerveja e uma garrafa de champanhe e uma de vinho.

Até que lembro de algo: Meu celular. E é claro, meu carregador na mochila. Tento a sorte e consigo botar ele pra carregar, e assim... ele liga!

Bem, está sem sinal, óbvio, mas... Não deixo de sorrir ao me deparar com uma foto. Eu e Cristina no abrigo de refugiados no estádio de futebol. Aquela selfie... meu deus, parece que faz séculos. Será que ela está bem? Será que está viva? De qualquer jeito, é ótimo poder rever minhas fotos antigas. Nem parece que aquele cara sorridente nas fotos sou eu.

Começo a dar risada sozinho enquanto abro a garrafa de cerveja, dando um enorme gole.

 Ligo a TV, que infelizmente está sem sinal, mas ao lado da estante há uma prateleira cheia de DVDs.

- Cara... isso é ótimo...- Digo – Como que desistiram desse lugar tão fácil...?

Ao me perguntar isso eu congelo por um momento. E se não abandonaram? E se há pessoas em outros chalés, que quando me virem me matarão?

Não. Não pode ser. Eu disparei tiros e ninguém fez apareceu. Sem problema.

Volto pro banheiro e uso a privada, o que eu não fazia desde que sai da casa da mãe da Denise, Maria. Nisso, imagens das duas morrendo vem em minha mente. Merda. Tento não pensar nisso e dou outros goles na minha cerveja.

Saio do banheiro e coloco roupas limpas que trouxe na mochila. Encaro a janela e vejo algumas daquelas coisas ao longe, perto dos outros chalés. Não estão me incomodando no momento, então não me preocupo.

 Acho uns pacotes de bolacha em cima da mesa, junto com uma tabela de preços do consumo dos alimentos disponíveis no chalé.

 Nem perco meu tempo olhando, abro o pacote e como tudo em cinco minutos, ainda bebendo cerveja. Vou até a estante e pego um filme e coloco pra assistir.

De volta para o futuro 3

Cara, eu amo esse filme, tipo MUITO. Deito na cama de casal que é enorme e dou play no filme. Praticamente esqueço de tudo que está rolando e me sinto uma pessoa normal por 118 minutos.

 O filme acaba e logo me toco de que não é um fim de semana de feriado e eu estou assistindo filme em casa. Uma pontada de angustia bate e dou um grande suspiro. Mas abro um sorriso, agradecendo pela sorte que tive, mesmo sem saber quanto tempo ela vai durar.



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