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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Isca


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 3 - Isca


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Isca

O sol brilha fortemente pela manhã, a luz entra pelas janelas de um pequeno bar de uma pequena cidadezinha. Tudo está aparentemente quieto. A não ser, é claro, pelos mortos-vivos que cambaleiam pelas ruas em volta do pequeno abrigo em que Carlos está dividindo com um grupo de pessoas.

  Dimitri faz uma pequena limpa do lado de fora dos portões do recinto. Parece que aquelas coisas estão ficando com bastante fome. Carlos andou percebendo que alguns deles estão extremamente magros, mais esqueléticos que o normal. Será que eles também sofriam de inanição? Eram perguntas desse tipo que enchiam sua mente de pensamentos.

 As transmissões de rádio infelizmente pararam há alguns dias, fazendo o grupo se sentir cada vez mais sozinho. Carlos aceitara ir com Pablo buscar alguns remédios e coisas para emergências em hospital na cidade mais próxima. Ela está deserta. Nenhum indicio de vida humana é visto. Só mortos-vivos caminhando pela cidade, sedentos de carne e sangue. Mas Carlos jura que ouviu tiros bem distantes enquanto adentrava  o local.

- É muito pra dentro da cidade? – Carlos pergunta encarando a rua pela janela.

- Ah. Não muito, não – Pablo responde enquanto faz uma curva – Mais um pouco e já tamo lá.

- To com um mau pressentimento sobre isso. – Carlos diz vagamente.

- Vai ser de boa, cara, relaxa.

 Eles finalmente chegam no hospital, após passar por milhares de errantes. Por sorte, o local está bem calmo. A aparência do lugar, pelo lado de fora, era terrível.  Marcas de queimado e buracos de bala atravessando os vidros das portas principais, cadáveres largados no chão.

- Porra... Situação ta feia, hein. – Carlos comenta olhando ao redor.

- É... Nossa, quando começaram a matar as pessoas no hospital... meu deus cara, foi horrível. Ta tudo tomado pelos mortos agora. – Pablo diz logo que finca uma faca em um errante.

- É. Foi muito rápido, meu deus. Faz pouco mais de um mês. É horrível.

Os dois entram juntos dentro do hospital, com as armas erguidas, prontos para atirar se preciso. O cheiro de carniça é muito forte. Alguns mortos com as cabeças estouradas podem ser vistos no chão. Dezenas de buracos de balas preenchem as paredes, que são praticamente tingidas de sangue. Os dois atiram nos errantes que aparecem, rastejando e babando, vindo em suas direções.

 Os dois abrem a porta da sala de espera, que aparentemente está vazia. Eles se encaram, sem dizer nada e vasculham o local, que aparentemente era a ala de emergências. Carlos vasculha algumas salas e consegue várias ataduras e analgésicos.

- Seria melhor tem parado em uma farmácia. – Diz Carlos ao aparecer com uma pequena sacola. – Aqui é bem arriscado.

- Não sei. Aqui deve ter coisa melhor. – Diz Pablo seguindo pelo corredor, entrando em outra ala. – Apesar de tudo – Ele completa.

 O cheiro de carne podre começa a piorar cada vez mais. Há muitas macas ensanguentadas jogadas pelo chão. Corpos mutilados de enfermeiros no chão é o que mais se vê.

 Os dois homens se viram rapidamente ao escutar passos arrastados vindos de suas costas. Cerca de vinte errantes cambaleiam pelo corredor atrás dos dois, há alguns metros.

- Mas que porra... – Solta Pablo – Mano, fodeu. De onde os putos vieram?? Vamos torrar nossas balas com eles assim.

- Vamos continuar por ali – Diz Carlos apressadamente. – Tem uma saída seguindo o corredor. – Ele aponta para uma pequena placa na parede. – Vamo, vamo. Vamos achar uma saída. Rápido.

Pablo confirma com a cabeça e corre ao lado de Carlos pelo corredor, eles se deparam com outra pequena ala, mas com uma porta de vidro no fim. Mas pelo azar dos dois, há um carro colado na porta, bloqueando ela, impossibilitando de passar.

- Porra... – Diz Carlos segurando a 9mm com força.

Os errantes aparecem no fim do corredor, se arrastando. Os dois atiram e atiram, porem mais deles vão surgindo. Pablo corre para a porta ao lado, que da para outro corredor, mas ela está trancada e fechada com tábuas. Ele olha a  outra porta com o carro do lado de fora bloqueando a passagem, colado na porta.

- Da pra abrir um pouco e me espremer – Pablo pensa tremendo. – Mas vai demorar demais.

Ele encara Carlos por dois segundos e balança a cabeça em sinal de negação.

-Desculpa, cara. – Pablo diz. E da uma forte joelhada em sua virilha, e arranca a arma de sua mão.

- M-Mas que porra Pablo – Diz Carlos se ajoelhando de dor, vendo estrelas. – Filho da puta...

Pablo da um chute em seu queixo e olha para os mortos que já se aproximam. Eles estão à uns vinte metros, e a porta à dez. Desesperadamente ele sai correndo em direção a porta.

-Desculpa Carlos – Diz ele enquanto se afasta. – Mas é o jeito.

Carlos rapidamente lembra que carrega sua .38 na parte traseira da cintura. E com dificuldade, com o saco doendo pra caralho, ele saca o revolver e atira em direção a Pablo. O tiro acerta bem no final da espinha. Pablo solta um enorme grito e tomba no chão, gemendo.

 Carlos levanta e corre com dificuldade em direção a porta, os errantes já estão à quase cinco metros deles. Carlos passa direto por Pablo que grita de dor no chão, com as mãos na parte de trás da cintura.

-Ai... Não sinto minhas pernas – Resmunga Pablo sem perceber que os mortos-vivos já estão a menos de três metros deles.

A boca de Carlos sangra enquanto ele abre desesperadamente a porta, que deixa só um pequeno vão. Ele apóia a mão em cima do carro, e ergue seu corpo, se espremendo pela pequena passagem enquanto ouve os gritos de agonia do homem que considerou um amigo sendo rasgado e comido pelos mortos-vivos.

 Carlos consegue passar pelo vão bem a tempo dos errantes que não foram comer Pablo, irem em sua direção. Ele continua no teto do carro, e fecha a porta rapidamente com o pé. Ele respira desesperadamente enquanto os gritos de Pablo param, e só o que se ouve é o barulho de pele sendo rasgada e errantes se alimentando.



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