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História The Walking Dead: O Outro - Epílogo: O Outro


Escrita por: Vinibrazuka98

Notas do Autor


É pessoal, chegamos ao fim dessa história. É incrível pensar em como minha visão sobre essa fic mudou ao longo do tempo. O que começou como uma simples fanfic, que não deveria passar de uns 30 capítulos, hoje se tornou uma trilogia com personagens que certamente ficarão para sempre na minha memória e dos quais espero muito que vocês se lembrem. Toda essa evolução se deu principalmente graças a vocês, meus leitores. Vocês me incentivaram a escrever mais e mais e hoje tenho muito orgulho de ter criado essas três grandes histórias.

Enfim chegamos ao grande desfecho do drama de Vince. Desde o início, a grande luta que protagonizava essa história nunca foi a dos humanos contra os infectados, ou de sobrevivente contra sobrevivente, mas sim de um único homem contra si mesmo, contra seu passado. O chalé nada mais é do que uma metáfora para a prisão de remorso que Vince criou ao seu redor. E só quando ele, enfim, deixa seu passado queimar, é que ele renasce como uma fênix, como um homem livre das correntes do seu passado. Com essa lição, que acredito valer para todos nós, encerro mais um ciclo nesse universo de TWD.

Gostaria de agradecer demais aos meus leitores por sempre me apoiarem, por sempre estar comentando, me deixando saber o que há de bom e de ruim nas minhas histórias. Não há palavras na nossa humilde língua portuguesa que expressem o quão feliz e satisfeito eu me sinto postando esse último capítulo.
Por fim, tenho dois pedidos a vocês, os quais deixarei para as notas finais. Por ora, boa leitura!

Capítulo 15 - Epílogo: O Outro


Epílogo: O Outro

 

  “Depois de um bom tempo sem tentar, aqui estou eu, escrevendo mais uma vez. Não sei se isso vai se tornar um hábito, afinal, para quem eu poderia escrever além de eu mesmo? Todos se foram; morreram ou me deixaram. E eu sei que a culpa é toda minha.

  Na última vez em que eu peguei uma caneta e um papel para escrever, eu tinha uma ideia na cabeça. Pensava que a chave para sobreviver era a solidão. Eu acreditava nisso, repetia esse mantra para mim mesmo todas as manhãs. Entretanto, por mais que tenhamos o hábito de mentir para nós mesmos, uma mentira contada por muito tempo não se torna verdade.

  O Vince de meses atrás não é o mesmo Vince de hoje. Agora eu percebo como eu fui estúpido e ingênuo. Não devia ter deixado Athena e James em Atlanta, não devia ter abandonado Samantha para morrer com Sebastian, não devia ter machucado Victoria. Hoje eu pago o preço pelo meu orgulho e pela minha estupidez.

  Estar sozinho não é de todo ruim. Desse jeito eu pude pensar, refletir e, acima de tudo, sentir. Primeiro, eu senti raiva; raiva de mim mesmo por ter perdido tanto tempo com um bando de maricas que não me levariam a lugar algum. Depois, senti medo; medo de ter feito escolha errada, de ficar sozinho para sempre, de não ter ninguém para me ajudar quando eu mais precisasse. E nesse momento, eu só consigo sentir saudade. Meu arrependimento me consome todas as manhãs, desde que eu saí de Atlanta naquela noite fatídica.

  Porém, isso tudo me fez perceber uma coisa, um elemento no qual nunca havia reparado antes: o fogo.

  O fogo esteve presente nos momentos mais decisivos da minha vida, fosse na morte de Mary, na explosão do Centro de Pesquisas Golden Bay, na destruição da base da Nova Nação ou no incêndio no chalé. Talvez isso tenha algum tipo de significado obscuro que a vida, ou Deus, ou o Destino, pôs à minha frente. Se eu descobri esse tal significado? Não tenho certeza.

  Das cinzas daquele chalé na colina se reergueu uma fênix, que carrega ainda o pó e a destruição do passado em seu coração, mas ostenta uma nova forma, um novo disfarce. Ou talvez eu seja só um rato pensando ser um homem grande, achando que o universo se daria ao trabalho de mandar algum tipo de mensagem para mim.

  Mas uma coisa é certa: a cada incêndio, a cada episódio de destruição, eu sobrevivi e segui em frente. Não como uma fênix, mas como uma barata imunda que suporta todo esse caos em silêncio, discretamente.

  Não sou nada sem aqueles me completam. Só agora eu vejo isso. Já é tarde demais para buscar aqueles que se foram, mas espero que não seja para um recomeço. Jake é a prova disso: a solidão deixa a loucura dentro de nós sair. Não há perigo maior do que um homem louco sem nada a perder.

  Como já havia escrito, não sei se essa coisa de escrever vai virar um hábito. As palavras que estão nessa folha rasgada de papel são tudo o que eu não tenho mais ninguém para contar.

  Talvez você, leitor imaginário, seja meu recomeço. Ou talvez eu só esteja delirando outra vez. É, definitivamente isso não pode virar um hábito.

  Adeus, Velho Vince. Que você encontre algum lugar para ficar em paz dentro da minha consciência, me fazendo aprender com os erros do meu passado.

  Algum dia da era dos mortos-vivos

  Vince”  

 

  Vince largou o papel depois de lê-lo inteiro pela terceira vez. Não sabia exatamente o que dera nele para escrever aquilo tudo. Mas não podia deixar de sentir algum tipo de alívio.

  Sentado no banco do carro, à beira da estrada, cercado por uma espessa camada de neve que cobria o chão, Vince encarou a paisagem à sua frente. Podia ver a cidade de Nova Iorque de onde estava. Mas ainda não queria se arriscar a se aproximar mais. Mesmo lá, nos arredores da cidade, a presença de infectados era grande, a sobrevivência era incerta.

  Não tinha para onde ir, não tinha quem o esperasse. Tudo o que restava era um bloco de anotações, uma arma e um carro, todos encontrados com muita sorte numa casinha à beira da estrada.

  Vince encarava os prédios gigantes pelo vidro frontal do carro. Tinha paz no coração e uma única ideia na cabeça: precisava encontrar um rumo para sua vida.

  No entanto, para que cumprisse seu objetivo, precisaria de suprimentos. E o melhor lugar para conseguir isso estava bem à sua frente.

  Não pensou duas vezes ao dar a partida no carro e seguir em direção a Nova York, seu próximo destino... e o primeiro de muitos outros.

    

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do epílogo, pessoal. Agora venho com meus dois pedidos.

1) Ficaria imensamente feliz se vocês compartilhassem essa história com seus amigos, seja no Spirit, em outras redes sociais ou da vida. Atrair novos leitores é também uma forma de atrair novas opiniões e críticas necessárias para que eu possa melhorar ainda mais minha escrita.

2)Esse é o mais importante. Gostaria que vocês, leitores, me ajudassem a escolher minha próxima história. A primeira opção seria um compilado de contos de TWD. Seriam sobre os personagens que já apareceram nessa fanfic e serviriam para aprofundar mais a personalidade de cada um e explicar alguns momentos que só foram citados brevemente ou não foram muito desenvolvidos ao longo das três fics. Eu abordaria temas como Athena e James após a fuga de Atlanta, Sebastian construindo a Nova Nação, Vince se aventurando em Nova Iorque, entre outras ideias.

A segunda opção seria uma história de zumbis completamente nova e que se passaria aqui no Brasil, mais especificamente no cenário urbano do Rio de Janeiro. A ideia seria ver o apocalipse zumbi por uma óptica completamente diferente, explorando assuntos como desarmamento da população, poder policial, desigualdades socioeconômicas, relações de poder nas favelas etc. A história se passaria logo no começo do colapso, de quando surgiram os primeiros casos de canibalismo até o caos completo.

Pra deixar claro, pretendo escrever as duas, mas não acho que será possível escrever ambas ao mesmo tempo, então gostaria de saber por qual delas vocês preferem que eu comece.
Não se esqueçam de me acompanhar também por minhas outras fics. Um grande abraço a todos! <3

ATUALIZADO: Já estou escrevendo uma nova história. É um drama/suspense de ficção científica, 100% original. Ficarei muito feliz se derem uma olhada. Deixo o link aqui.

https://spiritfanfics.com/historia/pendulum-8231871


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