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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Season Finale


Escrita por: Um_Negan

Notas do Autor


Bem, este é o último capítulo dessa temporada. Mas já vou ta começando a segunda em pouco tempo. Vo ta postando mais um capítulo com o link da próxima e umas informações e tals. Bem, espero que gostem.

Capítulo 11 - Season Finale


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Season Finale

Acordo cedo e levanto da cama devagar. Olho no relógio e são 11:30. Lavo meu rosto no banheiro e escovo os dentes. Que saudades de fazer isso...

 Como minha última lata de atum junto com uma lata de refrigerante que peguei do frigobar.

Me deito na cama e pego meu celular. Mal acredito que consegui carrega-lo. Abro a galeria e vejo um vídeo que fiz dias atrás. De uma daquelas coisas atacando um paramédico. Nossa, reparo na quantidade de pessoas em volta. Quantas daquelas estariam vivas ainda?

Logo me deparo com uma foto com meu irmão.

Merda, como sinto a falta dele... Uma lágrima escorre do meu olho direito. Merda, merda. Ele morreu na minha frente. Mas... não tinha jeito, né. Fiquei com tanta raiva do policial, mas imagina se ele tivesse se transformado em uma daquelas merdas e me mordido? Fico imaginando como seria se ele tivesse aqui comigo ainda. Talvez as coisas estariam bem diferentes. Passei por tanta coisa esses dias, meu deus, me sinto outra pessoa. Merda

 Estou precisando pegar mais comida. Nessa pousada deve ter um restaurante, espero que ainda tenha algo que ainda dê para comer. Me troco e levo comigo minha .38 e uma faca. Saio do chalé e já mato duas daquelas coisas e olho ao redor. O dia está bem bonito e não há nenhuma nuvem. Vejo ao norte uma enorme construção comprida, que aparentemente deve ser onde se faz as refeições. Caminho até lá sem cruzar com nenhum deles. A porta está fechada e trancada, mas a chave por mais estanho que pareça, está na fechadura.

 Destranco a porta, bem distraído, mas só percebo a merda que fiz quando dou o primeiro passo para dentro do lugar. O cheiro podre invade minhas narinas e dezenas deles olham para mim. O cheiro acaba fazendo eu botar todo meu “café da manhã” pra fora. Os que estavam largados no chão se levantam e os de pé emitem grunhidos e se aproximam, se arrastando.

-Merda! – Digo recuando para fora, em desespero. – Ah, merda.... Não...

Eles quase me alcançam quando tento fechar a porta, mas eles se aglomeram contra mim e não consigo fechar. Empurro com toda a força mas eles são muitos, empurrando a porta contra mim.

- Porra.. Não, não, não – Digo tentando forçar a porta para fechar e conseguir trancar – Merda. Não vai dar.

Respiro fundo e conto até três. E no três, solto a porta e saio correndo o mais rápido que posso. Eles saem do restaurante cambaleando em minha direção, esfomeados. A maioria tem uma aparência bem pálida e não parece estar morto a mais de duas semanas. Muitos tem partes do corpo comidas e outros buracos de bala também.

 Meu coração bate em disparada enquanto corro pelos jardins do que já foi uma pousada de luxo. Atiro contra eles enquanto corro, mas erro mais do que acerto. Tenho só mais duas balas. Corro até meu chalé e entro desesperadamente, trancando a porta.

-Meu deus...- Digo ofegante, com suor escorrendo da testa. – Após alguns segundos escuto eles se aproximando da porta tentando entrar. – Porra meu... o que eu faço? Droga. Pensa, pensa, pensa.

Olho para eles pela janela e vejo que praticamente cercaram a porta principal. Não tenho nenhum plano. Ninguém vai me ouvir se eu gritar.

- Pensa – Digo para mim mesmo – Vamos, pensa, pensa.

Uma idéia vem em minha cabeça, mas vendo as circunstancias, isso meio que me obriga a ter de abandonar essa pousada.

Pego minha mochila e minhas armas e deixo comigo. A .38 na cintura, e a 9mm na mão, a faca já na bainha. Tudo preparado. Destranco a porta dos fundos e vou para a porta principal.

- Então é isso – Digo – Um... dois... três e....- Destranco a porta principal e giro a maçaneta, na mesma hora sinto a porta abrir, e corro pros fundos, saio do chalé e fecho a porta.

Rapidamente contorno o chalé e espero a maioria deles entrar, então corro para meu carro, tendo que atirar em três deles no caminho. Tranco as portas e eles se aproximam do carro. Dou a partida mas o motor engasga. Percebo na mesma hora que esqueci meu celular, mas agora já era. Não importa, não teria mais tanta utilidade.

- Não, agora não, não fode. – Digo tentando ligar o carro. O desespero toma conta de mim na mesma hora. Começo a suar frio.

Alguns deles se aproxima batendo no vidro do carro tentando me pegar. Um que já foi um homem barbudo com uma camiseta do Batman tenta a todo custo morder o vidro, deixando uma mancha de sangue na janela do passageiro.

Após mais alguns segundos de tentativa, o carro finalmente liga, e dou a partida, atropelando três deles.

- Merda. O portão. – Penso quando vejo o grande portão fechado. Ando até próximo do portão e saio do carro, devo ter uns quarenta segundos até aquelas coisas me alcançarem.

A cabine do porteiro. Deve ter algum botão que abra o portão sem ser manualmente. Saio do carro e corro para dentro e me deparo com o cadáver do porteiro no chão. Aperto alguns botões que vejo em um painel, até que o portão emite um barulho e finalmente abre.

 As coisas estão quase me alcançando, corro de volta pro carro e fecho a porta. Piso no acelerador bem a tempo deles chegarem, e assim, passo pelo portão, que não se fecha mais. As coisas saem cambaleando atrás de mim, que viro a direita e sigo pela pista. Suspiro bem forte ao finalmente sair. Era um lugar tão bom. Eu tinha muitas esperanças sobre lá. Se eu fosse menos cagão e tivesse tentando matar eles... Que merda hein.

Sigo a estrada bem pensativo, paro em um posto de gasolina e vejo uma ambulância batida na parede no posto, ao lado de um carro queimado virado de cabeça pra baixo. Pelo cheiro de queimado no local, o acidente não aconteceu a mais de dois dias. Saio do carro e me aproximo da ambulância. Umas daquelas coisas que já foi um paramédico está preso no sinto e solta grunhidos quando me vê. Ele tem um cavanhaque e parecia ter uns quarenta anos quando morreu. Fico pensando em como seria sua vida antes de tudo isso. Enfio a faca em sua cabeça quando ouço um barulho vindo de dentro da ambulância. Quando vou conferir a traseira um paramédico com uma mordida no pescoço cambaleia até mim. Saco minha arma e atiro em sua cabeça. O barulho dentro da ambulância aumenta. Eu abro as portas traseiras e outra daquela coisa surge com metade do corpo comido.

Dou um pulo pra trás e sem querer tropeço no corpo do paramédico. O homem se lança em cima de mim, grunhindo, sedento por carne.

- Não, sai de cima de mim!! – Exclamo segurando seu pescoço, impedindo que ele me morda.

Eu o seguro com a minha mão, e com a outra ponho a 9mm em sua boca e atiro. Um pouco de sangue cai sob minhas roupas e eu o jogo pro lado, ofegante.

- Nossa... – suspiro – Essa... essa foi por pouco... – digo para mim mesmo – Meu deus.

Ouço um barulho atrás de viro. Um homem meio gordinho de bigode ao lado de um outro bem magricelo estão atrás de mim, me encarando, armados.

- Está bem, senhor? – Diz o homem de bigode, erguendo a sobrancelha. 

Ergo minha arma assustado, os homens levantam os braços intimidados.

- Calma, não vamos fazer nada. – Diz o homem mais magro.

- Nossa... – Digo abaixando minha arma – Que susto, mano... Meu deus...

- Desculpa – diz o magro – É que vimos você no chão com esse mordedor ai e ficamos assustados.

-Ah, não, ta tudo bem – Digo – Meu nome é Carlos – Estendo a mão para cumprimenta-los.

- Henrico – Diz o homem de bigode apertando minha mão.

- Denilson – Diz o mais magro.

- O que aconteceu aqui? De onde vocês surgiram? – Pergunto olhando pros dois veículos acidentados.

-Já estava assim quando chegamos ontem. Passamos a noite aqui na loja de conveniência – Diz Henrico – Fomos abrir a ambulância hoje mais cedo e esse paramédico quase nos pegou.

-Sim – Diz Denilson – A loja tem bastante coisa ainda. Eu, meu pai e minha irmã demos sorte.

-Irmã? – Pergunto olhando ao redor.

- Ele saiu pra saquear roupas em algum lugar – Responde Henrico apontando pra estrada.

- Ah... Eu estava em um lugar muito bom até pouco tempo. Uma pousada. Com energia, água quente e tudo. – Digo meio aborrecido – Mas deu merda, sabe.

- Porra. Água quente? Meu deus, que puta sorte. – Diz Denilson bem surpreso, levando as mãos na cabeça.

- Então. Carlos. Se quiser ficar por aqui com a gente, não vemos problema. – Diz Henrico enquanto encara os mortos no chão.

- Sério? Bem, por mim tudo bem. Vou ajudar com o que precisar. – digo enquanto coloco a 9mm no coldre.

Caminhamos até dentro da loja de conveniência com os dois, Henrico tranca a porta e cobre as janelas com uma lona, uns feixes de luz entram pela loja, deixando tudo meio iluminado, vejo todas as estantes afastadas e uns sacos de dormir no chão.

- Tenho mais um sobrando, depois pego pra você – Diz Denilson indicando os sacos a cabeça.

- Ok. Valeu – Respondo concordando com a cabeça. Enquanto coloco minha mochila em cima do galpão.

- Tem uns bolos aqui. Desses que vem em embalagem. Vem cá, pode pegar um. – Diz Henrico indicando com a cabeça para eu ir até ele.

 Vou até a estante e vejo vários pacotes de bolos. Chocolate, morango, aveia, brigadeiro. Tinha muitos. Pego um de chocolate e abro, começando a comer.

- Quer uma cerveja? – Pergunta Denilson – Só não ta gelada – Diz ele dando uma risada abafada.

- Claro, quero sim – Respondo.

 Ele vai até a enorme geladeira e pega uma lata pra mim. Abro e começo a tomar. Pra ser sincero, ainda esta muito bom. Não está exatamente gelado, mas ta bem fresquinha.

Ouço um barulho de carro, e Henrico vai até a lona e espia pela fresta entre os panos.

-É ela – Diz ele olhando para Denilson. Ele vai até a porta e destranca.

- Um cara parou aqui por coincidência. Ele ta com a gente agora, vem conhecer ele. – Diz Denilson lá fora.

- Sério? Ah, que bom. – Diz em um tom sincero, uma voz muito familiar.

Não. Não pode ser... Não... Não podia ser... ela.

E então, ela aparece na porta. Loira, cabelos até quase a cintura, regata branca com uma jeans surrada, usando um coldre com uma Colt 1911. Cristina. A garota do centro de refugiados do estádio.

Ela para e me encara com a boca entre aberta, sem dizer nada.

- Carlos... – diz ela após alguns segundos. – Você...

- Cris...tina – Digo bem devagar olhando pra ela.

- Vocês se conhecem? – Pergunta Henrico.

- É, sim – Diz ela após mais alguns segundos. – Ele tava comigo no centro de refugiados no estádio.

- Com você? – Pergunta ele um pouco desconfiado.

 Encaro ela por um momentos, e só  pelo olhar decidimos não contar que dormimos juntos e tivemos um caso.

- Ela tava na barraca do lado da minha .- Minto – Mas ela foi embora um dia sem falar nada.

Cristina assente com a cabeça, meio arrependida. E olha alguns segundos pro teto sem falar nada por alguns segundos.

- Ouvi no rádio que o exercito já estava na cidade. Eu estava meio brigada com meu pai e meu irmão, mas senti um remorso na hora. – Disse ela sem olhar pra mim – Sai de manhã porque pensei que você iria querer ir junto. – Ela faz um pausa e olha pra mim – Olha, Carlos, eu.. eu sinto muito.

Concordo com a cabeça, sem dizer nada. Admito que no momento fiquei com muita raiva, mas acho que já passou. Eu entendo seu lado, acho que na mesma situação talvez eu fizesse a mesma coisa.

- Tudo bem – Digo – Eu entendo.

- Obrigada – Diz ela. – Mas então, como chegou até aqui?

- Fiquei um tempo em um acampamento, mas não deu muito certo. Sai e passei uns dias em um chalé dentro de uma pousada não muito longe daqui – Respondo com um olhar meio vago.

- Uau – Diz ela – Uma pousada? Tipo, pousada mesmo?

- Com água quente e tudo. Até um frigobar com bebidas. – Respondo. – Estava tudo ótimo.

- Nossa – Diz ela bem surpresa – Bem, eu logo quando sai fui pra casa do meu pai, Denilson tava lá também.

- É – Diz Denilson – Ficamos um tempo lá mas partimos pra estrada depois.

- É bem difícil se acostumar com toda essa merda – Diz Henrico.

- É. Pelo que percebi ultimamente, isso afeta muito o psicológico das pessoas. – Digo ao mesmo tempo que imagens de eu puxando o gatilho e atirando em Marcos.

- Muito – Diz Denilson se sentando no balcão.- Tira as pessoas de si. Meu deus, as coisas que vimos...

Ficamos meio em silencio alguns segundos. Decidimos mudar de assunto e começamos a falar sobre busca de suprimentos, pego meu mapa e Denilson olha comigo. Parece que tem uma cidadezinha não muito longe daqui. Deve haver algum mercado lá, com bastante coisa pra pegar.

-Olha, fica pertinho – Henrico analisa o mapa – É rápido. Não tem mais transito, né? – Ele ri abafadamente.

- Da pra pegar comida pra vários dias. É uma boa – Falo

- É, da pra um tempinho, né. Mas então Carlos, cê topa ir comigo? – Pergunta Denilson se levantando e me oferecendo uma 12 gauge shotgun.

Penso no assunto por uma fração de segundo e aceito a arma, concordando com a cabeça.

- Bora, mano. Vou sim.

- Eu vou junto – Diz Cristina.

- Não, fica por aqui, melhor dois ficarem de vigia do que só o papai – Diz Denilson.

- Não, eu quero ir. Pai...

- Ele tem razão – Diz Henrico franzindo o cenho. – Melhor você ficar, filha. Deixa eles irem e pronto.

- Porra, viu . Ta bom, né. Mas da próxima vez eu que vou, ta? E o Deni fica com o papai. – Diz Cristina olhando pra mim e dando uma piscadela disfarçada.

Sorrio pra ela, e logo sigo Denilson pra fora.

 Saímos então da loja e entramos na pick-up do Henrico. Denilson vai dirigindo e eu vou no banco de passageiro. Abro o porta luvas e encontro um porta-disco. Acho um disco cheio de desenhos feitos a caneta azul, e em preto, se lê escrito:

“Favoritos – Rock”


Abro um sorriso e olho para Denilson.

- Você gosta? – Pergunto.

- Gosto. Mas não sãos meus. Achamos essa pick-up na estrada. – Responde ele dando partida.

Coloco o CD na entrada de CDs e aperto play. Aumento bastante o volume bem a tempo de ”Live and Let Die” Guns, começar a tocar. O som alto ecoa pelas caixas de som enquanto seguimos pela estrada.

Após alguns minutos, enquanto estamos começando a chegar nessa tal cidade, avisto no meio da estrada, um homem. Ignoro, porque certamente deve ser um deles. Denilson segue rapidamente contra o provável morto-vivo, agora ao som de Smell Like Teen Spirit.
 
Denilson parece meio pensativo e tem um olhar meio vago, começa a murmurar palavras que não entendo, estamos se aproximando de uma curva fechada, mas ele continua bem rápido. Repentinamente ele se toca de onde está, e em desespero, joga o carro pro lado.
 
 -Não! – Grito quando o carro se joga em cima de um barranco. –Puta que p...

 - Caralho! – Grita ele brecando.
 
Mas o carro não para a tempo e escorrega pelo barranco. Antes de cairmos, reparo por uma fração de segundo, que na descida desse barranco, tem uma pequena quadra de futebol, com cercas altas e vários daqueles mortos-vivos dentro.

- Puta....... que........ pariu.... – Digo enquanto o carro cai pelo barranco de lado, dando uma pequena pirueta e batendo com tudo no chão. O carro continua rolando os trinta metros de barranco, me seguro forte quando cinto os airbags abrindo. Ouço Denilson gritar palavrões enquanto caímos. Tudo isso aconteceu em cerca de cinco segundos, mas pareceu séculos.
 
O carro, enfim, chega ao fim do barranco, bate com tudo na cerca, a derrubando, e cai de ponta cabeça na quadra.
 
Soltamos o sinto e caímos com tudo no teto do carro, que agora está virado.
 
- Porra...– Digo levando a mão a cabeça, que dói muito. – Ai, merda. Ta tudo bem ai?

- Ai, acho que sim – Denilson responde - ... ou não, ai. – E leva a mão nas costas.
 
Ouvimos várias daquelas coisas se aproximando de nosso carro, rosnando e nos cercando.
 
- Puta merda! – Diz Denilson.
 -Ai, meu deus. T- Tamo... Tamo fodido, cara.

Ele me encara por um momento, e nós dois começamos a respirar euforicamente. Suor escorre de minha cabeça enquanto ouço as coisas nos cercarem e tatearem o carro, esfomeados. 



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