lembrança on:
Estávamos todos, os doze, em uma praia. A areia de uma cor amarelada feito bronze, com a floresta circundando formando uma grande ferradura de variados tons verdes e amarelo, com vales e abismos brancos pela neve. As águas eram cristalinas e quentes. Uma maravilha.
O dia estava frio, todos em volta de uma fogueira segurando guloseimas, um dia perfeito.
- T, por que você não toca pra gente- Serafim pega e me entrega o violão- a gente canta. Vai!
E foi assim que a cantoria começou:
Aquiles- Eu me acostumei
Andar sozinha por ai
Mas então errei
E muitas vezes eu cai
América- Nunca consegui
Manter a minha direção
Com você aqui
Foi que eu sai da escuridão
Dylan- Nos meus momentos de fraqueza
Você estava aqui
Para me levantar
Dakota- Tudo que eu preciso
É da sua voz
Para me guiar
Quando tem tempestade
Bruce- Quando estou contigo
Sei que tenho forças
Pra lutar
Dara- Isso é amizade
De verdade ( de verdade )
Johnson- Nunca imaginei
Que chegaria onde cheguei
Quando precisei
Foi em você que me apoiei
Conforme íamos cantando o fogo se mexia formando imagens, a primeira de um centauro sorridente, a segunda um ciclope nas forjas, a terceira o argo2 e a quarta os heróis com seus sorrisos cada um segurando um pacote em seus braços, os bebes, e assim ia indo mostrando a vida de todos da roda.
Como todos estavam entretidos com o fogo se surpreenderam ao ouvir uma voz, tão doce, melodiosa e infantil cantando sendo seguida por uma voz fina mais masculina:
Tahyla- O homem que não tinha nada acordou bem cedo
Com a luz do sol, já que não tem despertador
Ele não tinha nada, então não tinha medo
E foi pra luta como faz um bom trabalhador
Alexander- O homem que não tinha nada enfrentou o trem lotado
As sete horas da manhã com um sorriso no rosto
Se despediu de sua mulher com beijo molhado
Pra provar o seu amor e pra marcar o seu posto
Todos olhavam boquiabertos, nunca tinham ouvido eu e Alec cantando junto. Era uma perfeita sincronia.
Tahyla- O homem que não tinha nada tinha de tudo
Artrose, artrite, diabetes e o que mais tiver
Mas tinha dentro da sua alma muito conteúdo
E mesmo sem ter quase nada ele ainda tinha fé
Alexander- O homem que não tinha nada tinha um trabalho
Com um esfregão limpando aquele chão sem fim
Mesmo que alguém sujasse de propósito o assoalho
Ele sorria alegremente, dizia assim
Tahyla- O ser humano é falho, hoje mesmo eu falhei
Ninguém nasce sabendo, então me deixe tentar
O ser humano é falho, hoje mesmo eu falhei
Ninguém nasce sabendo, então me deixe tentar
E antes de terminarmos a musica, ouvimos um barulho dentro das arvores. Todos se olharam preocupados, deixei o violão de lado e peguei a adaga do bunker e fui andando de mansinho até a entrada da floresta. Todos ficaram para trás pois sabiam que se fosse um monstro eu daria conta, chegando nas arvores olhei ao redor e o que eu vi me impressionou. Era um filhote de raposa, eu o peguei no colo e fui saindo para o encontro com meus amigos. Ao chegar lá disse:
-É um filhotinho de raposa- eu disse quase que em um sussurro, o filhotinho estava se emaranhando na minha blusa - vou chama-lo de prince
Não muito longe dali, os pequenos eram observados pelos seus avós, escondidos, que estavam pasmos com a nossa amizade.
lembrança off
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