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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 14


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 5 - Dia 14


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Primeira Temporada - Dia 14

18:45

Aquelas coisas estão se multiplicando.

O pânico nas ruas está bem pior. Os noticiários pararam ontem, agora acho que só vão manter algumas transmissões de rádio. As pessoas estão desesperadas, largando tudo para ficar com as famílias. Acho que os  únicos lugares que funcionam de verdade são os hospitais. Mas está tudo um caos.

O exército está na cidade. Fazendo patrulhas e exterminando as pragas. Muitas pessoas estão começando a evacuar a cidade, acho que devo fazer isso hoje. Tenho medo de acabar sendo encurralado aqui e não ter para onde fugir.

  Pego umas duas mochilas e encho com bastante comida, roupas, papel higiênico e garrafas de água. Levo um jogo de facas também.  Consegui fazer uma espécie de apoio para colocar minha faca na cintura. Usei pedaços de cinto e até que deu certo, a arma continua na cintura da calça. Ainda não precisei usar nenhuma das oito balas.

  Dou uma última olhada em minha casa e saio pela porta. Vejo uma daquelas coisas no meio da rua. É meu vizinho, Diogo. Ele tem a barriga toda comida, deixando parte das costelas exposta. Acho que é agora. Pego minha faca e me aproximo dele,que vem andando apressadamente em minha direção. Respiro bem fundo e olho para ele.Empurro seu corpo com uma mão, enquanto que com a outra finco a faca com toda força em sua cabeça. Ele para de grunhir na mesma hora. Usando o pé, o chuto para longe, removendo a faca de sua cabeça.

 -Meu deus...- Disse com falta de ar – Não acredito que eu...Meu deus, Diogo, não. – Agacho no chão e encaro o homem que foi meu vizinho por quatro anos.

 Todos aqueles churrascos na casa dele, as bebedeiras de ano novo... Ele era um bom homem. Não podia ter deixado ele naquele estado. Limpo a faca em sua blusa e guardo ela de volta.

-Sinto muito.

 Levanto do chão e caminho para o carro. Entro ponho as mochilas no banco de trás. Ligo o carro e saio da rua. Evito ao máximo as ruas principais. Elas estão lotadas de pessoas, que gritam tentando correr e pedir ajuda. Ligo o rádio e vou ouvindo enquanto sigo viagem.

 -“... há novos indícios que já está se espalhando pela Europa. As mortes estão aumentando cada vez mais. É estimado que mais de 25 mil pessoas tenham morrido nas duas ultimas semanas. O número de mortos vai aumentando cada vez mais. Os centros de refugiados estão decaindo. Serão feitos outros ao redor das estradas. Vão para as cidades grandes, fiquem em grupos e não deixem que os infectados os mordam. A mordida causa uma febre letal, que mata em menos de 24 horas. Ataquem sempre que precisarem. Fiquem juntos e aguardem. Os cientistas estão procurando a cura, em breve eles encontrarão uma resposta...”

- Vão para as cidades grandes – Repito – Puta merda... Não... Vai ser pior...

 As pessoas estão desesperadas demais com a família e amigos que não estão preocupados e sumir logo daqui. Não podemos mais perder tempo. O exército está na cidade. Com armas pesadas disparando contra aquelas coisas. Não me surpreenderia se aparecem com um tanque de guerra.

 Vejo então, na calçada, uma mulher com uma garotinha de uns 10 anos, chorando em seus braços, no meio de toda a confusão. Hesito por um momento mas reduzo a velocidade.

-Ei!! – Grito – Vocês!! Entrem! Rápido!

A mulher agarra sua filha pelo braço, e corre até meu carro, abre as portas e se enfia dentro com a garota.

-O-Obrigada – Gaguejou ela – Muito obrigada, eu...

-Tudo bem, não precisa agradecer. Já estou feliz de estar ajudando alguém – Respondi enquanto voltava a acelerar o carro.

-Se não fosse por você...- disse ela- Obrigada, de verdade

-Sou Carlos. Estão saindo da cidade também?

-Me chamo Maria e essa é minha filha Denise. Estamos sim, mas precisamos parar em casa antes.

 Percebo que os olhos das duas estão bem inchados de tanto chorar. Percebo o desespero e a dor em seus olhos.

-Está tudo bem? – Pergunto olhando para elas pelo retrovisor.

- Não... – disse ela – Meu marido... estávamos na casa da minha mãe e... eles...- diz ela começando a chorar.

-Ah, sinto muito. Perdi meu irmão semana passada. Sei como se sente – respondo.

Ela assente com a cabeça e abraça a filha.

Estão querendo passar na casa de vocês antes? Tem certeza? – Pergunto enquanto desvio de um carro batido.

 -Sim, precisamos pegar nossas coisas lá. – responde ela.

-Onde moram? - pergunto

- Uns três quarteirões daqui. A esquerda.

Viro onde ela pediu e paro onde ela indicou. É um pequeno apartamento.

-Pode subir com a gente, vamos – disse a garota. A mãe abriu um pequeno sorriso.

-Não precisa, sério. – respondo meio sem jeito.

-Vamos, você salvou a gente.Por favor. – diz a mãe.

Ah...Tudo bem então – Respondo concordando com a cabeça. – Saio do carro e sigo elas para dentro. Subimos as escadas até o segundo andar. Maria abre a porta nós entramos. Apressadamente ela logo a tranca.

-Sério. Obrigado. –digo eu coçando a cabeça.

-Nós é que agradecemos – Diz Maria – Se não fosse você... – Ela sorri humildemente- Mas enfim, achamos melhor passar a noite aqui.

-Não sei se vou passar aqui.- digo

-Fique. É mais seguro. Podemos pegar um colchão para você. – Disse Denise

-Não... Não precisa não. Não faço questão. Posso dormir no sofá. – respondo dando um sorriso para a garotinha.

 E antes que alguém pudesse responder alguma coisa, a energia caiu. Tudo ficou escuro. Gritos de pânico foram ouvidos lá fora. Ninguém via mais nada.

-Merda...- Maria diz.

-Com tudo isso acontecendo, ninguém deve estar trabalhando mais nas usinas, né? Droga... Vocês tem vela? – pergunto.

- Temos... Em algum lugar aqui na gaveta – Diz Maria de movimentando no escuro e a tateando a estante.

 Ouço barulhos dela revirando as gavetas, até que ela encontra. Uso meu isqueiro para ascender e colocamos a vela em um copo. Ascendemos então mais umas 5 e espalhamos pelo apartamento.

 Maria volta da cozinha com umas frutas para comermos. Sentamos no sofá e começamos a conversar.

 -E então, Carlos? O que fazia antes de tudo parar? – Pergunta Maria enquanto come umas uvas.

-Professor de História. – Dou uma breve risada e enfio um morango na boca. – E você?

-Contadora – responde ela. – E então, acha que vão resolver isso? O governo?

- Talvez. Mas não acho a cidade segura. – Digo olhando para janela.

- Era o aniversário do meu pai essa semana – Diz Denise com um ar muito triste.

Não falo nada por um momento, mas me viro para ela e respiro fundo.

-Meu irmão ia fazer aniversário mês que vem. – Respondo – Ele foi mordido no ombro faz umas duas semanas. Um policial não hesitou em executa-lo na hora.

Maria leva as mão a boca e assente com a cabeça. Não falamos mais nada por alguns minutos. Logo depois ela fala que já precisa ir dormir com a Denise, e vai pros fundos. Deixo as velas acesas e deito no colchão e me cubro com os lençóis que deixaram. Olho no relógio e ainda são 22:49, mas caio no sono quase no mesmo instante.

 


Notas Finais


Então né... ta tudo piorando cada vez mais.......


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