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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 8


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 3 - Dia 8


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 8

  

Acordo com a luz do sol entrando pela barraca. Estou tão confortável. Ouço vozes bem altas, mas isso não me incomoda. Viro para o lado e vejo Cristina sentada, mexendo no celular, com uma cara abatida. Deve ser pelo namorado. Ergo meu corpo e levanto, me espreguiçando.

-Bom dia – Ela diz – Como conseguiu dormir com a barulheira?

-Bom dia... Ahn?  Que hora são? – pergunto.

-Quase nove horas – ela responde.

-Nossa, não ouvi nada, dormi bem – falo enquanto pego um garrafa de água.

-É – ela diz dando um sorriso – eu acordei faz umas duas horas

-Vou um pouco lá fora, tomar um ar – digo abrindo o zíper da barraca.

Saio para fora e vejo dezenas e dezenas de barracas, varias pessoas andando, muitas chorando. Uma verdadeira confusão.

-Meu deus...- falo enquanto olho ao redor.

-Cheio pra cassete né? – Diz um homem alto do meu lado.

Concordo com a cabeça e estendo a mão para cumprimenta- lo.

-Carlos – Digo

- Nicolas – ele responde

-Está sozinho? – Ele pergunta

-Não. Estou com uma mulher que me deu carona pra cá. E você?

-Estou com meu filho, o Junior – Diz ele apontando para um rapaz de uns 17 anos, que está sentado no chão de fone de ouvidos.- Chegamos ontem.

- Também – respondo – São muitas pessoas juntas né?

- Também acho – Diz ele coçando a bochecha. – Se der alguma merda... geral se fode.

-É... com certeza. Mas... esta funcionando bem por enquanto – Falo olhando em volta.

-Pelo menos até resolverem isso...Pode dar certo.

- Mora muito longe daqui? – Pergunto

- Alguns quilômetros, zona Leste – Ele responde dando de ombros

-Também sou de lá – Digo rindo – Dou aula em uma escola.

- Ah é? Professor de que?

- História

-Ah, bem legal. Nunca fui bem na matéria. Uma pena.

-Er... Acha que vão resolver isso? - Pergunto.

Nicolas hesita.

-Acho que sim. É. Sim. A humanidade já passou por tanta merda... Já já resolvem isso tudo. Tenho muita fé nisso.

 Continuamos conversando por mais um tempo, Nicolas é um cara bem legal. Acho que deve estar sendo duro estar passando por tudo isso com um filho.Ele me disse que sua esposa esta desaparecida faz uns 4 dias.Veio pro refúgio com a esperança de achar ela, mas não a encontrou até agora.

 Volto para dentro da barraca e Cristina está acabando de colocar a blusa, vejo suas costas sem nada e reparo que está sem sutiã, paro por um momento mas ela se vira para mim.

-Ah...Desculpa. Não vi que você estava se trocando – Falo um pouco apressadamente.

-Não tem problema não – Disse ela dando um sorrisinho. – De boa.

- Ah, ok então – Digo retribuindo o sorriso enquanto sento no chão.

Cristina da outro sorriso e pega um pequeno rádio portátil em sua bolsa e o liga, enquanto o coloca no chão.

   “- o mais rápido possível pra a maior cidade próxima da sua. Estão montando centros de refugiados em estádios de futebol. Autoridades estão fazendo patrulhas pelas estradas para recolher pessoas perdidas. Se forem mordidos, vão para o hospital o mais rápido possível, antes que a febre o ataque. O governo está fazendo o máximo possível para resolver isso. Cientistas trabalham o máximo que podem para achar uma cura par tudo isso....”

 -Meu deus, a situação está muito feia né? – Cristina diz olhando para mim.

- Muito. Essas coisas...Podem atacar a qualquer momento...Podemos estar mortos amanhã.

-Deveríamos aproveitar bem então... Antes que seja tarde... Vai saber se não morremos amanhã.

-Como assim? – Pergunto

- Ah, você sabe...Aproveitar – Cristina diz isso aumentando bastante o volume do rádio enquanto se aproxima de mim engatinhando. - E ai?

-É, acho que tem razão. – Digo abrindo um sorriso, corando, e recebendo Cristina, que vem para cima de mim.

-Você...

-Relaxa eu tenho sim - digo pegando a carteira.

 

                                                                               ***

Cristina coloca de volta sua calça enquanto não tira o sorriso do rosto, e abaixa o rádio novamente. Ela suspira calmamente e satisfeita.

 Coloco minha cueca de volta e visto meu short, ponho minha camiseta e deito no chão da barraca suspirando. Ela deita do meu lado, apoiando sua cabeça em meu ombro. Olhamos para o teto por alguns segundos, sem dizer nada.

-Está com fome? – Pergunto alisando os cabelos dela.

Ela concorda com a cabeça e se vira para mim, sorrindo, sem falar nada. Ela me da um beijo nos lábios e ergue as sobrancelhas.
Levanto e abro minha mochila, pego uma sacola e desembrulho dois lanches. Entrego um para e ela e como o meu. Depois que acabo, saio da barraca e caminho até a fila do banheiro. Cristina logo sai e faz a mesma coisa.

 Por incrível que pareça, a condição do vestiário está muito boa. E pensar que muitos jogadores de futebol famosos já ocuparam esse mesmo lugar que estamos agora. Entro em uma cabine e uso o banheiro. Muitas mensagens como “Deus esqueceu de nós” , “O inferno é aqui” estão escritas com caneta permanente na parede do banheiro. De certa forma, concordo com isso. Com toda essa merda acontecendo fica difícil ter esperança.

 Lavo meu rosto na pia, e um policial aparece na mesma hora.

-Senhores, seus dez minutos já acabaram. Vão saindo logo. Certo?

  Saio de lá de dentro e outras pessoas entram. Volto para a barraca e logo Cristina volta, senta do meu lado e continua ouvindo rádio comigo.

 -Sabe, as pessoas daqui são até que bem gentis, eu esperava mais aquele povo sem noção querendo causar. – Digo

-É, também imaginei que seria assim. Mas acho que no meio de toda essa zona, as pessoas estão tendo bom senso né? – Fala Crisitina enquando arruma seu cabelo olhando pela câmara frontal do celular. –Ei... - ela sorri - Vamos tirar uma foto? – Pergunta ela sorrindo.

-Claro – Respondo ajeitando o cabelo.

Ela estende o celular e tira uma foto nossa. Por sorte o sinal da 3G está pegando. Logo ela me manda a imagem por mensagem no celular, que infelizmente só restam 23% de bateria.
A foto ficou realmente bonita.

Sabe, tem uma frase que vi em um filme. Fala de como a foto é uma coisa legal, pois ela captura os bons momentos antes que eles acabem. É algo pra se refletir.



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