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História The Way You Look Tonight - On What You're On


Escrita por: dreamsofpanda

Notas do Autor


OI GENTE! OLHEM SEMPRE PRA DATA DO INÍCIO DO CAPÍTULO!
LEMBRANDO QUE NO ANTERIOR ESTÁVAMOS EM 2015, AGORA VOLTAMOS PRO TEMPO ATUAL DA FANFIC (2016)!

Capítulo 6 - On What You're On


Are we dancing, are we dancing

Are we dancing to the same song?

On What You're On – Busted

12 de Agosto de 2016

“Jesus Abad Colorado é talvez o fotógrafo que melhor retratou a dor da guerra na Colômbia nos últimos 25 anos. Mas esta história começa antes mesmo de seu nascimento. E com uma foto ele não tirou.”

-Catharina? –Olhei para o lado e Carol me olhava.

-Meu nome.

-Você ainda não me contou como está a faculdade. –Larguei meu celular com a matéria que eu estava lendo para dar mais atenção a minha irmã.

-Deve ser porque ela não tem sentimentos para eu saber se ela está bem ou não. –Dei meu melhor sorriso sínico a minha irmã e ela gargalhou.

-Ótimo humor! –Revirei os olhos e me levantei indo em direção a cozinha.

Carolina era a minha única irmã, sete anos mais velha. Enquanto eu acabara de ser considerada uma adulta com meus 18 anos, ela já tinha sua própria empresa de arquitetura com seus 25. Ela mora em São Paulo e o milagre divino dela ter aparecido por algumas semanas no Rio não tem nada haver com a família, mas sim com os jogos de Vôlei das Olimpíadas.

-Está uma merda. –Taquei-me no sofá novamente. –Eu pensava que Jornalismo fosse melhor do que isso. –Suspirei. –Mas sabe o que eu achava que fosse melhor? –Me olhou curiosa. –Sua cara de pau de estar me perguntando isso depois do primeiro semestre já ter acabado. –Revirei os olhos enquanto ela gargalhava.

-Eu te perguntei isso no inicio do ano, mas achei que sua opinião fosse mudar.

-Pois saiba que continua a mesma coisa.

-Fica assim não, demorei a acertar na faculdade. –Queria dar uns tapas na cabeça de minha irmã, a verdade era que ela sempre acertava em tudo, inclusive na faculdade.

Mamãe que chegou das compras que estava fazendo com meu pai, fez com que a atenção de minha irmã se voltasse para ela. Comemorei internamente e voltei a ler a matéria da BBC. Minutos sem conseguir prestar atenção no celular em minha frente, peguei minha câmera e decidi que iria sair para tirar algumas fotos na minha própria rua.

Despedi-me de meus pais e assim que saí de casa me deparei com Matheus e seu irmão mais novo do lado de fora.

-A gente pretende andar de skate. –Gabi devia ter seus 15 anos, nós nunca nos falamos direito, mas até que ele parecia uma pessoa legal.

-Não vou te convidar, Cata. –Matheus falou e eu ri só por perceber como os irmãos são parecidos.

-Pretendo tirar umas fotos, Matheus. Não me enche. –Revirei os olhos e fui em direção as escadas. Recusa-me a descer ou subir de elevador.

Olhei para o céu azul do Rio e quase entrei em pânico ao ver a movimentação que a minha rua estava. Apesar de morar no centro, minha rua é um pouco afastada do caos da cidade, mas naquele momento não parecia fazer muita diferença.

Lembrei-me de que hoje começaria a abertura das Olimpíadas, estava passando dias de sufoco de tanta gente que eu encontrava na rua, principalmente turista. Minha única salvação tá sendo as férias.

Decidi ficar por ali mesmo e sentei na escada que dava para o hall do apartamento. Comecei  então a mexer nas fotos da câmera.

-O cartão de memória de Londres. –Suspirei.

Naquele cartão tinha algumas fotos minhas com a Tardis, fotos no Palácio de Buckingham, nos diversos museus que eu pude visitar, nos parques de diversão que eu fiquei encantada. Parei nas fotos do Madame Tussauds, me lembrava as fotos que eu tirei pedindo o boneco de cera do Leonardo Dicaprio lá em Orlando em casamento. Algumas, na verdade boa parte das fotos me fizeram gargalhar. Eu estava parecendo uma criança feliz, não que eu não fosse uma, mas era tanta foto sem noção que eu tirei que com certeza nunca postaria.

-Mas eu bem que faria um mural com todas essas fotos. –Ri do meu comentário.

Após longos minutos de nostalgia, decidi que voltaria para casa e ficaria enterrada no meu quarto com o ar muito forte para que eu pudesse ficar debaixo das cobertas.

Abri a porta e meus pais andavam de um lado para o outro, parecia que estávamos em dia de Natal.

-Que afobação é essa? –Perguntei pegando um copo de suco.

-Sua avó vai assistir a abertura conosco. –Meu pai falou correndo com a vassoura.

-Ah! Agora faz sentido. –Botei o copo na pia de decidi ir para o meu quarto.

Minha irmã estava jogada no sofá vendo algum programa na televisão, o fato de seu convívio com a gente ter diminuindo com certeza fez com que ela não estivesse revoltada pela minha avó estar vindo. Elas não se davam nenhum pouco bem. Então no passado, enquanto ela se remoia de raiva, meus pais limpavam a casa umas milhares de vezes até ela chegar, eu preferia ignorar tudo o que estava acontecendo e só me preocupar quando ela finalmente tocasse a campainha.

Liguei o ar e me joguei na cama. Peguei o computador do meu lado e comecei a mexer no e-mail. Não esperava com certeza ver aquilo.

Mary A. Johnson <maryajohnson> 12 de ago

Cath, meu amor! As nossas fotos finalmente chegaram aqui em casa e você não consegue nem imaginar como eu e Maicon estamos pulando de felicidade! Ficou simplesmente maravilhoso e eu nem sei como te agradecer! Agora que só falta um mês para nossa filha nascer, me emociono todos os dias e essas fotos com certeza foram o estopim para que eu desabasse (no bom sentido, obviamente).

Espero poder te ver novamente, não consigo descrever o carinho que tive por você!

Depositamos o resto de seu pagamento na conta de seus pais, cobre eles!

Um beijo enorme e um grande agradecimento de minha parte, de Maicon e de nossa filha! Você é incrível nisso, Cath!

Sorri com o e-mail maravilhoso de Mary. Eles tinham sido tão carinhosos comigo que amei saber que as fotos foram como o esperado, ou até mesmo mais do que isso.

Peguei meu celular depois de deixar o computador de lado, pois o mesmo não parava de apitar.

Quando você vai tomar vergonha na cara e lembrar que eu existo?

Gargalhei com a mensagem de Meg. Desde o dia que eu cheguei de viagem eu não tinha mais falado com ela, bom, a não ser pelo grupo de adoração a Rainha Catharina.

MEG! Você sabe que eu ainda não te esqueci!

Larguei tudo em minha volta e desci correndo para falar com a minha avó que não parava de tocar a campainha. Ela gostava de deixar claro que ela tinha chegado.Meu celular apitou mais uma vez e ignorei o “Ainda?” de Meg. Continuei meu caminho até a porta, abri a mesma e minha avó me encarou, sorriu e me abraçou.

-Com a barriga de fora, Catharina? –Não deixei o sorriso sair do rosto mesmo eu querendo revirar os olhos e suspirar por toda aquela situação estar acontecendo.

-É cropped, vó. Não liga para isso não. –Ela assentiu e fez seu caminho até meu pai que estava atrás de mim. Decidi ignorar aquela encenação toda e me juntei a Carol no sofá.

-Queria estar em São Paulo.

-Não deveria nem ter vindo então.  –Queria ignorar seus comentários desnecessários igual eu fazia com os de minha avó, mas não tinha como. –Ou ia para um Hotel.

Ela que me encarou por uns segundos incrédula, decidiu que não tinha motivos para começar uma discussão ali e agora, então voltou a assistir uma serie qualquer que passava na televisão.

-Achei que você fosse viajar com sua dinda. –Minha avó chegou ao meu lado falando. Ela amava fazer intriga com a minha dinda. Talvez seja ciúmes. Prefiro acreditar que seja.

-Não, eu já fui.

-Eu sei. Mas ela não está viajando de novo? –Assenti.

-Mas ela foi visitar seu filho lá em Nova Iorque, vó.

-Pra mim você ia, ela sempre te leva. –Revirei os olhos sem a encarar e suspirei fraco.

-Ela só me levou a Londres. –Decidi parar e graças a minha mãe que fugiu do assunto, minha avó nem pareceu se importar.

Comecei a sentir umas tonturas e subi correndo para que chegasse logo no banheiro. Elas eram normais, mas mais frequentes quando sofri o atropelamento. Lembro-me do meu médico ter falado que eu quase sofri uma perda de memória, a sorte foi que a pancada do carro não foi tão forte, logo, quando bati a cabeça no chão, não tive muitas sequelas. A questão é que até hoje eu sinto muita dor de cabeça.

Peguei o remédio e engoli com a minha própria saliva. Segundo o doutor, assim que as tonturas começassem a aparecer, eu deveria tomar logo o remédio.

Meu celular que estava na bancada começou a vibrar. Era um número desconhecido e internacional, ignorei a chamada.

-Se fosse a minha dinda, não estaria como desconhecido.

Saí do banheiro e ele começou a vibrar novamente. Decidi atender, ninguém gasta uma fortuna para ligação internacional atoa e, se fosse a minha dinda, deveria ser algo muito importante.

-Alô?

-Catharina? –Eu conhecia aquela pessoa? Não. Mas eu já havia escutado aquela voz.

-Não. –Falei automaticamente. –Não, é a Catharina sim.

-Desculpa, eu não consigo entender sua língua. –Me bateria depois por isso. A chamada era internacional e se a voz não era de minha dinda ou de meu dindo, a pessoa com certeza não falava a minha língua.

-Me desculpe. É a Catharina sim. –Falei em inglês para que a pessoa pudesse entender.

-C?

Aquele momento fez com que meu mundo virasse de cabeça para baixo. Eu não tinha controle de mais nada. A única pessoa que havia me chamado de “C” durante a minha vida toda não poderia estar falando comigo naquele exato momento. Não tinha sentido algum. Mas se não fosse ele, quem mais estaria ali?

-Catharina? –Aquela voz... Aquele sotaque... Só podia ser uma pessoa.

-Harry?


Notas Finais


ESSE FOI PEQUENO SIM! NÃO ME MATEM!
Bom, esse foi menor do que os outros mas foi proposital. Eu não queria enrolar muito já que ninguém estava gostando dessa enrolação toda, então...
Será que é o Harry? Será? Será? Será?

Críticas são construtivas e comentários positivos também ajudam!
Um beijo, um queijo e um abraço da tia Jessy!

Playlist da fanfic: https://open.spotify.com/user/jessicaoner/playlist/2NBvHjmkKVdAPZXitvCCQw
Matéria que Cath ta lendo: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-37480644


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