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História The Way You Look Tonight - She Moves In Her Own Way


Escrita por: dreamsofpanda

Capítulo 3 - She Moves In Her Own Way


She moves in her own way

But she came to my show

Just to hear about my day

She Moves In Her Own Way - The Kooks

22 de Julho de 2016

“Era como se em minha mente revoasse um ritmo elusivo, um fragmento de palavras perdidas, algo que havia escutado em algum lugar muito tempo antes. Por um momento, tentei formar uma frase, mas meus lábios se abriram hesitantes, como se esforçam os lábios de um mudo, como se houvesse algo mais lutando para sair do que apenas um sopro de se. Mas não foi produzido nenhum som. E aquilo que eu quase lembrara, permaneceu incomunicável para sempre.”

Eu amava esse livro como eu amava a câmera em minha frente. Amava os detalhes em verde fluorescente da capa, a magnitude das palavras de Scott Fitzgerald e principalmente, amava Gatsby.

-Cath, você já arrumou suas malas? –Assenti. –Que horas você pretende sair?

-Vou começar a me arrumar agora. –Me ajeitei na cama enquanto fechava meu exemplar de “O Grande Gatsby” para dar mais atenção a minha dinda.

-Você sabe aonde é?

-Mais ou menos. Eles pediram para que eu escolhesse, acabou que eu achei um parque bem bonitinho pela internet.

-É bom que você conhece e faz mais um passeio antes de partirmos. –Sussurrei um “sim” para ela.

-Vocês vão comigo? –Me levantei da cama enquanto procurava meu cachecol.

-Não mesmo. –Riu. –To cheia de coisa para ajeitar e você vai a trabalho.

-Nem me fale nisso. –Coloquei a minha bota que estava ao lado de minha mala.

-Você fala como se não gostasse, mas o meu maior questionamento é por que você não está fazendo isso como profissão para a sua vida. –A olhei e vi que ela sentava em minha cama.

-Lembra que quando eu tinha uns 14 anos você vivia falando que eu devia fazer dança? –Confirmou. –Eu amava, e nem danço mais. Algumas coisas não são feitas para serem questionadas, dinda. A gente só aceita. –Eu disse e ela gargalhou com meu último comentário.

-Se você diz. –Se levantou da minha cama e foi em direção a porta. –Peço um táxi para você? –Perguntou e eu olhei a hora. Acho que fiquei tempo demais lendo demais. 

-Por favor. –Sorri e ela saiu de meu quarto assentindo.

Hoje era dia de dar meu último “adeus” a Londres. Os Johnsons, casal que Anne me apresentou em seu casamento, ligou para a minha dinda me procurando dois dias após eu fotografar um dos momentos mais felizes de minha vida. Eles queriam um lugar especial para seu álbum de fotos. Jessy, a filha do casal iria nascer daqui a dois meses e, mesmo eu achando muito em cima da hora para se fazer uma espécie de book, eu ignorei o fato e aceitei concordando que fosse antes do dia 23.

Fechei minha mala e já deixei meu quarto arrumado. Se desse, pretendia sair depois da sessão, queria aproveitar o máximo que ainda me resta de Londres. Sentiria falta de tudo que eu presenciei aqui.

Lembro quando eu vi uma Tardis na rua, quando visitei o museu do Sherlock, olhei London Eye pela primeira vez. Alguns momentos, as câmeras não deixam guardadas em seu cartão de memória.

-Não sei que horas pretendo chegar. –Berrei enquanto ajeitava a mochila em minhas costas. –Quero aproveitar Londres!

-Catharina... Catharina... –Meu dindo começou e evitei-o a terminar.

-Por favor. –Sorri. –Já sou grandinha. –Gargalhei.

-Qualquer coisa liga. –Confirmei e berrei “tchau” enquanto fechava a porta.

Londres era um gelo, o ar, as pessoas, o ambiente, enfim, não teve um momento em que eu passei calor ali, mesmo não sendo inverno. Acho que o melhor dia foi no casamento de Anne. Suspirei só de lembrar. Todos os momentos me marcam até hoje, me pego às vezes olhando as fotos daquele dia.

Olhei para a casa que meus dindos tinham alugado e eu sorri. Era triste deixar aquilo tudo. Essa contradição me lembrava Harry. Quando estávamos no quarto, lembro que ele me contava as coisas sorrindo, mas que eram tristes e às coisas tristes, lá estava ele sorrindo. Contou-me sobre Zayn. Ele saiu da banda e deixou de falar com os meninos, ele se sente péssimo por isso, mas mesmo estando com ódio do amigo, ele estava feliz por ele cantar novamente com a banda, pelo menos por um dia. Zayn foi o que saiu mais cedo, bom, ele respeitou Anne e pareceu feliz com a presença dos amigos. No final percebi que Harry estava triste pela situação com o amigo, mas não deixava de sorrir por ele estar com ele pelo menos mais uma vez.

Em graus diferentes e no sentido contrário, posso dizer que era mais ou menos isso que eu sentia. Estava sorrindo por tudo que eu tinha passado, mas estava triste por deixar isso. Bom, lembrarei do que já passou com carinho.

-Regent’s Park, por favor. –Disse ao taxista enquanto entrava em seu carro.

[...]

-Meu deus, Cath! –Mary me olhou sorrindo. –Esse lugar é incrível!

-Concordo. Não poderia ter escolhido lugar melhor. –Maicon tinha seus olhos iluminados.

-Pelo o que eu li na internet, nós não vimos nem metade ainda. –Falei e fomos andando pelo parque enquanto conhecíamos melhor. Boa parte do tempo parei os mesmos para que pudesse tirar fotos do casal. 

Quando minha dinda me avisou que eles estavam me procurando eu só sabia pular de felicidade. Eu tinha acabado de chegar do Alton Towers, um parque de diversões da Inglaterra – a umas três horas de Londres - com meu dindo e fui logo procurar seu número, queria todas as informações.

Eles queriam um tal de “lugar especial”. Como nem eu, nem eles somos de Londres, a única coisa que nos salvou foi a internet. Comecei a pesquisar alguns lugares e pensei em parques, afinal, no Brasil tem muito disso, tirar fotos em locais a céu aberto, e eu particularmente amo.

Depois de ver várias opções, meu lado “amo história” bateu mais forte quando eu li que o Rei Henrique VIII, o que fundou a Igreja Anglicana, ia ao parque para caçar. Sem contar que tem um zoológico lá dentro, cafeterias e restaurantes.

-Pensei em uma foto maravilhosa aqui. –Sorri. –Bom, se o lugar for como eu vi na internet. –Rimos.

Entramos então no Queen Mary’s Gardens, uma parte isolada do parque com mais de 12.000 rosas sendo de 400 tipos.

-Eu quero morar aqui dentro. –Mary disse e todos nós rimos.

-Tem seu nome, amor. –Maicon olhou para a mulher e os dois se beijaram. Aproveitei aquele momento e tirei algumas fotos. –Pegaria uma rosa para você, mas acho que a Cath me mataria.

-Mataria mesmo. –Ri fraco enquanto mudava a lente. 

Eu olhava pelos lados e sorria com tanta beleza. Quando percebi já estávamos nos despedindo e minutos depois eu já me encontrava no Circle, Hammersmith & District e Metropolitan line, uma linha de metrô mais próxima que eu pude achar. Queria me livrar um pouco de táxis. 

Depois de largar meus clássicos e deixar o fone de lado, comecei a perceber aonde eu tinha parado. Tate Modern. Um museu com obras de Picasso, Pollock, Matisse, Malevich, entre outros.

-Ok, eu tenho que sair daqui. –Falei em português e os olhos de algumas pessoas em meu lado me encararam curiosos. Apenas dei de ombros e fui a caminho do metrô mais perto. Não conseguia entender nada dessas artes que as pessoas consideram tanto, decidi sair dali para não julgar mais do que eu normalmente julgo.

Should I Stay or Should I Go do The Clash tocava para todos ouvirem. Um grupo de músicos cantavam como se não houvesse amanhã, bom, não havia amanhã. Parei e fiquei olhando para eles. Londres se parecia comigo, pelo menos mais do que eu imaginava. De todas as coisas que eu descobri sobre mim mesma durante meus dezoito anos de vida, dentre elas está: O amanhã não existe. Quando estava com Harry, o dia seguinte não estava em nossa cabeça e sinceramente, isso fez daquele dia tão bom. 

Deixei algumas moedas no chapéu de um dos cantores e ele sorriu. Sai andando sem rumo novamente quando senti alguém me cutucar, era uma menina morena, seu cabelo era bastante parecido com o meu, ela vestia um moletom cinza da Nasa e bom, ela sorria bastante para mim. Ela era a baterista da banda.

-Perdida, turista? –Neguei com a cabeça e ela sorriu fraco. –Bom, se você tiver tempo, iremos tocar no Holland Park hoje a noite.

-Que horas? –Perguntei enquanto ela me entregava uma espécie de panfleto sobre o show de sua banda.

-7 p.m. –Assenti e nos despedimos.

Finalmente, depois de me perder diversas e diversas vezes, acabei parando no Victoria & Albert Museum, um museu de graça –a melhor parte, obviamente- com obras do período medieval, gótico e do renascimento. Esse era o tipo de lugar que me agradava um pouco mais do que o Tate Modern.

Parei para beber café no próprio museu depois de ver o caderno de anotações do Leonardo da Vinci enquanto respondia as mensagens da minha dinda.

-Obrigada. –Disse ao garçom que me entregava a bebida.

“Eu to ótima! Estou no Victoria & Albert Museum. Devo sair para mais alguns lugares e depois vou para casa, fique tranquila.”

Mandei para a minha dinda e minutos depois recebi um “Vai com Deus, Cath.”

Já eram pra lá das seis da noite quando eu paguei pelo café e entrei no Circle e District Line e decidi sai pertinho do Holland Park para ouvir a banda da menina morena, eles pareciam ótimos. Quando escutei o som de Don’t Stop Me Now do Queen já fui me animando. A banda já tocava do mesmo jeito de mais cedo, felizes e bem, aquilo fazia eles parecerem melhores do que já eram. Tinha sentimento. 

[...]

Assisti ao show de longe, sentada na beira de uma das fontes maravilhosas daquele parque. Tirei umas fotos de algumas pessoas, apenas sombras. Lembrei-me de Harry, em certo momento, enquanto tirávamos fotos bizarras – mais dele do que minha -, eu confessei meu pavor em aparecer nas fotografias. Não é que eu tivesse medo ou vergonha de minha aparência ou coisa do tipo, eu só não me sentia a vontade na frente da câmera, estar atrás já estava de bom tamanho. Ele disse então que eu vivia nas sombras, se aquilo era viver nas sombras, eu a amava com todas as minhas forças.

-Turista! –A morena veio em minha direção assim que o show acabou. –Espero que você tenha gostado. Você foi a única que apareceu de todos que convidamos lá no Tate Modern. 

-Vocês são ótimos! –Sorri. –Qual é o nome da banda? –Perguntei curiosa. Iria pesquisar sobre eles na internet. Deveria ter algo.

-The girl and the boys. –Ela disse e o menino que estava atrás dela, que eu achava ser o vocalista, gargalhou.

-Ignora a Meg, minha irmã é maluca. –O moreno disse. –Não temos um nome ainda.

-Fica quieto, Martin! –A morena disse. Pelo jeito os irmãos não se davam tão bem. –Meu nome é Megara, sou filha mais velha de Creonte, o Rei de Tebas. Ah! –Fingiu se lembrar de algo enquanto todos riam e eu a encarava com uma expressão confusa. –Também sou casada com Hércules. –Toquei-me do que ela estava falando e caí na gargalhada me  juntando a todos.

-Pera... O que acabou de acontecer?

-Ela é Megara mesmo, mas nossa mãe além de gostar de nomes com M, ela amava a história de Hércules. –Martin falou.

-Cara, você deu sorte pela sua mãe não gostar de nomes que começam com H. –O menino loiro falou e todos riram. –E qual é o seu nome?

-Catharina. –Sorri.

-Catharine? –Megara perguntou me lembrando do garçom do casamento de Anne. 

-CatharinA. –Disse revirando os olhos. 

-Como a Rainha Catarina de Aragão? –Martin parecia curioso com o meu nome, mas quem tinha nome de vilã da Disney era a irmã dele, não eu.

-Só que tem o H entre o T e o A. –Falei e todos assentiram.

Depois de descobrir que Megara odiava seu nome e se sentia mais confortável com Meg, descobri também que o loiro se chamava John e o guitarrista era Henry. Me despedi de todos e fui andando em direção a saída do parque. As ruas estavam iluminadas pelos postes de luzes brancas e eu me sentia em City of Blinding Lights, do U2, mesmo eu achando que a música seja uma referência a New York.

Já se passavam das oito da noite quando eu consegui sair do parque, minha dinda estava louca no telefone falando que nosso voo saia muito cedo e já era “muito tarde”.  A verdade é que ela estava preocupada e eu não estava nenhum pouco afim de voltar para casa naquele momento.

-RAINHA CATHARINA! RAINHA CATHARINA! –Olhei para trás só por impulso e me deparei com Meg correndo em minha direção com os meninos de sua banda atrás. –Rainha Catharina. –Fizeram uma reverencia tosca e eu não me contive no riso, ignorando o quão bizarro ele estava. –Estamos lhe convidando para um passeio na noite londrina. Pretendemos ir a uma taverna. –Me olhou como se estivesse fazendo a proposta dos séculos.

-Adorei a sua referência a taverna. –Ri.

-Entra mais no clima do que falar pub. –Henry falou e eu assenti.

-Concordo.

-E então, a Rainha nos dá as honras? –Martin se ajoelhou na minha frente estendendo a mão e eu a segurei. Ele se levantou e me girou. Meu vestido rodava tanto que acabei percebendo que a minha meia calça preta estava com leves furos. Ignorei o fato e voltei a me concentrar nos meninos em minha frente.

-Vossa alteza? –John me olhou.

-Adoraria ter a presença da burguesia em uma noite na taverna. -Sorrimos um para o outro. 

[...]

Após me jogar na noite sem me preocupar com o que estávamos fazendo, cheguei em casa com a minha dinda já me olhando pela janela. Eu havia avisado que chegaria mais tarde, pois estaria com uns amigos. Depois de alguns surtos pelo telefone e meu dindo a acalmando do outro lado, ela aceitou contanto que eu a ligasse quando chegasse.

-Eu estou viva. Eu estou viva. –Cheguei berrando para que todos ouvissem e ela gargalhou.

-Espero que não esteja bêbada, mocinha. –Falou subindo as escadas. –Estou indo dormir, seu dindo já está até roncando.

-Ele não precisa do décimo quinto sono para estar fazendo isso, concordemos. –Falei enquanto pegava um copo d’água na cozinha.

-Realmente. –Suspirou. –O que importa é que amanhã... –Olhou para o relógio e se corrigiu. –Na verdade, hoje. -Parou dando a entender que iria repetir sua frase, agora certa. -O que importa é que hoje eu estarei te acordando as 4 a.m. Esteja preparada. –Riu malignamente e me desejou “boa noite”. 

Deixei o copo na pia e fui até meu quarto. O toque clássico do celular de minha dinda ecoava pelo corredor e eu peguei o mesmo sem me importar muito. Olhei para o número e percebi que era desconhecido, então preferi ignorar.

Joguei-me na cama depois de um longo e belo banho e me deparei com a hora. Teria problemas com ela igual tive no casamento de Anne. 

Olhei para o meu celular e suspirei. Último dia com o fuso horário londrino.

Uma mensagem chegou fazendo o barulho baixo de meu celular parecer um grito no quarto silencioso.

Medelicia te adicionou no grupo “Salve a Rainha Catarina!”.

Ri com o nome do grupo e logo tratei de digitar, de brincadeira:  “É Catharina!”.

Medelicia alterou o nome do grupo para “Salve a Rainha (Chata) CatHarina!”

[...]

Meu olho flamejava de tanta dor, o café que eu queria misturar com energético não fazia efeito nenhum em meu corpo, na verdade, parecia ter piorado. Minha dinda e meu dindo estavam mais agitados em sua partida do que em sua chegada. Bom, sobrando eu, eu estava deitada na sala de embarque enquanto meu gorro tampava metade da minha cara e meu quinto café do dia se encontrava em minhas mãos.

O celular da minha dinda começou a tocar e apesar do sono, reparei que era o mesmo número do dia anterior. Ignorei a chamada e coloquei meus fones botando no aleatório. 

-Catharina! CATHARINA! –Meu dindo tentava me chamar.

-Ah... Oi. –Sorri enquanto meu olho fechava aos poucos me deixando pronta para dormir novamente. –Desculpa, foi a música. –Apontei para o fone recém tirado do ouvido.

-Isso vai te deixar surda.

-Oi? –Perguntei já que estava mais interessada no sono do que nele próprio tentando puxar assunto.

-Já te deixou, gatinha. Já te deixou.

-O que me deixou? –Perguntei confusa e minha dinda veio berrando saindo do banheiro.

-O AVIÃO!

-Gente, o que está acontecendo? –Suspirei batendo a minha cabeça no banco novamente. Dor de cabeça dos infernos! 

-Temos que entrar no avião. –Minha dinda me falou enquanto me puxava. Suspirei e a segui.

As pessoas me olhavam como se eu fosse uma sem teto. Agora que eu estava voltando para o Brasil, talvez eu me tornasse uma.

O meu maior problema é que: Avião não me faz dormir. Viagens não me fazem dormir.

Quando eu fui para o hotel em Manchester depois do casamento de Anne, eu não dormi. Passei o tempo todo acordada lendo “O Duque e Eu” enquanto ouvia o álbum inteiro do The Fray, Helios. No mesmo dia, ainda peguei um voo para Londres, o que me deixou morta, por sinal.

Suspirei olhando para a telinha do avião em minha frente e coloquei no mapa que traçava a viagem inteira até São Paulo. O que me lembrava que eu teria outro avião para pegar.

-Ai merda! –Xinguei baixinho para não acordar meus dindos ao meu lado. 

-A senhora aceita algum coisa? –A aeromoça me perguntou.

-O café mais forte que você tiver. –Sorri e ela saiu meio assustada. Eu devia estar realmente estranha daquele jeito. 

Peguei a minha câmera na bolsa e comecei a olhar os trabalhos que eu teria para editar no resto de minhas férias. Não estava afim de me esforçar lendo algum livro naquele momento, e mesmo que estivesse, não teria nenhum em mãos. Preocupei-me então com o objeto em minha frente. Lembrei-me de como foi difícil juntar dinheiro para conseguir uma Canon dessas. No início eu passava boa parte do tempo decepcionada com as minhas fotos por causa da lente que eu tinha comprado, foram as mais baratas possíveis, agora eu já podia sorrir com as beldades que eu tinha graças aos meus pais, dindos e felizmente, a mim mesma.

As fotos do dia anterior tinham me encantado, era o meu estilo favorito de fotografia. As naturais com estilos meio rústicos. Na primeira foto Meg sorria com sua bebida colorida enquanto abraçava seu irmão pelo pescoço. O mesmo fazia uma careta muito estranha, por sinal. Henry sorria com um sombrero na cabeça que a gente achou pelo pub mexicano. A melhor foto era de John que bebia tequila enquanto Martin balançava a cabeça do mesmo e Meg fazia um sinal de positivo atrás dos meninos. Henry naquele momento estava do meu lado e nós dávamos ótimas gargalhadas.

Acabou que todo aquele momento me fez me sentir em uma cena de How I Met Your Mother. Pessoas que amam esquecer os problemas juntas em um bar.

Depois apareceram as fotos do casal apaixonado, ficaram lindas, reconheço. Fiquei orgulhosa de mim mesma por ter tirado aquelas fotos sem ao menos ter uma experiência naquele assunto. 

Por fim as fotos do casamento de Anne fizeram meu coração bater mais rápido. Aquele dia ainda mexia comigo, imaginava então, como o coração dos parentes mais próximos estavam. Sorri ao ver a foto de Harry. Ele estava deitado com o braço tampando seus olhos e sorrindo, seu sorriso é lindo, admito. Aquela foto me lembrava de nossa conversa, a nossa desculpa para caso ele queira me reencontrar. Eu teria que lhe falar sobre como cheguei ali, como virei fotógrafa do casamento de sua mãe.

Depois desse pensamento, quando desliguei a câmera, a única coisa que eu pensava era exatamente aquilo, o que ele queria tanto saber. 


Notas Finais


P.s.1: Eu sei que a Megara não é uma vilã nas histórias, mas o nome Megara pra mim é muito coisa de vilã haha
P.s.2: Eu sei que é Rainha Catarina de Aragão, mas o nome da personagem é CatHarina, então...
P.s.3: Não costumo dar spoiler sobre os capítulos que estão por vir, mas acho válido falar que o Harry vai demorar um pouquinho para reaparecer pq eu quis trocar a ordem da história. No lugar de vocês conhecerem a história de Cath e depois como ela conhece o Harry, eu troquei para: Vocês descobrem como Cath conheceu Harry para depois saberem sua história!
Não desistam da fic por isso, por favor! Daqui a pouco ele está de voltar para vocês! São poucos capítulos sem ele!

Muito obrigada por todos os comentários, li todos e também os respondi. Fiquei muito feliz pelo carinho de todos vocês!
Espero que vocês gostem desse capítulo (mesmo eu não tendo gostado muito)!
Lembrem-se que críticas são sempre construtivas e comentários positivos também incentivam!

Um beijo, um queijo e um abraço da tia Jessy!


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